tag:blogger.com,1999:blog-8214521834446869982024-03-11T21:50:51.282-07:00Diário de um Bobo da Corte"Eis o que tenho a explicar:
Isto aqui só lê quem gosta.
E a quem ler e não gostar,
Permito que vá à bosta".
Rocha RamosFernando Rodrigues Felixhttp://www.blogger.com/profile/06986073639518239589noreply@blogger.comBlogger1155125tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-58105143754529301602024-01-07T16:29:00.000-08:002024-01-07T16:29:14.257-08:00Pedagogia - Os cinco passos formais de Herbart<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlhEiVplrwzpm-uklHYPEAwKvBdu5UvVkAXMQ5Hivgs5xod1ddfjIKNskMBeFhsC7lRujOZglR74E7fMBsWfgq34IL3J9_RzQ6UaSPO7S1v85w9WxaEJ7lvGGVG8gXArv6iEmFEuUQBI4JSjatEhRRWBJFC7lcpeEeujJxCuYRVA8U4rHGRWtq5f5eAijO/s228/herbart.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="221" data-original-width="228" height="620" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjlhEiVplrwzpm-uklHYPEAwKvBdu5UvVkAXMQ5Hivgs5xod1ddfjIKNskMBeFhsC7lRujOZglR74E7fMBsWfgq34IL3J9_RzQ6UaSPO7S1v85w9WxaEJ7lvGGVG8gXArv6iEmFEuUQBI4JSjatEhRRWBJFC7lcpeEeujJxCuYRVA8U4rHGRWtq5f5eAijO/w640-h620/herbart.jpeg" width="640" /></a></div><br /><p></p><p><u><i><b><span style="color: #800180;"><br /></span></b></i></u></p><p><u><i><b><span style="color: #800180;"><br /></span></b></i></u></p><p><u><i><b><span style="color: #800180;">1. PREPARAÇÃO</span></b></i></u> - O professor prepara o espírito do aluno para a recepção do assunto ou tema da lição. A apresentação
é feita reavivando e evocando com clareza na mente
do aluno as ideias já adquiridas que têm alguma relação
com as ideias novas, de modo que por sua semelhança
as expliquem ou ajudem a entendê-las. </p><p><br /></p><p><b><i><u><span style="color: #800180;">2. APRESENTAÇÃO</span></u></i></b> - Dá a conhecer o assunto da lição. Pode ser feita
oralmente ou por escrito, em forma interrogativa,
mediante demonstração, etc. </p><p><br /></p><p><b><i><u><span style="color: #800180;">3. ASSOCIAÇÃO - </span></u></i></b>Reune ideias novas e as compara entre si e com as
anteriormente adquiridas – comparar e combinar o
novo e o velho. </p><p><br /></p><p><b><i><u><span style="color: #800180;">4. RECAPITULAÇÃO - </span></u></i></b>Conduz o aluno a descobrir o que há de geral e
abstrato nas coisas individuais e concretas. Por meio
de perguntas habilmente dirigidas, o mestre fará
ressaltar o princípio, conceito, lei ou regra geral,
livre de suas aplicações particulares, e reduzirá o
conhecimento a uma forma verbal definida. </p><p><br /></p><p><b><i><u><span style="color: #800180;">5. APLICAÇÃO</span></u></i></b> - Cria situações para que o aluno ponha a serviço da
vida o que se adquiriu nos passos anteriores. Consiste numa série de exercícios ou prática do material
aprendido. Pode, também versar sobre uma lição ou
série de lições intuitivas.</p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-51414351820783441712023-12-29T17:10:00.000-08:002023-12-29T17:10:13.364-08:00A 'lógica' da não reprovação...<p><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Mantendo a mesma linha de raciocínio e coerência lógica expressa nos artigos anteriores, queremos expor a nosso pequenino, mas relevante, grupo de leitores, o sentido desse discurso que busca demonizar e descartar a Reprovação dos alunos que não obtiveram o mínimo para serem aprovados em termos de conteúdo.<br /><br />Repetirei, como Catão; o censor, a exaustão, que os poderes econômico, religioso e político conjugaram suas forças, com o objetivo de fabricar massas. </span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: xx-large;">Objetivo que os cidadãos, em especial os educadores devem buscar frustrar. Pois a partir da produção de massas jamais teremos uma democracia e menos ainda uma policracia, porém uma odiosa oclocracia.</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Já nos referimos aos investimentos feitos pelas diversas esferas do poder com o objetivo de universalizar a educação ou de criar uma escola para todos. O que implicava a oferta de diversos insumos: Material, merenda, uniforme, transporte, etc<br /><br />Desde então os investimentos nos domínios da Educação tornaram-se muito mais onerosos, caso tomemos por modelo os anos anteriores a década de noventa (90) - Quando o acesso a educação era restrito, pelo simples fato de que pais e responsáveis arcavam com todos os gastos, ficando os mais pobres fora da Escola.<br /><br />Eram tempos precários. <br /><br />E o modelo iniquo, por ser excludente.<br /><br />Dirá você que agora dispomos de um modelo justo e humano.<br /><br />E que certamente um número muito maior de pessoas tem aprendido...<br /><br />Tenho sérias dúvidas quanto a isso.<br /><br />De qualquer forma era necessário aumentar a quantidade ou universalizar a oferta do ensino, sem perder a qualidade.<br /><br />O que implica recuperar, reprovar, etc<br /><br />Jamais promover fraudulentamente ou por decreto quem não atingiu o mínimo necessário em termos de conteúdos, dada a relevância dos conteúdos para a vida, para o convívio, para a cidadania, etc<br /><br />No entanto justamente a partir da época em que os gastos por parte do poder público tornaram-se mais onerosos, surgiu esse discurso falacioso, satanizando a reprovação dos que não atingiram o mínimo e defendendo, nas entrelinhas, a promoção de pessoas não habilitadas. <br /><br />E todavia diplomas e certificados conferem possibilidades, sendo instrumentos de poder. <br /><br />Destarte se produzir massas é sério problema, e dar-lhes voto outro problema, dar-lhes poder ou acesso é mais um problema.<br /><br />Agora o que quero salientar é outro viés do discurso.<br /><br />Caso o processo de ensino aprendizagem seja levado a sério e a reprovação admitida como recurso necessário ou indispensável, devemos ter em mente que a cada cinco alunos reprovados numa turma, teremos a necessidade de abrir mais uma turma a cada quatro ou cinco anos e mais uma escola ao cabo de uns vinte anos - Dobrando o número de escolas, professores e funcionários a cada quarto de século... Sem contar com os insumos por nós mencionados.<br /><br />Isso numa triste conjuntura em que se fala em responsabilidade fiscal, cortes, limites, economia, Estado mínimo e outras perversões neo liberais tomadas ao modelo empresarial.<br /><br />A reprovação de alunos não habilitados é meramente questão de economia ou de contensão de gastos - Fabricamos massas e corrompemos os fundamentos da democracia, do pensamento científico e do laicismo por 'razões' de natureza financeira - O Estado não quer investir na formação integral dessas pessoas...<br /><br />Temos aqui, o mesmo agente, o Mercado, atuando contra a Educação, tal e qual atuado desastrosamente, contra a qualidade política, o patrimônio ecológico, o patrimônio histórico, o acesso a informação, a produção artística, o convívio tradicional, etc</span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Mais um flagelo do economicismo - Que nos empurra rumo a barbarie.<br /><br />Não querem arcar com os custos de uma educação séria e de qualidade - A qual implica paulatino aumento da estrutura material, em termos de edifícios, professores, material, aparelhos... E é exatamente por isso que esse governo irresponsável e seus lacaios editam esse discurso anti reprovação...<br /><br />Disto tiram proveito os demagogos, peritos em manipular as massas ineptas em proveito de si mesmos ou de seus patrocinadores... E encontram-se o político, o econômico e o sectário... <br /><br /><br /></span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;"><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-77040367488056555002023-12-06T19:11:00.000-08:002023-12-06T19:11:01.227-08:00A Escola e o Terror da Reprovação...<p><span style="font-family: times; font-size: large;">Não sei porque pegou na Escola o gosto pela aprovação automática ou por meio de decretos políticos que fixam o número dos alunos que podem ser reprovados por sala, turno ou unidade... Alias assim fica fácil para o mesmo governo alegar que a educação esta dando excelentes resultados, uma vez que, por decreto, determina a aprovação dos que não estão aptos a serem promovidos.<br /><br />Agora quanto os motivos, creio serem de natureza diversa. Há é claro o bônus pago pelo Estado ou pelas prefeituras com base nos resultados educacionais ou no número dos alunos aprovados. E quem desejará reter se é pago para promover... <br /><br />Mas há também outros fatores.<br /><br />Pois há quem acredite e afirme que reprovação seja sinônimo de Evasão e portanto que é necessário aprovar o dito cujo ou a dita cuja para que não deixe a escola e fique nas ruas... Melhor o aluno na escola, bagunçando, fingindo que aprende, enrolando ou sendo promovido sem saber, do que nas ruas, a mercê das drogas ou da violência.<br /><br />Por essa altura a escola cesso de ser escola ou instituição suja precípua função é instruir e educar. E virou já abrigo, ou hospedaria, ou qualquer outra coisa.<br /><br />Reconheço o problema mas não posso admitir que passar o aluno sem nada saber seja a solução.<br /><br />E quando esse aluno chegar aos anos finais e deixar a escola sem conteúdo algum... Que será dele em tais circunstâncias...<br /><br />E caso não saiba ler bem e obtiver um serviço em que a leitura seja indispensável para o bom desempenho de suas tarefas...<br /><br />Há quem opine que o aluno X não possa ser retido porque tem determinadas limitações (Não laudadas.) e jamais obteve assistência especializada na escola. </span></p><p><span style="font-family: times; font-size: x-large;">Me permitam então fazer um aparte sobre o aluno devidamente laudado que nem sem obtém a devida assistência.</span></p><p><span style="font-family: times; font-size: large;">Seja porque seus pais ou responsáveis cobraram o poder público... </span></p><p><span style="font-family: times; font-size: x-large;">Os pais eram omissos...</span></p><p><span style="font-family: times; font-size: x-large;">Neste caso que fez o serviço pedagógico da Unidade escolar... </span></p><p><span style="font-family: times; font-size: x-large;">Não há orientador naquela rede. - De fato o caso é grave.<br /></span></p><p><span style="font-family: times; font-size: large;">Afinal para que serve o Conselho tutelar... </span></p><p><span style="font-family: times; font-size: large;">Se é apenas para amolar professores e gestores, recambiando as escolas e salas os alunos problema, ouso te-lo em conta de inútil. Útil seria caso observa-se as redes de ensino, fiscaliza-se as unidades, denuncia-se as prefeituras e fizessem que a inclusão fosse de fato inclusão e não enrolação ou abandono criminoso. Reparem para que de fato cada aluno especial, em qualquer sentido, tenha um auxiliar, de preferencia com formação pedagógica - Pois assim tal clientela adquiriria ao menos os conteúdos que é capaz de adquirir!<br /><br />Abandonar a criança ou as crianças numa sala superlotada sob a regência de um professor sobrecarregado e não qualificado é ato criminoso, pois implica descumprimento efetivo da lei. A criança deve sim, estar no meio natural, porém, sendo assistida por um monitor habilitado. <br /><br />Neste caso todos: Pais, professores, gestores e conselheiros deveriam acorrer ao poder público e a seus órgãos com o objetivo de prover a criança da assistência a que faz jus. É o caso de reivindicar ou cobrar antes de aprovar.<br /><br />Este aluno no entanto, justamente por ter suas possibilidades limitadas, será promovido - Havendo amparo legal para isso. <br /><br />Já quanto ao aluno não laudado, deve a Orientação pedagógica, a equipe gestora ou o Conselho tutelar, solicitar aos pais ou responsáveis a ida ao médico, a realização de exames, etc sob pena de responsabilidade ou abandono. <br /><br />Agora enquanto não obtiver laudo ou a conclusão do médico for negativa, inexistindo qualquer problema físico ou mental, seja tratado como responsável, punido e se necessário reprovado.<br /><br />Similar o caso do aluno materialmente necessitado ou cuja família seja problemática.<br /><br />Insumos, como uniforme, merenda, material, etc ele efetivamente deve receber e recebe.<br /><br />Neste caso esforce-se o mestre ou a mestra por ser receptivo, carinhoso, atento, cuidadoso, tolerante - Até onde se possa, etc <br /><br />Que se lhe ofereçam atividades de reforço ou complementares.<br /><br />Satisfeitos, quanto possível for, tais demandas, seja esse aluno cobrado> Em termos de educação (Atitudinal) ou responsabilidade (Produção) tal e qual os demais.<br /><br />Quando os pais e responsáveis se esquivam, o que todo esse povo > Professor, orientação, coordenação, gestão, conselho, etc deve fazer é trabalhar e colocar esses alunos em condições para serem devidamente cobrados e não ficar de braços cruzados para chegando fim do ano letivo alegar que tais alunos, por omissão da parte do poder público, fazem jus a aprovação - Quando por vezes absolutamente nada fizeram. E há meios porque possa ser o poder público cobrado e responsabilizado. <br /><br />Há quem alegue enfim, que a reprovação é sempre um ato subjetivo de rancor ou vingança por parte do professor, e devo dizer que é um argumento reducionista e miserável.<br /><br />Claro que há professores que fazem mau uso da reprovação. Como o assassino faz mau uso de uma faca... E... nem por isso deixamos de usar a faca<br /><br />Como diziam os antigos romanos: O Mau uso ou abuso não tolhe o uso.<br /><br />Destarte se é execrável o uso da reprovação a guisa de vingança, outro o caso quando corretamente empregada, tendo em vista certos norteamentos pedagógicos, como um grau ou nível elementar de aproveitamento.<br /><br />Injusto seria aprovar um aluno que não apenas nada aprendeu como não buscou aprender ou nada fez para aprender, e promove-lo nas mesmas condições que um aluno aplicado e responsável. <br /><br />Promover aquele que se esforçou ao máximo para adquirir o conteúdo mínimo exigido e reprovar aquele que pouco o nada fez para adquirir esse conteúdo é algo perfeitamente justo, desde que garantidos a todos os alunos as condições mínimas em termos de insumos e assistência.<br /><br />Promover em massa ou como rebanho os que se aplicaram e os que não mostraram qualquer interesse é desestimular os primeiros ou sugerir-lhes que tanto dá estudar como não estudar.<br /><br />Por isso tenho dito que não há ensino sem reprovação, como não existe educação sem punições ou castigos (Claro que não estou me referindo a castigos físicos ou a agressão!!!). Educar é sempre restringir. Ensinar é sempre considerar a retenção de determinados conteúdos, até que sejam eles atingidos. Aquele que em condições de igualdade com os demais e que tendo recebido a assistência a que faz jus, não atingiu o nível estipulado para cada conteúdo - Mesmo após diversas tentativas de recuperação! - permaneça no mesmo ano até atingir o nível estipulado. <br /><br />Mas professor, nesse caso o aluninho se sentiria humilhado...<br /><br />Melhor a sala inteira se sentir injustiçada não é mesmo...<br /><br />E assim caminha a humanidade por seus tortuosos caminhos. <br /><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-11407362553624763982023-12-06T17:45:00.000-08:002023-12-06T19:12:18.639-08:00Educação - A farsa continua...<p><span style="font-family: helvetica; font-size: x-large;">Li o artigo do economista Cláudio de Moura Castro 'No meu tempo a educação era muito melhor' publicado no jornal 'Estado de São Paullo' a quatro de setembro de 2022 e reproduzido, desde então, em diversos certames públicos.<br /><br />Felizmente tenho uma cópia dele, tombada, em meu arquivo. A qual acabo de reler. </span></p><p><span style="font-family: helvetica;"><span style="font-size: x-large;">Para esse autor a qualidade da Educação oferecida no passado é duvidosa e a ideia de que a Educação, de modo geral, esteja piorando, equivocada. Tal seu ponto de vista, a respeito do qual discordo cabalmente.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">De fato em tempos pretéritos ou nas décadas anteriores aos anos noventa, não haviam exames institucionais de caráter estadual ou nacional que aferissem os resultados educativos.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">E no entanto, pessoas que, como eu, nasceram em meados dos anos 70, tiveram a oportunidade de conviver com pessoas adultas ou mais velhas que haviam sido educadas nos anos 40, 50 e 60, i é, imediatamente após a grande reforma Capanema - Marquem esse nome! E o quanto posso dizer é que no decorrer dos anos 80 e 90 havia, por assim dizer, uma elite altamente educada, formada inclusive por pessoas que sequer haviam cursado alguma Universidade, mas apenas formado Ginasial ou como dizemos hoje ensino médio.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Era educação socialmente restrita...</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Parece-me honestamente que sim ou que não era uma educação voltada para todos.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Socialmente restrita porém qualitativa ou de alta qualidade.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Quem teve o privilégio de conviver com tais pessoas saberá do que estou falando.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">O defeito era ser socialmente restrita, e era defeito. </span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">A virtude era ser de alta qualidade ou relevante.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Quero problematizar isso.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Diz-nos Claudio Castro que temos um problema, e para mim é um problema. Pois declara que a Condição social do educando é forte determinante do rendimento escolar.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Tão inegável como o descobrimento da América, Claudio Castro e esquerda fuzarqueira de plantão.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Mas foi exatamente por isso que nossa Legislação determinou que os insumos relacionados diretamente com a Educação, seja graciosamente ofertados pelo Estado, assim uniforme, material, merenda, transporte, etc - O que de fato não era oferecido antes da década de 90. </span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Costumeiramente se diz e crê que a partir da Educação é que podemos consertar determinadas situações de desigualdade social. Agora se a desigualdade econômica afeta de cheio os resultados educativos TEMOS UM CÍRCULO VICIOSO.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Tem se tentado quebrar parte desse círculo por meio dos já referidos insumos. </span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">É atitude relevante, mas não suficiente - Caso não se preste a devida atenção ao conteúdo educacional oferecido e enfim a estrutura do sistema educacional público em comparação com o privado.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Vamos porém aos exames gerais apontados por Castro ou aos resultados apontados por esse autor.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">A primeira informação é que houveram alguns avanços nos anos iniciais do Ensino fundamental, e essa informação é de suma importância, pois estamos falando em alfabetização ou nas fases iniciais do letramento.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Nos anos finais porém - Sétimo, Oitavo e Nono ano, reconhece Castro que não houve avanço ou que este foi mínimo, embora corresponda a uma fase mais consistente da Educação. </span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Castro no entanto nos quis trazer belas e boas notícias; diz-nos então que antes da Pandemia (2019) o Ensino médio deu um 'saltinho' - Na Prova Brasil. </span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">E aqui temos já um sério problema - Apenas Português e Matemática são avaliados, o que é altamente insatisfatório, ao menos, quanto o Ensino Médio, dada a Relevância da Biologia, da História, da Geografia e por que não da Arte...</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Mas... Apesar disto, prossigamos.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Como professor que atuou no Ensino Médio do Estado de S Paulo, por dezessete longos anos, e que ainda pertencia a este quadro em 2019 (Desliguei-me logo após a malsinada reforma da Previdência.) acho no mínimo estranho que tenha havido algum progresso. Observo no entanto que se, tal se deu de fato - Mantenho o benefício da dúvida! - foi anterior a implementação da Reforma que o arruinou com completo nos anos seguintes.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Refiro-me a trágica Reforma que introduziu no Currículo as quinquilharias inúteis de: Planejamento econômico, projeto de vida, empreendedorismo, etc e cujo escopo final é erradicar por completo as disciplinas de: Arte, História, Geografia, Sociologia e Filosofia, e consequentemente o que chamamos projeto Integral ou humanista, limitando-se, novamente, a formar mão de obra subalterna, empregados, operários, serviçais, etc</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Significativo que após uma tênue e duvidosa melhora siga a demolição completa... Sob o pomposo título de Escola Integral. Sim, pois esse ensino médio integral - Ao menos no Estado de São Paulo - nada é além de uma creche para adolescentes, a qual possibilita a permanência dos pais e responsáveis fora de casa ou no ambiente de trabalho e favorece antes de tudo o setor econômico. Professores fazem o papel de babás, os conteúdos - Como descrevi acima. - tornam-se irrelevantes, as salas de aula se convertem em 'depósitos' e por ai s vai... </span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Agora vamos ao PISA - E o PISA avalia justamente o último ano do Ensino Fundamental...</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Que diz o PISA...</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Estagnação - Brasil está paralisado há muitos anos e o que é pior quase na lanterninha ou nas últimas colocações.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">E gastamos uma fortuna com os insumos...</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">É um tonel de Danaídes - Pois lançamos água por meio dos insumos, a qual se esvaí pelos buracos dessas reformas escabrosas, e de uma quase total indiferença ou omissão no que diz respeito a estrutura e o pessoal de nossas Escolas públicas.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Por estrutura me refiro aos prédios e instalações, bem como ao material de trabalho. Desde ares condicionados ou ventiladores, cortinas, vidraças, etc a lousas digitais, mapas, globos, biblioteca, etc</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Quanto ao pessoal me refiro aos professores, cujos salários deveriam ser corrigidos de modo a tornar desnecessário o acúmulo de cargos. O docente deveria ganhar o suficiente para não precisar trabalhar em duas redes e assim, não se sobrecarregar. </span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Outra questão, tão grave quanto, é a oneração intencional dos professores por meio da burocracia ou do preenchimento de papéis ou de relatórios inúteis. Tudo quanto sobrecarrega o professor, desgasta-o e se reflete negativamente na interação com os alunos.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Agora tornemos a questão do progresso...</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Incrível que no Brasil não piorar seja motivo de comemoração.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Nos sentimos realizados porque os anos finais do E F encontram-se paralisados, tal e qual o E M...</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">E vibramos porque supostamente avançamos nos anos iniciais, i é, nos domínios do letramento ou da alfabetização. O qual nem sei como é avaliado... O que sei é que as professoras dos anos iniciais são pressionadas para promover os alunos analfabetos ou semi analfabetos até o quinto ano. Posto que chegam até nós, no sexto ano, um resíduo de alunos analfabetos que costumam seguir até o Nono ano... E já os tive, pasme (E sem laudo!) no E M - Analfabetos, e, perdoem a expressão > Idiotas, incapazes de compreender e de interpretar...</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Para mim semelhante quadro é o de uma tragédia</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Pois quando se mensura pelo geral se perde por completo a noção de particular.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Em geral apreciamos execrar a Idade Média e o analfabetismo reinante, a condição das massas dominadas, etc</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">E exaltar a simples capacidade para ler, escrever e calcular.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Porém tal capacidade de fato só é digna de admiração na medida em que o sujeito prossegue na caminhada do saber, ampliando mais e mais os seus conhecimentos. Em suma: O letramento ou a alfabetização só deveria ser encarada como benefício quanto corresponde a uma porta ou passagem...</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">É justamente aqui que entra a ideia de Rebelião de Massas, oclocracia, etc </span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Nós estamos nos dando por satisfeitos com um Ensino meia boca ou demasiado elementar i é a nível de letramento ou de alfabetização e achamos que é grandioso... Mas não o é!</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Ao alfabetizar sumariamente um idiota ou imbecil (Sem jamais torna-lo capaz de pensar!) e lança-lo no mundo da Internet ou mesmo de algumas Folhas pagas, com seus Fake news, estamos a cometer grave crime, do qual resultará imensa calamidade futura. </span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Sim, pois essas massas idiotas e apenas sumariamente letradas, adquirem direitos de cidadania e passam a decidir os rumos da vida comum... Tornam-se eleitores e convertem nossa democracia em Oclocracia, desacreditando-a... As consequências vimos no início deste ano, com a tentativa de golpe teocrático. As massas que produzimos em nossas escolas querem já atentar contra nossa semi oclocracia, e massas se chocam contra massas... Quadro escabroso.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Os analfabetos da Idade Média, os idiotas, os imbecis e as massas por assim dizer não tinham manias de grandeza ou pretensões de chegar ao poder. As massas que produzimos, alentadas por um discurso democrático mal elaborado e já denunciado por Sócrates, aspiram pelo poder - Poucos entre nós aspiram auto educar-se para se tornarem dignos da vida democrática, esbater pelo bem comum e exercer a cidadania, e, os que o fazem são abatidos pelo número da multidão.</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Multidão que no Brasil, sendo constrangida a votar, negocia seus votos ou vende-os descaradamente em praça pública, entregando o comando do país a demagogos sem consciência - Como esse Tarcísio de Freitas, que acaba de leiloar a nossa Sabesp!!!</span><br /><br /><span style="font-size: x-large;">Agora calculem quando esses elementos, promovidos com base no mínimo do mínimo ou mesmo sem nada saber obtiverem grau no Ensino Médio... E se, com dinheiro obtido no tráfico ou sei lá onde, custearem alguma Faculdade - Especialmente na modalidade EAD... Caso se tornem enfermeiros, cuidadores, médicos, advogados, arquitetos, etc Calculem os erros e imaginem o caos que teremos... Idiotas aplicando injeções e imbecis projetando ou construindo pontes!!!</span></span></p><p><span style="font-family: helvetica; font-size: x-large;"><br />Aumentamos ao máximo o número dos educandos. Mas abatemos a qualidade dos conteúdos e por isso, se antes, muito educávamos a poucos, hoje, pouco educamos a muitos. Quando bem poderíamos ter ampliado o número dos estudantes sem ter descuidado da qualidade do que é aprendido ou da Educação.<br /><br />E a a suspeita que se me impõem é se não estamos fingindo ou apenas afetando educar a esses muitos...<br /><br />Se antes províamos a tantos de carne por que não continuamos a fornecer carne ao invés de pão duro...<br /><br />Não vejo porque a qualidade da Educação deva ser sacrificada a quantidade dos educados e acho isso inaceitável.<br /><br />Rebaixar os níveis ou sacrificar os conteúdos para acolher ou satisfazer a muitos, ao menos para mim, não é educar. E é assim que nossa Educação se torna uma farsa. O professor fecha seus olhos e finge que ensina, enquanto pais e alunos fecham seus olhos e fingem que aprendem.<br /><br />Diante disso aparecem os mecanismos sinistros da progressão continuada, da promoção automática, da interferência criminosa do poder público; visando limitar o número de alunos reprovados por sala ou escola, etc E são nossos jovens e nossas crianças passados por debaixo da carteira ou sem saber o mínimo do quanto deveria ser exigido - Pois não cabe ao professor conceder notas ou números, mas somente aferir o quanto o aluno obteve!!!<br /><br />Continua...<br /><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-71151621216474158942023-12-03T11:03:00.000-08:002023-12-03T11:47:15.911-08:00Reflexões sobre a 'Lei de Cristo' e as doutrinas da inspiração plenária e linear.<p><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="white-space-collapse: preserve;">Ao nobre e excelente W R</span></span></span></p><p><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><span style="white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Graça, paz e bem no amoroso Redentor nosso Jesus Cristo.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Li com atenção e carinho as reflexões que tu publicaste na comunidade dos judeus, porém como minha resposta respeitosa foi truculentamente apagada por eles eu a reproduzo aqui.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Não me leves a mal, porém, a <a style="cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>meu ver, é, o teu ponto de vista, equivocado. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Embora, rigorosamente falando, tua perspectiva pessoal esteja dentro dos limites da Ortodoxia, como uma theologumena ou opinião, é bem verdade que desde o século XIX tem sido utilizada, pelos companheiros e sucessores de <i>Droysen, </i>como uma explicação puramente naturalista sobre as origens do Cristianismo, beneficiando portanto um erro fatal.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">De fato muitos Historiadores helenistas alemães propuseram que nosso Cristianismo, ao invés de ter sido revelado, nada teve ou tem de sobrenatural, correspondendo a uma evolução apresentada pelo Cristianismo alexandrino. E o quanto teríamos aqui seria um judaísmo helenizado ou helenizante forjado por <i><u>Aristóbulos, Fílon </u></i>e outros. </span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Noutras palavras, o Cristianismo não passaria de uma releitura, de uma reelaboração ou de uma alegorização do judaísmo. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Seria um judaísmo mais refinado ou um judaísmo mais profundo. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Mas sempre uma versão do judaísmo e uma facção ou corrente judaica.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">E de fato se afirmamos que todos os mistérios do nosso Cristianismo se acham simbolicamente presentes na mikra, temos de nos perguntar se não é o Cristianismo a kabalah original e se contém o Cristianismo histórico algo de original ou relevante...</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">E ainda devemos indagar sobre que fica sendo Jesus Cristo, enfim sobre sua missão, sobre sua condição e seu significado.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Todo meu pensamento Teológico é <b style="font-style: italic; text-decoration-line: underline;">niceno </b>ou <b style="font-style: italic; text-decoration-line: underline;">atanasiano, </b>noutras palavras, rigorosamente <b><i><u>encarnacionista</u></i></b>. Busco criar um sistema articulado e orgânico ao destacar que cada artigo de fé parte deste mistério central e portanto um sistema que represente, por assim dizer, um salto ou mergulho na Cristologia profunda. </span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Confesso acreditar cumprir um desígnio ou uma missão: Recuperar ou resgatar a consciência cristã não apenas face aos recuos do papismo e do Anglicanismo, a vulnerabilidade da Ortodoxia oriental e a alienação protestante, mas sobretudo face ao islamismo.
