sábado, 30 de outubro de 2010

Uma imagem que fala por mil palavras

José Serra inimigo nº 1 dos trabalhadores

Samba da bolinha de papel

José Serra e a (des)educação

O candidato à presidência José Serra falou muito sobre a educação, mas enquanto governador não fez nada para melhorar a qualidade de ensino de São Paulo, não deu aumento para os professores, além de mandar a polícia militar bater nos professores. Mas o que dói mais num professor não são as balas de borracha ou cassetetes, não, o que mais dói é quando Jose Serra diz: "Eu sou professor". Um professor que não domina sua competência.




A Folha de São Paulo publicou um artigo no dia 24 de outubro com o seguinte título: Promessa de dois professores tem falhas.

José Serra (PSDB) diz que, se eleito presidente, colocará dois professores em todas as turmas de 1º ano (antiga pré-escola) das escolas públicas.
A ideia é que, enquanto o primeiro professor dá aula, o segundo percorra a sala de aula ajudando individualmente os alunos com mais dificuldade. Serra argumenta que assim se assegura a plena alfabetização das crianças (Folha de São Paulo - 24 de outubro de 2010 - especial pág.7).

Evidente que a propaganda engana os leigos que não estão dentro da escola para saber como funciona o sistema. As pessoas veem a propaganda e acham que isso é uma maravilha, a propaganda é muito bonita, mas é apenas mais uma ilusão, como demonstram os especialistas no assunto.

A insuspeita Folha de São Paulo diz: "No entanto, especialistas em educação veem dois problemas na promessa tucana.
Primeiro, é difícil implantar o segundo professor em todo o país. Depois, o programa por si só não é garantia que os alunos aprenderão de fato a ler e a escrever" (idem).

O segundo professor - escreve a Folha de São Paulo - é, na realidade, um estudante de letras ou pedagogia - um estagiário.

Ah! Exclama o leitor surpreso - disso eu não sabia. Pois é, isso o "homem de bem" não contou, por que será né? Um professor de mentirinha, um professor que não é professor de verdade, um estagiário.  José Serra induz o seu eleitor ao erro, quando diz que vai colocar dois professores em sala de aula. Para ser mais preciso e honesto com seu eleitorado o tucano deveria dizer: "vou colocar um ajudante para o professor do 1º ano", mas não foi isso que ele fez. Ludibriou o seu eleitorado.

A respeito desse plano do José Serra que mais parece um plano infalível do Cebolinha para derrotar a Mônica, a educadora Maria Regina Maluf, professora da PUC-SP e da USP diz: "Não gosto dos dois professores. Você dá um dinheirinho para o universitário e ele faz o estágio na escola. É uma coisa barata. É mais barato que medidas primordiais como dividir as salas lotadas e formar e contratar mais professores"(idem). Como bem se vê o Serra gosta tanto da educação que ele prefere gastar pouco com a mesma.

João Batista Oliveira, presidente do instituto Alfa e Beto, concorda: turmas reduzidas vão melhorar porque o docente trabalha dificuldades do aluno individualmente (idem). Qualquer professor sabe que para que o processo de ensino e aprendizagem é preciso ter poucos alunos por sala, fico admirado que o José Serra, sendo professor, como ele diz, não saiba disso.

Onaide Schwartz, da Unesp, diz que os dois professores impressionam a população em geral. "Mas eu, que trabalho com alfabetização há 25 anos, acho uma promessa ridícula, absurda".
Segundo ela, a alfabetização precisa de salas com 25 alunos no máximo, professores bem formados - há docentes que nem sequer acabaram o ensino médio - e material didático adequado (idem).

Se o tucano tivesse consultado quem realmente entende do assunto não teria o seu plano exposto ao ridículo, mas é isso o que acontece quando uma pessoa acha que é ambientalista, pedagogo, crente, católico, ex-pobre, etc...

Caro leitor e eleitor você quer dois "professores" na sala de aula ou quer menos alunos por sala de aula? O futuro de seus filhos, sobrinhos, netos e afilhados é você quem decide. Alea jacta est! A sorte está lançada.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Milícia talebã e milícia pentecostal

As seitas cristãs fundamentalistas já tem certa influência na sociedade brasileira. Pode-se dizer sem medo de errar que o pentecostalismo constitue o quarto poder (os outros três são: o executivo, legislativo e judiciário). O fenômeno pentecostal anda de mãos dadas com a extrema pobreza: falta de saúde, de educação e de segurança. Como os mais explorados da sociedade não  recebem a assistência do governo, eles só tem duas opções: o mundo do crime ou o pentecostalismo. Essas pessoas já não acreditam na justiça humana e então ficam à espera da justiça divina.

