sábado, 30 de abril de 2011

Da conversa

Eu adoro conversar, conversar com pessoas que tenham conteúdo, agora se for para conversar com gente medíocre, tô fora, por dois motivos:
1º você perde tempo;
2º você corre o risco de contrair a mediocridade crônica.

Para conversar bem é preciso que o emissor e o receptor dialoguem mas com conhecimento de causa (perdoem-me a cacofonia ==> com co). Faz-se mister que haja diálogo e não monólogo. Uma boa conversa pode durar horas mas passa rápido como um relâmpago por ser prazerosa. O contrário ocorre quando se conversa com pessoas sem conteúdo, conversa-se alguns minutos e parece que o ponteiro do relógio não anda, tão enfadonhas são essas pessoas.

A conversa é um ato filosófico por excelência que o diga Sócrates de Atenas, só poderia receber o nome de conversa, aquela conversa que elevasse o espírito humano. Outros tipos de conversas são quando muito insultos aos verdadeiro pensadores. Geralmente quando converso com pessoas que não gostam de ler/ estudar ouço apenas ideias que elas julgam ser suas mas que reproduziram da Globo, do cinema, da rádio, enfim da mídia de massas.

Não tenho paciência para entabular conversações com pessoas medíocres, a vida é muito curta para ficar ouvindo merda como se meus ouvidos fossem latrinas. Confesso todavia que conversar com uma pessoa culta e inteligente vale tanto quanto ler um livro de filosofia ou alguma obra clássica e muitas vezes aprendi conversando o que não aprendi nos livros.  Conversar não é para qualquer um, conversar é uma arte.

E por falar em conversa outro dia num domingo nublado conversei durante horas à fio com uma professora show de bola, a professora Luciana, dona do blog Entre o Giz e o Coração. Querida professora Luciana, sinta-se homenageada neste post. E caros leitores desejo que vocês encontrem na conversa não a mesmice do cotidiano: o matador do Realejo, o casamento do príncipe William, a fórmula 1, o futebol, etc... Desejo que encontrem na conversa: ciência, filosofia, pedagogia, culturas diferentes, etc... Que a conversa sirva para nos tornar mais homens e que jamais sejamos infelizes a ponto de repetir a sentença de Ovídio: "todas as vezes que fiquei entre os homens para casa voltei menos homem" (citado  na Imitação de Cristo).

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Da libertinagem de imprensa

A Rede Globo luta bravamente a favor da liberdade libertinagem de imprensa, e fica melindrda quando o governo quer lhe impor limites, mas veja só para o que eles querem libertinagem de imprensa:

domingo, 24 de abril de 2011

Da arte de ser polêmico

Eu sou um sujeito polêmico e ser polêmico não é para qualquer um. A polêmica é antes de tudo uma arte. A polêmica deve ser um meio, cujo fim é fazer com que as pessoas discutam tal ou qual assunto. Eu mesmo nunca pedi para quem quer que seja concordar comigo. O que desejo do fundo do coração é que as pessoas parem para pensar ao invés de reproduzir ideias alheias como se fossem suas próprias ideias.

Ao se tornar polêmico você acaba se tornando persona non grata em muitos meios porque as pessoas não querem ver a realidade tal como ela é, mas como elas querem ver através de seus óculos.

Como pessoa polêmica que sou e não posso deixar de ser não quero agradar a quem quer que seja ou escrever aquilo que as pessoas gostam de ler. Antes de tudo escrevo para mim, travando um diálogo comigo mesmo e depois escrevo para o leitor que pode ou não concordar comigo mas não pode ficar indiferente. Todavia reconheço que não sou o dono da verdade (que pena! brincadeirinha). As pessoas tem medo de discutir porque tem medo de que seus ídolos sejam derrubados. Muitas pessoas estão persuadidas de que estão na verdade pelo simples fato de que isso lhes agrada.

Sem mais, deixo o leitor entregue aos seus devaneios.

Fernando

sábado, 16 de abril de 2011

Espantalho e Wellington Menezes de Oliveira o que eles tem em comum?

O que o Espantalho um dos inimigos do Batman tem a ver com o Wellington Menezes de Oliveira? Espantalho é um personagem fictício enquanto Wellington foi um ser real, mas ambos tem algo em comum, a saber: o bullyng. O Espantalho, Jonathan Crane é um psicólogo e cientista e em algumas histórias, psiquiatra. Quando criança e adolescente, o futuro Espantalho, sofreu bullyng por ser tímido, fraco e esquisito. Ele cresceu com desejo de vingança não só contra aqueles que lhe maltrataram mas contra toda a humanidade. Com o serial killer do Realengo aconteceu a mesma coisa, foi humilhado e sofreu maus-tratos e esses fatos são as causas do efeito que foram as mortes dos 12 adolescentes da escola que fica em Realengo. Sempre gostei de ler os Hqs (histórias em quadrinhos) do Batman, não pelo Batman em si, mas pelos perfis psicológicos bem traçados, bem delineados. Em minha opinião os Hqs do Batman são ótimos manuais de psicologia. Através deles percebemos que não existe uma natureza humana intrinsecamente má, pelo contrário, as pessoas se tornam más por uma série de fatores que sofreram e que suas mentes não conseguiram suportar. Então, esses bandidos são antes vítimas da sociedade do que fascínoras como a mídia nos quer fazer acreditar. Com isso, não estou afirmando que concordo com o falecido Wellington, mas entendo que seus atos não foram atos isolados, mas são fatos ligados a outros fatos, ou seja, uma sucessão de causa e efeito. O Espantalho do Batman também não é um bandido mau por natureza, mas vítima de uma sociedade hipócrita que se guia mais pelas aparências do que pela essência. A sociedade cria seus monstros e depois quer matá-los.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Carta aberta ao AF Sturt