Minha própria concepção de Igreja, tomei-a de <i>A Mohler, </i>enquanto continuidade, progressão ou desdobramento do mistério da Encarnação.</span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: georgia; font-size: large;">Diante disso, me parece sumamente duvidosa, a existência de uma Revelação parcial ou de elementos da Revelação Cristã, anteriores à Encarnação do Verbo ou que dele não procedam. Já a ideia de uma Revelação integral, literal ou simbólica, do nosso Cristianismo, anterior ao mistério da Encarnação, me parece impensável e não posso crer nela.
<br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Diante disso que ficaria sendo nosso Jesus, o Verbo encarnado?</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Porta voz de Abraão, Moisés, Caleb, Finéias, Salomão, etc...</span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Me parece aberrante. Jesus um intérprete... Um comentarista... Alguém que se limita a fixar sentidos sem dizer nada de próprio ou de seu. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Me parece monstruoso. E não consigo nem posso ver Jesus assim, como o tipo de um exegeta que parte de livros.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Eu acredito que o Cristianismo, ao contrário do judaísmo e do islamismo,<u><i><b> parte de uma pessoa viva ou de um homem Deus. </b></i></u>Que é a auto comunicação de Deus. Que é algo de singular, de novo ou de diferente de tudo quanto existiu antes.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Julgo que Jesus Cristo não seja repetidor de qualquer coisa mas Mestre e Instrutor supremo - O qual falou com autoridade própria tudo quanto teria ouvido <i><b><u>'In sinu patris'</u></b></i> i é o que diretamente trouxe dos céus.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Alias, me parece estranho que aqueles rudes personagens tenham enunciado os elevados mistérios do Cristianismo numa linguagem simbólica ou alegórica. Parece-me que nesse caso teriam sido mestres superiores aquele que teria ensinado, em tempo futuro, as mesmíssimas doutrinas, com expressões literais e palavras chãs. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Seria o judaísmo repositório de um Cristianismo enigmático e misterioso... Não o creio.
</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Nem acredito que os <u><i><b>odres velhos da profecia pudessem conter o vinho novo da doutrina Cristã.</b></i></u></span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Creio que o Cristianismo procede do Cristo e que nosso Cristo imutável jamais orientou a moralidade baixa e vulgar da mikra. Entre a moralidade ou ética evangélica e a tanak vai abismo maior do que aquele existente entre os mortais e aqueles que se achavam no 'Seio de Abrão'</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Nem posso crer que se omitiu o Verbo Jesus de corrigir, advertir e instruir os que supostamente acompanhava antes de se manifestar na carne. Mas não dou com tais correções divinas na Torá e sim com categóricas afirmações de que esse padrão vulgar de moralidade corresponde a vontade de Deus!</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Quanto ao sentido das Sagradas Escrituras:<i><b><u> 'Não me manifestei para abolir a Lei.'</u></b></i> devo dizer que já foi dado e fixado pelos legítimos intérpretes, os padres da igreja, com brilhante claridade e que <b><i><u>d</u></i></b><u><i><b>iz respeito a Lei divina e celestial do Decálogo ou dos dez mandamentos,</b></i></u> os quais tendo sido gravados em tábuas de pedras foram colocados dentro da arca do pacto. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Não a Taurat. Não a mikra. E tampouco a totalidade do testamento antigo, como julgam as massas de iletrados ou semi analfabetos protestantes - Apenas ao Decálogo divino.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Por isso todas as outras partes da mikra ou tanak não foram apropriadamente abolidas, mas reconhecidas como não divinas. Isto pelo simples fato de não estarem vinculadas organicamente pessoa do Verbo encarnado Jesus Cristo fonte da vida. </span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Tanto que na parte mais nobre ou no coração mesmo do nosso Evangelho disse o Mestre:<u><i><b> Ouviste o que dito foi </b></i></u>(Porque os judeus atribuíam a Torá uma origem oral vinculada ais anjos.) <u><i><b>aos ancestrais... EU PORÉM VOS DIGO.</b></i></u></span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: georgia; font-size: large;">Expressão com que pura e simplesmente pôs a luz tudo quanto era puramente humano ou natural no livro.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia; font-size: large;">Jamais aboliu Jesus qualquer coisa procedente dos céus. </span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-size: large;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia;">Só os protestantes cegos podem admitir que Jesus Cristo revogava ou alterava instituições divinas pelo simples fato de ser Deus Todo poderoso.</span></span><span style="background-color: white; font-family: georgia;"> </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: georgia; font-size: large;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: georgia; font-size: large;">Posto que é Deus imutável e sem sombra de variação e sua vontade perpetuamente fixada no bem ou naquilo que é perfeito, jamais poderia ele alterar ou reformar sua própria lei. As coisas Santas e divinas são irreformáveis ou 'imexíveis' por definição. E se o protestantismo não reteve algo tão óbvio tal só serve para depor contra a capacidade cognitiva de seus afiliados.
O protestantismo imagina sucessivas e infinitas reformas e assim destrói a fé... Até uma 'igreja' no antigo testamento imaginou...
Mas nós postulamos uma revelação única, eterna, definitiva, fixa e imutável procedente da Encarnação do Verbo Jesus
</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span><span style="font-size: large;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia;">Tais as minhas reflexões, as quais espero que te sejam úteis. Forte abraço fraternal.</span></span></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span><span style="font-size: large;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: georgia;"><br /></span></span></span></span></div><div dir="auto"><span><span style="font-size: large;"><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: georgia;">
<div style="text-align: center;"><u>Fragmento de uma resposta</u></div></span><span style="font-family: arial;">
</span></span><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: arial;">
</span></span><div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs" style="margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: collapse;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">De fato os apóstolos, bem orientados e guiados pela providência fizeram seleção e deram sentido a tudo quanto, no Antigo Testamento, pudesse ilustrar a Revelação comunicada pelo Verbo encarnado Jesus Cristo.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: collapse;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">Selecionaram as partes mais nobres e excelentes e recebemos tais partes como divinas, mas não a totalidade do livro ou as partes que não estão diretamente relacionadas com o doador da vida Jesus Cristo.<i><b><u> E temos acesso a elas guiados pelo Novo Testamento, nosso indicador e roteiro.<br /><br />Tudo quanto era relevante e significativo no Testamento velho foi posto na Escritura do Novo Testamento, e cremos que esse trabalho foi suficiente, não incompleto.</u></b></i></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">Ademais o fato de que tenham, os homens base, extraído partes daquele registro não autoriza a quem quer que seja declarar que a totalidade daquele registro é divina.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: collapse;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">Pelo contrário, caso toda mikra ou Tanak fosse divina, a providência teria orientado os apóstolos, não a selecionar trechos, <i><u>mas a compor um comentário bíblico 'completo', como esses editados pelos protestantes</u></i>, os quais vão da primeira página de Gênesis a última palavra de Malaquias, algo que sequer foi feito por qualquer padre antes de <i>Beda, Alcuino </i>e<i> Ruperto, </i>seguidos por<i> Lira.</i></span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: collapse;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">E só assim teríamos esse sentido total revelado pelos apóstolos bem orientados. Deixar esse encargo a homens falíveis até me parece irresponsabilidade.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: collapse;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">De fato eu não vejo como a doutrina Cristã possa preceder seu veículo i é o evento da Encarnação de Cristo e isso me parece uma inversão ou subversão.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: collapse;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">Acho complicado recorrer aos apóstolos e antigos padres com relação a doutrinas de inspiração <i><u><b>posto que todos eles acatavam a doutrina da inspiração plenária,</b></u></i> segundo a qual a tal bíblia como um todo era uma espécie de Enciclopédia dos escoteiros mirins, apta para tudo ensinar, até ciências e boas maneiras inclusive.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: collapse;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">Felizmente hoje tal perspectiva subsiste apenas nas seitas de analfabetos como a bréia... Pois parte mais ou menos considerável dos Ortodoxos, romanos e anglicanos admitem a restrição ou o MNI e reconhecem que a tal bíblia seja um escrito meramente religioso ou espiritual, sem cominações naturais ou científicas, o que nos parece mais acertado.</span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">E no entanto esta verdade incontestável era supinamente ignorada pelos apóstolos e padres. Porém quanto a esse ponto, toda Cristandade tradicional, deve ceder e separar-se deles. Assim evita-se a mentira e honorifica-se a verdade, o que é precipuamente Cristão. Já os fanáticos e fundamentalistas falsificam, mentem e buscam ocultar a realidade, o que nada tem de Cristão.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="white-space-collapse: collapse;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">Da mesma maneira deve a Cristandade abandonar a opinião formal sobre a inspiração linear ou a crença num 'corão cristão' e conectar todas as coisas divinas ao Verbo Encarnado Jesus Cristo. </span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: collapse;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: collapse;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">Todas as tentativas inúteis para salvar o livro ou melhor a falsa opinião da 'bíblia unitária' acabam sempre, ainda que de maneira sutil, arranhando ou obscurecendo a autoridade do homem Deus Jesus Cristo, o único centro e fundamento de toda vida Cristã.<br /><br />Amorosamente seu. Em Jesus Cristo</span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: collapse;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;"><br /><div style="text-align: center;"><u>Fragmento da segunda resposta</u></div><br /><br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: collapse;"><span style="font-family: arial;"><span style="background-color: white;">A Igreja, esposa </span></span><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">e serva, jamais foi inimiga ou adversária de Cristo. O protestantismo, dando prosseguimento as opiniões de Agostinho, entronizou o livro ou a tal 'bíblia una', no lugar do Homem Deus Jesus Cristo, e desde então a bibliolatria deu origem a esse imenso cipoal de seitas ou a essa Babel anti Cristã.<br /><br />Lamentavelmente, a igreja antiga, apegada a ficção bíblica ou a ideia de um Corão cristão, jamais teve coragem suficiente para por o dedo no fundo da ferida ou ir a raiz do problema, gritando a plenos pulmões: Ao Evangelho ou ao Novo Testamento. E isso foi dramático, pois ela ficou travada e desarmada diante dessas seitazinhas exóticas...</span></span></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: collapse;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">Devemos no entanto restaurar todas as coisas, não num livro ou conforme o exame humano e falível, mas no Verbo Encarnado Jesus Cristo, do qual a igreja viva ou corpo místico, é extensão.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: collapse;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial;">Para tanto convém situar o veículo ou critério externo da tradição apostólica ao lado do Evangelho Escrito, tomar o Evangelho escrito ou as palavras do Verbo Jesus como padrão de juízo para julgar os escritos do Novo Testamento e enfim, demolir sem contemplação a doutrina da inspiração linear, admitindo que, quanto aos registros judaicos,<u><i> apenas as profecias e os tipos simbólicos de Jesus Cristo são divinos, porquanto vinculados a sua pessoa prestando-lhe vassalagem.</i></u></span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: collapse;"><div dir="auto"><br /></div></div></div></span></span></div></div>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-53272779251863347732023-12-03T10:15:00.000-08:002023-12-03T10:23:32.065-08:00Algumas farpas contra o moralismo insipido.<p><span style="font-family: arial; font-size: large;"><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;">Penso que o aborto deva ser objeto de consulta popular, plebiscito ou referendo, como qualquer outro tema público.</span></span></p><p><span style="font-family: arial; font-size: large;"><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;">Pois as decisões tomadas num grupo social devem ser tomadas pela maior parte dos cidadãos.</span></span></p><p><span style="font-family: arial; font-size: large;"><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;">Quanto a mim já declarei em diversas ocasiões ser contra o uso do aborto como forma de controle de natalidade ou planejamento familiar e sobretudo contra o financiamento público, no casos de mulheres que tenham condição de por ele pagar - Exceto em caso de estupro, má formação ou risco para a saúde da mulher. </span></span></p><p><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: arial;"><span style="font-size: large;">Se por um lado não sou a favor de um 'libera geral' por outro não acho justo que mulheres pobres e semi analfabetas sejam criminalizadas por recorrer ao expediente do aborto em situações de desespero.
Agravante disso é o machistóide ou o homem de bem, recusar-se a usar preservativo ou abandonar o rebento que fez sem pagar pensão - Deixando a mulher desamparada e em situação de penúria...
E Igreja hipócrita opondo-se a Educação sexual das meninas e meninos da Escola pública e o que é ainda mais aberrante, ao controle de natalidade.
Enfim se o clero deseja criticar tais mulheres com propriedade e justeza por que não as ajuda a criar os filhos... No dia em que o clero pagar pensão a tais mães e ajuda-las a manter seus filhos, cessará de ser um clero fariseu.
<br /></span></span></span></p><div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a" style="margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial; font-size: large;">Independentemente do que, pense ou julgue sobre as variantes ou variáveis da sexualidade humana, quero, pela milésima vez, deixar bem claro que - homossexuais, trans sexuais, assexuados, pan sexuais, etc são todos seres humanos, produtores, contribuintes, e sobretudo sujeitos de direitos essenciais e inalienáveis.</span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial; font-size: large;"><br /></span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial; font-size: large;">Devem portanto, sob todos os aspectos, ser encarados como absolutamente iguais aos heteros e bissexuais e postos sob a proteção das leis. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial; font-size: large;">Uma vergonha que suas uniões ainda não <a style="cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>tenham sido objeto de reconhecimento legal neste país de bananas, em que fanáticos religiosos do pior tipo, ainda julgam reter algum poder político.</span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial; font-size: large;"><br /></span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: arial; font-size: large;">Aos que são contra tais formas de sexualidade concedo-lhes a faculdade de crer e de ensinar que seu 'bom deus' punirá tais pessoas - Com fogo, enxofre, etc - no além túmulo e sobretudo o direito líquido e certo de não pratica-las.
Pois a lei não pretende fazer com que os heterossexuais se unam a pessoas do mesmo sexo, pelo que não lhes diz respeito.
De fato a mania de decidir pelo outro ou de comandar o outro deve cessar.</span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: arial; font-size: x-large;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: arial;"><span style="background-color: white; font-size: x-large;">E desde que não haja prejuízo ou agressão, pessoa alguma tem o direito de se sentir agredida por outra... Do contrário se retire, como diz o ditado popular.
Por fim se como vocês costumam dizer é o heterossexualismo natural, exemplo algum poderá ser capaz de sequer atenua-lo, pois o que procede da natureza não pode ser alterado facilmente.
</span><span style="font-size: large;"><span style="background-color: white;">
<span style="text-align: center; white-space-collapse: collapse;">Ideologia de gênero não pode ser confundida com <i><b><u>LIBERDADE SEXUAL</u></b></i> ou usada para ataca-la. Quanto aos que são contra a liberdade sexual, sugiro que se encostem no muro das 'lamentações' ou se transfiram para Meca, Riad, etc A liberdade sexual é uma conquista da civilização e o posto disso chama-se barbarie.</span></span></span></span></div></div><p><span style="background-color: white; font-family: arial; font-size: x-large; white-space-collapse: preserve;">
</span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-8283814497965858722023-12-03T09:43:00.000-08:002023-12-03T09:43:49.845-08:00Imitadores de Deus...<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgejF0V5KvGIwviE0szMFknlCcusoqBqz7bMTrQsrrV7U2r8_sxJzQurLTOmBQGjBVFy1Xfy_n6pgOq_Z-mCMTjogiNgDcyR8ZdPtWgCHEtCezqscGufOO987UT-uSf04JUj965UvwtWb4MiQ_3J764vEdM8OewIbKIB5-3C8mh6VKUKLxOzwuWbZY_fTLp/s954/formiga.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="954" data-original-width="717" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgejF0V5KvGIwviE0szMFknlCcusoqBqz7bMTrQsrrV7U2r8_sxJzQurLTOmBQGjBVFy1Xfy_n6pgOq_Z-mCMTjogiNgDcyR8ZdPtWgCHEtCezqscGufOO987UT-uSf04JUj965UvwtWb4MiQ_3J764vEdM8OewIbKIB5-3C8mh6VKUKLxOzwuWbZY_fTLp/w482-h640/formiga.jpg" width="482" /></a></div><br /><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;"><br /></span><p></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;"><br /></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;"><br /></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;">Parece-me que, face ao Bom Deus, sejamos ainda menores do que as pequenas formigas em comparação conosco. Quiçá tratando bem esses e outros seres pequeninos nos aproximemos mais da bondade divina. Deus, mesmo sendo infinitamente maior do que nós, nem por isso, nos esmaga... Por que mais do que colossal, imenso ou infinito é Deus Bom!!! Abstenha-mo-nos portanto de matar qualquer inseto pequenino - Desde que não nos importune a nós ou a nossos animais! - pelo simples fato de sermos maiores do que eles e podermos faze-lo.<br /><br /><br /></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;"><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-70878175355730687622023-12-03T09:31:00.000-08:002023-12-03T09:31:42.544-08:00Oclocracia ou, quando a Democracia desanda...<p><span style="font-size: large;">Dever nosso, i é, dos que sustentam os ideais do Liberalismo político e da vida democrática, velar para que nossa democracia não se venha a converter numa qualquer outra coisa ou em algo que os antigos chamavam Oclocracia, ou seja, o domínio das massas imbecis.<br /><br />De fato um conceito sadio de democracia supõe sempre algo a que se chame povo ou um conjunto de cidadãos. Em contraposição a povo temos massa, algo inconsciente e formado por homens e mulheres ignorantes, idiotizados, acríticos e manipuláveis. <br /><br />As massas não parecem ter ideais muito elevados e por isso mesmo contentam-se em ter satisfeitas suas necessidades mais elementares como comer, beber, fumar, procriar e curtir, nada muito além... Via de regra são as massas miseráveis ou carentes de quase tudo, e por isso seus ideais são básicos ou elementares...<br /><br />Isentas de qualquer ideal político as massas não oferecem qualquer perigo para os poderosos ou para os demagogos. <br /><br />Já por serem extremamente dóceis e manipuláveis.<br /><br />Por questão de necessidade as massas se vendem e vendendo-se são contidas.<br /><br />Basta que o líder ou os lideres lhes deem> Pão e circo i é Pão, churrasco, cerveja, sexo fácil, fumo e ruídos para que se satisfaçam e não incomodam. As massas contentam-se com migalhas ou esmolas ofertadas pelos demagogos e por isso são oportunas.<br /><br />O cidadão, tendo uma condição de vida média e satisfeitas suas necessidades básicas, bem pode alçar-se as regiões do abstrato, idealizar algumas coisas - Como a partilha do poder! - e aspirar por elas. Por ter atingido certo nível de consciência é o cidadão uma ameaça para o demagogo e também para o patrão, para o mago...<br /><br />As massas e o zumbi, não incomodam a quem quer que seja, não representam ameaça alguma, não são causa de inquietação...<br /><br />E no entanto a questão que aqui se coloca é a do acesso ao poder.<br /><br />Pois desde que mundo é mundo, são as massas, sutil ou declaradamente, controladas.<br /><br />A bem da verdade são compradas por meio das migalhas ou esmolas que recebem.<br /><br />E sendo as massas o que são, não vejo outra solução possível.<br /><br />Por isso a Democracia atribui o acesso e o controle do poder a outra entidade, a que chamamos Demos ou Povo, uma agremiação formada por cidadãos conscientes, a cidadãos formados por um processo educativo ou emancipatório.<br /><br />Agora para que tal elemento político - O Povo, exista de fato, é necessário um ingrediente econômico.<br /><br />As massas alienadas tanto hoje quanto nos belos tempos do Império romano, são formadas pelos miseráveis, pelos que quase nada tem e pelos que, quase nada tendo, sequer podem satisfazer suas necessidades básicas. Posto que a miséria produz a dependência e a falta de acesso a educação produz a conformidade.<br /><br />Uma economia que produz miséria impulsiona o processo de massificação e tira vantagem da massificação, gerando um círculo vicioso reforçado pelo fundamentalismo religioso e pela tirania ou pela demagogia. <br /><br />Para que haja povo ou um conjunto de cidadãos conscientes, devem eles, economicamente falando, gozar de uma condição média > A qual lhes franqueie acesso a certo nível de comodidade ou conforto, e possibilite a formação do espírito por meio da instrução.<br /><br />No tempo presente, as estruturas econômicas, a situação política e certas expressões religiosas, conjugaram-se, tendo em vista a produção de massas ou de pessoas sem consciência. Isto porque almejam controla-las econômica, política e socialmente, tornando sua servidão invencível.<br /><br />Se o setor responsável por gerir o processo educativo, curva-se diante dos poderes econômicos e diante dos clamores suscitados pelo sectarismo religioso, não se deve esperar coisa alguma dele, a exceção de uma instrução aparente.<br /><br />Oferecer as massas uma educação de qualidade ou uma instrução esclarecedora equivaleria a entregar aos presos a chave da cela, e o carcereiro, imbuído de sua vocação, não o fará.<br /><br />Temos massas, fabricação acelerada de massas, despersonalização, desumanização... E temos um discurso politicamente liberal ou democrático, o qual, dentro de certas condições é não apenas válido como desejável.<br /><br />Eu aspiro por ideais democráticos e por uma vida democrática que garanta, na perspectiva mais ampla, o exercício das liberdades.<br /><br />Porém democracia só se faz com povo ou é feita, é construída, é implementada, pela atuação de cidadãos conscientes. Alias quanto mais direta um democracia é, melhor é.<br /><br />Com massas o que temos jamais será democracia porém Oclocracia. Algo em entram diversos ingredientes, como demagogia, certo nível de manipulação ou dominação sutil e acordos.<br /><br />Implica a Oclocracia, que as massas tenham certo nível de acesso ao poder ou que obtenham algo em troca - Como o cão, a quem o gatuno atira um osso, para poder ter acesso a casa que pretende roubar... As vezes esse osso poder até ser um pedaço de carne ou mesmo um suculento bife - Uma vez que o assaltante obterá ouro...<br /><br />É uma espécie de troca. <br /><br />Por meio da qual as massas alienadas obtém os 'bens' que, por absoluta, falta de educação ou instrução, veio a desejar - Pois caso fosse educada aspiraria por outras coisas ou por verdadeiros bens.<br /><br />Contentam-se as massas com - Futebol, carnaval, novelas, showzinho gospel, falsas moralidades, cachaça, fumo, drogas, sexismo, etc enquanto os demagogos rapinam o erário. Fornecido o ópio ou o circo, as massas não se mexem, não se movem, permanecem inertes...<br /><br />O Estado demagógico, por meio da cultura, condiciona as massas a fruírem de tais 'bens', inclusive ocultando-lhes outros bens, que de fato são bens. Apenas para em seguida fornecer-lhes tais bens, e assegurar a paz: "O que eu quero é ser feliz na favela onde eu nasci.".<br /><br />Mas só é feliz na favela e nela deseja viver, quem por ignorar horizontes mais amplos, cuida ser ela, a favela, o mundo...<br /><br />Ocultem o mundo, o outro mundo, aos aprisionados, e eles se sentirão super felizes dentro da caverna...<br /><br />A Educação hoje consiste basicamente nisso: Em mostrar o que já se conhece e jamais apresentar o que não se conhece ou ignora. E nem podemos aspirar pelo que ignoramos.<br /><br />Mantemos o discurso em torno da democracia e do liberalismo político, mas não concedemos as massas pleno acesso ao poder.<br /><br />É o caminho da Oclocracia. <br /><br />A passagem para o caos.<br /><br />Pois em certo momento poderão as massas exigir mais.<br /><br />E se um dia, por obra do deus acaso, conquistarem o poder e exercerem o controle...<br /><br />Conhecemos, lamentavelmente, a ditadura de um ou de alguns.<br /><br />Que seja ditadura de um grupo social ou uma ditadura de massas, ignoramos supinamente.<br /><br />O quanto quero dizer é que ao fabricar massas podemos estar forjando um futuro terrível ou pior que tudo quanto já vivenciamos.<br /><br />Deveríamos estar instruindo, educando, formando cidadãos críticos, dirigindo para a Ética, personalizando, humanizando... <br /><br />O que o Estado, a serviço do lucro e da superstição, tem feito é semear a miséria, despersonalizar, desumanizar, promover a ignorância, expandir a alienação, etc - Com o que se solapa a democracia e se suscita críticas intempestivas, não poucas vezes justas.<br /><br />Não poucas vezes o que se repudia e combate não é a Democracia ou o tipo ideal de vida democrática porque aspiramos e sim essa corrupção chamada Oclocracia - O domínio das massas idiotizadas. <br /><br />Muitas vezes o que se rejeita e combate é apenas sombra de democracia ou uma democracia degenerada e decadente.<br /><br />Tal o quadro sinistro das coisas...<br /><br />Nossa democracia se vai desacreditando.<br /><br />O clamor das massas imbecilizadas e satisfeitas aumenta dia após dia. Como nuvens que prenunciam uma tempestade...<br /><br />No Brasil parte das massas identitárias ocupa-se de coisas totalmente inúteis, como em elevar o Funk e o 'ripe rope' ou a dança de rua, as alturas... Enquanto o outro lado, deseja a instauração de uma Teocracia bíblica...<br /><br />De extremo a extremo vagam as massas... <br /><br />E não sabemos no que resultará tudo isso.</span></p><p><span style="font-size: large;"><br /><br /><br /><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-32943703841549206582023-12-02T19:00:00.000-08:002023-12-02T19:21:21.294-08:00O Estado deseducador ou onde esquerda e direita se tocam...<p> <span style="font-family: times; font-size: large;">Acho difícil ou até ingenuidade acreditar que a educação pública, gerida por um Estado associado ao Mercado e a seitas religiosas fundamentalistas, cumpra seu desiderato, que é a produção de cidadãos críticos e reflexivos.<br /><br />Até onde podemos observar o Estado, dirigido por demagogos, se tem empenhado em produzir massas manipuláveis já para os empresários, já para os charlatães religiosos e até poderíamos falar num processo de massificação. Mesmo porque o 'político', o patrão e o pastor beneficiam-se da ignorância alheia.<br /><br />Enquanto profissional da Educação tenho que responsabilizar direita e esquerda - Embora a direita seja muito mais feroz e proativa. - por semelhante estado de coisas. </span></p><p><span style="font-family: times; font-size: x-large;">A direita pretende fornecer aos cidadãos uma educação sumária ou elementar que o habilite apenas a ler, calcular e, no máximo, decorar uns nomes e umas datas... Nada que permita ao ser racional contemplar, conhecer, avaliar e inclusive transformar o mundo em que vive ou a sociedade em que esta inserido. É a famosa educação positivista ou positiva, destinada a produzir funcionários ou criados. Acho que decidir o futuro dos jovens e crianças e limitar seus horizontes, equivale a um crime hediondo...<br /><br />Já a esquerda, no afã de inserir os meninos e meninas pobres na escola, satanizou levianamente a reprovação, e, face as mazelas sociais, implantou a aprovação sumária ou automática, sendo acompanhada por muita gente de boa vontade, que alega omissão por parte do poder público - E o lema é: O educando não pode ser responsabilizado... De acordo> Porém converter a educação numa farsa não me parece ser a solução correta.<br /><br />O resultado desse afã foi uma queda ou rebaixamento abissal no que tange a qualidade da educação. Conclusão: Inserimos muitos para que aprendam muito pouco - Quando deveríamos ter inserido muitos para que aprendessem muito, cobrar o poder público, sanar as mazelas instauradas na estrutura educacional, instruir, cobrar, exigir responsabilidade por parte dos educandos, reforçar a noção de dever e, quando necessário for, punir e reprovar, sem o que não se educa.<br /><br />Por esse caminho chegou-se a mentalidade pós modernista, insuflada por essa esquerda desmiolada e aproveitada com gosto por aquela direita canalha acima descrita. <br /><br />Quero dizer que nossas crianças não mais vão a escola para aprender conteúdos significativos e relevantes ou ferramentas que possibilitem-nas ascender socialmente, mas coisas populares ou que aprendem já em seu ambiente. Não mais se torna de abaixar-se até a realidade do educando para eleva-lo, porém de lá ficar - Abaixo, com o popular ou chulo... Exatamente conforme aquela 'música' horrenda: 'Quero ser feliz na favela em que nasci' > Educação virou isso, escola pública virou isso: Funk, 'ripe rope', dança de rua, capoeira, sei lá mais o que, para essa esquerda cirandeira; economia, projeto de vida, empreendedorismo, etc para a canalha de direita... E a Educação não transcende, não mostra nada de novo ou de diferente para essa clientela, na acrescenta... <br /><br />Pois o que chamamos de Educação, a esquerda chama de ideologia burguesa e a direita de ideologia de esquerda. E em níveis diferentes (A direita advertimos é bem mais hostil e nem toda esquerda é pós modernista!) parece que contribuem para produzir cidadãos estúpidos ou imbecis, seja por meio dessa educação positiva\mutilada ou através dessa cultura popular que se dá por satisfeita. <br /><br />Em meio a semelhante caos estabelecem-se prêmios ou bônus para que professores, diretores e supervisores aprovem o maior número de alunos possíveis, de modo que os defensores da reprovação passam a ser malvistos e caçados por seus próprios colegas de trabalho. Pois o lema é passar a criatura a todo custo, inda que não saiba ler ou calcular > E chega ela ao sexto ano - Analfabeta ou semi analfabeta. Afinal: A prefeitura ou o Estado não a apoiou como deveria... E não podemos culpabilizar o aluno... Então enganemos o infeliz, dando-lhe um diploma falso, que não significa coisa alguma... E com essa ideia de justiça consolamos nossa consciência ou ocultamos essa fome insaciável de bônus.<br /><br />E o empenho é tal que nos municípios supervisores pressionam diretores e diretores pressionam professores para que mudem suas notas i é para que aumentem suas notas, de modo a passar a todos e a promover analfabetos e semi analfabetos. A rede estadual de S Paulo vai muito mais longe> Diretores e vice diretores há que falsificam as assinaturas dos professores relutantes em colaborar... Professor há que reprovou formalmente o aluno em Conselho, apenas para ve-lo aprovado no ano seguinte sem saber como... Que o ministério público faça uma grande oitiva ou sindicância nessas organizações...<br /><br />Uns pela educação sumária e mutilada, outros pela cultura popular, outros - Mais práticos, pela prebenda a que chamam bônus. - parecem que todos estão de acordo quanto a aprovação automática dos analfabetos e semi analfabetos.<br /><br />Acham inocente ou inócuo promover quem pouco ou nada aprendeu e até ousam dizer que reprovar é castigar o aluno ou vingar-se dele, que é ato de rancor, etc <br /><br />Bem - Lhes damos um diploma e lhes franqueamos passagem...<br /><br />Não chegarão a lugar algum, disse-me um colega suspirando...<br /><br />Calma professor, disse-me ele, contenha-se, daí não sairão enfermeiros, cozinheiros, arquitetos, médicos, etc<br /><br />Calei-me... Inutil discutir com pessoas tão bem intencionadas (Bônus). Mas pensei comigo mesmo: EAD.<br /><br />Caso venham a adquirir uma graninha se vão matricular num curso virtual e pagar para que alguém faça as atividades por eles... Arriscarão na prova... E quiçá com um pouco de sorte cheguem a aplicar injeções, a preparar alimentos ou até a desenhar algum projeto. Dessa rebelião ou ascensão de massas despreparadas e idiotas porém diplomadas resultará o caos...<br /><br />O número de erros em áreas nas quais o erro acarreta desastres escabrosos aumentará exponencialmente. <br /><br />Impossível que a queda, por nós provocada, na qualidade educativa não se reflita, daqui há algumas décadas, no desempenho profissional de parte da população, o qual experimentará considerável declínio. Outra possibilidade é a falta de profissionais habilitados em diversos campos, o que afetará diretamente a oferta de diversos serviços essenciais.<br /><br />No tempo da ditadura a Educação tinha qualidade porque era para poucos e não para todos...<br /><br />Triste verdade que não apoiamos.<br /><br />Hoje, no entanto, parece que é a Educação para todos, mas aparente...<br /><br />Antes tínhamos educação para poucos - Hoje não há temos para quem quer quer seja i é não temos educação...<br /><br />Mas sabem ler e escrever... Um maior número de cidadãos.<br /><br />Ok - Mas não promovam quem não atingiu suficiência. Pois também a reprovação, em certos casos, produz melhorias.</span></p><p><span style="font-family: times; font-size: x-large;">Quiçá nem todos sejam absolutamente iguais, e alguns precisem se esforçar mais ou muito mais. É possível. Neste caso há que se estabelecer certos requisitos mínimos, além de dar máximo apoio possível. Há que se investir... E também de reprovar, quando não houver condições.<br /><br />Por fim me pergunto quanto essa ideologia anti reprovação significa em termos de economia ou de $$$ e julgo que essa pergunta seja necessária. Afinal, em tempos nos quais o Estado assume uma responsabilidade cada vez maior por parte dos insumos educacionais, a quem cabe o investimento... Nesse caso, aluno reprovado, investimento dobrado.<br /><br />Antes não era a reprovação satanizada porque os pais arcavam com seus custos. Agora que o Estado assume parte dos custos é a reprovação proscrita como algo essencialmente deseducativo ou maligno - COINCIDÊNCIA...<br /><br />Saibamos analisar criticamente cada discurso...<br /><br /></span></p><p><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-87743658058950014362023-12-02T18:07:00.000-08:002023-12-02T18:07:43.283-08:00Apresentação do Cristianismo Histórico não deturpado pelos Ocidentais ou latinos (Protestantes e romanos)<p><br /></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">- Jamais existiram quaisquer Adão e Eva, criado a partir do barro ou magicamente feito a partir de uma costela.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">Como jamais existiram árvores do bem e do mal, serpentes com asas ou patas ou ainda um jardim do Éden.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">Tudo <a style="cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>isso não passa de um relato mitológico produzido a partir do <u><i><b>'Enumah Elish',</b></i></u> um relato babilônico ancestral. Alias nesse relato é o homem feito a partir do barro de modo a significar seu alto valor posto que do solo barrento da Mesopotâmia eram feitos os tijolos com que se construíam as cidades, os potes de cerâmica e até mesmo as tabuinhas com que se escrevia. <br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">Em sua ingenuidade os antigos hebreus copiaram o relato ancestral, o que se enquadrava perfeitamente em sua mentalidade era mágico fetichista ou pré científica. </span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">Forçoso declarar que nada há de histórico ou real em tal relato. No máximo teríamos uma ilustração alegórica sobre a presença do mal no mundo ou ainda sobre a ação organizadora do espírito sobre a matéria, ainda que muito mal compreendida.