Geralmente os pentecostais são pessoas que vivem à margem da sociedade, vivem em favelas, são negros, desempregados ou trabalham num emprego informal e não tem estudo, ou seja, são cidadão de 2ª classe. Não são assistidos pelo Estado, e aí é que a porca torce o rabo. A razão pela qual sendo tão paupérrimos e ainda assim contribuem financeiramente com suas igrejas é porque lá, eles podem sentir-se cidadãos. Porque o Estado é injusto Deus vai abençoar o dizimista, etc...

Então o fenômeno pentecostal é um fenômeno da pobreza no sentido máximo da palavra, pois se vivêssemos num Estado justo, muitas igrejas neopentecostais já teriam caído. "Num estudo de 2007, a Fundação Getúlio Vargas mostrou que a transferência de renda e a diminuição da pobreza, proporcionadas pelo Bolsa-Família, assim como o aumento da aposentadoria e do emprego, estavam contribuindo para um crescimento na proporção de católicos, o que não ocorria em mais de um século" (O Estado de São Paulo página A 13 - Domingo 10 de outubro de 2010).

Com todas as reservas que tenho com o catolicismo romano faz-se mister confessar que esta religião é infinitamente melhor do que o fundamentalismo pentecostal. Pois os católicos romanos são mais tolerantes, tem mais cultura, não poucos dentre eles aceitam a teoria da evolução e tem uma visão da vida mais aberta ao mundo. Melhorar a renda das pessoas é um modo de combater o fanatismo religioso, visto que este é via de regra fruto das desigualdades sociais.

Silas Malafaia ao declarar seu apoio a Serra deixa bem claro sua posição que é: a de não querer que seus fiéis sejam instruídos. E a posição de Serra ao apoiar os evangélicos outra não é: implantar o neoliberalismo para que as pessoas se alienem cada vez mais na religião e possam ser exploradas sem protestos.

Para a burguesia quanto mais ignorância melhor, pois a ignorância leva às religiões fetichistas e estas ao fanatismo e o fanatismo à obediência cega e um senso não crítico.

Antes de terminar o texto, adoraria muito que o bispo Dom Luis Gonzaga Bergonzini, lesse esse  texto e agradecesse ao Lula pelo crescimento de sua igreja e do seu rebanho.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Serra sofre atentado de terroristas petistas fortemente armados



Direto do Diário de Um Bobo da Corte
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O presidenciável José Serra sofreu um "atentado" feito por "terroristas" do PT, que estavam fortemente armados com bolinhas de papel. A bolinha de papel atingiu a cabeça calva do candidato e depois ele sentiu dores e tonturas devido ao objeto que era "pesado". Se o objeto que o atingiu fosse um pouco mais pesado, segundo os médicos, teria feito uma enorme ferida no crânio.
O "assassino" do "homem de bem" escapou e não foi identificado pela polícia, e está foragido, o "marginal" que cometeu tal "atrocidade" pode responder por tentativa de regicídio, tucanicídio e serricídio.

José Serra foi levado de Besta (Besta é o carro e não o seu vice Índio da Costa)até um helicóptero e de lá foi até um hospital particular onde fez tomografia, e foi constatado que o "periculoso artefato", no caso a bolinha de papel, não deixou ferimentos nem sequelas, mas os médicos recomendaram ao candidato que guardasse repouso.

Ontem por exemplo, um recém-nascido morreu, por não conseguir vaga para operação em Santos. A criança morreu não porque lhe faltaram condições para ser operada, mas porque seu organismo era muito fraco, não resistiu, foi apenas uma fatalidade. Fatalidade pelos pais não disporem de um helicóptero que os levasse a um hospital particular como no caso do presidenciável José Serra.

O candidato tucano não quis ser atendido pelo SUS, pelo simples fato de querer disponibilizar um lugar para outra pessoa. Sua decisão de ir a um hospital particular "foi um ato de generosidade" para quem depende do SUS, pois o candidato à presidência, sabia que se fosse ao SUS, ele seria atendido por todos os clínicos gerais e por médicos especializados: obstetras, ginecologistas, proctologistas, dermatologistas, etc... Mas como Serra é um homem de bem, ele não quis atrapalhar o atendimento da saúde pública e foi a um hospital particular. Felizmente o tucano não enfrentou fila no hospital, o atendimento foi rápido e eficiente.