Caro AF Sturt você ficou indignado porque critiquei os professores e deixou-me este comentário: Que tipo de professor e vc que ataca os seus compenhaeiros de classe desse tipo. Até posso esperar opiniões deles assim,(se esses forem como vc está dizendo)mas de vc é lamentável. Quem me conhece sabe que eu gosto de ser polêmico, que gosto de ser irônico e provocador e que muitas vezes minhas opiniões se chocam com a do senso-comum (pois é, até a esquerda tem um senso comum). Eu gosto de provocar não pela provocação em si, mas para que as pessoas despertem e comecem a pensar por si mesmas ao invés de pensar por meio de "aiatolás" quer sejam políticos, quer sejam religiosos. Critiquei sim os professores e não me arrependo um milímetro sequer, conheço esta categoria, porque pertenço à mesma. A categoria da qual faço parte é individualista, imediatista, despreparada e preconceituosa. Não estou dizendo que toda a categoria não presta, mas que a maioria não presta e não presta mesmo!!! Eu, se tivesse um filho não colocaria meu filho nas mãos de professores de escola pública, a não ser que eu o conhecesse. Em meus poucos anos como docente já vi muitas coisas erradas não com alunos mas com o professores, que deverim dar o exemplo e não dão. Docentes que na sala dos professores criticam os alunos, tiram sarro, reclamam de salários mas dizem gostar do PSDB, que em janelas ficam assistindo a programação tosca da Rede Globo, acessando o MSN ou o Orkut ao invés de ler, se informar, enfim se instruir (janela = intervalo entre uma aula e outra que não tem sequencia imediata); Professores que criticam Piaget, Wallon, Vigotsky e outros teóricos da educação sem conhecimento de causa, que nem sabem o que fizeram e no que contribuíram para o bem da humanidade. Então, eu jamais lutarei por uma categoria que tem curso superior e tem mentalidade tacanha e fazem opção preferencial pela ignorância, e sendo assim que fiquem com ela e também com o salário compatível com a mesma ignorância. Agora diga-me você o que os professores farão com um salário maior? Darão melhores aulas? Se aperfeiçarão? Ou vão ficar com a bunda na cadeira como fazem muitos, mandando os alunos abrirem seus livros e fazerem cópias enormes de textos? Os professores só poderão exigir melhores salários quando tiverem melhor qualidade de ensino. Há professores do estado de São Paulo que estão há trinta anos como contratados (os famosos OFAS, letra F) e nunca passaram num concurso público, agora me diga o porquê! Não me diga que são coitadinhos que tem arroxo salarial, etc e tal porque comigo esse discurso não cola. Lembro-me muito bem que no fim de 2008 fiz a provinha para OFAS, eu passei com nota altíssima, só errei duas questões na prova, eu era o quadringentésimo octagésimo quarto professor na lista de espera por aulas, com a prova meu número foi para octagésimo quarto, ou seja, eu iria pegar aulas minhas e por mérito meu. Mas a APEOESP e professores de bosta 5ª categoria entraram com ação de mandado judicial para anular a prova. Esses professores incompetentes (muitos zeraram na prova) conseguiram a anulação da prova, eles que gostam de avaliar mas não gostam de serem avaliados, pelo simples fato de que não gostam de estudar, e reclamam de seus alunos que também não gostam de estudar, mas seus alunos nada mais fazem do que reproduzir o que veem. No fim das contas eu perdi meu cargo de professor contratado por um idiota que ficou em meu lugar em 2009 e que sabia tanto de geografia quanto os alunos para os quais "lecionou". Caro AF. Sturt eu sou socialista, sou militante de esquerda, mas não sou e jamais hei de ser um militonto. Antes de ser de esquerda procuro ser justo. Sem mais: Fernando Rodrigues Felix

sábado, 9 de abril de 2011

Quem disse que passarinho não tem consciência?



Durante muitos séculos o homem se gabou de ser a imagem e semelhança de Deus e eis que desde que a Teoria da Evolução se impôs ao mundo contemporâneo, isso se desfez, porque com a Teoria da Evolução surgiram outras ciências, e uma dessas ciências é a etologia que estuda o comportamento dos animais. No vídeo acima o pássaro demonstra ter consciência, isto é, de se reconhecer no espelho, de ter um "eu", e o pássaro usa o espelho para limpar uma marca amarela que os pesquisadores puseram em seu pescoço.


Para quem tiver interesse em assistir aos outros filminhos clique em PloS Biology, v.6 n.8, e202, 2008

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Faz tempo que não escrevo, agora faço parte do MST (movimento dos sem tempo). Sou filho de Cronos ele me devora aos poucos. O fato é que quando estou inspirado não tenho tempo e quando tenho tempo não tenho inspiração.

Quando se ganha pouco se faz mister trabalhar mais produzir mais em detrimento do ócio, infelizmente não tenho o tempo disponível para eu me edificar ainda mais. Professores ganham pouco, uma miséria, todavia sou obrigado a confessar que a maioria merece o salário que ganha, digo, a maioria nem merece o salário que ganha, merece ganhar menos, pois não existe categoria mais filha da puta  desavergonhada que a dos professores.

Mas ainda falando do tempo, penso que o tempo deveria estar associado ao lazer e não ao trabalho, quando se trabalha por prazer o trabalho deixa de ser trabalho, isto é, tripalium=tortura. Mas no modo de produção capitalista a gente tem que escolher entre ter tempo e não ter dinheiro ou ter dinheiro e não ter tempo, as duas coisas dissociadas na contradição das contradições.

Como im ser corpóreo que sou preciso trabalhar muito e deixar que Cronos sugue meu tempo, ou dinheiro e sem dívidas ou tempo sem dinheiro, sem roupas e sem alimento. Triste isso não? Fazer o quê?