O mais provável é que o elemento material seja eterno e que o elemento Imaterial ou divino atue eternamente sobre ele produzindo uma infinidade de mundos. </span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">- E no entanto o mal moral ou ético está presente no mundo dos humanos desde seus primórdios e representa uma infidelidade a própria consciência, testemunha de uma Lei superior e divina.</span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">- Naturalmente que o mal moral faça pressupor, naqueles homens, consciência ou conhecimento e livre vontade.
Embora o raio dessa consciência dependa das circunstâncias histórico sociais. Nem precisa ser sua extensão idêntica a nossa.</span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">- A própria doutrina Ortodoxa declara e admite que esse mal, não metafísico ou essencial, perpetuou-se pelo exemplo, i é, através da educação, da cultura, etc Não se trata portanto um mal juridicamente imputado a pessoas inocentes e menos ainda a uma 'massa' de seres humanos. Pois não é próprio da justiça infinita transferir a culpa do criminoso aos inocentes e isso é sempre aberrante.</span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">- Tampouco corrompeu ele por completo a natureza humana, a ponto de afetar a racionalidade e a livre vontade ou as capacidades para conhecer e decidir, limitando-se a feri-la ou debilitada.
Nem poderia qualquer ação humana destruir por completo a 'Imagem e semelhança' de nosso bom Deus.</span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">- Disto resultou a alienação da espécie com relação ao Sagrado ou uma ruptura. Noutras palavras: Perdeu o ser humano sua comunhão com Deus e com o todo ou o universo e, a partir daí, fragmentou-se ainda mais. E por esse caminho chegamos a ambivalência e ao conflito interno.</span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">- Para sanar, recuperar, purificar e educar esse ser fragmentado e decadente, a Trindade consubstancial e indivisível, assumiu a natureza humana e se manifestou na carne.</span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">- Nem as pessoas divinas se separaram - Qual fossem diferentes deuses. - e deram morte uma a outra ou pagou a excelsa divindade qualquer coisa a quem quer que fosse. Pois não há poder superior a ela nem é ela masoquista.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">Quis a divindade partilhar da nossa condição e padecer na cruz para manifestar sua solidariedade ou seu amor e ser nosso companheira na jornada da dor e do sofrimento. E tal é um ato de infinita nobreza, gentileza, benevolência e filantropia. Embora seja Deus impassível em si mesmo, tornou-se nosso camarada por meio da natureza humana a que se uniu.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">Imolou portanto a si mesmo apenas para nos atrair a si.</span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">- Por fim todos os humanos, mesmo após a morte e sem dúvida alguma até o dia do juízo final, tem a possibilidade de se unirem a Jesus Cristo ou de abandonar o mal e passar ao bem. E alguns de nós tem a esperança de que tal possibilidade se estenda para além do juízo final e de que todos sejam recuperados ou restaurados no Deus encarnado Jesus Cristo.</span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;">Tal a versão original, legítima e correta do Cristianismo - Sem Triteísmo, expiação, predestinação ou penas eternas. - não deturpada pelos papas romanos, reformadores protestantes e sobretudo Agostinho. A Ortodoxia oriental é testemunho histórico disto.</span></div></div>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-20774959121871729412023-11-26T11:52:00.000-08:002023-12-02T18:08:16.418-08:00Algumas reflexões sobre o Estado e a Economia: Por um Estado real e não fictício ou aparente.<p><span style="font-family: times; font-size: large;">Curiosa a oposição extremista entre marxistas ou comunistas e anarquistas. <br /><br />Pois para os primeiros o Estado, que nada é quando controlado pelos capitalistas, passa a tudo ser após a afirmação da ditadura do proletariado. E todavia jamais deixa de ser uma casca ou película controlada por forças econômicas. Pois esse Estado se torna tudo sempre por mediação do econômico, ao qual serve como meio ou instrumento. Inexiste qualquer possibilidade de autonomia para o poder político e o contrário disto seria idealismo ingênuo.<br /><br />Outro o caso dos anarquistas, que jamais levam o Mercado ou os poderes econômicos a sério, tributando toda carga de opressão na conta do poder político ou do Estado.<br /><br />Destarte buscam os primeiros, como já foi dito, servir-se do Estado com objetivos econômicos diversos... Sem perceber que se utilizam do poder político para controlar e submeter os poderes econômicos ou as forças de produção... Atribuída essa finalidade 'socialista' ou Comunista ao Estado, adquire ele um desígnio que o torna importante.<br /><br />E desta visão procede uma rigorosa ou radical estatolatria, e totalitarismo, e ditadura, e tirania, e opressão... Tudo coberto com o pomposo termo de 'Ditadura do proletariado' a qual, para os pupilos de Marx e ovelhinhas de Lênin corresponde a um Dogma tão sacratíssimo como a Igreja para os Cristãos Católicos. <br /><br />Nem posso deixar de assinalar que alguns críticos atilados já assinalaram inclusive as semelhanças entre os órgãos de controle do PC na velha URSS e os órgãos de controle do Vaticano. Creio que foi o <i>Dr Fulop Miler.</i><br /><br />Outro o caso dos anarquistas, cujas propostas sociais jamais se concretizaram.<br /><br />De minha parte creio que sairia pior, e bem pior, do que o 'paraíso' comunista essa ideia ultra ingênua de eliminar a organização política ou diminui-la até os limites de um micro Estado e deixar intacta a estrutura econômica ou manter o Mercado... Julgo que disto resultaria ditadura mil vezes pior do que as ditaduras comunistas, nazistas e fascistas, inda que hipocritamente dissimulada.<br /><br />Nem é por mero acaso que os ultra capitalistas tenham assumido essa pauta sob a legenda ANCAP, prova de que ninguém deseja mais a total demolição do poder político ou do Estado - Que muitas vezes o serviu tão bem, MAS NEM SEMPRE... - do que os detentores do poder econômico e apóstolos do liberalismo economicista em máximo grau.<br /><br />Convém alias, expor aos comunistas, que os mesmos senhores do capital, receiam não pouco da Religião, ou melhor, do Cristianismo histórico ou antigo, do contrário seus ancestrais não teriam o teriam sabotado, por meio da reforma protestante, com o objetivo de instaurar essa nova ordem economicista. Foi necessário satanizar o Cristianismo antigo, apostólico ou autêntico, semear boa dose de ceticismo, fragilizar a igreja velha, etc com o objetivo de engendrar a incredulidade e a partir dela esse novo mundo materialista. Foi por meio do protestantismo que o Cristianismo tornou-se completamente dócil e servil face aos poderes econômicos ou ao mercado em formação.<br /><br />Desde então o Capitalismo ou liberalismo econômico tem buscado por todos os meios favorecer ou facilitar o protestantismo e atacar com não menos sanha as igrejas anglicana, romana e Ortodoxa, devido ao sentido espiritual de insubmissão ou de rebelião que anima algumas de suas parcelas e súditos. O protestantismo, quase como um todo, colabora ou coopera, os 'catolicismos' jamais inspiraram confiança ao Mercado. Portanto a ideia de combater a religião ou certas formas religiosas não é prioridade do comunismo ou invenção sua. Apenas o liberalismo econômico sabia o que devia ser atacado ou o que temer.<br /><br />E aos anarquistas convém expor que nem sempre o Estado foi dominado pelo capital ou por poderes econômicos, e que em algumas circunstâncias se lhe opôs, apenas para ser esmagado ou triturado, mas se lhe opôs - Com Laud, com Robespierre, com Vargas, com Peron, sob a ideologia de <i>Keynes </i>ou do bem estar social em alguns países do Norte da Europa, na Inglaterra fabianista que por um tempo enjaulou a besta, etc De modo que tampouco o Estado foi sempre dócil ou servil face a tal ordem como supõem o mito anarquista. <br /><br />Outro o caso do tempo presente, após o consenso do Washington e a cruzada neo liberal, no qual o poder econômico parece disposto a recobrar um controle total sob a fórmula de um Estado mínimo, policial ou de enfeite. Porém o que foi desalojado no passado poderá ser desaloja-lo em qualquer tempo futuro. Desde que se ressuscitem e alimentem umas velhas ideologias (Antes de tudo a do Direito natural ou jusnaturalismo.)... O que foi feito antes sempre poderá ser feito novamente depois - Desesconomizar o Estado ou opo-lo a nova religião do Mercado, É PERFEITAMENTE EXEQUÍVEL.</span></p><p><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large;"><b><i><u>O PAPEL DO JUSNATURALISMO E DO TEÍSMO NATURALISTA.</u></i></b></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;"><br /></span></p><div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a" style="margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Não basta termos um Estado politicamente liberal ou formalmente democrático. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Precisamos ter um Estado Ético, voltado para os direitos fundamentais da pessoa humana.</span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Por isso é que se faz premente afirmar tais direitos como naturais e inalienáveis e não como conjecturais ou relativos a qualquer pacto social de natureza positiva. Os direitos humanos devem transcender a qualquer pacto ou decreto de natureza política para que adquiram essencialidade e perenidade.</span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;">Pois tudo quanto, sob o termo de convenção, possa ser atribuído a lei positiva ou ao poder político por ele pode ser revogado. Apenas a lei natural pode servir como fundamento inamovível a nossos direitos e garantias.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-size: large;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times;">Por isso o mesmo poder que estimula o <a style="cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>fundamentalismo religioso e sectário - Devido a seu sinistro discurso (Sobrenatural!) em torno da submissão acrítica e passiva. - não se sente molestado de forma alguma pelos discurso ateísta (Exceto pelo comunista, o qual vai muito além do puro e simples ateísmo, a que alias é irredutível.). Dado que a partindo do </span></span><span style="background-color: white; font-family: times;">ateísmo é impossível fundamentar uma lei ou uma ordem natural e imutável expressa por direitos humanos inalienáveis. <i>De fato a ausência de um Legislador supremo desampara qualquer humanismo, por tudo relativizar e atribuir a lei positiva ou a pactos sociais.</i></span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Alguns nichos religiosos não fundamentalistas existentes nas igrejas anglicana, romana e Ortodoxa, no espiritismo e em algumas outras expressões religiosas (Radicalmente comprometidas com os direitos humanos e com a justiça social.) incomodam muito mais os poderes econômicos e políticos do que esse ateísmo por vezes neutro ou esquivo as causas sociais. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="font-size: large;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times;">Isto porque aquelas expressões religiosas possuem doutrinas sociais, atribuídas aos céus e infensas a manobra capitalista, coisa que a maior parte da corrente ateísta, a exceção do complexo e desacreditado Comunismo, jamais nos ofereceu. Por isso encaro esse ateísmo metafisicamente virulento e socialmente vazio como absolutamente irrelevante e prefiro um papista que reza o terço ou um espírita embiocado que se identificam com o trabalhador ou com um cidadão oprimido, a um desses chateus...
Parte dos quais (Refiro-me aos chateus.)</span></span><span style="background-color: white; font-family: times;"> inclusive mantém a mentalidade - Favorável ao mercado e ao americanismo. - incutida pelas 'emprejas' protestantes. Pois uma coisa é assumir uma senha qualquer e outra totalmente diversa questionar uma cultura ou romper com ela > E eu, como ex protestante, não precisei negar levianamente a existência de um Ser Supremo ou me tornar ateu, para abandonar aquelas visões de morte e tornar-me humanista e trabalhista.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Parece-me que o capitalismo teme e receia muito mais dessas velhas ideias e tradições humanistas Socráticas ou Cristãs do que desses ateísmos todos, a exceção do comunismo. Daí a necessidade de controlar a impressa e as escolas com o objetivo de satanizar o Cristianismo antigo ou de elevar seus erros e crimes a uma dimensão colossal. Pois é esse Cristianismo antigo, mesmo quando desfigurado (Pelas igrejas romana e anglicana por exemplo.), veículo de ideias e propostas assentes pela Filosofia clássica com todo seu aparato crítico.</span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Aliás o ateísmo comunista me parece mais digno - E é o mais odiado, mas não por mim, que nada tenho de comunista! - que seus rivais justamente por se ter mostrado sensível face as gritantes injustiças cometidas pelo capitalismo e por se ter aliado ao operariado.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Os demais ateísmos me parecem tão alienados e cômodos quanto o protestantismo - O grande promotor e aliado do capitalismo... - que produziu-os.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large;">Não acredito que por si mesmo o ateísmo signifique, pois acredito mais em ações que em doutrinas e se adiro a Sócrates e a Jesus Cristo é porque antes um aceitou beber cicuta enquanto outro aceitou ser pregado na cruz. Acredito no testemunho dos que se deixam matar (Não dos que matam!) ou dos mártires que podendo resistir, recusam-se a faze-lo por algum motivo sério. Jamais vi mártires que tenham dado seus vidas pelo não ser ou pelo ateísmo... </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><br /></div></div>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-36033881368200108232023-11-26T10:41:00.000-08:002023-11-26T10:41:24.005-08:00Religião, credulidade e incredulidade<p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><span style="text-align: center;"><br /></span></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; text-align: center;"><br /></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; text-align: center;"><br /></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; text-align: center;"><br /></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; text-align: center;"> <i><b><u> OS MILAGRES</u></b></i></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; text-align: center;"><br /></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; text-align: center;">Acho mesmo muita canalhice alguém afirmar que Deus é bom e maravilhoso só porque está tudo bem com ela. Quer dizer que quando der ruim Deus ficará sendo feio e mau...</span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; text-align: center;">A meu ver essas pessoas que acreditam que a divindade atua exclusivamente em favor delas ou de seu grupo são pessoas sem caráter, egoístas e centradas em si mesmas.<br /><br />Não tenho motivo algum para julgar que atue Deus em favor delas enquanto nada faz pelas criancinhas famintas da África ou da Ásia - Mesmo porque as criancinhas são inocentes enquanto que elas...<br /><br />Por outro lado leio na pura palavra de Deus, que ele - Deus, não faz acepção de pessoas; mas que faz chover sobre justos e injustos, sendo imparcial...<br /><br />Enquanto o ego carnal se apresenta como especial ou como algo da predileção divina, declara Deus que todos são iguais e portanto que não atua em favor de A, B ou C.<br /><br />Imagina só o caboclo se matando de estudar para passar no vestibular ou no concurso público e Deus ajudando e promovendo sujeito que não estudou, i é, um vagabundo parasita.<br /><br />Tampouco me parece digno que altere Deus a ordem de um mundo que ele mesmo criou... Afinal porque consertaria Deus algo que poderia ter feito melhor desde o princípio...<br /><br />Enfim julgo que pessoa alguma daria o melhor de si para evitar algum erro caso contasse com o bom Deus para consertar suas 'cagadas'. Nesse ponto um sadio deísmo ou naturalismo, que exclui o fetichismo, oferece-nos melhores garantias em termos de prevenção de acidentes... E de fato penso que qualquer profissional que qualquer profissional que acredite em milagres ou intervenção divina, tenda a ser mais displicente que um cesssacionista.<br /><br />Por fim a busca por milagres e eventos sobrenaturais corresponda a uma alteração da ordem divina na medida em que apresenta a divindade como estando a serviço das criaturas ou como executora da vontade delas.<br /><br /><br /></span></p><div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a" style="margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto" style="text-align: center;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><u><i><b>EXTREMA SIT TAGUNT</b></i></u></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">São nossos neo ateus notáveis por confundir a totalidade das pessoas religiosas com radicais protestantes ou muçulmanos i é com pentecostais/calvinistas e sunitas... O que me parece uma deturpação da realidade ou pura e simples desonestidade.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">Também me parecem equivocados quando associam a existência de Deus ao discurso religioso ou quando atribuem a questão da existência de Deus a autoridade, livros, fé, religião, etc e, ainda aqui, se mostram herdeiros de Kant, um pensador luterano alemão que buscava justificar o fideísmo ou exaltar a fé cega.
<br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">De fato, seguindo a mesma linha do agostiniano pessimista Lutero Kant tinha por lema abater a a percepção, a racionalidade e a metafísica naturalista ou a capacidade especulativa dos seres humanos para glorificar a fé ou a Revelação divina.
Acho incrível mesmo que os céticos, agnósticos e ateus elevem aos céus um autor cujo pensamento deriva justamente do universo religioso e de um universo religioso deplorável. Os protestantes, bíblicos e fundamentalistas agradecem, - Pois situando a divindade no plano da fé cega o debate se torna impossível, e consequentemente qualquer tentativa de impugnação. Segundo o critério de Kant o deus dos fanáticos é sempre intangível.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">De fato se a <a style="cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>existência da religião revelada depende da existência de Deus, Deus sempre poderia existir sem se ter comunicado com os seres humanos, como predicam os deistas.<u style="font-style: italic; font-weight: bold;"> De modo que a relação não é natural ou necessária e da falsidade das religiões em seu conjunto nada se poderia aduzir de concreto sobre a existência Deus, exceto que seus supostos ou pretensos porta vozes são falsos.
</u>A questão em si, da existência de Deus, continuaria sendo tema da metafísica ou da teodiceia, exatamente como foi colocado pelos grandes pensadores gregos: Xenófanes de Colofon, Diógenes de Apolônia, Anaxágoras, Parmênides, Sócrates, Platão, Aristóteles, Crísipo de Solis, Cleanto de Assos, etc</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">Acho curioso que os modernos passem da fé cega numa religião qualquer diretamente ao ateísmo ou a negação de Deus, sem sequer examinar o agnosticismo ou o deísmo, ao contrário de nossos nobres e prudentes ancestrais. Coisas da bíblia é claro, digo eu, pois apenas a leitura despreparada e irrefletida desse livro poderia causar um tão estranho prodígio.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">'Tocam-se os extremos" como diria o 'estagirita' - E de um extremo a outro vão as massas.</span><span style="color: #e4e6eb;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"> </span></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="color: #e4e6eb;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="color: #e4e6eb;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></span></div><div dir="auto" style="text-align: center;"><b><i><u><span style="font-size: medium;">PROTESTANTISMO E INCREDULIDADE.</span></u></i></b></div><div dir="auto" style="text-align: center;"><b><i><u><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></u></i></b></div><div dir="auto" style="text-align: center;"><b><i><u><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></u></i></b></div><div dir="auto" style="text-align: left;"><div><div class="" dir="auto"><div class="x1iorvi4 x1pi30zi x1swvt13 xjkvuk6" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id=":r4q6:" style="padding: 4px 16px;"><div class="x78zum5 xdt5ytf xz62fqu x16ldp7u" style="display: flex; flex-direction: column; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="xu06os2 x1ok221b" style="margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="x193iq5w xeuugli x13faqbe x1vvkbs x1xmvt09 x1lliihq x1s928wv xhkezso x1gmr53x x1cpjm7i x1fgarty x1943h6x xudqn12 x3x7a5m x6prxxf xvq8zen xo1l8bm xzsf02u x1yc453h" dir="auto" style="color: var(--primary-text); display: block; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a" style="margin: 0px; overflow-wrap: break-word;"><div dir="auto"><span style="font-family: times; font-size: medium;">Coisa notável é o protestantismo por produzir, nas massas idiotizadas, um topor estúpido e nos humanos mais inteligentes, materialismo e ateísmo, i é, apostasia. Disto talvez resulte, no futuro, um grande conflito social entre os dois extremos.</span></div></div></span></div></div></div></div></div></div></div>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-7518449064897743272023-11-25T15:41:00.000-08:002023-11-26T10:44:51.899-08:00Reflexões sobre a perspectiva alegórica da inspiração linear. (Carta)<p> <span color="var(--primary-text)" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Ao nobre e excelente W. R.</span></span></p><div><div dir="auto"><div class="x1iorvi4 x1pi30zi x1swvt13 xjkvuk6" data-ad-comet-preview="message" data-ad-preview="message" id=":r4en:" style="padding: 4px 16px;"><div class="x78zum5 xdt5ytf xz62fqu x16ldp7u" style="display: flex; flex-direction: column; margin-bottom: -5px; margin-top: -5px;"><div class="xu06os2 x1ok221b" style="margin-bottom: 5px; margin-top: 5px;"><span class="x193iq5w xeuugli x13faqbe x1vvkbs x1xmvt09 x1lliihq x1s928wv xhkezso x1gmr53x x1cpjm7i x1fgarty x1943h6x xudqn12 x3x7a5m x6prxxf xvq8zen xo1l8bm xzsf02u x1yc453h" color="var(--primary-text)" dir="auto" style="display: block; line-height: 1.3333; max-width: 100%; min-width: 0px; overflow-wrap: break-word; word-break: break-word;"><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Graça, paz e bem no amoroso Redentor nosso Jesus Cristo.</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Li com a devida atenção e o devido carinho as reflexões que tu publicaste na Comunidade X. Porém como minha resposta respeitosa foi truculentamente apaga por a reproduzi-la-ei aqui.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">A <a style="color: #385898; cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>meu ver o ponto de vista é equivocado. </span></div><div dir="auto"><span color="var(--primary-text)" style="font-family: trebuchet; font-size: medium;"><br /></span></div><div dir="auto"><span color="var(--primary-text)" style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Embora a tua perspectiva pessoal - Sobre o alegorismo. - esteja dentro da perspectiva Ortodoxa ou patrística, como uma theologumena ou opinião, é bem verdade que desde o século XIX tem sido ela, utilizada pelos companheiros e sucessores de Droysen, como uma explicação puramente naturalista sobre as origens do nosso Cristianismo, beneficiando portanto um erro fatal.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">De fato muitos Historiadores helenistas alemães afirmaram que nosso Cristianismo, ao invés de ser revelado, nada tem de sobrenatural, correspondendo a uma evolução ou progresso apresentado pelo Cristianismo alexandrino. E o quanto teríamos aqui seria um judaismo helenizado ou helenizante, forjado por <i>Aristobulos, Filon</i> e outros. </span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Noutras palavras, <i><u>nosso Cristianismo não passaria de uma releitura, de uma reformulação, de uma reconstrução, de uma reelaboração do judaísmo ora alegorizado. Seria um judaísmo mais refinado ou aprofundado. Mas sempre um judaísmo ou uma facção ou corrente judaica. E não há como fugir a semelhante conclusão.</u></i></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">E de fato caso concedamos que todos os mistérios do nosso Cristianismo se encontram simbolicamente presentes na mikra, temos de nos perguntar se não é o Cristianismo a kabalah original e se, por acaso, contém o Cristianismo histórico algo de próprio ou de original...</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">E temos de nos perguntar igualmente sobre que fica sendo de Jesus Cristo, e de sua condição, de seu sentido e de seu papel.. Qual a missão atribuída a nosso Jesus...</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Quanto a isto devo dizer-lhe que meu pensamento Teológico é visceralmente niceno ou atanasiano, noutras palavras: Rigorosamente encarnacionista. Um sistema articulado e orgânico em que cada artigo de fé parte desse mistério central e que pretende ser uma espécie de mergulho numa Cristologia profunda. </span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Alias julgo cumprir um desígnio: Recuperar ou resgatar a consciência cristã não apenas face aos recuos do papismo e do Anglicanismo, a vulnerabilidade da Ortodoxia oriental e a alienação protestante, mas sobretudo face ao islamismo.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Diante disto, a mim me parece, sumamente duvidosa, a existência de uma Revelação parcial ou de elementos da Revelação Cristã anteriores à Encarnação do Verbo e que dela não procedam. Já a simples sugestão de uma Revelação integral do nosso Cristianismo, literal ou simbólica, anterior a esse mistério me parece impensável e não posso crer nela.
</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Nom possumus.</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Nom credidimus.</span></div><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;"><br /></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Pois que ficaria sendo nosso Jesus, o Verbo encarnado? </span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Como poderíamos supor nosso Jesus mero porta voz de Abraão, Moisés, Caleb, Finéias, Salomão, etc...
Me parece repugnante apresentar o Instrutor de todos como mero intérprete de quem quer quer seja ou como comentarista de quaisquer textos... </span></div><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;"><br /></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Não, não posso conceber o Mestre como alguém que se limita a fixar sentidos sem dizer nada de propriamente seu.</span></div><div dir="auto"><span color="var(--primary-text)" style="font-family: trebuchet; font-size: medium;"><br /></span></div><div dir="auto"><span color="var(--primary-text)" style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Não, não consigo nem posso ver Jesus assim, como o tipo de um exegeta que parte de textos ou livros.
Tampouco posso encarar nosso abençoado Redentor como repetidor ou transmissor. </span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">De minha parte acredito que o Cristianismo, ao contrário do judaísmo e do islamismo, parte de uma pessoa viva ou de um homem Deus. Julgo honestamente que a instituição Cristã corresponda a auto comunicação de Deus. Creio e confesso que este caminho equivale a uma intervenção direta de Deus na História dos homens. Que corresponda a manifestação do Deus vivo e portanto que corresponda não a algo antigo, velho ou trivial e sim a algo novo, único, singular ou distinto de tudo quanto existira antes. DO CONTRÁRIO NÃO SERIA VINHO NOVO OU CABERIA NOS ODRES VELHOS, porém ele nos advertiu que esse vinho não cabia naqueles odres.