O candidato cancelou sua passeata pelo Rio de Janeiro devido à violência dos "revolucionários" que estão fazendo a "luta armada" para derrubar a democracia.
O tucano José Serra não tem sofrido só atentados, mas ataques da imprensa marrom como o jornal Valor Econômico e da Vox Populi que realiza pesquisas falsas porque recebe dinheiro do PT. Mas esse valoroso defensor da democracia, José Serra, vai lutar até o fim e com toda a sua "dignidade" para levar adiante sua campanha.

domingo, 17 de outubro de 2010

O que a Veja não quer que você Veja

O lobo Silas malhado por Edir Macedo

Em seu texto "Cuidado com o profeta velho" Edir Macedo chama Malafaia de hipócrita e oportunista nas entrelinhas. Porque deixou de apoiar a Marina Silva porque segundo ele, o Partido Verde apóia o aborto e para não apoiar a Dilma inventou que esta e seu partido são abortistas e a favor do casamento gay.

O texto do líder da IURD é um tapa na cara da crentalhada hipócrita. Edir Macedo disse que o Serra é a favor do aborto e que sua mulher abortou e que ele consentiu no aborto e Silas Malafaia apóia um abortista e sua esposa assassina e mentirosa. Ainda tem crente pilantra que apóia o Silas Malafaia chamando-o de homem de Deus, isso é uma ofensa à divindade, quando se fala que Malafaia é homem deDeus é o mesmo que afirmar que Deus é canalha. Plutarco disse: "É melhor não ter nenhuma opinião sobre Deus do que ter uma indigna dele". É agora o lobo em pele de cordeiro é surrado pelo pastor Caio Fábio e pelo líder da IURD. Vale a pena ler o texto do Edir Macedo, se você quer ler o texto é só clicar aqui e boa leitura.

sábado, 16 de outubro de 2010

DEM é contra o PROUNI

Índio da Costa que é o vice de Serra é do DEM e o DEM é contra o PROUNI que proporcionou a realização do sonho de muitos jovens, que é o de fazer um curso superior.

Quem vota no PSDB vota no DEM e quem vota no DEM vota contra o PROUNI. Simples, não? Agora, é risível ver o pobre votar contra si mesmo, que nome posso dar a uma pessoa que faz o mal a si mesma se não o nome de louca?

Caro leitor caso queira ver/ler/examinar o documento do DEM contra o PROUNI, clique aqui.

Índio da Costa elabora projeto de lei anti-esmola


O candidato a vice-presidente de José Serra, o senhor Índio da Costa quando vereador pela cidade maravilhosa (Rio de Janeiro) elaborou um projeto de verdadeiro "homem de bem": A multa esmola, que proibiria o cidadão carioca de fazer esmolas, e caso fizesse esmola, seria multado.

Sabemos de muitos políticos que são inimigos dos menos favorecidos, que elaboram projetos de leis para a burguesia, mas não a ponto de proibir de fazer o bem aos pedintes, que nada tem.

Tem muito católiquinho e muito crente por aí que vai votar no homem de bem José Serra, homem esse que se aliou a uma pessoa que tem as ideias mais contrárias ao espírito cristão. É porque o José Serra - segundo eles - é contra o aborto. Dilma é abortista, mas quem abortou foi a esposa do Serra, a senhora Mônica.

Mas voltando ao nosso "protagonista" Índio da Costa suponhamos que ele seja contra o aborto, ele deve ter suas razões. Abortar é pecado, mas deixar os mendigos não receber ajuda não. Matar gente grande não é pecado, matar mendigo por falta de ajuda não é pecado, aliás, mendigo nem é gente, não é gente porque não é eleitor, não sendo eleitor não vota, se não vota não é gente.

Que o Índio da Costa não queira dar esmolas, que queira ser egoísta, esse é um problema de foro íntimo, mas querer proibir os cidadãos de fazer esmolas, de se desfazer daquilo que lhes pertence, de querer dividir com os mais pobres aquilo que lhes pertence, é ignominioso, é um ultraje não à liberdade, é um ultraje ao amor, a bondade, a empatia, enfim um ultraje a tudo aquilo que o ser humano tem de melhor.

Não basta ser egoísta, Índio da Costa quer decretar por lei que todos sejam cruéis como ele. Ao invés de resolver os problemas dos indigentes, ele faz o contrário, faz leis contra os cidadãos e contra os indigentes.

