quarta-feira, 18 de março de 2009

Nacionalismo, uma grande idiotice

Em minha adolescência fui patriota, hoje já não sou mais. Patriotismo é uma grande idiotice. Não gosto do hino nacional (apesar de ser um belo hino) porque o fim deste hino e de todos os países é alienar as pessoas. Os conservadores querem incutir o amor à pátria, os deveres de cada brasileiro. E exaltam a pátria como se fosse uma divindade. O discurso dos nacionalistas nada tem de objetivo, é uma apelação barata aos sentimentos patrióticos. Infelizmente a maioria se deixar levar por esse sentimentalismo barato.

Eu não canto o hino nacional, nem o da bandeira e tampouco o da Independência. O hino nacional exalta grandes mentiras, romanceia nossa independência. O hino nacional, assim como os outros alienam as pessoas. Os hinos querem incutir mensagem de amor ao Brasil, de um amor extremado como diz esta parte do hino: "Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme, quem te adora, a própria morte". Por que eu tenho que amar o Brasil? Por que nasci aqui? Por que eu tenho que dar minha vida pela pátria? O que a pátria fez por mim? Por que devo amar uma pátria onde não há justa distribuição de renda? Por que devotar-me a uma pátria onde a desigualdade é gritante?

Todo esse discurso nauseabundo de amor à pátria, é um discurso da burguesia para alienar as classes mais baixas da sociedade. Quem tem amor à pátria não conspira, fica resignado, e tem uma sensação de igualdade quando vê pessoas de todas as raças, cores e classes cantando o hino.

O nacionalismo interessa muito aos políticos e militares porque através dele podem manipular as massas. Caso houvesse uma guerra, muita gente iria de boa vontade para o front e assim matar em nome da pátria ou morrer por ela. Mas será que os filhos de nossos governantes, de nossos legisladores, os deputados, iriam para a guerra?

Os Estados Unidos são um país nacionalista e por isso mesmo a maioria de seus cidadãos são completamente alienados, amam a guerra, ou antes amam levar "a liberdade e a democracia" para o resto do mundo. E os políticos se valem desses sentimentos patrióticos para enviar os jovens, jovens pobres em sua quase totalidade. Esses jovens e seus familiares pensam estar servindo à sua pátria, mas na verdade servem os interesses econômicos de poderosas instituições privadas, instituições estas que dão um "agrado" aos políticos. George Bush sempre quis a guerra no Iraque, mas não quis que suas filhas pra lá fossem, por que será? Não é ele patriota? Por que não sacrificou suas filhas por amor à pátria? Por que os filhos do pobres? Não é engraçado como dos 535 parlamentares dos EUA, só um teve filho no Iraque? Mas esses congressistas não apoiaram a guerra no Iraque? Sim, apoiaram, mas o patriotismo acaba quuando se fala em enviar seus filhos para a guerra. Michael Moore produtor do excelente documentário Fareinheit 9/11 tentou persuadir alguns parlamentares para que estes enviassem seus filhos para o Iraque, mas não conseguiu, como você pode ver aqui.

O meu patriotismo se resume neste lema: "Em caso de guerra ou mato ou morro. Ou corro para o mato ou fujo para o morro".

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