Não desejo salvar os odres, a Torá, a Tanak, a Mikra, etc por amor a uma opinião exótica - Da inspiração linear... E se para salvar o livro de papel devo abater ou rebaixar o homem Deus > Pereça o livro! Basta a bibliolatria! Chega de fetichismo!</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Creio portanto que Nosso Senhor Jesus Cristo não se tenha manifestado para repetir lições velhas a e sabidas, mas que se tenha manifestado como Mestre e Instrutor supremo, o qual fala com autoridade própria, tudo quanto teria ouvido 'In sinu patris' i é o que trouxe dos céus.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Alias me parece bastante estranho que aqueles rudes personagens tenham enunciado os elevados mistérios do nosso Cristianismo numa linguagem alegórica tanto mais sofisticada. Parece que nesse caso seriam mestres melhores do que aquele que repetiu, em tempo futuro, as mesmas doutrinas, com expressões literais e palavras chãs. Seria o judaísmo um Cristianismo mais refinado... Não posso admiti-lo.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Creio que o Cristianismo proceda do Cristo e que nosso Cristo imutável jamais tenha orientado a moralidade baixa e vulgar da mikra. Entre a moralidade ou ética evangélica e a moralidade da Tanak vai abismo colossal e imenso.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Nem posso crer que deixaria o Verbo Jesus de corrigir, advertir e instruir os que supostamente acompanhava, e isto sob pena de omissão.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Quanto ao sentido das Sagradas Escrituras:<i><u> 'Não me manifestei para cumprir a Lei.' </u></i>já foi dado e fixado pelos legítimos intérpretes, os padres da igreja, e <i><u><b>diz respeito a Lei divina e celestial do Decálogo ou dos dez mandamentos, que gravados nas tábuas de pedras foram colocados dentro da arca do pacto. </b></u></i>Não a taurat. Não ao Pentateuco. Não a mikra. Não a Tanak como um todo. Não a totalidade do antigo testamento, como julgam as massas de protestantes iletrados, fundamentalistas e fanáticos mas apenas e tão somente ao Decálogo divino.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Por isso todas as outras partes da mikra ou tanak não é que tenham sido propriamente abolidas. Foram declaradas inválidas ou puramente humanas pelo Verbo encarnado Jesus Cristo fonte da vida. </span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Tanto que na parte mais nobre ou no coração mesmo do Evangelho disse nosso Jesus: <i>'Ouviste o que dito </i>(Porque os judeus atribuíam a Torá uma origem oral vinculada ais anjos.) <i>aos ancestrais... EU PORÉM VOS DIGO.'</i></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">E simplesmente negava o que era puramente natural ou resíduo da cultura.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Jamais apresentou como tal o que nunca fora sagrado ou divino.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Só os protestantes cegos são capazes de supor que Jesus Cristo revogara ou alterara instituições divinas pelo simples fato de ser Deus, posto que Deus é imutável e sem sombra de variação - Pelo simples fato de ter sua vontade perpetuamente fixada no bem ou naquilo que é perfeito. Quer dizer isto que caso uma lei seja de fato divina jamais poderá ser alterada, consertada, reformada, etc Se é Lei divina é Lei perpétua e inalteravelmente fixa pelos séculos dos séculos - TAL A LEI DO EVANGELHO!</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="font-family: trebuchet; font-size: medium;">Dedico a ti estas minhas reflexões, as quais espero que te sejam úteis. Abraço fraternal.</span></div></div></span></div></div></div></div></div><div><div class="x168nmei x13lgxp2 x30kzoy x9jhf4c x6ikm8r x10wlt62" data-visualcompletion="ignore-dynamic" style="border-radius: 0px 0px 8px 8px; overflow: hidden;"><div><div><div><div class="x1n2onr6" style="position: relative;"><div class="x6s0dn4 xi81zsa x78zum5 x6prxxf x13a6bvl xvq8zen xdj266r xktsk01 xat24cr x1d52u69 x889kno x4uap5 x1a8lsjc xkhd6sd xdppsyt" style="align-items: center; border-bottom: 1px solid var(--divider); color: var(--secondary-text); display: flex; font-family: inherit; font-size: 0.9375rem; justify-content: flex-end; line-height: 1.3333; margin: 0px 16px; padding: 10px 0px;"><div class="x6s0dn4 x78zum5 x1iyjqo2 x6ikm8r x10wlt62" style="align-items: center; background-color: #242526; color: #b0b3b8; display: flex; flex-grow: 1; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; overflow: hidden;"></div><div class="x9f619 x1n2onr6 x1ja2u2z x78zum5 x2lah0s x1qughib x1qjc9v5 xozqiw3 x1q0g3np xykv574 xbmpl8g x4cne27 xifccgj" style="align-items: stretch; background-color: #242526; box-sizing: border-box; color: #b0b3b8; display: flex; flex-flow: row; flex-shrink: 0; font-family: "Segoe UI Historic", "Segoe UI", Helvetica, Arial, sans-serif; justify-content: space-between; margin: -6px; position: relative; z-index: 0;"></div></div></div></div></div></div></div></div>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-23833443617648328032023-11-25T14:36:00.000-08:002023-11-25T14:36:03.868-08:00Religião e Moralidade - Cristianismo e moralidade > Reflexão oportuna<p> </p><p style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;"><b><i><u>O FALIBILISMO MORAL DA IGREJA.</u></i></b></span></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">Aspecto que já tornei público em diversas ocasiões: Apesar de me ser atribuído um eclesiasticismo radical, no sentido de que afirmo e reconheço ser a Igreja Católica Ortodoxa (E em menor proporção seus galhos rotos i é as igrejas romana e anglicana.) mãe, senhora, guardiã e mantenedora infalível dos mistérios de Cristo, sabem muitos que não reconheço a infalibilidade da igreja em matéria de ética ou moralidade, setor com relação ao qual afirmo resolutamente sua falibilidade. </span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">Quem quiser ousar ou demonstrar o oposto, prepare-se e <a style="cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>venha... Aceitamos contraponto. </span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">Quanto a monges bobões, clérigos ou mesmo Bispos devotos, que em seu zelo cego e irrefletido queiram aumentar ao máximo a autoridade da igreja, devo dizer que nada se deve acrescentar ou adicionar as coisas divinas. Nem disse eu que o sábio não deva ouvir, considerar e ponderar sobre os ensinamentos da igreja nesse campo. O que disse e repetirei a exaustão é que tais ensinamentos não não infalíveis. Podem bem ser úteis e proveitosos </span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;">mas não são infalíveis.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">E por que não são infalíveis?</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">Há séculos o protestante Barbeirac demonstrou quão pouco acordo há entre nossos homens base )Os Santos Padres.) sobre questões de moralidade. De fato a variedade é imensa <u><i><b>e nada do quanto varia pode ser considerado divino ou dogmático. (Nossa norma e regra é a uniformidade.) </b></i></u></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">Temos porém acesso a fonte mais pura da Ética e da moralidade, que são as palavras de Jesus Cristo Nosso Senhor, fontes do nosso Evangelho escrito. Dirá você, caro amigo, que se tal recurso, não tem valor quanto aos mistérios de Cristo, tampouco servirá como guia em matéria de moralidade, haja visto os estragos provocados pelo livre exame.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">Digo e respondo que o problema não está no exame em si - Acalentado por uma boa e piedosa intenção. - mas no livre. E que mesmo para nossos Ortodoxos, quanto os mistérios de Cristo, há imenso proveito estudar ou examinar o Santo Evangelho na perspectiva da tradição ou em comunhão com a Igreja. Tanto mais proveito trará um tal estudo no campo das moralidades e para a vida pessoal, caso o estudioso não tenha pretensão de criar doutrinas ou fundar seitas para os outros. Pois o veneno está justamente aqui.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">Quem estuda moralidades estude discretamente para si mesmo ou sem alarde, indo diretamente a prístina fonte Evangelho. Não ao novo testamento, nem a Paulo e jamais ao antigo testamento, mas as palavras sagradas de Jesus - E não ficará desorientado. (Sobre a técnica ou uso do texto grego inspirado já escrevemos em demasia.)</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">No entanto as doutrinas metafísicas ou os mistérios de Jesus Cristo, foram entregues a Igreja viva e visível dos apóstolos, mestra incorruptível da verdade e a respeito da qual está escrito: <i><u><b><span style="color: red;">'As portas do inferno não prevalecerão contra ela... ' </span></b></u></i>Pois será perpetuamente guarda fiel da Integralidade da Revelação divina.</span></div></div><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><div><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></div><div><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></div><div><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><b><i><u>A RELIGIÃO, O CRISTIANISMO E O CONTROLE DA SEXUALIDADE HUMANA.</u></i></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><b><i><u><br /></u></i></b></span></div>
</span><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">
</span><div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">Não foi ou é a troco de nada que a igreja politiqueira e as seitas politiqueiras, tem ultrapassado a Lei de Jesus Cristo e buscado controlar a sexualidade humana. </span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">Controlada a sexualidade humana por terceiros, fica o ser humano sendo miserável escravo ou algo tão manipulável quanto a cera de uma vela.</span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="font-family: times; font-size: large; margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;">Eis porque o sistema de controle chamado islamismo levou esse policiamento ao máximo grau. </span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><a style="cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>Felizmente os Cristãos estudiosos do Evangelho ou das tradições apostólicas sabem que Jesus Cristo não estabeleceu qualquer polícia sexual.
De fato não é nosso Evangelho qualquer coisa semelhante a um Kama Sutra invertido ou uma coleção de tabus sexuais como a Torá. E Jesus Cristo amiúde passa a largo desses tabus sexuais, alimentares ou pertencentes ao traje, que faziam o banquete daqueles fariseus hipócritas que o crucificaram.
E mesmo quando Nosso Senhor toca em tais assuntos, é quase sempre perceptível alguma questão de Ética por trás deles. Logo não é questão de pura e simples sexualidade porém algo mais e bem podemos dizer que Jesus Cristo não se importa com a sexualidade humana ou que não está fixado nela promulgando tabus.
Portanto é um campo ou domínio que fica sempre pertencente a liberdade pessoal. O que as pessoas fazem dentro de quatro paredes diz respeito somente a elas e a mais ninguém.
Nada mais miserável do que uma moral religiosa ou espiritual focada doentiamente na sexualidade humana. </span></div><div dir="auto" style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><br /></span></div><div dir="auto" style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><br /></span></div><div dir="auto"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; font-style: italic; font-weight: bold; text-decoration-line: underline; white-space-collapse: preserve;">RELIGIÃO E MORALISMO. </span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; font-style: italic; font-weight: bold; text-decoration-line: underline; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; font-style: italic; font-weight: bold; text-decoration-line: underline; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></div><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">Devem as crenças religiosas conter alguma moralidade sumária e sobretudo uma orientação Ética.</span> </span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;">
<span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">Pois uma fé que não tornasse a humanidade melhor ou que não colaborasse poderosamente para a criação de um mundo melhor, i é, mais justo, solidário, fraterno, etc seria totalmente inútil e dispensável.</span> </span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;">
<span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">Felizmente é o Evangelho antes de tudo e sobretudo uma Ética ou uma coleção de princípios e valores gerais a serem aplicados pelos fiéis as mais diversas circunstâncias, o que por sinal honorifica a racionalidade dos mesmos.</span> </span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;">
<span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">E no entanto esse precípuo fim não fundamenta a religião ou comunica-lhe vida, pois a vida das religiões é sempre metafísica ou derivada de certos mistérios, dogmas ou artigos de fé. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;">
<span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">Portanto se o objeto da fé é Ético a vida da fé procede de elementos como a Trindade, a Encarnação, a Graça divina, os Sacramentos, a Eucaristia, a Comunhão dos Santos, etc e são estes, por assim dizer, o tutano ou o filé da religião.</span> </span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;">
<span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">Torna-se o Cristianismo moralista, quanto nega ou minimiza tais mistérios, substituindo-os pela moralidade ou colocando a moralidade acima deles. E, via de regra, uma moralidade rasa, externa, mecânica e formal; bem a gosto dos escribas e fariseus que assassinaram nosso Bom Jesus.</span> </span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;">
<span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">E um tal quadro só pode ser descrito como inversão, subversão e perversão no campo da Revelação divina - Cuja hierarquia deve ser mantida imaculadamente. </span> </span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;">
<span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">Que fazem os fanáticos moralistas...</span> </span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;">
<span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">Destroem a Revelação divina ou a religião, como se estivessem plantando um árvore enterrando seus galhos e regando suas raízes... </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">E ao plantar a árvore ao contrário, matam-na.</span>
<span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;">De fato corresponde o moralismo ou a fixação em regras formais, no plano espiritual, ao declínio e a morte das religiões.</span></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><span style="white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><span style="white-space-collapse: preserve;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><b><i><u>PROTESTANTISMO E MORALISMO.</u></i></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><b><i><u><br /></u></i></b></span></div><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><b><i><u><br /></u></i></b></span></div><div style="text-align: left;"><span style="font-size: medium;">Procede a infecção moralista ou moralizante, do Protestantismo - Com seus ideais puritanos! - por via da Igreja romana, infectada desde o século XVI e totalmente tomada (Pelo puritanismo.) desde o século XIX ou a Era vitoriana. E daí passa a Ortodoxia ou ao Catolicismo Ortodoxo e até ao espiritismo... e vai essa lepra maligna cobrindo toda Igreja de Cristo.<br /><br />Mas como veio a afirmar-se no seio do protestantismo...<br /><br />Eis uma pergunta interessante e digna de investigação.<br /><br />Observe, amigo leitor, o islamismo e o judaísmo. Por certo não contam tais religiões com um vasto acervo de mistérios, dogmas e artigos de fé como os Cristianismos apostólicos... Sendo muito mais pobres metafisicamente falando, a ponto de até passarem por monoteísmos naturais... A não ser - No caso do judaísmo antigo e do Islã. - pelos dogmas horrendos do destino, do inferno, dos diabos, etc <br /><br />Para compensar a imensa pobreza metafísica de que padecem, judaísmo e islamismo, afirmaram-se no campo da moralidade como sistemas jurídicos ou legais.<br /><br />Outro o caso do Catolicismo Ortodoxo ou das Igrejas apostólicas, romana e anglicana, que concentraram-se nos mistérios da fé ou numa vida metafísica expressa por dogmas como: Trindade, Encarnação, União hipostática, Eucaristia, Maternidade divina, etc - O que por sinal engendrou outro tipo de vida e de cultura, ora em declínio > Lamentavelmente.<br /><br />Esse tipo de reflexão exigia uma Educação de alto nível ou vastos conhecimentos em matéria de Filosofia e a Sociedade falhou miseravelmente em tais campos.<br /><br />O protestantismo é produto dessa falência - Provocada remotamente pelo agostinianismo no Ocidente. - e começou, como é sabido, eliminando paulatinamente esse conteúdo metafísico (Distintivo do Cristianismo) até chegar a Encarnação e a Trindade. O que restou foi algo semelhante ao islamismo ou ao judaísmo antigo: Uma imensa miséria ou um vácuo colossal. E os protestantes, voltados para o antigo testamento, não tardaram a preencher esse vácuo ou essa lacuna com preceitos formais, normas e regras tomados a Paulo ou mesmo a Torá de Moisés. - Assim a observância do Sábado ou de um Domingo sabático, diversos tabus sexuais, alimentares, etc E condenaram em nome de Cristo a tatuagem, o cigarro, o consumo de alcool, etc TAIS AS ORIGENS DO PURITANISMO e provém do espírito da própria reforma...<br /><br />Que a Ortodoxia, o papismo ou o anglicanismo tomem o mesmo rumo é uma perigosa tragédia.<br /><br />Ps.: No Oriente, é o puritanismo instilado nos Cristãos pela abominação islâmica com sua sharia, ou seja, procede da cultura. Outra tragédia. (Pois nossos Cristãos sequer são capazes de atinar que os professores de moralidade islâmica apresentam nosso Bom Deus Jesus Cristo como pura e simples criatura ordinária.)<br /><br />E por ai vai. <br /><br />As fontes e veículos do moralismo hipócrita, indicam que ele não é uma direção saudável para o povo de Cristo. </span></div><span style="background-color: white;">
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; font-style: italic; font-weight: bold; text-decoration-line: underline; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></div></span></div></div><span style="background-color: white;">
<div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><br /></span></div>
</span>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-87008262094452198132023-11-25T13:56:00.000-08:002023-11-25T13:56:16.005-08:00Alguns pensamentos sobre religião.<p><span style="background-color: white;"><span style="white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></span></p><p style="text-align: center;"><b><i><u>O FANATISMO RELIGIOSO.</u></i></b></p><p><span style="background-color: white;"><span style="white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">Por que abomino o fanatismo religioso?</span></span></span></p><p><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium; white-space-collapse: preserve;">Porque todo fanático acredita que os demais cidadãos, inclusive os que não creem como ele ou em 'Seu livro', devem viver exatamente conforme seus pontos de vista.</span></p><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">E a simples ideia de que aqueles que não creem como ele vivam, cada qual sua moda, exaspera-o.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word; white-space-collapse: preserve;"><div dir="auto"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">Daí <a style="cursor: pointer;" tabindex="-1"></a>aspirar pelo poder político, com o objetivo de controlar os dissidentes, o que não passa de vil dominação.</span></span></div></div><div class="x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs xtlvy1s x126k92a" style="margin: 0.5em 0px 0px; overflow-wrap: break-word;"><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">Por não exercer o poder, e oprimir, o fundamentalista julga-se perseguido, e chega a </span></span><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;">vitimizar-se. </span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div><div dir="auto" style="text-align: center; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><span style="background-color: white;"><b><i><u>O LIVRE EXAME DA BÍBLIA.</u></i></b></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">Já afirmei diversas vezes, porém é sempre bom repetir: Entregar traduções do antigo testamento nas nãos de pessoas semi analfabetas e despreparadas foi uma catástrofe.</span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; font-style: italic; font-weight: bold; text-decoration-line: underline; white-space-collapse: preserve;">OS 'CRISTIANISMO 'S'.</span></div><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">
<br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">Pode-se hesitar entre o anglo catolicismo (Igreja alta), o romanismo\papismo ou o Catolicismo Ortodoxo, se bem que as credenciais pertencem a este; o protestantismo no entanto carece por completo de quaisquer vínculos históricos com o Cristianismo antigo ou primitivo. Por isso em se tratando de uma fé que 'historiza-se' ou de um Deus que se limita ou restringe por entrar no mundo e inserir-se no Tempo e no Espaço, adotando um critério historicista, fico com a Ortodoxia. Para mim é 'Ortodoxia ou nada', i é, Ortodoxia ou repúdio ao Cristianismo e certamente a qualquer outra religião revelada.</span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; white-space-collapse: preserve;"><b><i><u>GRANDEZAS E FALHAS DO ESPIRITISMO.</u></i></b></span></div><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;">
Aprecio sobremodo diversos aspectos do espiritismo Kardecista ou Kardequiano. Assim sua antropologia positiva, sua soteriologia e sua escatologia, grande parte similares a visão Ortodoxa ou a visão patrística oriental. De fato nesses três campos ou áreas da divina revelação o espiritismo esta bem mais próximo da Ortodoxia do que o papismo e o protestantismo. Também admiro a Ética espiritista, muito mais próxima do Evangelho do que a ética do nosso Cristianismo histórico... e cuido que os Cristãos apostólicos muito teriam e tem a aprender, em termos de Ética e vida Cristã, com os pupilos de Kardec.
E no entanto esse mesmo espiritismo é inaceitável como um todo ou como sistema fechado e eu jamais seria espírita. Pois quanto a concepção ou ideia de Deus é o espiritismo neo platônico e transcendentalista, tal e qual o judaísmo e - Pasmem! - o islamismo... Também os espíritas adoram ou prestam culto a um Ser absolutamente transcendente ou separado do universo material. Outro o caso dos Catolicismos ou das igrejas apostólicas - Encarnacionistas. As quais afirmam que Deus se fez homem ou que Deus se encarnou, assumindo nossa natureza e condição. Há um AVATAR para os Cristãos apostólicos ou Católicos. Avatar por meio do qual o divino se aproxima do humano, o Sagrado se une ao natural e a Transcendência toca a Imanência... No Cristianismo histórico não há separação, posto que em Cristo Transcendência e Imanência caminham junto. </span></span></div><div dir="auto"><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto" style="text-align: center;"><br /></div><div dir="auto"><div style="text-align: center;"><span style="font-family: times; font-size: large; font-style: italic; font-weight: bold; text-decoration-line: underline; white-space-collapse: preserve;">O PROTESTANTISMO E O MISTÉRIO DA ENCARNAÇÃO.</span></div><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><div dir="auto"><span style="background-color: white; white-space-collapse: preserve;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div>
Outro o caso do protestantismo.
Setor do Cristianismo nominal em que o sentido da Encarnação foi gradativamente sendo eliminado devido a leitura ou ao exame imprudente do testamento velho.
Pois essa malsinada reforma começou eliminando todos os elementos da fé voltados para a imanência - Por encara-los como contaminação pagã! - e a transcendentalizar nosso Cristianismo até desestoriza-lo por completo e produzir algo novo.
Foi um processo de espiritualização. Porém o Cristianismo é o oposto disso... Pois para espiritualizar os homens Encarnou-se Deus. O Cristianismo é aproximação do mundo material ou Encarnação, o protestantismo é desencarnação.
Por isso o protestantismo encontrou-se com o judaísmo e enfim com o islamismo - Como fora percebido pelo humanista francês Guillaume Postel no século XVI - o qual anuncia e cujos caminhos prepara... Um triste desígnio.
Apenas os Catolicismos levaram por assim dizer o Mistério da Encarnação as últimas consequências, impondo-se como sistemas orgânicos e coerentes. Na medida em que o protestantismo eliminou a Eucaristia, a Mãe de Deus, a iconofilia, etc removeu os sinais da presença de Cristo no mundo...