Quem vota no Serra, vota contra os pobres. Ah, mas não foi o Serra quem fez esse projeto de lei - pode retrucar o leitor - foi o seu vice. Então respondo com a sabedoria popular: "Dize-me com quem andas e te direi quem és".

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Dia dos professores II





São 23 horas e 40 minutos do dia 15 de outubro de 2010, ou seja faltam poucos minutos para findar o dia dos professores e não quero deixar este dia passar em branco, quero falar dos professores que marcaram minha trajetória. Este ano vou falar dos professores que tive na faculdade.

Eu tive muita ajuda na faculdade, tive professores compreensivos, é deles que desejo e vou falar.

Entrei no curso de geografia por acaso, nunca gostei de geografia, aliás eu detestava geografia, porque a geografia que eu tinha aprendido durante toda minha vida escolar era uma geografia "decoreba", sem conexão com a realidade. Um rapaz muito filho da puta safado me fez cursar geografia, em troca de um estágio remunerado num determinado museu do qual ele era curador, me formei no final de 2007, sou professor e estou esperando o estágio até a presente hora. Entrei no curso de geografia por acidente, um verdadeiro "acidente geográfico" na acepção máxima da palavra.

Por que fiquei no curso de geografia? Por causa de um professor. Quem? Luiz Maria. Luiz Maria é um senhorzinho com cabelos brancos e olhos azuis, uma pessoa muito simples e de grande saber, sabia e sabe muito. Mas o que mais me impressionava nesse homem era sua humildade e sua bondade. Nunca vi esse professor se desfazer de um aluno, nunca vi esse professor tirar sarro de alunos ou fugir de perguntas mesmo que não fossem de sua alçada. Luiz Maria era o cara! Luiz Maria não precisava de livros, ele era e é uma biblioteca viva e racional. Para dar aulas Luiz Maria precisava de 3 coisas:
1ª Sua voz;
2ª giz;
3ª nossa atenção.
A professora Vera Lúcia Avim, que hoje está morando na Irlanda, é minha ex-professora mas não minha ex-amiga. Foi uma professora competentíssima, brincalhona, culta e bondosa. Recordo-me que uma vez fiquei muito doente, peguei uma virose, não tinha pegado atestado e, portanto teria que fazer uma outra prova, esta paga. Conversei com a professora Vera Lúcia, e qual foi minha surpresa? Ela disse que eu não precisaria fazer sua prova, ela iria me atribuir a nota do primeiro bimestre, que tinha sido 9,0. Disse-me que eu não tinha que provar nada à ela, pois ela sabia de minha capacidade. Aprendi com ela uma grande lição: a da confiança no aluno!
A professora Eliane não era de geografia, ela lecionou para minha turma práticas pedagógicas. No último semestre eu quase não tinha ido à faculdade, estourei de faltas, praticamente "dp" (dependência) em todas as disciplinas. Eu estava com depressão e a beira do suicídio. A professora Eliane fez de tudo para me ajudar, e se eu consegui me formar foi graças à ela que correu "atrás do prejuízo" por mim.
A professora Raquel que me lecionou didática, e depois aulas de metodologia científica também me ajudou bastante, ajudou-me a formatar meu TCC, sem o que eu não teria me formado.
A professora Ângela Frigério, professora inteligentíssima, de quem no último semestre, só assisti duas aulas, me ajudou muito, deu-me um trabalho de compensação de faltas e para as notas. Ela justamente poderia ter me deixado de "dp", mas não deixou.
Aprendi com esses meus professores a lição das lições: a empatia. Muitas coisas eu já esqueci, mas alição que me faz mais humano essa eu levarei comigo pela vida afora. Provavelmente este texto será lido por minha querida amiga e ex-professora Vera Lúcia Avim, e eu a agradeço por tudo o que fez por mim e em sua pessoa agradeço os professores maravilhosos que tive na Faculdade Don Domênico.

Dia dos professores I

A minha primeira professora foi minha mãe e foi também a melhor. Infelizmente minha mãe já não está viva para ler estas linhas e as linhas seguintes.
Lembro-me quando eu estava na 1ª série do primeiro grau (hoje ciclo um do ensino fundamental), eu era um menino tímido e que tinha muita dificuldade para aprender a ler. Cheguei numa lição da cartilha que eu não conseguia passar de jeito nenhum. E se não me falha a memória, a lição era a da lata. A professora mandou um recado para minha mãe, acerca de minhas dificuldades de aprendizagem e minha mãe tornou-se minha professora particular, e me ensinava a ler com todo o carinho e atenção, toda tarde depois do colégio, e ela era dona de casa. Eu consegui terminar a cartilha graças aos esforços de minha mãe e ganhei o livro que seria usado na 2ª série.