Kardec tomou ao protestantismo essa visão equivocada.</span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span style="background-color: white;"><span style="font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span><span style="background-color: white; font-family: times; font-size: medium;"><br /></span></span></div><div dir="auto" style="white-space-collapse: preserve;"><span><span style="font-family: times; font-size: medium;"><div class="xdj266r x11i5rnm xat24cr x1mh8g0r x1vvkbs x126k92a" style="margin: 0px; overflow-wrap: break-word;"><div dir="auto"><br /></div></div></span></span></div></div>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-20851898347976014882023-10-12T19:37:00.009-07:002023-10-12T19:42:43.737-07:00Vícios pessoais: Desvantagens públicas e enriquecimento privado.<p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYBKajEb5OgkGwJhGDyesWCtF6sgHE5NYWS8ziAk1YPngxFLxNje-6QyfHs9aeIF9oXUr0FsSDxveuJc7DJPfOc5uD-7y7X2n1VquYURDS-NJu4C_wDGnQl54kdp4uR3Zv1Ar987AXN-NeMsAxgIxN9RFqEFlhYt1oUtQZr70Il4XL69_kKTBEyZmzEQZ_/s1306/mandeville.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1306" data-original-width="800" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYBKajEb5OgkGwJhGDyesWCtF6sgHE5NYWS8ziAk1YPngxFLxNje-6QyfHs9aeIF9oXUr0FsSDxveuJc7DJPfOc5uD-7y7X2n1VquYURDS-NJu4C_wDGnQl54kdp4uR3Zv1Ar987AXN-NeMsAxgIxN9RFqEFlhYt1oUtQZr70Il4XL69_kKTBEyZmzEQZ_/w392-h640/mandeville.jpg" width="392" /></a></div><br /><p><br /></p><p><br /></p><p>Bernardo de Mandeville acreditava que o Bem comum ou que os benefícios públicos equivaliam a soma dos benefícios privados - Longe de nós entrar agora no mérito dessa opinião, muito discutível. De fato, o total financeiro produzido por um determinado grupo social equivale a soma das parcelas produzidas pelos particulares. O problema aqui é que o regime assalariado, quando não regulado politicamente (Numa perspectiva democrática.), acaba fugindo a proporcionalidade e engendrando uma desigualdade social cada vez maior - Nos termos postos em 'Progresso e pobreza' por <i>Henry George. > </i>Daí a necessidade absoluta de uma redistribuição nos termos do 'Bem estar' social, ou de um reajustamento feito a partir dos tributos ou impostos coletados pelo poder público.</p><p><br />Toda esta visão de 'Bem estar' com sua rede assistencial e investimentos sociais era totalmente ignorada pelo sr de Mandaville. Naquelas priscas eras eram os miseráveis assistidos apenas indiretamente pelo poder público i é através das Igrejas - Fossem a apostólica romana, a anglicana ou as Ortodoxas... o que chamava 'Serviço da caridade' e cujas estruturas (Nos países latinos ou orientais) imensas remontavam a Idade Média ou mesmo a antiguidade Cristã. E o melhor exemplo quanto a tais redes de assistência eclesiástica reporta a Constantinopla, a antiga capital do Império romano do Oriente (Bizantino), na qual a organização dos serviços (Realizados pelos monges) era primorosa. Eis algo que convinha ser magistralmente estudado e descrito, em pormenores, pelo Dr Kaldellis.<br /><br />Quem desejar conhecer melhor e com maior número de detalhes, como tal rede de assistência foi formada a partir dos primeiros séculos recomendamos as leituras de <i>León Lallemant 'Histoire de la Charité' Les neuf primiers siécles, Tome second - Picard, Paris - 1903 </i>e de <i>F M Doisy '</i><span style="color: #2e2f32;"><span style="font-family: times;">Histoire De La Charite Pendant Les Quatre Premiers Siecles De L'Ere Chretienne' - <i>1851. </i>Obras que talvez um dia traduzamos, em todo ou parte, para o vernáculo. </span></span></p><p>Sobre como essa rede foi ideologicamente impugnada e desativada na França, sob os auspícios da Grande Revolução vide o mesmo <i>Lallemant 'La Révolution et les pauvres' - Picard, Paris - 1898. </i><br /><br />Lendo essa erudita obra constatamos que em certa medida, a secularização dos serviços assistenciais ou sua passagem para o Estado político acarretou tragédias e calamidades semelhantes as que já haviam sido acarretadas pela implementação da Reforma protestante e extinção das ordens religiosas na Alemanha e na Inglaterra do século XVI. Na Alemanha essa crônica de terror foi descrita por <i>J I Doellinger (Regensburg 1846) </i>e pelo Pe <i>Joahnnes Janssen 'Geschichte des deutschen volkes' 1876 -1888. </i>Já na na Inglaterra foi a mesma pintada pelo anglicano <i>William Cobbett </i>em sua '<i>Histoire de la Réforme en Angleterre et en Irlande' </i>a qual soou como um tapa na cara dos sectários protestantes.<br /><br />Foram sucessivas catástrofes, repito, pois se no dealbar da Reforma protestante inexistia qualquer rede de assistência estatal ou política - i é Laica, o protestantismo nada fez no sentido de inspirar a criação de algo semelhante. Grato ao Estado pelos serviços que lhe prestara contra a igreja velha jamais se sentiu a vontade para cobra-lo e, se assumiu parte deles, foi a passo de lesma ou tartaruga devido a ideia de que, podia o homem ser bom sem produzir boas obras ou fazendo o mal - Havendo quem pensasse que as obras eram totalmente desnecessárias... <br /><br />A Revolução francesa ao menos, assentiu em recuar rapidamente de sua posição, pois paradoxalmente após denunciar o elemento clerical e persegui-lo reginou a conciliar-se com ele pela total incapacidade de gerir eficazmente essa estrutura assistencial 'usurpada'. Tomou-a para si mas não achou modo de mante-la sem recorrer ao clero ou aos monges, o que resultou em conflitos por mais de séculos - Por parte dos que exigiam uma secularização radical. Curiosamente não temos notícias seguras de que a qualquer jacobino francês ou panfletário laicista ocorresse a ideia da privatização ou da desestatização no sentido de tomar os estabelecimentos mantidos pelo clerezia para entrega-los ao MERCADO, a iniciativa provada ou a casta burguesa em busca de lucro - Pois as pessoas daquele tempo filosofariam sem temor, por serem inteligentes... E o que há muitos dos nossos parece genial a eles lhes pareceriam hediondo.</p><p>Alias o mesmo que sucede hoje com nossos serviços públicos, cuja suposta 'ineficácia', inoperância, etc fazem o deleite dos meios de comunicação - Que geralmente, por considerações de ordem econômica ocultam ou encobrem os crimes e abusos do serviço privado, vendendo a imagem de que este tipo de serviço - Pago ou privado. - é muito superior, quando não é. Estratégia legada pelo jacobinismo político, o qual fazia questão de divulgar e por em relevo todos os crimes e abusos, supostos ou não, da rede clerical. O papel das legendas ou fraudes divulgadas pela mídia paga em nossos dias (Contra os serviços públicos.) é tão forte e necessário quanto foi nos tempos do jacobinismo contra o serviço assistencial oferecido pelos religiosos. Repito que tais fatos não são criados mas isolados e exagerados, enquanto que os que dizem respeito aos serviços que se quer 'inocentar' são escondidos e a tônica é criar uma imagem ideal e completamente falsa do serviço privado, e impulsionar a passagem do público ao livre mercado por meio das privatizações.<br /><br />Toda mídia esta comprometida com esse ideal falacioso ou é conivente. E por isso você raramente lerá críticas como as nossas em qualquer jornal, revista ou livro publicado por uma grande editora, porque é tabu e não corresponde a imagem idílica que se quer vender quanto ao poder econômico. E caso você tenha acesso as contra críticas vera que tantos quantos se posicionam como nós, ainda quando sejam conservadores, reacionários, católicos tradicionais, etc são pintados como comunistas. Basta não ser meio cristão ou meio católico, vendido ao Mercado e comprometido com o americanismo para ser caracterizado como comunista pelos neo católicos, conservadores e mesmo reacionários conciliadores. <br /><br />No meu caso devo dizer que não proponho, como algum reacionário, qualquer retorno dos serviços secularizados ao domínio eclesiástico. Apenas deploro qualquer passagem do político ou público para o Mercado por meio da tal desestatização e neste sentido pareço conservador, pois desejo que tais serviços permaneçam na posse de um Estado cada vez mais democrático. Mesmo porque, através das tais privatizações descontroladas é perfeitamente possível que tais serviços, como escolas e hospitais públicos, passem ao controle de outras instituições religiosas (Sejam protestantes ou islâmicas) ou de empresas mantidas com recursos (Obtidos por meio de dízimos inclusive.) de fundo religioso a ponto de influenciar suas dinâmicas, inclusive introduzindo símbolos confessionais > De modo que o economicismo reverteria em favor de instituições religiosas alienígenas de caráter sectário, quando no passado a instituição religiosa que plasmou nosso universo imaginário e cultural foi violentamente despojada de tais instituições, em nome da secularização e de um ideário laicista do qual não podemos abrir mão sob quaisquer pretextos, inclusive econômicos.<br /><br />De fato o poder econômico não é aliado confiável do ideário laicista. <br /><br />E é o quanto me basta para ser totalmente contrário a qualquer nível ou grau de desestatização em torno de serviços essenciais como Educação e Saúde...<br /><br />E no entanto são tais serviços ameaçados pela própria dinâmica interna do liberalismo econômico crasso, do capitalismo ou do economicismo. O que nos remete mais uma vez a Revolução francesa e seus gatilhos, bem como a Bernardo de Mandeville, em contraposição ao velho Platão por exemplo, bem como ao espírito medieval. <br /><br />Embora o conteúdo teórico do liberalismo político ou do que chamaríamos democracia esteja maciçamente presente no desenrolar das diversas fases da Revolução Francesa, na prática essa Revolução foi acarretada concretamente pela presença do liberalismo econômico no cenário francês do século XVIII e pelos transtornos provocados por ele numa sociedade em parte medieval, tradicional e monárquica e nem podiam Coroa e nobreza (Envolvidas também elas nesse processo de transformação econômica.) suspeitar que seu sentido político estavam na dependência de uma estrutura social e econômica que se desfazia... Em certo sentido tem Marx alguma razão quando declara ou deixa implícito que o determinado modelo econômico impõem determinado modelo social, embora jamais tenha compreendido - Como um Weber. - a mediação da cultura. O economicismo, cada vez mais forte, produziu na França uma cultura politicamente liberal ou democrática. E como o soberano francês - Ao contrário da coroa inglesa. - não se quis despojar do poder que lhe era atribuído em benefício do Mercado (Convertendo-se num rei de enfeite ou num títere.) ou da burguesia firmemente constituída, está, por meio da mídia ou da imprensa paga (Quer a coroa não logrou suprimir ou controlar.) insuflou o povo contra ele. <br /><br />Não foi pelo povo, que sempre sofreu, que sofria há séculos e que haveria de sofrer ainda mais... Mas por necessidades puramente econômicas que Luis XVI foi defenestrado e perdeu a cabeça. Embora os desígnios tenham sido favorecidos pelo clima, pela seca e pela fome; poderoso gatilho de Revoluções. Os liberais responsabilizaram a estrutura política da França pela fome e o povo simples e iletrado acreditou. Nesse sentido a influência danosa da Inglaterra e o contato próximo com os EUA foram uma fonte de contágio para a França e o liberalismo econômico foi sustentado tanto quanto o liberalismo político por diversos pensadores franceses, os quais jamais se deram conta do que Inglaterra estava prestes a ser... E os franceses se meteram num túnel cujo fim não se via. E agora, apesar de todo seu liberalismo político e espírito democrático estão a ter a espinha quebrada pelo liberalismo político de Macron, aproximando-se ainda mais dos modelos anglo saxões e afastando-se de uma cultura também ameaçada pela islamização.<br /><br />Jugida entre liberalismo econômico, comunismo, positivismo, americanismo e islamização essa França muito amarga e desorientada não se encontra, não se acha, não se concilia consigo mesma, e contra os integralistas de Maurras devemos dizer que monarquismo algum - Especialmente o inglês - poderá salva-la e quiçá seja melhor, na perspectiva realista de um Toynbee ou de um Spengler, admitir que não há salvação possível, que seu tempo passou e que não haverá outro Kairós...<br /><br />Observe o leitor essa pequena fatia da realidade social francesa do século XVIII - Na medida em que as relações econômicas no cenário urbano iam mais e mais aderindo ao modelo inglês ou capitalista, - ao contrário do que dizem os analistas do neo capitalismo (Reformado a partir de 1870 numa direção restritiva e ainda mais por J M Keynes pos 1929) - ia aumentando, paulatinamente o número de pobres, mendigos, vadios, desempregados (Tal e qual a população de rua em nossos dias.) e nem faltava a droga, que era o álcool ou a embriagues, associada a um consumo de tabaco...(O próprio químico Lavoisier foi guilhotinado, em parte por estar relacionado com uma firma produtora de tabaco em pó, para a qual criara uma máquina trituradora.) e é claro a prostituição. Os vícios endeusados, por Mandeville - porque o pobre não poderia escapar ao consumismo alienante na esfera, ainda que restrita, das suas possibilidades... <br /><br />De fato tudo isso trazia lucro a alguém ou a alguns... Indubitavelmente. Mas vantagens públicas para todo corpo social...<br /><br />Pois uma coisa é consumir roupas (Ainda que caras), joias, peças de arte, livros, cristais, etc tipo de consumismo contemplativo, até certo ponto tolerável e inócuo e outra consumir álcool, tabaco, coca ou derivados de ópio... Pois aqui existe repuxo ou contra partida social. <br /><br />Devo dizer que no decorrer do século XVIII cada homem francês bebia certa de um litro de vinho por dia, posto que a média era de 300 litros anuais por cada homem. E já não o bebiam diluído em água como durante a antiguidade ou a idade média, mas puro. Agora se considerar que haviam ao menos um grupo de abstenceístas (Quiçá 5%) é certo que havia consumo de mais de um litro per capita. Desde o século anterior o consumo de vinho e bebidas fortes vinha no cangote do capitalismo nascente, propiciando lucros avassaladores.<br /><br />Basta dizer que o recomendado para os homens hoje é jamais ultrapassar dois copos ou tacinhas com 100 ml cada, as quais equivalem a três unidades de álcool i é cinco vezes menos do que os franceses ingeriam as vésperas da Grande Revolução. E não entra aqui o problema da embriagues... Embora esse um litro desse pra embriagar todo mundo, especialmente os mais pobres, que se alimentavam menos. <br /><br />De fato os mais prejudicados organicamente falando eram os pobres... E imagine a catástrofe se ainda hoje, quando se bebe menos, as doenças relacionadas com o álcool. Já no final do século XVIII os psicólogos, como <i>B Rush, </i>assinalam os perniciosos efeitos do excesso ou da embriagues na psiqué humana. <br /><br />Como <i>Engels </i>explicitaria nos século seguinte ao descrever o proletariado inglês, flagelado pelo alcoolismo, as próprias condições de vida insalubres ou a miséria, lançavam os miseráveis nos braços da auto alienação. Quem queria fugir a realidade ingrata da vida vivida, bebida em excesso ou se embriagava, sem jamais suspeitar do quanto era sabido por Mandeville: Que ao consumir álcool dava imenso lucro ao investidor 'honesto' fazendo com que facilmente recuperasse seus capitais... O que produzia um círculo vicioso, o que vale igualmente para o tabaco.<br /><br />O rosário de enfermidades físicas ou corporais ainda não havia sido deslindado pela pesquisa médica. O que não significa, é claro, que as patologias desencadeadas pela embriagues inexistissem... Agora considere que hoje, quando se bebe muito menos, ainda ocupam (Tais doenças) o quinto, quarto ou terceiro lugar no quadro geral das doenças!!!<br /><br />E conclua pelo número inacreditável de pessoas enfermas e inutilizadas pelo álcool e pelo tabaco na França do século XVIII. E nem pense na Inglaterra - Posto que naquela época os fanáticos puritanos, abstenceístas, eram em número bastante elevado e o álcool só viria a fazer grandes estragos no século da incredulidade i é no século XIX, especialmente em Londres ou Manchester e sobretudo entre os anglicanos ou entre os irreligiosos. De modo que ao menos até o século XIX, o quadro social da Inglaterra jamais equivaleu ao da França nos séculos XVII e XVIII e sobretudo durante este último, em que o tabaco e o álcool se converteram em autênticos flagelos. <br /><br />Portanto além dos indigentes, desapossados de suas terras e instalados nas grandes cidades, havia uma multidão de doentes vitimados por enfermidades provocadas pela bebida e pelo tabaco, além do residual de sifilíticos caldeados na prostituição. Os quais representavam uma fonte de despesas verdadeiramente colossal, fosse para a rede de assistência eclesiástica, fosse, em última análise, para o poder público i é pela coroa. Como manter o luxo ou o brilho cortesão de um Luis XIV e ao mesmo tempo essa rede de serviços destinados aliviar os sofrimentos humanos... Sem aumentar o recolhimentos de impostos ou tributos... Por isso, quando veio a fome, esse Estado quebrou... Pois sem produção agrícola, a um tempo os camponeses além de não poderem pagar os tributos teriam de ser assistidos e a outro, sem os tributos, os demais assistidos (Do cenário urbano) tampouco poderiam ser assistidos> O que resultaria num colapso social, com imenso número de mortes ou em Sedição - O que efetivamente ocorreu. Não haviam reservas suficientes para assistir a todos e aqui o poder do rei tornou-se inoperante ou fictício.<br /><br />Perceba que aqui, no cenário francês, as análises de Mandeville se mostraram equivocadas, posto que os vícios de consumo impulsionados pelo capitalismo emergente, embora produzissem o enriquecimento de alguns poucos particulares, produziram ao mesmo tempo notória desvantagem pública, como a demanda por insumos assistenciais por parte de parte daqueles que vinham a adoecer por conta do consumo excessivo de álcool, do consumo de tabaco ou da sexualidade desbragada e sem proteção - Posto que caiam todos nos braços do Estado e de um Estado habituado a onerar sempre e cada vez mais o produtor agrícola i é o camponês. Quando grassou a primeira grande calamidade natural, em termos de seca e fome, esse Estado teve que desabar - E antes que a monarquia pretendesse tachar a alta burguesia, veio esta a cena para levantar o povo contra a mesma monarquia e (Mais uma vez - Lembram do ataque aos bens da Igreja velha por parte da reforma protestante> Dos quais os pobre não viram nem o cheiro!) acenar com a posse dos bens e terras da nobreza acovardada, e de fato o povo tomou para si algumas migalhas (Como terras.) enquanto eles, os burgueses (Manipulando tudo e todos.) ficaram com o grosso dos bens, a liberdade e o poder... <br /><br />Não foram os odiados anarquistas e os detestados comunistas que cortavam as cabeças de suas régias majestades (O que já se havia feito na Inglaterra século e meio antes!) mas os burgueses, posto que a elite dos jacobinos era composta pelos liberais economicistas. <br /><br />Curioso é que a questão das doenças provocadas pelos vícios, a assistência e os gastos públicos já havia sido posta em questão na República de Platão. Não cessando de ser debatida até hoje. Considere que interessante ou curioso não seria que essa mesma burguesia - Que estimula todos os tipos de excessos consumíveis. - fosse responsável por vender medicinas e tratamentos a tantos quantos, tendo recursos próprios, insistissem em consumir tabaco ou álcool em excesso. Pois bem, eu sou a favor de que, aqueles que tendo alguma posse, insistem em se expor a qualquer tipo de enfermidades derivadas do álcool, do tabaco, da droga ou da sexualidade irresponsável (Sem proteção), sejam excluídos do SUS ou do sistema de saúde pública, ainda que comprometam a herança de seus filhos (Desde que maiores de idade). <br /><br />No entanto mesmo assim o número vultoso de pessoas humildes taladas pelo vício, sendo imenso, não deixaria de multiplicar os prejuízos para o erário. <br /><br />De modo que seria aconselhável: Taxar severamente o tabaco, taxar moderadamente e regular o consumo do álcool, investir na propaganda em torno do sexo seguro e distribuir preservativos e, sobretudo, investir na propaganda da medicina preventiva ou da vida saudável, criando módulos ou cursos educativos... Obrigando os viciados a participar de tais cursos e internando-os compulsoriamente, caso haja alteração do juízo ou perda da capacidade cognitiva. Ao invés de tornar tais produtos mais acessíveis por meio da redução das taxas > Como aspira o maravilhoso mercado numa perspectiva anti Ética. Pois na medida em que o acesso facilite o consumo, a dependência e a produção de enfermos e em que a privatização torne tais serviços acessíveis apenas a quem possa pagar toda essa multidão de viciados pobres morrerá abandonada e completamente desassistida na sarjeta, demonstrando cabalmente o quanto o Estado do sr de Mandeville é um Estado cruel e desumano, feito apenas para meia dúzia de privilegiados.<br /><br />Quanto a questão de desvincular compulsoriamente do SUS tantos quantos viciados saudáveis se recusarem, voluntariamente, a passar por tratamento, também sou receptivo a ela, crendo no entanto que todos esses problemas e possíveis soluções devam ser discutidas e decididas democraticamente por todo corpo social através de plebiscitos ou referendos. <br /><br />Concluo, opinando que a proposta de Bernardo de Mandaville sobre um sociedade fundamentada no consumo acelerado de objetos - Mesmo que inócuos ou não viciantes. - seja, sob todos os aspectos, impraticável e perigosa. Como concluo pelo 'Áriston métron' dos antigos gregos, pela 'Aurea mediocritas' dos antigos romanos ou ainda pela via média ou sóbria dos antigos Cristãos, embora me posicione pessoalmente contra uma sociedade ascética e acredite que todas essas coisas nada tem que ver, diretamente coma fé ou com o Sagrado, e sim com o pensamento reflexivo e o mundo presente. Continuamos buscando um saudável meio termo entre o ascetismo doentio de algumas culturas e o consumismo torpe da modernidade. <br /><br /><br /><br /></p><p><br /><br /><br /></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-23587964370466534412023-10-11T21:28:00.001-07:002023-10-12T13:11:49.605-07:00Ensino - Entre criticismo e essencialismo\Ojetivismo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEgdjtqFA7V78tOyNKXFubhxPYHPlR94x0AtUSUeJQp0JHIElafIC1Vza0bxaL90he418OM9z2aUJxZfWbCM0yn6kwNs-VRIZJ8L7NrFurp8CPOXm4DJjwe8B4jr_XU29lm6WiAgyOwt2T1yJ9UDNoHi_CuKdTMTqexNn0cV4IVy62tHoGSefvh-QhjHsk/s1600/saladeaula.webp" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1276" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEgdjtqFA7V78tOyNKXFubhxPYHPlR94x0AtUSUeJQp0JHIElafIC1Vza0bxaL90he418OM9z2aUJxZfWbCM0yn6kwNs-VRIZJ8L7NrFurp8CPOXm4DJjwe8B4jr_XU29lm6WiAgyOwt2T1yJ9UDNoHi_CuKdTMTqexNn0cV4IVy62tHoGSefvh-QhjHsk/w319-h400/saladeaula.webp" width="319" /></a></div><br /><span style="font-size: x-large;"><br /></span><p></p><p><span style="font-size: xx-large;">Num mundo cada vez mais complexo é cada vez mais difícil instruir as gerações futuras.</span></p><p><span style="font-size: x-large;">No passado, cerca de cinco, dez, vinte ou vinte e cinco séculos, educar era antes de tudo comunicar o que parecia ser a essência das coisas ou mostrar como as coisas eram em si mesmas.</span></p><p><span style="font-size: x-large;">No entanto, há cerca de cinco séculos, passou o Ser, a ser cada vez mais utilizado com uma finalidade lucrativa e desde então quase todas as coisas se converteram como que em meios para se obter dinheiro. Desde então as pessoas tem se interessado mais pelo uso que se faz das coisas do que pelas próprias coisas, até o ponto de certas opiniões - Ora predominantes. - certificarem que não podemos conhecer as coisas como tais e que isso é ociosidade inútil. Sempre podemos usa-las (rsrsrsrs), sai de cena a Ontologia ou a Metafísica, e entra em cena, com grande gala a Dona Economia... Senhora de nossos tristes tempos economicistas (Foi o Católico T S Elliot e não os comunas que os declararam tristes e eu concordo plenamente com ele.). </span></p><p><span style="font-size: x-large;"><br />Ao mesmo tempo em que as coisas principiaram a ser cada vez mais usadas com finalidades econômicas, também foram - As coisas. - usadas para ocultar, disfarçar ou obscurecer a realidade vivida por aqueles que ao invés de lucrar ou auferir benefícios por parte do sistema vigente, apenas trabalhavam e continuavam penando ou acumulando miséria. Na medida em que parte das coisas ou dos seres passaram a ser usados, por quem aspirava permanecer no comando, com o objetivo de alienar os mais humildes da realidade por eles vivida ou melhor dizendo de suas causas mais íntimas e remotas, foram surgindo oponentes cujo ofício passou a ser revelar ou tornar pública a grande burla que é a Sociedade liberal economicista ou capitalista, em Educação, essa vertente recebeu a alcunha de crítica.<br /><br />O Educador crítico tem assumido, em maior ou menor grau a tarefa de demonstrar como a realidade das coisas tem sido manipulada pelos detentores do poder econômico, noutras palavras, tem concentrado seus esforços em expor as mentiras do capitalismo - E o capitalismo mente a não poder mais (O que não quer dizer que as Ideologias que se lhe opõem, disputando a Hegemonia, não mintam.). <br /><br />Então qual é o problema do Criticismo ou dessa Revelação a propósito da grande farsa do Capitalismo...<br /><br />Que ficamos apenas na crítica ao uso que o capitalismo faz das coisas, no marketing, na instrumentalização, no engano, na aparência ou melhor dizendo nas relações existentes entre os seres, criadas pela produção. E jamais chegamos as coisas, ao ser, a verdade mais íntima e profunda... Em Geografia olvidamos por completo os fenômenos físicos... Em História colocamos de lado os personagens, fatos, datas, etc - Além de abandonar o passado mais remoto, tão interessante e fecundo... Em Arte esquecemos a fruição intuitiva do belo (Estética) ou o significado estético da produção pessoal - E tudo isso vai sendo relegado a segundo plano e deixado para trás.<br /><br />A crítica é quiçá necessária, e isso é angustioso! Porém a educação ou a formação se vai mutilando e empobrecendo. A ponto de tornar-se alvo de contra criticas justamente por parte dos prestidigitadores economicistas. Não sou contra a crítica ou o criticismo, reconheço sua relevância num mundo de aparências e intencionalidades viciosas, mas quero estabelecer uma crítica honesta face a certos abusos ou excessos do Criticismo, pois temos que tornar a falar sobre as coisas e a verdade, para que a Ética não fique desamparada de seus fundamentos, passando a ser apresentada como mero discurso, como uma perspectiva, como uma interpretação ou como algo absolutamente relativo.<br /><br />Quando falo na realidade da dor provocada no sujeito por um situação de injustiça tenho que aprofundar metafisicamente minha predicação, conceituar que seja dor, que seja ser humano, que seja justiça, etc e demonstrar que haja algo real, para que essa dor e essa justiça não sejam relativizadas.<br /><br />Curioso falar em crítica, criticidade, criticismo, etc sem pensar I. Kant.<br /><br />No qual já esta presente o grande efeito ou sintoma da brincadeira iniciada pelos sistemas modernos face ao conceito de verdade - Seja natural\racional ou Revelada, não importa... Esse sintoma doentio é a negação da Verdade ou o total desinteresse por ela. E nem se pode dizer que o positivismo, o cientificismo, e outras ideologias modernas, ainda quando impulsionaram o anarquismo e o comunismo, começaram prestando imenso serviço ao Capitalismo, pelo simples fato de negarem a Metafisica e consequentemente Ontologia, Estética e Ética (Litreé). Após a demolição da fé, precipitaram-se as mentes não no precipício da economia, com seu prosaísmo vazio, mas nos braços da Metafisica e sob os auspícios da Filosofia clássica. <br /><br />Kant prosseguiu a demolição da Verdade, pois a um tempo contemplou a burla iniciada pelo Capitalismo e a outro o significado mortal do Libre examinismo no plano religioso > Pois se haviam apenas interpretações (A expressão é de Nietzsche) não havia verdade e menor ainda Revelação divina - O único padrão de veracidade para os Evangelhos e o Novo Testamento é a Tradição alardeada pelas antigas igrejas Apostólicas, sem a qual o livro se converte num labirinto sem saída. E no entanto esse mesmo Kant forcejou por estabelecer um Ética objetiva por meio de imperativos categóricos e não podia imaginar o viver sem Ética de Litreé.<br /><br />Comte, outro bravo demolidor, busca abater toda Metafísica e exaltar a Ciência empírica até imaginar uma ditadura de cientistas. Litreé põem de lado a ditadura de cientistas para conciliar-se com a democracia formal, porém 'avança' no sentido de repudiar a Ética e é claro a Estética, como emboloradas lucubrações metafísicas... E exalta até onde pode essa ciência que se deleita em deslindar aparências ou fenômenos... Após ele Durkheim e Lévy Bruhl levam adiante a batalha contra a essencialidade Ética nos domínios da Sociologia e postulam um relativismo absoluto, a partir do qual Sócrates é morto e não resta critério algum pelo qual possamos acordar em torno do certo e do errado...<br /><br />Foram uns belos discursos positivos ou científicos em torno da Ética ser mero resíduo cultural, produto intragável da fé religiosa ou pura fantasia arbitrária (Metafísica) engendrada pela mente... Até que os alemães parecem te-los lido e levado bastante a sério, a ponto de produzirem duas grandes guerras mundiais nas proximidades do paraíso capitalista ou do coração da civilização, convertendo-o por duas vezes em ruínas fumegantes... E no bojo dessa cruzada contra o direito natural ou o jus naturalismo (Em que Antígone era pintada como idiota e Creonte como...) surgiu nazismo, e tortura, e assassinato, e roubo... E toda aquela carniçaria e miséria - Afinal não havia qualquer padrão objetivo ou essencial de Ética.<br /><br />Recordo-me de ter lido algumas palavras escritas por alguém que viveu num desses campos de concentração - Nos quais Ética era certamente encarada como palavra vazia ou discurso sem sentido: <i>Ali haviam diplomados e técnicos que assassinavam... e respeitáveis cientistas que praticavam tortura, exterminando crianças, grávidas e idosos com requintes de crueldade... Adquiriram com sucesso os conhecimentos de suas respectivas disciplinas, a calamidade aqui é que não aprenderam a ser bons... Essas pessoas, antes de aprender matemáticas, física, química, etc deveriam ter assimilado princípios e valores saudáveis. <br /></i><br />Nada que Sócrates, Jesus ou um Buda já não tenham dito antes... Esses pobrezinhos... > Segundo <i>Litreé, Durkheim </i>e <i>Bruhl</i>... não passavam de umas criaturinhas toscas, privadas de espírito positivo ou científico... Desde então teve a Europa ou o Ocidente, que aprender com a dor e que reformular seu discurso...