Quando eu ganhei o livro eu não cabia em mim de tanta felicidade, eu sabia que devia isso a minha mãe. Mais tarde, quando comecei a me interessar por teologia, ela comprava ou me dava dinheiro para eu comprar os livros, ou seja, ela me incentivou a ler.

Em parte, o que sou devo-o a minha falecida e inesquecível mãe: Elisa Pereira (Elisa Pereira Araújo, depois que casou de novo). Se há uma imortalidade da alma, quero encontrá-la no além-túmulo, se não existe que tragédia! Eu perdi a melhor das pessoas com quem convivi.

sábado, 9 de outubro de 2010

PSDB é de esquerda e PT é de direita

O tucano João Gilberto Lucas Coelho e ex vice-governador do Rio Grande do Sul disse: "O PSDB foi apresentado como símbolo da direita brasileira pelo PT  e não consegue vencer isso" (Folha de São Paulo - 05 de setembro de 2010 - especial página 6). Evidente que o tucanato não consegue vencer isso, porque isso é um fato, PSDB é um partido de direita.

Não é que o PT  tenha apresentado o PSDB  como um partido da direita, o PSDB é que se apresenta assim em suas atitudes. Só um idiota ou um sujeito mal-intencionado diria que o PSDB é um partido de esquerda. Por falar em idiota e mal-intencionado, o candidato José Serra disse: "PSDB é de esquerda e PT é de direita". José Serra como candidato à presidência da república é um ótimo humorista.

Tudo bem que o PT não é uma esquerda que faça jus ao nome de esquerda, mas perto do PSDB podemos considerar o governo Lula como um socialista. Comunistas sinceros tem que admitir que o governo Lula foi muito melhor que o governo FHC. Com isso não estou desculpando o Lula ou apoiando sua política, pois estou ciente de que ele ajudou os banqueiros e o agronegócio em detrimento dos operários e camponeses.
Todavia o nordeste foi muito ajudado pelo governo Lula, o Prouni ajudou muitos jovens carentes a ingressar no ensino superior e os programas sociais atenuaram o sofrimento do povo carente. A política externa do Lula foi acertada quando ele deixou que Evo Morales nacionalissaze as empresas de óleo e gás, perdoando as dívidas de países pobres, apoiando os palestinos, apoiando o Irã, não se intrometendo na política cubana como queria a mídia venal, apoiando o então presidente de Honduras Manuel Zelaya, etc... Sua política internacional foi muito boa.

Vejamos agora como age a "esquerda" de Serra & cia.

Serra elegeu um DITADOR como reitor da USP -

Invadiu a USP que desde a Ditadura não era invadida-

Panfleto da TPF entre militancia -

Censurou textos de Jornalistas -

Demitiu Jornalistas -

Privatizou a Saúde -

Reprimiu a greve do Judiciário

Bateu em Professores da APEOESP –

Eis aí o esquerdismo de Serra. Serra é tão socialista quanto George W. Bush e o PSDB é tão esquerda quanto o partido republicano dos EUA.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Recebi um e-mail de um padre descontente com a politicagem tucanalha.

Caríssimos,
Nos últimos meses recebi diversos emails sobre a candidata do PT, Dilma Roussef. Criando uma verdadeira guerra (santa) eleitoral. Dizendo que o PT é contra os evangélicos, que vai fechar igrejas pentecostais, neo-pentecostais evangelicas, que vai aprovar o aborto , etc. Entendo quem fabricou esses textos, pois quer criar divisão e discriminação religiosa, por saberem que o PT nasceu numa Sacristia. Mas não entendo as pessoas que repassam esses e-mails e fazem discursos em nome de Deus, para eleger seus Deputados e Senadores de bancada "evangélica". Não, não é assim que Deus quer! Deus abençoa Igrejas, instituições e Políticos que lutam pelo bem comum e isso independe da denominação Religiosa, pois Jesus Cristo está acima de qualquer cnpj de igrejas. Então, escrevo aos meus amigos – amigos queridos, que prezo muito e, espero que não se ofendam com minha posição pessoal e política – para pedir um favor: não repassem esses e-maisl fundamentalistas.