<br /><br />Após a segunda grande guerra a palavra Ética - E o velho Sócrates ou Aristóteles. - parece ter sido reabilitada, tornando-se novamente popular, ao menos aparentemente ou superficialmente, pelo simples fato de que os céticos, positivistas, relativistas, ateístas, etc servidores do Capitalismo, não podem admitir ou conceber, que a dimensão ética da pessoa seja inculcada nos mais jovens com toda seriedade a que faz jus. Problema não é o comunismo ou anarquismo repudiarem uma Ética essencial - Nada que o amiguinho querido, chamado positivismo (E o cientificismo que com ele se confunde.) já não tenha feito... Problema é o Mercado insinuar a meia boca que esta acima da Ética ou os representantes da bela ciência (Como se fossem arremedo do colégio cardinalício.) exigirem neutralidade...<br /><br />Por isso digo que pior do que negar a Ética é muito menos prejudicial e danoso que brincar com ela.<br /><br />Pois onde mais falta Ética em nossos dias é nas relações econômicas, cada vez mais desumanas e intoleráveis, assim nas relações políticas com essas guerras totais que envolvem a população civil de cada pais e seus animais inocentes. O mundo da economia, da política e da guerra continuam visceralmente irredutíveis a Ética...<br /><br />O próprio Ch Dawson em seu inútil livro sobre Deus ou contra a existência de Deus, ainda que imbuído por um venenosa ideologia cientificista em momento algum decantou contra a Ética, limitando-se a declarar que até então o ateísmo querido tem sido de todo inútil para produzi-la i é para criar um sistema de Ética. A bem da verdade, a crítica foi injusta, pois o ateísmo ou o materialismo encontra-se na gênese do utilitarismo ou pragmatismo 'ético', com suas repercussões estéticas... E foi outro desastre clamoroso, pois por ser nulo em termos de princípios e valores, o pragmatismo (Como a ciência positiva) fica sempre sujeito a ser utilizado por qualquer ideologia ainda que oculta...<br /><br />O mesmo Dawson não se lamenta menos de que no campo da estética a querida ciência nada tenha produzido de relevante, como uma peça de Teatro ou uma sinfonia.<br /><br />Agora por não produzir Ética - Não produz sequer estética! - ou princípios e valores próprios, como poderia a querida ciência deixar de servir como lacaio dedicado ao Capitalismo... Como servirá o Nazismo na Alemanha e o Comunismo na URSS. Bela deusa essa que se partilha seu leito com Comunismo, Nazismo ou Capitalismo. No Ocidente é acrítica e manipulável, não devendo o homem esperar dela qualquer redenção. Descobertas, conquistas tecnológicas, verdades fenomenológicas, etc mas não a mais leve crítica ao sistema. Entre nós a ciência esta conectada aos poderes políticos e econômicos - E por isso, enquanto os europeus deploravam a desconstrução da Ética pelas beldades positivistas, os cientistas instalados nos EUA faziam o que lhes era ordenado, produzindo Bombas que seriam lançadas sobre uma população civil inocente.<br /><br />Protestantismo, capitalismo, positivismo, cientificismo, ceticismo, pragmatismo, modernismo, etc se entrelaçam e misturam nessa sopa indigesta e nauseabunda. Merecendo cada qual ser criticado com toda propriedade e responsabilizado pela demolição da Ética essencial, da estética essencial e sobretudo da Metafisica, sem a qual tudo se relativiza e perde o sentido.<br /><br />Comunismo e anarquismo também deveria ser julgados e criticados e julgados com toda liberalidade, enquanto reprodutores acríticos das ideologias acima citadas e de seus vícios. Não são inocentes e nem mesmo a Igreja romana ou o papismo é inocente - Embora eu a encare como a menos culpada, paradoxalmente a mais responsável (Por não ter condenado o agostinianismo.) e a menos culpada (Devido as condições históricas e sociais do Ocidente medieval.).<br /><br />Por isso considero que calcar as críticas na velha igreja papalina como se fosse a principal responsável por todos os nossos transtornos e padecimentos, equivale a um erro imperdoável e tanto Engels, quanto Weber, e <i>Tawney, Fanfani, O'brien, etc </i>apresentaram o protestantismo como sendo o principal sustentáculo ou aliado ideológico do capitalismo.<br /><br />Seja como for estabelecer uma crítica tão completa na escola é intencionalmente impossível... Digo mais: Concentrar-se numa crítica ao Capitalismo e suas mazelas tampouco é possível, e esgota-la menos ainda. <br /><br />Necessário ao professor de História apresentar a seus pupilos outros períodos em que não havia capitalismo e nos quais o poder econômico não era tão poderoso e forte. Necessário a esse educador referir a personagens, eventos, locais e datas, não apenas a processos de produção e as estratégias empregadas com o objetivo de oculta-las.<br /><br />Necessário ao professor de Geografia apresentar a seus alunos não apenas a 'Guerra fria' mas antes dela a forma do planeta, os acidentes geográficos, a relação meio, homem e sociedade, etc <br /><br />Tampouco o professor de arte poderia concentrar-se apenas no uso da arte como dominação ou na contra propaganda sem apresentar as turmas a História das representações artísticas e alguma mínima noção de teoria Estética, sempre intermeada pela produção concreta da arte, quiçá seu aspecto mais relevante tendo em vista seu aspecto psicológico e formativo; o simples trato prático com a arte é humanizador e terapêutico.<br /><br />Um bom professor terá, necessariamente, que conciliar a crítica ou o criticismo com um saudável realismo ou essencialismo que reporte as coisas ou ao ser, e a pessoa. De maneira que seu criticismo não se torne árido e insípido. Ocioso dizer que por admitirmos uma justa crítica ao Capitalismo e aos danos por ele causados em praticamente todos os setores da vida humana, não endossamos qualquer apologia ao Anarquismo, ao Comunismo ou a qualquer outro sistema sócio, político e econômico em sala de aula. Compreendemos perfeitamente que todos esses sistemas devam e possam ser livremente abordados e discutidos pelas turmas e professores nas aulas de Filosofia, Sociologia ou mesmo em certos tópicos de História, mas não admitimos que as nossas aulas devam converter-se numa doutrinação catequética sistemática. <br /><br />E já declaramos que, salvo quando uma tal temática seja introduzida pelo currículo, sua discussão deve partir sempre dos alunos ou da turma e jamais do professor, a guisa de proselitismo. Salvo quando os alunos suscitarem determinadas questões - As quais sempre deveriam ser acolhidas e levadas a discussão pelo professor. - deve o docente seguir a ordenação curricular e ministrar os conteúdos estipulados. <br /><br />Exerçamos portanto um criticismo crítico, sóbrio, dosado, etc e não um criticismo cego e sectário que redunde em contra críticas maliciosas em favor da manutenção da realidade dada. <br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-24484178308294708962023-10-10T21:51:00.003-07:002023-10-11T19:17:36.978-07:00Por que alguns pais não educam ou põe limites aos filhos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSoePxC3agi_XJc2NRwuPRPaD3p-klBwQJbN6cxZytKOyr12U_M4xwIkK1DCyBsabv0B3uaiAD5uL9rKxkb0oeJUqYqWlidjMjTmhbUa9rlJTk_Jybzv06SLluJ8gL7T1TnfzjvufS_U4Yu9sBwks7dDovSIBZshWjJ4VWIkKLano1NXiKj_hmwt20V9BA/s800/castigos.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="800" data-original-width="800" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSoePxC3agi_XJc2NRwuPRPaD3p-klBwQJbN6cxZytKOyr12U_M4xwIkK1DCyBsabv0B3uaiAD5uL9rKxkb0oeJUqYqWlidjMjTmhbUa9rlJTk_Jybzv06SLluJ8gL7T1TnfzjvufS_U4Yu9sBwks7dDovSIBZshWjJ4VWIkKLano1NXiKj_hmwt20V9BA/w400-h400/castigos.png" width="400" /></a></div><br /><div><br /></div><div><br /></div><div><br /></div>Entre as diversas crises porque passamos uma das mais sérias é a crise da Educação. E desta vez não me refiro a educação escolar, a qual, segundo nossa LDBN, é oferecida em instituições próprias e sim a Educação elementar que deveria ser ministrada pelos pais e responsáveis no espaço familiar.<br /><br />Parece que esse tipo de Educação não está acontecendo, pelo simples fato de que os agentes não tem sabido maneja-lo.<br /><br />Exatamente - Parece que no tempo presente os pais tem medo ou receio de educar.<br /><br />Sim - Devem ter medo e receio de agredir fisicamente, de bater, de surrar, de agredir, etc porque isso não serve de nada e educar ou limitar é absolutamente necessário.<br /><br />Não nos enganemos > Sem educação ou noção de limites intransponíveis produziremos apenas monstros ou aberrações; tarados, maníacos e sociopatas.<br /><br />Todo ser humano tem necessidade de limites ou de limitação tanto quanto tem necessidade de comer, beber ou respirar.<br /><br />Estabelecer limites não é constranger, não é dominar, não é humilhar, não é agredir, não é violar, etc mas humanizar. <br /><br />Trata-se repito de uma necessidade moral ou humana das mais básicas.<br /><br />Supõe valores a serem dados ou determinados, e assimilados, como supõe orientação, regras, direção e portanto autoridade e punições ou castigos; coisa que ainda assusta muita gente.<br /><br />E no entanto você não pode conceber a educação sem tais elementos: Princípios e valores a serem comunicados a consciência e introjetados, direção, autoridade e punições.<br /><br />Agora temos de entender que a educação deve ter por fim não um controle insuperável e sim a autonomia do sujeito > De modo que em posse da sã razão ou de uma capacidade reflexiva consumada possa rever os princípios, valores, crenças e costumes recebidos, rejeitando-os inclusive caso pareçam absurdos ou inconsistente. Ao adulto normal, consciente, pensante, etc cabe o pleno exercício da liberdade. No entanto a criança precisa ser conduzida ou educada, ainda que com amor, carinho, bondade, paciência, etc<br /><br />Tampouco deveria ser tal autoridade arbitrária ou caprichosa, e aqui tocamos a questão do abuso de autoridade ou do autoritarismo. O adulto, o pai, o responsável deveria exercer a liberdade buscando sempre o interesse da criança e seu bem estar, não sua própria vantagem ou satisfação, porque aqui já é o oprimir ou dominar.<br /><br />Assim usar a criança ou o filho como um servo, um empregado ou um executor de serviços jamais equivalerá a educa-lo.<div><br /></div><div>E se muitos hoje tem receio de contrariar, exasperar ou desagradar o filho outros pelo contrário tem o sádico prazer de contraria-lo sempre ou de tornar sua existência insuportável. Uns convertem a educação em tirania, escravidão, opressão e nesse sentido numa fonte de traumas, complexos, desajustes e bloqueios muitas vezes insolúveis; enquanto outros abdicam por completo dela, e, guiados pelos gurus neo freudianos, dão a entender que não existem quaisquer limites > E a criança, pobre dela, aprende que pode tudo ou que é dona do mundo... <br /><br />Deve o pai corrigir seu filho com firmeza e carinho sempre que ele cause dano ou prejuízo concreto a qualquer ser vivo ou ao menos a qualquer animal - No mínimo a todo e qualquer ser humano, e aqui toda e qualquer resistência ou obstinação faz jus a algum castigo ou restrição.<br /><br />Não se trata obrigar a criança a gostar determinada cor ou a consumir determinado alimento, pois aqui nos aproximamos demasiadamente da opressão. Mas de respeitar todas as formas de vida, de não causar dano ou prejuízo aos outros animais que conosco convivem, de tolerar os demais seres humanos que exercem a tolerância, etc<br /><br />Neste sentido ético, vital e humano devem haver metas concretas a serem atingidas, padrões de comportamento a serem evitados e, consequentemente, castigos e punições.<br /><br />Castigos e punições são palavras que causam receio e suspeita a muita gente boa, pelo simples fato de que no passado sofreram abuso e foram equivocadamente empregadas - Servindo ao despotismo, a tirania, ao poder arbitrário, etc e acarretando um torvelinho de dores. Sejam corrigidos os excessos e erradicados os abusos, não a punição justa e sábia, sem a qual a educação se torna improfícua.<br /><br />A norma é simples: Quanto mais você ensinar pelo exemplo (Comenius) menos precisará impor quaisquer hábitos. No entanto, quando, apesar dos exemplos, houver infração, haja castigo.<br /><br />Não físico, não físico, mas quando possível reparativo ou restritivo.<br /><br />Toda vez que a criança causar qualquer dano ou prejuízo deve o adulto, sempre que possível for, fazer cessar aquele dano. Se ve-la chutar ou pisar numa flor ou erva, faça com que replante as mudas, galhos, sementes, etc Caso machuque um animal qualquer obrigue-a a cuidar dele ou a tratar de sua saúde. Se ofender alguém obrigue-a a pedir desculpas. Se furtar faça restituir. Se agredir mande dar algo seu ou algo de que goste em compensação, etc <br /><br />Mas a criança sempre pode resistir. <br /><br />Sim, sempre pode.<br /><br />Nesse caso que fazer...<br /><br />Surrar ou bater...<br /><br />Jamais.<br /><br />Nesse caso o adulto > Pai, responsável, professor... Repare o dano causado diante dela e em seguida castigue-a com um restrição.<br /><br />E para tanto haja com sabedoria, prevalecendo sempre do que a criança ama ou mais gosta, para que sinta algum impacto.<br /><br />Exemplo: Se aprecia muito ir com o adulto a um determinado local, num determinado dia - Tipo: Ir pescar com o pai todos os Domingos, diga em alto e bom som que não haverá pescaria nos próximos três Domingos PORQUE, pisou no rabo do gato do vizinho - E repita isso a cada Sábado e Domingo, recordando o motivo porque não terá aquele prazer. <br /><br />Retire um mimo, presente, benefício qualquer, sempre relacionando com o dano causado por ela. <br /><br />Para que o castigo não venha a perder seu sentido e sua força jamais o empregue com propósitos banais, assim arbitrariamente. Importa que desde pequenina tenha a criança uma certa esfera de liberdade - Quero dizer com isso que tenha o direito de escolher uma determinada cor de roupa, certos pratos ou alimentos que lhe pareçam saborosos, determinados brinquedos, determinados amiguinhos, determinados locais ou mesmo preferências musicais e artísticas, etc Tudo quanto for eticamente neutro ou que não cause dano ao outro ou a própria criança lhe seja permitido. Haja portanto um controle rigoroso mas não absoluto ou total, pois a criança tem o direito de ter preferências ou gostos que sejam seus.<br /><br />Imaginar que seu filho seja um outro você ou uma cópia sua pronta e acabada, permita-me dizer é uma doença ou defeito de caráter que não deixará de suscitar conflitos e turbações. Eduque eticamente seu filho, comunicando-lhe princípios e valores saudáveis mas não exija que ele ou ela seja uma cópia sua. </div><div><br /></div><div>Também é necessário que o castigo tenha prazo de validade ou que não seja demasiado longo. Importa que a criança sinta pelo que fez... Não que sinta sempre ou eternamente, pois o objetivo é que altere seu comportamento e se torne melhor. Deve o pai ou responsável compreender perfeitamente que educar ou punir não é vingar-se - Pois se vingar-se de qualquer um outro é muito pouco nobre, vingar-se de u filho ou de um aluno é doentio e deseducativo.<br /><br />Caso vá aplicar determinada punição ou restrição a seu filho com espírito de arrogância, ódio, crueldade ou vingança melhor abster-se de aplica-la, pois aqui a emenda sairá pior do que o soneto. Considere portanto seu inconsciente sempre que for punir algum pupilo e busque sempre purificar suas intenções, ter em mente o benefício dele e estar certo de que esta a castiga-lo por amor ou para que venha introjetar princípios e valores saudáveis. Sim certifique-se que ao educar ou punir esta buscando em seu pupilo o bem da espécie ou da família humana e não a satisfação do ego, e assim não correrá o risco de exceder-se.<br /><br />De qualquer forma, e esse é o temor de todo pai educador ou mãe educadora, meu filho ou minha filha poderá vir a odiar-me e a acalentar ressentimentos contra mim, inclusive desejando vingar-se quando for adulto.<br /><br />Sim, até pode ser que seu pequeno, apenas por não ser capaz de compreender perfeitamente o que esta acontecendo, passe, ao menos num primeiro momento, a nutrir certos sentimentos negativos por aquele que o corrige ou orienta.<br /><br />Pode ser inclusive que deseje ser mais velho apenas para dar-lhe um bom soco na cara ou chute na bunda... Todavia, fora os casos de agressão física, as crianças tendem a esquecer muito rapidamente tais tipos de evento.<br /><br />Via de regra, quando a criança cresce, amadurece e tem seus próprios filhos a tendência dominante é compreender os esforços educativos de seus pais e professores admirando-os e respeitando-os ainda mais. Invertidos os papéis, o homem ou a mulher, educados com sucesso tendem a encarar aqueles que os educaram como modelos de heroísmo.<br /><br />Já no caso dos que não receberam qualquer noção de limites, esses sim, tendem a ser uma eterna fonte de problemas para seus pais e mestres.<br /><br />Pois educar é em ultima analise comunicar consciência sobre nossa condição restrita e limitada onde os direitos pessoais começam onde terminam os direitos alheios...</div>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-32595569815478128442023-10-10T14:01:00.007-07:002023-10-10T20:29:58.163-07:00O cerco contra a educação<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTRUy7mUin0gJ9sguj5yTiczj2hzrDuSbLHaeA9_nXT5SfPE5-ZQ7XuMhaSqsmYcstqi-on8A8FqA2i-Bdt7CaYJiI3H1z2iteNfm_1SZs87EVnibvtjD55_djp1Gz2f85qEsLns1eVCVB7y_Gr_jZuxoJl0UkofTZ_B4ohM1um0xIqPIBlyOXPBhzFfMn/s400/massifica%C3%A7%C3%A3o.png" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="400" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjTRUy7mUin0gJ9sguj5yTiczj2hzrDuSbLHaeA9_nXT5SfPE5-ZQ7XuMhaSqsmYcstqi-on8A8FqA2i-Bdt7CaYJiI3H1z2iteNfm_1SZs87EVnibvtjD55_djp1Gz2f85qEsLns1eVCVB7y_Gr_jZuxoJl0UkofTZ_B4ohM1um0xIqPIBlyOXPBhzFfMn/w400-h400/massifica%C3%A7%C3%A3o.png" width="400" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr></tbody></table><p style="text-align: center;"><br /></p><p>Os primeiros esforços significativos em prol da educação no Brasil remontam a assim chamada era Vargas e foram, em sua maior parte, implementados pelo então ministro Gustavo Capanema.</p><p><br />Antes disso, já em 1932, foram estabelecidas as aulas de 'Canto orfeônico'.<br /><br />De 1932 a 1971, i é, por quase quatro décadas ou ao cabo de quarenta anos, obtivemos amplos resultados por parte desse esforço educativo.<br /><br />Desde então, 1971, principiaram os ataques, a desconstrução, o sucateamento, etc a princípio tímido, e em seguida vertiginoso e voraz - A ponto de podermos falar numa Cruzada massificadora.<br /><br />De fato nos últimos cinquenta anos os esforços do poder constituído traduziram-se em massificação, com o Estado de São Paulo a frente desse processo vergonhoso.<br /><br />E quero deixar bem claro que o empenho em produzir massas alienadas e acríticas é intencional e consciente. <br /><br />Desarticulado porém, partiu de diversos setores da sociedade brasileira - Cada qual com um propósito ou motivo peculiar...<br /><br />Para começo de conversa quero citar os 'bondadosos' militares, endeusados por tantos e tantos imbecis - E aqui a conversa é velha pois o papo remonta a Sócrates e seus detratores Anito, Licon e Meleto. e toda a essência da Filosofia ou do pensamento crítico.<br /><br />Começaram os ditadores, em 1971 (LDBN) abolindo as aulas de música e diluindo esse conteúdo no curso de arte. E desde de então, pelo espaço se meio século, não temos tido aulas de música ou formação musical de qualidade. <br /><br />Oportuno indagar sobre as causas da ascensão do pagode, do sambão (Não estou falando no Samba bahiano dos Caymmi ou dos Demônios da garoa.) e enfim do rock pauleira, do Funk e do gospel... E mais ainda dos ideólogos que se empenham em defender a estética elevada do Funk ou do pagode em suas investigações 'sociológicas' - Pobre Sociologia pessimamente normativa...</p><p>Em São Paulo a educação musical permaneceu no Currículo até cerca de 1986, quando foi cancelada pelo PMDB i é pela vanguarda democrática das Diretas já e quanto a isso podemos adiantar que neste estado ou província a nova democracia foi ainda mais insidiosa que os milicos no sentido de tornar a escola em algo absolutamente inócuo, até converte-la em mero depósito de jovens que pouco ou nada aprendem. Enfim a pá de cal lançada na Escola pública do estado de S Paulo foi o Novo ensino médio - Do golpista temeroso, e isso foi um desígnio...<br /><br />A questão dos militares é que receiam quanto a formação do ser humano integral e quanto a implementação de uma cultura humanista. Como Cálicles e Trasímaco eles acreditam, quiçá honestamente, no padrão da força bruta e consequentemente da obediência cega, o que de modo algum se ajusta com a racionalidade, a capacidade reflexiva, o pensamento crítico, etc que eles encaram como ameaçador e subversivo. <br /><br />Por isso Sócrates, ao questionar os mitos, a arbitrariedade das definições - Inclusive da justiça... e tantas outras coisas tornou-se perigoso, e teve de beber cicuta. Já antes dele Pitágoras, Zenon, Anaxágoras, etc e depois dele Aristóteles, Epicteto, etc envolveram-se em tais conflitos e levaram a pior... <br /><br />O dilema continua até os dias de hoje - Pois de modo geral policiais e militares tendem a assumir esse padrão de cultura irracionalista e autoritário, e a desconfiar dos professores e dos filósofos. <br /><br />Isso se reflete inclusive na dinâmica da violência, porquanto os autoritários e seus aliados tendem a apoiar toda sorte de abusos e excessos como perfeitamente naturais, enquanto que os cidadãos éticos e críticos encaram-nos sempre como violação de direitos.<br /><br />Há no entanto outros atores sociais nesse cenário anti educativo ou deseducativo, uns e outros já representados na trama histórica do Areópago - Pois além do chefe militar ali estão, não menos firmes, o demagogo político, o fanático religioso e o capitalista, patrão ou investidor... Cada um mais ou menos delineados.<br /><br />Ali, cerca de 399 a C, assassinaram Sócrates... Hoje impedem que Sócrates renasça ou 'reencarne' em cada cidadão - Pois teem medo dele e receiam da liberdade.<br /><br />Outros diriam que o ódio é potencializado pelas atitudes daqueles que cultivando a autonomia, despertam a inveja e o rancor nos submissos e os submissos são rancorosos mesmo... <br /><br />Tornemos porém aos personagens - O Demagogo... Inserido no sistema democrático!<br /><br />O demagogo chega a ser pior do que o déspota ou que o tirano.<br /><br />Ao menos no Brasil ou em S Paulo foi e tem sido.<br /><br />O demagogo concluiu que a ignorância propicia o acesso ao poder, através dos sufrágios oferecidos por toda gente massificada.<br /><br />Pão e circo é seu lema e ele depende de que hajam consumidores de churrasco e cerveja - Ou cachaça... - Potenciais vendedores ou traficantes de voto. É necessário reproduzir esse tipo de pessoa ou personagem... O que só é possível fazer destruindo o que chamamos instrução, pois o fim da instrução ou da educação é produzir um cidadão consciente, que participe, que denuncie, que mobilize; e que jamais se venda ou venda seu voto.<br /><br />Para que hajam corruptores ou vendedores de voto é necessário que o ensino ou a escola falhem miseravelmente e por isso o demagogo encara todo e qualquer sucesso educativo como perigoso.<br /><br />Naturalmente que a imposição do voto obrigatório é um dos fatores mais tóxicos.<br /><br />No entanto é absolutamente necessário que o eleitor constrangido seja perfeito idiota, porque se for consciente e tiver mínima ideia sobre a importância de militar e mobilizar, além de votar... O perigo será o mesmo.<br /><br />Urge portanto converter a escola pública numa fábrica de zumbis, de palermas, de otários, de tontos, de imbecis, de idiotas, etc E lamentavelmente tal tem sido feito em âmbito institucional.<br /><br />Todas as vezes que me deparo com a propaganda babosenta do PSDB na televisão e com o esforço heroico em desprender-se da Hidra bolsonarista ou da canalha anti democrática, quase me urino de tanto rir. Pois sei que essa Horda liberticida sendo composta por mentes massificadas ou vazias, alimenta-se de ignorância... Agora, quem fabricou a ignorância com que se banquetearam...<br /><br />Reportemos a inditosa ou desditosa memória do governador PSDBesta Mário Covas... O mesmo governante que desmantelou o investimento mais do que secular, de nossas Ferrovias públicas, que acabaram sucateadas - Do que resultou a tirania dos caminhoneiros, a rede dos pedágios, o aumento do custo dos alimentos e de tantos outros produtos, etc <br /><br />Mário Covas fez algo muito pior e superou a si mesmo ao desmontar as bem estruturadas escolas padrão do estado de S Paulo, outro investimento de cinco anos destinado a recuperar a qualidade das escolas deste estado. As salas ambiente foram desfeitas, os laboratórios desativados e todo aquele material disperso, uma calamidade. Era o ano de 1995. <br /><br />Ali o militar, aqui o demagogo... produtor da oclocracia.<br /><br />Dois adversários implacáveis do ensino ou da escola pública de qualidade.<br /><br />Não os únicos - Pois temos ainda o Mercado, os patrões ou os investidores, os quais atacam a escola por motivos de diversa monta. Os patrões, a exemplo dos milicos, desejam que seus servidores, os operários, sejam totalmente submissos ou dedicados. Querem que se dediquem ou consagrem a uma causa que não é deles > O enriquecimento alheio a custa do lucro. Quanto mais idiota ou estúpido for o operário melhor: Bom que saiba ler, soletrar, calcular, puxar umas alavancas, etc Importa que ele jamais questione a realidade que lhe é dada ou imposta... Um operário demasiado crítico ou questionador jamais é bem visto, pois poderia recusar a ser o que é ou a contentar-se com o pouco que tem, chegando inclusive a fazer greve, o 'pecado original' dos proletários.<br /><br />Tal a perspectiva dos patrões... Que temem a escolarização ou a produção de cidadãos conscientes.<br /><br />Há no entanto algo ainda mais soturno nesse setor do liberalismo econômico.<br /><br />Tais os potenciais investidores, com suas reservas e o desejo de investigar em alguma coisa.<br /><br />Agora não basta que tal coisa seja monetarizada ou precificável... Deve ser algo lucrativo, logo algo privado. <br /><br />É o ideal funesto das privatizações ou da tal desestatização, o qual deve ser bastante ponderado a luz da História. Pois quando nossos ilustres ancestrais, atacaram a ferro e fogo, com ferocidade e violência, a Igreja antiga, o objetivo foi sequestrar uma série de serviços, como a saúde e a educação, com o intuito de que, desvinculados da fé, se tornassem acessíveis a todos os homens e mulheres. Os ideais norteadores, ao menos da maioria dos teóricos, parece ter sido melhorar a acessibilidade e a qualidade de tais serviços, no caso gerenciados por um Estado (Como parte do que chamamos bem comum.) mais ou menos democrático.<br /><br />Paulatinamente a ideia, até certo ponto saudável, de concorrência, introduziu a iniciativa privada em quase todos esses setores. Desde então apareceu e tomou corpo, toda uma rede de serviços privados, no acesso dos que pudessem pagar e fora do acesso dos que não podem arcar com os custos. Isso em nada prejudicou o atendimento dessa clientela, incapaz de pagar, pois sempre puderam recorrer aos serviço público e gratuito. <br /><br />E as redes de serviço pública e privada floresciam lado a lado, a primeira mantida pelo Estado (A custo de impostos.) tendo em vista a clientela mais simples ou humilde, composta por sinal, pela grande maioria dos trabalhadores pertencentes ao setor privado. </p><p>Até que cerca de 1989, por meio do Consenso de Washington, os EUA, visando fortalecer seu poderio ou império financeiro, impuseram aos países Latino Americanos uma série de medidas inspiradas no modelo capitalista - Dentre as medidas preconizadas estavam o assim chamado controle fiscal, compreendido como teto de gastos e redução de investimentos em áreas não consideradas como essenciais, o que atingiu de cheio inúmeros programas sociais. <br /><br />Num primeiro momento Educação e Saúde foram excetuadas, agora a tendência - Vigente no governo Bolsonaro. - é incorpora-las, expondo os mais vulneráveis a morte e a indignidade inclusive, como assistimos durante a epidemia de Covid. O resultado desse tipo de política economicista, desumana e cruel foi suficientemente exposto nos documentários de Michael Moore como Sicko ou SOS saúde. <br /><br />Em seguida vinha a cereja do bolo i é as Privatizações ou desestatizações i é a passagem dos serviços públicos e gratuitos, tomados a Igreja pelos jacobinos, ao setor privado ou ao Mercado, com a necessária monetarização... Sem que subsista qualquer nicho público e gratuito a que os mais humildes possam recorrer, donde resultam - Por pressão econômica em situação de doença ou impossibilidade. - uma série de abusos repelentes como empréstimos a juros exorbitantes, hipotecas, etc E no final do túnel quem lucra, a custa da dor e do sofrimentos alheio, são as grandes instituições financeiras. E aqui, não nos enganemos, por meio de tais medidas (Como a bela desestatização.), os interesses individuais (O lucro ou ganho) sobrepõem-se ao ideal precipuamente ético e político de BEM COMUM, o qual sai de cena... Tal e qual a fé religiosa, como relíquia do passado.<br /><br />Tolerável que haja alguma privatização em alguns setores periféricos, sempre calculada, dirigida e fiscalizada. Outro o caso dessa mística da privatização que aspira devorar a Educação e a Saúde, direitos primários e essenciais de todos os cidadãos brasileiros senão de todos os seres humanos. Do contrário porque tirar os serviços essenciais a Igreja velha... Para passar as mãos dos particulares ou de indivíduos ambiciosos, movidos por interesses meramente financeiros... Caso tenha sido essa a intencionalidade reconheçamos com o Mestre Garrett, que cometemos um erro fatal. Então temos que evitar o abismo e manter a todo custo o serviço público, de caráter universal, aberto e gratuito> O SUS e a escola pública, principal alvo do desmantelamento.<br /><br />Não nos enganemos. <br /><br />Não nos iludamos.<br /><br />Não nos enredemos.<br /><br />É necessário remover a qualidade da Escola pública ou impedir que seja eficiente para que se possa argumentar a favor da gestão privada. E isso é intencional.