Acho esses textos sórdidos e infelizes que procuram influenciar nossa decisão (que deve ser racional), com argumentos religiosos e bizarros de que a Dilma fez um pacto com o demônio, que ela é uma guerrilheira insana ou que é um “monstro” que defende o aborto, etc. Esses argumentos são produtos do desespero de grupos econômicos que apóiam o candidato Serra e se beneficiam da desigualdade social, da falta de emprego, da falta de políticas assistenciais, da falta de oportunidades para todos. Os motivos, portanto, para a produção desses emails são racionais. Os motivos para repassá-los, não são.



É preciso lembrar que defender o direito de uma mulher pobre fazer um aborto (pois ninguém desconhece que as mulheres de classe média alta podem fazê-lo com segurança) não é a mesma coisa que considerá-lo um ato bom, desejável, positivo. Mas eu preciso lembrar que muito mais importante que se debruçar (ou explorar) essa questão (que cabe à sociedade e o Congresso decidir e não ao Presidente) é pensar a respeito do futuro dos vossos filhos e dos filhos destas mulheres pobres.



Eu não sou militante do PT. E nem acho que ele esteja acima do bem e do mal. Mas assisti, nos últimos anos, a importância de se ter um governo federal que governe para todos. Eu presenciei o aumento do poder de compra das classes baixas, os comerciantes vendendo mais, as construtoras ganhando mais, as pessoas reformando ou construindo suas casas com créditos de construção, pessoas saindo do aluguel porque vivemos uma economia estável e com tanta perspectiva de crescimento que a classe média parou de cair e a classe baixa pode financiar seu apartamento e comprar um carro. Eu assisti mães pobres e divorciadas felizes por contar com ajuda da bolsa- família e que compraram um vídeo-game para seus filhos para manter suas crianças dentro de casa e longe da violência. As mesmas crianças que eu quero que tenham oportunidades na vida, que não se envolvam com drogas e que não matem por um tênis ou um carro. Crianças que hoje freqüentam escolas de futebol gratuitas, aulas de balé e judô graças a programas federais que destinam verbas para esses tipos de iniciativas.



Eu tiver o imenso prazer de dar aula para alunos que moram na periferia e que tiveram a oportunidade de fazer uma universidade graças ao PROUNI. Nada neste mundo irá me fazer esquecer a emoção daqueles alunos que não faltavam um dia sequer na aula e que sonhavam em se tornar engenheiros, advogados, professores, padres, médicos, bons pedreiros, eletricistas. Alunos que saíram de uma total falta de perspectiva e que adquiriram o direito de sonhar com um emprego justo, uma casa, um carro. Agora é mais fácil convencer um jovem adolescente de que ele tem, sim, perspectiva de vida se freqüentar a escola e não optar pela violência. É com educação e redistribuição de renda (e não com polícia) que se resolve a questão da violência.



Mas também assisti o rancor da classe média que vive como baixa e se pensa como alta. O rancor de senhores e senhoras de idade que viveram ( e ainda defendem) a época da ditadura ao ter que dividir as ruas com os carros populares de pessoas que eles nunca imaginavam que um dia iriam ter um automóvel. O rancor com a bolsa- família como se comprar uma bicicleta para uma criança no Natal fosse sinal de que “sobra” dinheiro para essas mães pobres. Esses senhores rancorosos estão melhores agora. Seus filhos de classe média também podem viver um futuro melhor, em um país mais justo, menos desigual. Mas a igualdade no Brasil incomoda muita gente. Essas pessoas pensam de forma preconceituosa e não de forma racional.



Enfim, para quem me repassou esses emails produzidos pelo desespero de grupos econômicos poderosos eu gostaria de lembrar que assisti a classe média atirar no próprio pé em 1989. E estou assistindo a imprensa, financiada por estes grupos, levar a mesma classe média a atirar no próprio pé de novo. É uma pena. Eu não votaria no Serra nem para síndico de um condominio. Ele venderia a garagem coletiva e a alugaria por mês. Para quem pudesse pagar. É a “neutralidade” do Serra. Eu quero um Brasil mais justo para vossos filhos. Com mais empregos, com políticas sociais, com desenvolvimento econômico e com justiça social. Eu preciso de um governo que governe para todos. E a Dilma, este ano, é a opção consciente."
Fraternalmente,
Padre Geraldo Rodrigues,
Formado em Filosofia (FAF/UFRJ), Teologia (ITESP- Santo Anselmo/Roma/ UNICAMP/SP), Psicologia e Espiritualidade (Stella Maris),

Crescimento do PCC no governo Alckimin