<br /><br />Políticos há, postados a favor do grande capital e do capital estrangeiro ou estado unidense, que sabotam a educação e a saúde públicas. Aspiram desmonta-las com o objetivo final de vender ou leiloar em hasta pública a quem mais oferecer... E esperam colocar toda essa grana nos bolsos, pois são vendilhões...<br /><br />Pugnam os interesses privados contra a qualidade da Escola pública - Pois há milionários ou afortunados que desejam converter hospitais e escolas em empresas, querem investir, dizem eles. Desconfio que queiram lucrar... Saúde e Educação até podem ser economicamente exploradas, desde que haja um espaço reservado para o poder público - Ao que se opõem o Consenso de Washington com a ideologia da desestatização, alias em grau absoluto ou com abertura para o que chamam capital internacional > E o ideal aqui é que as empresas Norte Americanas comprem todas essas estruturas a preço de bananas com o propósito extrair imensas fortunas, transferidas em parte para a grande República anglo saxã. <br /><br />De comboio no controle fiscal, na privatização e na abertura ao poder econômico imperialista ou estrangeiro; temos ainda a proposta de uma Reforma fiscal destinada a desonerar os mais ricos - E consequentemente de desamparar o Estado ético ou humanista de Bem estar social (Bem comum) e por fim a desregularização do mundo do Trabalho i é um decidido retorno a maravilhosa Inglaterra liberal anterior a 1870. Eis todo o pacote de malignidades, etiquetadas com os rótulos de econômicas.<br /><br />Após o Militar, o Demagogo e o Capitalista ou Patrão tem a escola e quiçá o Hospital, um outro grande inimigo. Não o homem ou a mulher religiosos, que cultivam uma espiritualidade qualquer. Nem, julgo eu, o rabino, o bonzo, o médium ou mesmo o padre romano. Porém o pastor protestante, fundamentalista, bíblico, sectário, etc nos exatos moldes do 'made in EUA' - Não menos que o Ulemá sunita > É o mesmo espírito tacanho e farinha do mesmo saco...<br /><br />Charlatães, cobram por curas pseudo miraculosas que de modo algum realizaram, e depreciam os verdadeiros heróis: Médicos, enfermeiros, etc assim tratamentos, hospitais, etc E já foi dito que se existissem curas divinas ou miraculosas, a sra economia nos mandaria investir em pastores ou pagar dízimos... <br /><br />Tanto pior o caso das Escolas, da instrução, da formação racional, do pensamento crítico, etc <br /><br />Basta lembrar o processo do macaco, nos EUA, sofrido pelo heroico prof <i>Th Scopes. </i><br /><br />Tanto a presença de primitivos mitos no Antigo testamento quanto a crença continuísta na existência de milagres no tempo presente - E portanto um éthos mágico fetichista. - fazem com que os pastores sejam os mais denodados amigos da ignorância e adversários do pensamento reflexivo.<br /><br />Não podendo dominar e usar a escola numa perspectiva confessional o pastor aposta em sua perda de qualidade. É outro personagem que, como o militar e o demagogo, aposta na ignorância humana, na imbecilidade e na massificação para tirar proveito próprio. Talvez, mais do que todos os outros o pastor dependa da falência da escola ou do sistema educacional.<br /><br />Outro aspecto danoso a ser considerado com relação a este último personagem é o moralismo (A simples moralidade mecânico formal.) ou o puritanismo em oposição ao pluralismo escolar e o consequente liberalismo moral que tanto exaspera os bíblicos. Para eles a escola pública e laicista é uma aberração por não aderir a moralidade tosca do pentateuco ou mesmo os preconceitos legados pelo paulinismo. O fanático não sabe conviver com a liberdade e aquele todo aquele que escapa ao sistema de opressão do qual ele faz parte converte-se numa ameaça, ou, como dizem num mau exemplo - Daí desejar ele o insucesso da escola. <br /><br />Eis porque jamais houve medida destinada a sucatear a educação pública ou a prejudica-la que não contasse com o decidido apoio da sinistra Bancada Evangélica. <br /><br /><br />Continua</p><p><br /><br /><br /><br /></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-23391723026334186952023-09-26T20:10:00.002-07:002023-09-26T20:14:49.063-07:00A internação - A condição dos idosos nos hospitais...<p><span style="font-family: arial; font-size: x-large;"><br /></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgthS8aJk_OqLH6VVc7bhqJJNE02N3vdDSMNhiTe3blF-HpJmbU0nbUu6x7FiVMY69iM7niau5lGN9nhOWYg0EETMnB9CBiUAz6meCGud_lX_ApqyJ9R3ajSF52MZE9Phvda9ZWjXhC5TFK28nxupsYbnwyri2xsy-sz2G6yAbou2Mauo5uKZiWcdF1iZKA/s620/casalinterno.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="413" data-original-width="620" height="426" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgthS8aJk_OqLH6VVc7bhqJJNE02N3vdDSMNhiTe3blF-HpJmbU0nbUu6x7FiVMY69iM7niau5lGN9nhOWYg0EETMnB9CBiUAz6meCGud_lX_ApqyJ9R3ajSF52MZE9Phvda9ZWjXhC5TFK28nxupsYbnwyri2xsy-sz2G6yAbou2Mauo5uKZiWcdF1iZKA/w640-h426/casalinterno.jpg" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: arial; font-size: x-large;"><br /></span><p></p><p><span style="font-family: arial; font-size: x-large;">Quero abordar agora a questão, para mim bastante séria, do idoso hospitalizado ou sujeito a internação hospitalar.<br /><br />E começarei dizendo o óbvio. Como o idoso se sente mais seguro na casa ou no ambiente do lar e tende a rotina a hospitalização pode corresponder sempre a um evento bastante traumático.<br /><br />Alguns inclusive podem concluir, por via de paranoia, que estão prestes a morrer ou que desejam mata-los.<br /><br />Tanto pior caso ele esteja sozinho... O que por si só sugere a figura do cuidador. Todavia quando o idoso não possui cuidador creio que seja mais recomendada a companhia dos filhos, netos ou pessoas de seu convívio habitual.<br /><br />Isto porque o cuidador de última hora ou contratado as pressas, por mais competente que seja, não conhece detalhadamente o idoso e seus problemas. Portanto caso venha a contratar um cuidador de última hora procure informa-lo sobre absolutamente tudo quanto diga respeito a condição rotineira do idoso e sua saúde, ou mantenha-se conectado com ele i é disponível em tempo real.<br /><br />Quanto a companhia, devo insistir mais uma vez, que a companhia habitual trará mais segurança para ele.<br /><br />Ademais, o direito a um acompanhante é reconhecido pela legislação.<br /><br />A respeito do idoso que esteja só, devo dizer que, caso não possa alimentar-se por si só, terá de contar com o auxílio de algum enfermeiro. E alguns hospitais há um corpo de senhoras religiosas, as voluntárias, que costumam alimentar os pacientes que se encontrem em tais condições. Nos demais a comida é posta diante do enfermo e passado algum tempo depois recolhida - Jamais vi a equipe de enfermagem alimentar paciente impossibilitado.<br /><br />Tanto pior para a condição do idoso internado cessar de alimentar-se. Uma vez que deteriora muito rapidamente. Sabemos no entanto que certos medicamentos, como antibióticos, podem induzir a inapetência. Daí a importância de uma pessoa querida insistir em que comam ou tomem alimento mesmo sem vontade e essa insistência pode ser essencial para a recuperação do paciente.<br /><br />Via de regra a maior parte dos médicos e instituições hospitalares temem ser responsabilizados pelo perda de seus pacientes e processados pelos familiares. Do que resulta atualmente um controle bastante rigoroso ou mesmo excessivo. <br /><br />Diante disso, tendo em vista reduzir ao máximo a ocorrência de derrames, infartos e demais intercorrências, entre os pacientes, estabeleceu-se a rotina de aferir-lhes os sinais vitais três ou quatro vezes ao dia e portanto de seis em seis ou de oito em oito horas, conforme o estado e gravidade de cada um.<br /><br />Via de regra esses sinais correspondem ao nível da pressão arterial, da glicemia e da saturação. Também é costume perguntar o nome do paciente para verificar o nível de consciência, suas idas ao banheiro e, a noite, se costuma dormir.<br /><br />E qualquer alteração ou anomalia aqui pode trazer sérios problemas como o prolongamento da internação e o risco de infecção hospitalar. Caso o paciente seja impedido de tomar assento e obrigado a guardar leito tanto pior, pois o ideal é que possa se movimentar, sentar o mesmo andar um pouco.<br /><br />Com relação ao idoso esse rígido sistema de controle é ainda pior, na medida em que desenvolve paranoia ou delirium e que estes promovem o aumento da pressão arterial ou mesmo da glicose. E caso o paciente esteja com a pressão ou os nível da glicose demasiado altos não receberá alta.<br /><br />No entanto, caso a pressão esteja apenas levemente acima da média e isso corresponda a um histórico, é bom que o acompanhante informe ao enfermeiro e ao médico assistente. Certo é que a presença de cuidador parental que passe segurança ao idoso seja capaz de conter a pressão e talvez a glicose em níveis toleráveis. <br /><br />Outro o caso da falta de sono. Caso o doente seja insone, necessário informar os enfermeiros. Caso não durma porque se encontra num Hospital também é bom informar. No primeiro caso caberia uma investigação ou a aplicação de um sedativo indicado pelo médico assistente. Já no segundo caso, pode-se ou não aplicar o sedativo - Caso não haja outro enfermo e haja cuidador junto do paciente talvez não seja necessário aplicar sedativo, como no caso da minha mãe.<br /><br />O problema do paciente insone que grita durante a noite e não conta com acompanhante é o risco de receber o que antigamente se chamava 'sossega leão' i é a dose de um sedativo qualquer por conta do enfermeiro (a) o que chegou a produzir tanto mortes como danos irreparáveis, mormente em idosos. Certamente se trata de algo proibido, mas que ainda se fazia há cerca de trinta ou quarenta anos passados.<br /><br />Por vezes o apelo do cuidador, quando filho, neto ou cônjuge, pode induzir o idoso a dormir, ainda que levemente ou por breve tempo. Sempre bom evitar o sedativo, mesmo quando preceituado pelo médico.<br /><br />Digo o mesmo quanto a pigarra e tosse episódica - Caso o enfermeiro não tenha a quem perguntar sobre elas poderá concluir por algum problema respiratório e entubar o paciente, mormente se a saturação estiver no limite. Portanto caso o paciente tenha esses sinais há muitos anos (Minha mãe tem essa pigarra há mais de quinze anos!) convém advertir o enfermeiro responsável de modo a serena-lo.<br /><br />Outro o caso do xixi e das fezes do paciente, ao menos por um tempo, acamado. Podem ter alguma redução, sem que seja necessário introduzir a sonda urinária, pois esta, uma vez introduzida costuma ser uma fonte de outros tantos riscos. Caso seja autorizado pelo médico assistente o cuidador parental poderá ministrar sucos de melancia ou melão ou chás de quebra pedra e cabelo de milho, e, caso haja fluxo de urina, protelar por algum tempo o uso da sonda.<br /><br />Também poderá tentar, com autorização do médico assistente, levar o paciente ao banheiro ou introduzir a comadre, no caso dos que se recusam a fazer na fralda. Pois é a fralda outra fonte de infecções.<br /><br />Concluindo: Acalmar a pessoa ou passar segurança, acompanha-la ao banheiro, apelar para que coma, preparar um suco ou meramente informar o enfermeiro sobre uma condição habitual jamais será supérfluo, pois poderá significar significativa redução do tempo e internação e consequentemente de uma infecção que poderia via a ser letal.<br /><br />Daí a relevância do acompanhamento parental com relação ao idoso: Manter os sinais vitais dentro dos padrões de normalidade e evitar, quanto possível, procedimentos invasivos. De fato alguns procedimentos invasivos podem ser protelados ou evitados a partir de uma simples conversa entre médico ou enfermeiro e responsável, com ganho significativo para o paciente.<br /><br />Tal a estratégia adotada por mim. Enquanto minha mãe permaneceu internada não saí um instante do lado dela, exceto para vir a casa alimentar cães e gatos e tomar banho (Ocasiões em que era rendido pela cuidadora não parental.). Podia inclusive indagar sobre a medicação aplicada e verificar os diversos níveis de assistência, como nutricionista, reabilitação física, etc Pude comprovar por mim mesmo como a presença parental faz toda diferença...<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-51513464545397008972023-09-26T18:27:00.002-07:002023-09-26T18:54:36.799-07:00Hospitais privados - O terror da vida real (Relato vivido pessoalmente pelo Cronista na Baixada Santista) II<p><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;"><br /></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6nF0swyQzLrhUg-9fZj_EWdxZYO-2zy91meOSBREbe7Bnih0JY_xuPkWdWjO8zmknQlfU22OUxrn4k-gxKRqHZXWE1jaVtoyifOW8eOvw3EByn4dZ9NkN1JbSmeReGuEUHD9Lab0EECq43ZL0zF4twoS1tTK9kri_p8XeOmn8ry4yJdFa6mFxAEChnkE8/s768/hospitalidoso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="512" data-original-width="768" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg6nF0swyQzLrhUg-9fZj_EWdxZYO-2zy91meOSBREbe7Bnih0JY_xuPkWdWjO8zmknQlfU22OUxrn4k-gxKRqHZXWE1jaVtoyifOW8eOvw3EByn4dZ9NkN1JbSmeReGuEUHD9Lab0EECq43ZL0zF4twoS1tTK9kri_p8XeOmn8ry4yJdFa6mFxAEChnkE8/w400-h266/hospitalidoso.jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: x-large;">Diante disso, esperei - Não tinha outra alternativa. até as 7 hrs da manhã do dia seguinte a chegada do médico responsável pelo plano de saúde de minha mãe ao Hospital.<br /><br />Assim que ele chegou fui até ele relatando tudo quanto narrei no artigo anterior, sobre a omissão de socorro, sobre a condição dos idosos postos naquele lugar, etc declarando em alto e bom som que aquilo constituirá um verdadeiro crime, que aquele local era um açougue ou matadouro e que estava provido tanto de testemunhos quanto de gravações. <br /><br />Finalizei declarando que aquilo era caso de polícia e que não admitia que minha mãe tornasse a passar mais uma única noite daquele lugar - Antes das 11 horas não poderia sair porque estava terminando de repor o Sódio. </span></p><p><span style="font-family: georgia; font-size: xx-large;">Disse-lhe ainda que se até as 18 horas nada fosse feito chamaria a polícia e a imprensa além de comunicar o fato a diversos políticos e juízes da região amigos e conhecidos meus - Afinal, onde já se viu um Hospital parceiro deixar de fornecer a assistência médica necessária aos pacientes dessa tal Retaguarda no período noturno... ou o Plano em questão deixar de prover um médico assistente seu para aquele período...<br /><br />O médico pouco faltou para desmaiar, e como pode tentou defender-se, eu no entanto disse que caso minha mãe ali falecesse sem exames, leito ou os devidos cuidados porque estávamos pagando, todos os envolvidos se exceção, Hospital, plano, médicos, etc responderiam criminalmente.<br /><br />Diante disso o homem assumiu o compromisso de transferi-la para um quarto ou para o Hospital Casa de Saúde até as 18 horas, evitando assim que continuasse naquele açougue chamado retaguarda. <br /><br />Encerrada a reposição de Sódio foi minha mãe encaminhada a Tomografia e por volta das 13 hrs tínhamos já o ensaio de um Diagnóstico: Colite pseudo membranosa ou Peritonite, ambas desoladoras devido ao alto índice de mortalidade. No mesmo dia tive, a contragosto, que fazer os papéis da internação. Naquela mesma tarde reuniram um junta médica e lhe foi atribuído um clínico - A Dra X, profissional de competência e habilidade comprovadas.<br /><br />Entrementes, fui ter com o Responsável médico da tarde, Dr N, com o objetivo de repetir tudo quanto dissera a seu predecessor no período da manhã, de modo que não alegasse qualquer tipo de desinformação como escusa e prolonga-se a estadia de minha mãe na citada retaguarda.<br /><br />Era notório o desconforto dos enfermeiros e médicos enquanto eu permanecia no antro da retaguarda ao lado de minha mãe - Pois sendo gravíssimo o estado da velha enquanto lá estava, acredito que eles temiam algum tipo de reação impensada de minha parte caso ela viesse a sucumbir ali. O receio e temor por parte deles estava no ar... <br /><br />Desde que a cuidadora da mãe chegará eu me movimentava sem parar pelas diversas sessões do Hospital em busca do médico do Plano responsável pelo período da tarde, em busca deste ou daquele enfermeiro amigo meu (Pois alguns dos meus ex alunos ali trabalhavam.), etc Pude portanto notar que por um lado que tinha certa liberdade para faze-lo (O que é terminantemente proibido.) e por outro que era vigiado bem de perto por todos, enquanto me davam uma canseira após a outra.<br /><br />Observo ainda que haviam dois ou três pacientes idosos, quase que nas mesmas condições de minha mãe na tal da retaguarda. No entanto como estavam acompanhados apenas por cuidadoras e não por familiares não receberam a mesma atenção que nós e que as reclamações suaves ou moderadas das cuidadoras não produziam quaisquer efeitos.<br /><br />As dezesseis horas, orientado por uma enfermeira, dirigi-me a ouvidoria do Hospital onde fui recebido com toda pompa e solenidade por um funcionário, muito provavelmente, versado ou formado em direito. Repeti diante dele as mesmas informações e queixas assim como o desejo explicito de que minha mãe não passasse mais uma noite da dita retaguarda. <br /><br />Respondeu-me o homem, com um semblante admirado, reconhecendo que minha denuncia sobre a omissão de socorro por parte da médica era gravíssima e ao mesmo tempo que ignorava por completo as condições em que se achavam os idosos que se achavam naquele espaço. Para finalizar parabenizando-me por minha denúncia posto que aquela situação era intolerável. Declarou por fim que o problema seria resolvido de imediato e que o melhor para minha mãe - Tendo em vista sua condição bastante delicada. - era ser transferida para um quarto do que conduzida a Casa de Saúde, o que certamente implicaria riscos que ambos queríamos evitar, e terminou a conversa pedindo que pusesse tudo por escrito, assinasse e entregasse a ele.<br /><br />Demorei meia hora para compor um relato, assinar e entregar e cerca de cinco minutos para ir dali a dita retaguarda, de modo que eram cerca de dezessete horas quando ali cheguei e - Pasmem! deparei com minha mãe sendo removida para o quarto, no sexto andar. A cuidadora recebeu-me com um sorriso de alívio e disse: Graças a Deus professor, eram cinco para as cinco quando nos vieram preparar para a subida! <br /><br />Conclusão: O Problema foi solucionado de imediato, assim que saí da ouvidoria e muito provavelmente por meio de um simples telefonema ou com uma pitada de boa vontade.<br /><br />Sendo assim as 17 e 20 estávamos já instalados num quarto e ela efetivamente internada, após ter sido examinada, diagnosticada por junta médica e recebido um médico assistente, isto em cerca de 11 horas.<br /><br />Agora cogite o leitor inteligente sobre o que teria sucedido caso minha mãe estivesse completamente só i é se eu ali não estivesse correndo de um lado para o outro e cobrando os médicos e o Hospital... Se deixasse tudo por conta da cuidadora... <br /><br /></span><span style="font-family: georgia; font-size: xx-large;">Para mim ficou cabalmente demonstrado que mesmo pagando um plano de Saúde qualquer o paciente cujos familiares não sejam presentes e vigilantes sempre correrá o risco de morrer desassistido e abandonado no melhor dos hospitais. Pois geralmente as senhorinhas contratadas pelos familiares como cuidadoras não tem pulso firme para lidar com médicos e enfermeiros e tampouco são levadas a sério mas enroladas pela equipe - Já para o idoso, que é um ser vulnerável, cada minuto que passa agrava sua condição.<br /><br />Necessário ainda deixar bem claro que a estrutura ou a administração desses Hospitais não temem sequer a polícia ou a justiça, mas somente a influência de contatos políticos ou a imprensa, infelizmente... Te tratam por cliente, porém para eles a vida humana nada é e consideram os gastos e lucros friamente - Ao bom entendedor meia palavra basta... <br /><br />Os médicos e enfermeiros não se espantam com a morte, pois para eles é algo banal. Alguns deles só sentem ou ligam quando se trata de seus país, cônjuges, filhos ou parentes... Quiçá a rotina de trabalho os tenha entorpecido ou insensibilizado. Seja como for o ambiente hospitalar é hostil e sua energia uma energia densa.<br /><br />Cumpre dizer que após minha mãe ter sido transferida para o quarto teve acesso a um tratamento de excelente qualidade, talvez porque nosso caso se tornasse notório - Desde então recebeu toda assistência possível até recuperar-se uma semana depois e retornar a casa. No momento presente completou 91 anos e goza de boa saúde. <br /><br />Sobre minha experiência no quarto de Hospital durante esses sete dias prometo compor um outro relato tão interessante quanto...<br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-46580625656261858032023-09-25T17:24:00.003-07:002023-09-26T18:52:06.481-07:00Hospitais privados - O terror da vida real (Relato vivido pessoalmente pelo Cronista na Baixada Santista)<p><span style="font-family: arial; font-size: x-large;"><br /></span></p><p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA_XItRjsdFnGLkN9JBklIZO5z4Nbrw7tBf5gJ8e2r-CnsfKZnQYEnIggXCSKhXdey_8rxlJMlQRfJIygt8T2LCuflWy499m5jGEVW1BPI2VKWNY4919hDJLRl-_6PO98YHO81lCX_VmhjQiBtknc447WgMDtR22_x2LmhQJmxpk-25kxp8C0KkRHrsrCr/s800/idosohospital.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="600" data-original-width="800" height="480" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA_XItRjsdFnGLkN9JBklIZO5z4Nbrw7tBf5gJ8e2r-CnsfKZnQYEnIggXCSKhXdey_8rxlJMlQRfJIygt8T2LCuflWy499m5jGEVW1BPI2VKWNY4919hDJLRl-_6PO98YHO81lCX_VmhjQiBtknc447WgMDtR22_x2LmhQJmxpk-25kxp8C0KkRHrsrCr/w640-h480/idosohospital.jpg" width="640" /></a></div><br /><span style="font-family: arial; font-size: x-large;"><br /></span><p></p><p><span style="font-family: arial; font-size: x-large;"><br /></span></p><p><span style="font-family: arial; font-size: x-large;">Estou pronto...<br /><br />Passados quase seis meses, estou preparado para escrever uma crônica minuciosa sobre o quanto vivenciei num dos grandes Hospitais da Baixada Santista - SP.<br /><br />E posso garantir que foram momentos aterrorizantes. Dignos da vinheta - Impróprio para menores de dezoito anos.<br /><br />Escrevo-o tendo em vista contrapo-lo aqueles que só sabem criticar o serviço público de saúde e endeusar o serviço privado, até chegar a tecer apologias a Privatização. <br /><br />Direi que o SUS tem problemas, alguns até sérios, os quais devem ser corrigidos, sem que seu regime público e gratuito seja alterado. E recomendarei a implementação de uma lei que poria fim a todos os problemas do SUS e da escola pública: Obriguem todos os políticos, por lei, a fazerem uso dos serviços públicos e em menos de um mês, de um mês... a qualidade atingirá os níveis desejados.<br /><br />Agora por que não aprovam e aplicam uma lei assim tão simples...<br /><br />Porque desejam sucatear o serviço e desgostar o povo com o premeditado objetivo de privatizar tudo... Momento em que os pobres, os mais humildes, os desempregados, etc serão deixados para morrer na sarjeta, sem qualquer atendimento. Quando a saúde constituí direito essencial da pessoa humana.<br /><br /></span></p><p><span style="font-family: arial; font-size: x-large;">Iniciemos porém, sem mais delongas, a crônica da vida real por mim vivenciada.<br /><br />Como é sabido por muitos - Pois sou praticamente uma pessoa pública, ao menos na região em que vivo... - sou responsável por minha mãe, uma senhora de quase noventa e dois anos de idade, a qual via de regra goza de um bom estado de saúde.<br /><br />Digo de modo geral porque a saúde de uma pessoa octogenária ou mesmo septuagenária por vezes falha. Como veio a falhar por volta de 09 ou 11 de Abril do corrente, pois não me recordo com exatidão do dia.<br /><br />Apenas para que o leitor compreenda com exatidão o quanto vou relatar, devo observar, que, como minha mãe sempre foi uma pessoa autônoma, gerenciava ela mesma seu plano de saúde, o qual mantínhamos e mantemos para casos de internação. No mais, recorremos bastante ao SUS e sempre fomos super bem atendidos, com todo amor e carinho.<br /><br />O plano é pago por meu irmão.<br /><br />A princípio, i é há cerca de uns vinte anos atrás, era o da afamada Santa Casa de Misericórdia de Santos, do qual desligou-se ela alguns meses antes da morte de meu pai. Meu pai sempre manteve esse plano da Santa Casa, minha mãe porém desejou passar a outro plano. Ela mesma fez a mudança, acertou tudo e meu irmão pagava.<br /><br />Posteriormente, mudou de plano mais algumas vezes conforme quis, jamais interferimos diretamente nisso. Até que há cerca de uns dez anos, creio eu, aconselhada por um amigo, mudou de plano pela última vez, aderindo ao plano da cloroquina (sic), o qual tinha também a péssima fama de liquidar idosos.<br /><br />Devo observar ainda que esse plano não possui Hospital próprio no Litoral do estado, atendendo seus aderentes por meio de parcerias com alguns hospitais privados desta nossa região - O que só vim a saber após a hospitalização de minha mãe no final de Abril deste ano.<br /><br />Feita essa observação retomo o fio da meada.<br /><br />Em algum dos dias assinalados acordou minha mãe com uma forte diarreia ou desinteria, não sei ao certo, expelindo, desde o princípio água ou muco. Tomei todas as providências necessárias por se tratar de uma pessoa idosa, arriscada a desidratar. Um mundo de garrafas da isotônicos, leites vegetais, água de coco, etc Chás, sopas, bolachas, torradas, etc <br /><br />O caso é que o quadro não melhorava e já se haviam passado três dias, então tivemos de ir ao tal Hospital parceiro - Que NÃO ERA A CASA DE SAÚDE. - i é ao PS desse Hospital, onde fomos razoavelmente bem atendidos. Alias conheço pessoalmente o diretor do PS, médico bastante responsável. <br /><br />Foram realizados os exames iniciais e detectada uma infecção urinária ou cistite. E fiquei espantado por saber que tal quadro, diarreico, podia ser causado por cistite. Conversamos bastante com o médico, o qual me pareceu bastante apto e responsável, e optamos por não internar devido o perigo da infecção hospitalar e porque temos recursos suficientes para tornar ao Hospital diariamente e coloca-la no soro, caso necessário fosse. Receitou um antibiótico que não era demasiado invasivo mas absolutamente necessário para debelar a infecção (Que como se sabe pode ser mortal.), a Macrodantina.<br /><br />Tornamos a casa, porém foi um calvário, pois esse medicamento causa reações bastante fortes como a falta de apetite e, pasme, diarreia ou desinteria e - Anote - coisinha mais, coisinha... Porém não se tinha mesmo o que fazer. Devia o medicamento ser usado por no mínimo uma semana. <br /><br />Dia sim, dia não tínhamos de tornar ao PS para que ela tomasse soro e fosse arribada, pois não comia e mantinha o quadro diarreico. Em casa dava água de coco, chá, isotônico, etc Eram dias terríveis, pois apesar dos esforços ela emagrecia cada vez mais e ficava cada dia mais fraca.<br /><br />Ao cabo dos oito ou nove dias, todos os sintomas da cistite tinham cedido, menos o quadro diarreico, que se agravava. Feitos os exames de praxe foi verificado que a cistite havia cedido e que a Macrodantina não era mais necessária. E no entanto minha mãe não melhorava e podia dizer que estava pior.<br /><br />Achava que iria morrer e não queria retornar ao Hospital de maneira alguma. No entanto dois dias depois, tive de leva-la novamente com a ajuda de uma grande amiga da família. Feitos os exames foi constada a Hiponatremia i é queda de Sódio no sangue - Quadro que havia levado uma nossa vizinha (Com 79 anos) a morte alguns anos antes. <br /><br />Nesse momento o médico do Plano de saúde dela veio falar comigo sobre os procedimentos a serem feitos, os quais, dessa vez, exigiam uma espécie de hospitalização. Mesmo porque não se pode repor o Sódio as carreiras. O clínico garantiu no entanto que em pouco mais de vinte e quatro horas ou no final do dia seguinte, a reposição teria sido completada e ela poderia retornar a casa.<br /><br />Deixei uma parente cuidadora com ela na salinha de observação e tornei a casa para tomar um banho de gato e pegar algumas coisas necessárias.<br /><br />Tornei ao Hospital por volta das dezenove horas e fui - Marque bem isso! - encaminhado (Na qualidade de acompanhante.) a um setor que naquele Hospital é chamado Retaguarda, nome que até agora me causa pavor.<br /><br />Ousarei descrever esse espaço, ao menos com relação aos pacientes mais idosos e que não pertencem ao convênio daquele Hospital, como uma espécie de campo de concentração, açougue, matadouro ou sei lá o que. E foi assim que me referi a ele, em conversa com o médico do Plano, no dia seguinte.<br /><br />A norma, que me pareceu sensata mas que até então ignorava, é que o ar condicionado ficasse no 20, o que provocava frio. Minha mãe recebeu apenas um lençol fininho, típico de Hospital. Como é friorenta pedi um cobertor, respondeu-me uma das mal encaradas funcionárias dizendo que infelizmente não havia, e nesse momento percebi que havia algo de errado ali. Pois uma pessoa idosa sensível ao frio pode contrair até pneumonia.<br /><br />E é aqui que a narrativa começa a ficar mais séria, na medida em que comecei a observar aquele espaço com toda atenção. Como minha mãe estivesse com dores abdominais fortíssimas e o ventre bastante dilatado ou a barriga inchada, fui procurar o médico do plantão noturno daquele lugar para pedir ajuda.<br /><br />Havia ali uma médica a qual relatei a condição, grave, de minha mãe. Essa médica é regular daquele Hospital. Respondeu-me ela dizendo QUE ERA MÉDICA DAQUELE HOSPITAL E NÃO DO PLANO DE SAÚDE DE MINHA MÃE OU DE QUALQUER OUTRO, PELO QUE NÃO ATENDIA OU PODIA ATENDER TAIS PACIENTES (O que descrevi ao médico do Plano, no dia seguinte pela manhã, COMO CRIME DE OMISSÃO DE SOCORRO que podia ter custado a vida de minha mãe.) e apontou para um jovem, que estava a seu lado, declarando que ele<br />e era o responsável por aquele plano... O rapaz era super simpático, atencioso, etc mas não era médico (Suponho-o técnico de enfermagem.) e dizia não poder medicar antes da chegada do médico do plano as sete horas da manhã.<br /><br />O que estava preceituado ali era Buscopan de tantas em tantas horas, o que de modo algum eliminava uma dor que parecia lancinante. E até a troca de fraldas era realizada com displicência.<br /><br />A condição era esta (Fixe bem): Não havia atendimento médico porque a responsável do Hospital naquela retaguarda se omitia e recusava a preceituar, enquanto que o rapaz não podia faze-lo. De minha parte estando só não achava prudente ir a polícia ou chama-la e tampouco podia remove-la ou retira-la dali porque estava fazendo a reposição do Sódio. Eu simplesmente nada podia fazer até que se completasse a reposição do Sódio as onze horas do dia seguinte. Porque interromper a reposição para levar a Santa Casa era perigoso e caso algo sucedesse eu seria o responsável.<br /><br />Também não podia sair andando ou correndo atrás de médicos por aquele hospital e deixa-la sozinha por um instante - EU SIMPLESMENTE NÃO CONFIAVA e hoje confio ainda menos.<br /><br />Passei aquela madrugada ouvindo-a berrar de dor como um animal. Afinal, como disse, Buscopan era água, e o rapaz, como dizia, não podia intervir. Mencionei a ele os exames feitos no PS do Hospital e ele replicou dizendo QUE NÃO TINHA ACESSO e que mesmo que tivesse não podia preceituar por não ser médico. Enquanto isso a médica do Hospital desvelava atender apenas os clientes do Plano do Hospital, sem atender os demais, que começavam a gritar, dentro de seus cubículos de borracha.<br /><br />E como ali, de mistura com idosos, houvessem adolescentes e desequilibrados mentais agressivos (Como vim a testemunhar no dia seguinte.) as luzes permaneciam acesas a noite inteira. Tanto as luzes quanto as vozes altas dos adolescentes e os gritos de alguns idosos e desequilibrados tornavam impossível que um idoso estabilizado pregasse os olhos naquele espaço. E de fato duas idosinhas que conheci naquela mesma noite declararam querer ir embora dali pelo simples fato de não poderem descansar. <br /><br />Minha mãe seja pela claridade ou barulho ou ainda pela dor passou a madrugada inteira gemendo e minha própria condição era agravada pelas luzes e barulho, algo inadmissível num ambiente hospitalar, particularmente no qual hajam idosos.<br /><br />Concluí, e vim a sabe-lo mais tarde, que dificilmente um idoso em estado grave, sem cuidador ou parente presentes, ali sobrevive por mais de dois ou três dias. O que me foi dito por outros médicos, enfermeiros e parentes que conhecem o lugarzinho.<br /><br />Continua <br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-40173928491435246902023-09-25T13:48:00.001-07:002023-09-25T13:48:13.380-07:00Nuances sem Spoiler - A Freira 2<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqt2_YghUuBOz8S7Igg0hZsS4xBoKxsX9VndiI61IJQ4JhTDgOLepk1tdJaFInZ_L65cm_nv0OndZfKhZsSz7J3tV2dNC_K0ZxBpY3-IUo0wW6bTgrginxIp-Dx-Ar4L-7qDrqJojJcoqSQhv8CUo2mwGvwtTOAQ349DaHzkEPV0X5mWH_FsT-Juxk571-/s811/freira2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="811" data-original-width="533" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqt2_YghUuBOz8S7Igg0hZsS4xBoKxsX9VndiI61IJQ4JhTDgOLepk1tdJaFInZ_L65cm_nv0OndZfKhZsSz7J3tV2dNC_K0ZxBpY3-IUo0wW6bTgrginxIp-Dx-Ar4L-7qDrqJojJcoqSQhv8CUo2mwGvwtTOAQ349DaHzkEPV0X5mWH_FsT-Juxk571-/w263-h400/freira2.jpg" width="263" /></a></div><span style="font-size: x-large;"><p><span style="font-size: x-large;"><br /></span></p>Uma espécie de sopa ou salada: </span><span style="font-size: x-large;">Mistura de </span><i style="font-size: x-large;">Chesterton </i><span style="font-size: x-large;">(Pe Brown)</span><span style="font-size: x-large;">, com </span><i style="font-size: x-large;">Roman Polanski </i><span style="font-size: x-large;">(</span><i style="font-size: x-large;">O último portal</i><span style="font-size: x-large;">) e frioleiras de </span><i style="font-size: x-large;">Dan Brown. </i><p></p><p><span style="font-size: large;">Acho que vale a pela dar uma conferida.<br /><br />Naturalmente que uma sequência deixa suposto que a freira que não é freira não foi precipitada nas 'trevas candentes do inferno' com Satanás e seus anjos.<br /><br />Freira que não é freira porque em tempos obscuros de diabolismo ou demonismo a entidade jamais é o que parece ser, i é um espírito puramente humano, uma alma, um fantasma, um encostou ou um Dybbuk, mas um anjo caído, que fartou-se de contemplar a cara bolorenta e enrugada do velho javé e veio dar um passeiozinho aqui pela terra... Onde para pagar seus pecados transformou-se em tentador dos pequeninos mortais, aspirando perde-los...<br /><br />Não apenas no imaginário popular mas até nas obras de teologia romanas e protestantes sobrou pro Diabo... convertido numa entidade destinada a fazer com os seres humanos saber fazer assim tão bem: O Mal... Professor de inutilidades, ele que era um anjo.<br /><br />Agora, para cúmulo dos pecados, vaga por ai disfarçado de pinguim, digo de freira - Embora não o tenham convidado para um baile a fantasia...<br /><br />E para que houvesse sequência teve ele - Ou ela - de escapar no finalzinho do primeiro filme... Afinal <i>Jason</i> já escapou umas onze vezes e <i>Freddy </i>umas oito vezes. Então a freira ou anjo caído tinha também de dar lá um jeitinho... Para quem sabe virar Série.<br /><br />Escapou e decidiu fazer um tour pelo velho mundo, digo pela Europa dos anos 50. E em se tratando dos anos 50 o filme já se torna válido ou interessante pelo ambiente: A arquitetura, o traje, a música... O que por sinal é bastante bem explorado por essa produção, digamos, quase gótica.<br /><br />Tem escola que é quase convento, tem capela abandonada, tem biblioteca, etc<br /><br />Tem um Cardeal da igreja romana fazendo sua refeição, o que me fez lembrar a cena do Cardeal na carruagem de 'O nome da rosa'.<br /><br />Tem uma freira negra em busca de fé.<br /><br />Uma mensagem subliminar a favor do sacerdócio feminino - O que encaro com certa simpatia.<br /><br />Uma outra mensagem oculta de talhe fideísta e em torno do suposto sacerdócio universal dos fiéis... A qual de modo algum aprovo, posto que fere meu senso de Ortodoxia e historicidade.<br /><br />A terceira mensagem subliminar diz respeito a família ou ao amor inocente triunfar da maldade humana ou sobre humana. Caso tenhamos em mente qualquer tipo de família ou qualquer comunidade ligada pelo vínculo do amor, teremos ai uma bela mensagem, uma mensagem de esperança.<br /><br />Talvez a professora fosse viúva... Talvez fosse mãe solteira - O filme não o esclarece. Mas há Bullying... Também há Bullying. <br /><br />Há uma hortazinha de tomates e uns corvos fazendo o papel de vilões i é tentando comer os tomatinhos.<br /><br />Entidades que saem de vitrais...<br /><br />Mortes horríveis, se bem que uma apenas explícita... <br /><br />Alguns fantasmas - Que como a freira não passam de disfarces do capeta ou quando muito de servidores seus, inclusive um coroinha trajado a rigor...<br /><br />Baratas que assustam mais do que fantasmas e talvez mais do que a freira.<br /><br />E talvez haja um final trágico ou, quem sabe, um final feliz - Quanto a isso não posso contar pois seria spoiler...<br /><br />Trate portanto de tirar as nádegas da sofá, de comprar um ingresso e de ir ao Cinema mais perto de casa porque embora a Freira 2 não seja uma obra prima digna de Cannes ou uma produção tão assustadora como "Os outros" ou "Arraste-me para o inferno" creio que valha a pena assisti-la.<br /><br />Bom filme!<br /><br /><br /><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-88206140210048227172023-09-24T15:24:00.005-07:002023-09-24T15:29:53.576-07:00Hipóteses sobre Gobleki Tepe<p><table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3M4JXMCv7cW1w3iLt-jIBobB-N7Bi0DjaFDJgvg3QH-q4r799SXBz1DSbHyBFlfnH9rOiiS9NUWxpzcdLqqKgoNQf5ICpjJxNuHAvXO8XfDpWQsLzJGUw96fGUklw8cgM7NUXktXB7ysCtVdsV0wd9E0I7EsUN0VVJhYmv-iIHmg9_rBFqQ57U_pPSzU_/s1600/Goblek%20Tepe.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="1042" data-original-width="1600" height="416" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3M4JXMCv7cW1w3iLt-jIBobB-N7Bi0DjaFDJgvg3QH-q4r799SXBz1DSbHyBFlfnH9rOiiS9NUWxpzcdLqqKgoNQf5ICpjJxNuHAvXO8XfDpWQsLzJGUw96fGUklw8cgM7NUXktXB7ysCtVdsV0wd9E0I7EsUN0VVJhYmv-iIHmg9_rBFqQ57U_pPSzU_/w640-h416/Goblek%20Tepe.jpg" width="640" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"></td></tr></tbody></table><br /><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;"><br /></span></p><p><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;"><br /></span></p><p><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;">Durante séculos ou milênios acreditamos nós que a construção de alvenaria mais antiga fosse a Pirâmide de Sakkara, edificada pelo divino arquiteto <i>Inhotep, </i>para o Faraó <i>Djoser </i>ou <i>Neterkete, </i>durante a terceira dinastia do Antigo Reino egípcio i é por volta de 2.600 ac ou há quase cinco mil anos passados.<br /><br />Outros apostavam no enigmático círculo de pedras - Megálitos - de Stonehenge, erguido cerca de meio século depois. <br /><br />E de fato nada parecia haver de mais antigo em termos de alvenaria, e caso houvesse seria uma Revolução.<br /><br />Como o argumento do silêncio é notoriamente falso e a pesquisa histórica, sob todos os aspectos recente, é natural que nossas conclusões sejam provisórias e que retroajam frequentemente na medida em que topamos com artefatos mais antigos até então ignorados. <br /><br />Devemos estar preparados para isso e esperar retrocessos cada vez maiores - Pois sempre poderemos encontrar artefatos mais antigos.<br /><br />Enquanto preparo este artigo é descoberta (2021) a pintura rupestre mais antiga no mundo, contando com cerca de quarenta e cinco mil anos e encontrada na caverna Leang, Indonésia, parece representar um javali. Será ela a mais antiga... O quanto podemos dizer é que é a mais antiga conhecida, até o momento presente... E no entanto quando, há século e meio, <i>D Marcelino Sautuola </i>topou com as pinturas de Altamira e propôs que tinham mais de dez mil anos o próprio <i>Cartailhac </i>não lhe deu crédito algum, havendo inclusive quem postulasse uma falsificação moderna... E hoje falamos em quarenta e cinco mil anos... Quem garante que daqui a um século não terão sido descobertas outras pinturas do gênero com sessenta ou setenta mil anos...<br /><br />Que dizer então dos primeiros elementos decorativos ou desenhos e adornos malacológicos... Basta dizer que desde o começo deste século foram encontrados na caverna de Blombos, na costa da África do Sul, elementos que datariam de cerca de setenta e cinco mil anos atrás. E no entanto é provisório, e bem podemos suspeitar que existam artefatos ainda mais antigos que ainda não foram encontrados, elementos que foram destruídos e elementos que talvez jamais venham a ser localizados. Jamais podemos declarar que qualquer peça encontrada por nós é a mais antiga ou a primeira em termos absolutos.<br /><br />E agora, na mesma África do Sul, umas pegadas recém descobertas sugerem a possibilidade de que nossos ancestrais usassem já algum tipo de sandálias cerca de cem mil anos passados... Tais os tetravós das nossas havaianas.<br /><br />Nada de novo debaixo do sol.<br /><br />Pois nas Cataratas do Kalambo, na Zâmbia, uma estrutura de madeira com cerca de meio milhão de anos (476.000 anos) pertencente, possivelmente a um abrigo primitivo... O que para alguns pesquisadores supõem inclusive gênero de vida sedentário. <br /><br />Que dizer então do Homo Naledi e seus enterramentos - Localizados no complexo de cavernas Star, na já citada África do Sul - que remontam a cerca de duzentos mil anos... Se até bem pouco tempo havia quem risse de Shanidar... Poderia citar ainda o menino do Lapedo, descoberto pelo nosso <i>Zilhão...</i><br /><br />A arqueologia esta sempre a surpreender-nos, a corrigir a História e a eliminar opiniões preconcebidas de talhe ideológico. <br /><br />E de fato, algumas de suas descobertas chegam a subverter os tais palpites ou opiniões, chegando a ser revolucionárias, na plena acepção do termo.<br /><br />Desde 1994 não se pode mais escrever sobre História ou sobre Idade primitiva sem mencionar as descobertas do arqueólogo alemão <i>Klaus Schmidt </i>em Gobekli Tepe, cerca de Sanliurfa, Turquia. <br /><br />Forçoso mencionar Gobleki Tepe como mencionamos as sete maravilhas da antiguidade ou como mencionamos as Pirâmides de Gizé, os túmulos de Ur, os restos de Mari, Ebla ou Palmira, os palácios de Nínive, os complexos de Cnossos, as ruínas de Tróia e Micenas, a grande muralha da China, Pompéia e Herculano, os Moais da Ilha de Páscoa e algumas outras descobertas emblemáticas.<br /><br />E juntar o nome imortal de <i>Schmidt </i>aos de <i>Denon, Schliemann, Champollion, Lepsius, Layard, Sayce, Petrie, Evans, Wooley, Carter, Montet, Uhle, Reich, Tello, Heyerdahl, E M Moctezuma, Perthes, Lartet, Dubois, Andersson, Leakey, Coppens, Tim White, etc</i><br /><br />E por que...<br /><br />Por qual razão ou motivo...<br /><br />Basta dizer que <i>Schmidt </i>descobriu a construção de alvenaria mais antiga da História, a qual remonta - Pasme o leitor instruído! - a 11.500 antes de Cristo. O que sem dúvida alguma bastaria para imortalizar o homem...<br /><br />E no entanto não é só isso, pois como dizem os nossos 'O problema é mais embaixo.'<br /><br />Que queremos dizer com isso...<br /><br />Em geral, acompanhando alguns estudiosos - Como o prestigioso <i>V G Childe, </i>profundo conhecedor da cultura primitiva. - em maior ou menor grau influenciados pelo marxismo e pela ênfase na materialidade, costumamos relacionar a arte, a técnica e o pensamento com a cultura ou com o desenvolvimento material. Via de regra admitimos haver relação entre a produção material e os estádios da cultura de uma determinada sociedade. <br /><br />De minha parte, acompanho tal ponto de vista não por ser materialista metafísico - De modo algum o sou. - mas por julgar ser realista e portanto por julgar que o espírito, a mente, a consciência ou seja lá o que for se realiza na matéria, em comunhão ou por meio dela e não a parte dela. Penso de fato que as condições para que o espírito se exprima ou manifeste são dadas pela materialidade, pelo ambiente ou pelas circunstâncias externas a ele e não posso encarar o ser humano como um ente descarnado, puramente espiritual ou angelical, alheio a dimensão física do corpo ou do ambiente em que vive.<br /><br />Face a essa concepção que faz jus a materialidade e portanto a produção material ou - Segundo os marxistas; a atividade econômica dos seres humanos, a recente descoberta de <i>Klaus Schmidt </i>produziu uma espécie de crise - Daí ser encarada como uma espécie de Revolução ou ainda como algo que subverte. E até parece que a Revolução neolítica de <i>Childe </i>acabou sendo ela mesmo revolucionada.<br /><br />Então, vamos aos fatos.<br /><br />E é necessário por pingos anos Is. Pois as coisas não estão muito bem esclarecidas. Haja vista que tal assentamento tem sido relacionado com uma fase pre agrícola na qual os construtores das estruturas não dispunham de criações e plantações. </span></p><p><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;">A primeira observação a ser feita aqui é de que em Gobekli, aparentemente, não há indício de que os alimentos consumidos, sejam de origem vegetal ou animal, procedam de plantação ou criação assim de manejo agrícola ou pecuária. <br /><br />Advirto agora que, segundo o próprio <i>Klaus, </i>parece que durante essa fase, que é a mais antiga, parece que o local não era ocupado ou habitado por uma população sedentária, mas, ocupado apenas periodicamente, mas utilizado como um espaço cerimonial.<br /><br />Tampouco outros grandes e famosos centros cerimoniais do neolítico como Stonehenge e Carnac parecem ter sido habitados. O que parece indicar-nos uma tradição mais antiga, no sentido de que - Quiçá por motivos de ordem religiosa. - tais espaços não eram habitados.<br /><br />Julgo que semelhante dado seja importante ou nos forneça algumas pistas sobre o Gobekli.<br /><br />Outro dado importante é que, sem embargo do que topamos exatamente no Gobekli, a agricultura e a pecuária já eram conhecidas no entorno, no mínimo há meio milênio, senão mais. Queremos dizer que em termos absolutos o Gobekli não precede o trato agrícola, precede-o apenas em termos relativos ou com relação a si mesmo.<br /><br />Após termos explicitado dois aspectos relevantes da questão podemos já formular algumas hipóteses que quiçá venha a lançar alguma luz adicional.<br /><br />Pois o ponto nevrálgico aqui diz respeito respeito aos restos de animais e plantas encontrados em Gobekli e dados como selvagens ou não domesticados. E dessa constatação que se parte para estabelecer que os frequentantes ignorassem a agricultura ou a pecuária e que fossem caçadores e coletores.<br /><br />Começo observando que de fato a decoração do lugar reflete o universo dos caçadores, assim da fauna. <br /><br />Podemos a partir de uma religiosidade voltada para animais selvagens e caça negar que seus praticantes ignorassem a agricultura ou a pecuária...<br /><br />Caso consideremos o caráter conservador, ainda presente em algumas formas religiosas que convivem com o capitalismo e as sociedades urbanas atuais e absolutamente dominante nas formas religiosas mais antigas e tradicionais podemos responder serenamente que não.<br /><br />Perfeitamente compreensível que as sociedades de caçadores mantivessem seus ritos religiosos inalterados por séculos ou mesmo por milênios mesmo após terem adotado o trato agrícola ou a criação. <br /><br />Tanto mais compreensível quando sabemos que não houve troca, permuta ou substituição das atividades como imaginam os leigos. E que a produção agrícola foi introduzida num contesto geral de caça e pesca, convivendo ao lado dela por séculos ou milênios. O que reforça ainda mais a conservação das tais tradições religiosas arraigadas por dezenas de milênios.<br /><br />Portanto o aspecto apresentado pelos emblemas religiosos, que refletem um caráter arcaico ou estádio anterior não nos deve desorientar, caso levemos em consideração o caráter fixista da religião antiga.<br /><br />Agora tornando aos aspectos morfológicos dos restos ali encontrados devemos ser criteriosos antes de estabelecer qualquer conclusão precipitada, isso porque as alterações morfológicas e genéticas apresentadas pelos animais domesticados e que diferenciam-nos dos animais selvagens, não acontecem da noite para o dia ou em passe de mágica, mas, como advertem os compêndios de biologia, ocorrem de forma gradual e demandam longo período de tempo e a passagem de gerações.<br /><br />Pode ser e é perfeitamente plausível que fossem já criadores há alguns séculos - E portanto recentemente. - sem que os animais em questão apresentassem as tais diferenças morfológicas. Ademais, caso levemos em conta o emprego de modelos mistos, como simples manejo sazonal de animais livres, sabemos que tais mudanças sequer ocorreriam. <br /><br />Outro o caso das plantas e da agricultura.<br /><br />Pois parece que sob seleção artificial os vegetais tem a estrutura alterada mais rapidamente. <br /><br />O que nos levaria a concluir que caso os frequentantes do lugar tivessem adotado a agricultura pouco tempo antes que fosse construído, algumas alterações na estrutura das plantas consumidas se teria verificado no curso da primeira 'ocupação', o que parece não ter se dado.<br /><br />Seria o caso, diante disso, de se afirmar categoricamente, que ignoravam o trato agrícola ou que eram meros coletores...<br /><br />Atentemos que nessa primeira fase não era o Gobekli habitado, mas frequentado, por uma clientela religiosa. Não nos esqueçamos disso!<br /><br />Outra possibilidade bastante bem acolhida pelos pesquisadores é que o local já fosse frequentado, desde algum momento do mesolítico, e portanto muito antes de que as estruturas de pedra fossem levantadas com o propósito de realizar seus ritos religiosos.<br /><br />Já apontamos para um elemento com relação ao qual cumpre insistir: O caráter por assim dizer imutável da religião primitiva ou tradicional verificado pelos antropólogos e arqueólogos. </span></p><p><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;">E se as refeições feitas no local tivessem um caráter religioso...<br /><br />E se tais refeições tivessem por objetivo perpetuar, e assim sacralizar, o modelo ancestral.<br /><br />Bem poderia ser que em suas aldeias consumissem plantas cultivadas e animais criados de par com plantas coletadas e animais caçados, mas que no santuário, dedicado a um culto mesolítico, mantivessem, por preceito religioso, o antigo habito alimentar, excluindo o consumo de vegetais cultivados e animais criados...<br /><br />E se no santuário religioso ou na prática ritual houvesse a estrita obrigação de consumir apenas alimentos caçados ou coletados, segundo o modo dos ancestrais... Costume quiçá facilitado pela abundância dos recursos naturais.<br /><br />Outro o caso se o Gobekli tivesse sido habitado por uma população fixa. O que, ao menos quanto a primeira fase, parece não se ter evidenciado. <br /><br />A partir dos singelos dados coletados e associados a conhecimentos de ordem antropológica julgamos que não haja motivo suficiente para dogmatizar-se em torno de uma origem paleolítica ou mesolítica do conjunto ou de sua construção por caçadores\coletores que nada soubessem, em absoluto, sobre agricultura e pecuária. Viviam num contesto mais amplo em que a agricultura e a pecuária eram conhecidas. Alias nem sabemos de onde vinham e podiam vir de bastante longe...<br /><br />Consideremos por fim que a leitura de registros materiais deva ser sempre muito prudente, pelo simples fato de transmitir-nos pouquíssimos dados sobre o universo mental ou sobre a cultura imaterial das sociedades estudadas. Precisamente por isso, ao toparmos com uma estrutura que parece remeter a um uso exclusivamente religioso somos obrigados a levar em consideração alguns dados gerais ou comuns a quase totalidade das religiões antigas. Como temos que tomar bastante cuidado ao apelar a fenômenos de natureza biológica, os quais devem explicitados em termos absolutamente rigorosos...<br /><br /><br /></span></p><p><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;"><br /><br /></span></p><p><span style="font-family: trebuchet; font-size: large;"><br /><br /><br /><br /><br /><br /></span></p>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-821452183444686998.post-8091825465901708632023-09-23T09:14:00.014-07:002023-09-26T20:17:43.374-07:00O pensamento equilibrado de Almeida Garrett no 'Testamento' de Sardinha<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsW3O7N4kwg2i4qTfrTnIHWxQa8mKWzXad7w4Rh2CFm9POkohzIgqid1U4sBA94OqNnzLSS_503TlF4j0syRtLk68PjwRqJje60jU0eq_4GNn_QILcz4ORJXMcfjIFH59H16slNtI1w9_f8i0EN-egJoOc7rfscfwKIGoqyo3GlH5dqL1iZ9hwPeCDbx4I/s227/garrett.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="222" data-original-width="227" height="391" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsW3O7N4kwg2i4qTfrTnIHWxQa8mKWzXad7w4Rh2CFm9POkohzIgqid1U4sBA94OqNnzLSS_503TlF4j0syRtLk68PjwRqJje60jU0eq_4GNn_QILcz4ORJXMcfjIFH59H16slNtI1w9_f8i0EN-egJoOc7rfscfwKIGoqyo3GlH5dqL1iZ9hwPeCDbx4I/w400-h391/garrett.jpeg" width="400" /></a></div><br /><p><br /></p><p><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></p><p><span style="font-family: times; font-size: large;">Abaixo reproduzirei alguns trechos bastante realistas e equilibrados do literato português</span><span style="font-size: x-large;"><span style="font-family: times;"> </span><i style="font-family: times;">Almeida Garrett </i></span><span style="font-family: times; font-size: large;">sobre Conservadorismo e Progressismo ou ainda sobre Manutenção e Revolução. Trechos em que nosso homem, surpreendentemente, afasta-se de ambos os extremos, buscando por uma noção equilibrada de fluxo histórico ou buscando acompanhar a História ao invés de paralisa-la ou faze-la avançar.</span></p><br style="font-family: times; font-size: large;" /><span style="font-family: times; font-size: large;">Fazer a História parar, como querem os conservadores de vária cepa é impossível e nem mesmo as antigas sociedades egípcia e chinesa, que foram as mais estáveis ou o quanto possível conservadoras, lograram esse feito miraculoso. Posto que sendo vivas também elas se transformaram, sob diversos aspectos, nos séculos em que subsistiram. </span><br style="font-family: times; font-size: large;" /><br style="font-family: times; font-size: large;" /><span style="font-family: times; font-size: large;">Fazer a História avançar, como aspiram os revolucionários e sediciosos até poder ser possível, porém sempre desastroso. Pois após o aparente avanço segue sempre um retrocesso ou recuo ainda mais grave. Semelhante ao movimento do arco descrito por </span><i style="font-family: times; font-size: large;">V G Childe - </i><span style="font-family: times; font-size: large;">Embora nesses casos seja recuo cego e sem ulterior avanço.</span><br style="font-family: times; font-size: large;" /><br style="font-family: times; font-size: large;" /><span style="font-family: times; font-size: large;">De fato ambos os extremistas> Conservadores e Progressistas, imutabilistas e revolucionários, paralíticos e avancistas; ignoram o que seja acompanhar o ritmo da História. De fato não sabem marchar em seu compasso. E se recusam a seguir o fluxo natural das coisas. Não querem caminhar em comunhão com o processo histórico mas altera-lo artificialmente seja travando-o ou acelerando-o.</span><br style="font-family: times; font-size: large;" /><br style="font-family: times; font-size: large;" /><span style="font-family: times; font-size: large;">Os Conservadores tem dificuldade invencível para compreender que o dinamismo é caráter essencial dos seres vivos em sua marcha evolutiva. Anti cientificistas parte deles permanecem fixados em modelos mitológicos absurdos como o fetichismo criacionista e decorrente fixismo... E fundamentam o erro sobre a ignorância ou a mentira. De fato o conservador nato é o fundamentalista religioso, com sua cosmovisão mágico... Desamparado pelo mito o conservador fica indefeso ou vulnerável diante dos fatos, posto que sendo vivas as sociedades invariavelmente mudam e se há algo de imutável e fixo é a mudança ou o fluxo.</span><br style="font-family: times; font-size: large;" /><br style="font-family: times; font-size: large;" /><span style="font-family: times; font-size: large;">Corpos vivos e sociedades formadas por corpos vivos e mentes não são animais empalhados, cadáveres ou múmias enroladas em faixas. Sociedades não são compostas por pedras ou estátuas mas por seres humanos, seres vivos e animais racionais providos de intelecto ativo. </span><br style="font-family: times; font-size: large;" /><br style="font-family: times; font-size: large;" /><span style="font-family: times; font-size: large;">Compreende-se que o movimento de mudança seja gradativo, dando-se por meio de rupturas e permanências. Na medida em que as rupturas se vão acumulando acentua-se a diferença. A transformação nem sempre é acelerada ou rápida, todavia não deixa de ser certa. Transformam-se os seres humanos, e as sociedades, por eles formadas, acompanham tal transformação.<br /><br />Tão insensato querer tudo conservar quanto querer tudo demolir, implacavelmente. Há que se ser crítico aqui. Há coisas que são dignas de ser conservadas, por corresponderem a seus fins, a legítimos fins e coisas há que de modo algum são dignas de serem conservadas, devendo ser destruídas... Parece-me que os direitos do trabalhador e a política protetiva deva ser conservada, como dever ser conservado o ideal de bem estar social correspondente a noção de bem comum. Como parece-me que a isenção concedida as agremiações religiosas que não mantém qualquer rede de serviços sociais e públicos deva ser revogada. <br /><br />Parece-me bom que o 'direito' ao duelo ou a licença para matar esposas adúlteras tenham sido canceladas pelo legislador. Como me parece digna de ser mantido o regime público a que chamamos SUS. <br /><br />Há portanto instituições e leis que devem ser conservadas - E quanto a elas é dever ser conservador... E instituições que devem ser demolidas e substituídas por outras mais elevadas e condizentes com as circunstâncias - E aqui se deve ser progressista... Adotar as divisas de conservador ou de progressistas como absolutas é verdadeira idiotice. Como é pura bobagem ser Revolucionário e contra Revolucionário, ao menos de modo geral - E tornamos ao genial <i>Berdiaeff</i> em oposição ao energúmeno <i>Donoso Cortes </i>papa dos contra revolucionários.<br /><br />As vezes se pode apoiar alguma Revolução - Pois alguns ideais são dignos de serem apoiados e o problema das Revoluções é sempre o meio ou método. De modo geral melhor manter-se alheio a elas, embora não completamente alheio quanto a seus fins ou ideais. Problema das revoluções é a mística da violência, a qual atribuem a capacidade mágica de alterar radicalmente as coisas. E é ridículo, pois as grandes e relevantes transformações se produzem por meio da mudança de consciência, único meio porque se atinge a cultura e a realidade. </span><div><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: times; font-size: large;">Tanto pior ser contra revolucionário ou se opor a um evento inevitável (A Revolução é o que o sintoma é para um corpo enfermo - <i>Berdiaeff</i>) devido a incúria dos cidadãos. Deveriam ser as Revoluções evitadas institucionalmente por meio de reformas que adequassem as leis a realidade - Não sendo assim serão sempre fatais... Correspondem assim ao resultado se um pecado social ou comum, que deve ser suportado por todos com docilidade e paciência. A Revolução, quando virulenta, dever ser sofrida ou recebida como espécie de penitência, jamais combatida com armas como querem os demagogos.<br /><br />Unicamente tem direito de critica-la os que buscaram sinceramente evita-las e esses quase nunca são os conservadores obstinados.<br /><br />Quanto a violência ou a sedição já disse que esgotados os meios institucionais e sendo a situação insuportável, é perfeitamente legítima, tal e qual a guerra justa em caso de agressão. Apenas não se deve crer que a violência ou a sedição trarão alterações radicais ao corpo social. Caso erradiquem ou suprimam determinada situação de injustiça a violência cumpriu com sua finalidade - Mesmo porque constituindo sempre meio e jamais fim em si mesma, a violência, ou seu emprego jamais poderá ser condenada 'in totum' ou abstratamente. A violência sempre deverá ser considerada com relação a seus fins, portanto caso os fins sejam nobre também seu emprego será nobre - Claro que devemos excluir o campo da religião ou da fé, o qual segundo a Lei do Evangelho não admite o emprego da violência mas o da persuasão das liberdades. <br /><br />Observamos ainda que o emprego da violência jamais deve corresponder ao ataque ou a agressão mas sempre uma resposta a algum tipo de agressão como uma situação de injustiça. </span></div><div><span style="font-family: times; font-size: large;"><br /></span></div><div><span style="font-family: times; font-size: large;">Feito tal prólogo passemos as doutas reflexões de <i>Garrett:<br /></i><br /><u style="color: red; font-style: italic; font-weight: bold;">"É a missão das Revoluções destruir: É uma lei, e de precisão eterna, a periodicidade desses cometas do sistema social: Jamais edificam ou constroem, criam ou reformam. Porém é a Sociedade imortal e as leis e condições elementares de sua existência perpétuas, assim, mais cedo ou mais tarde, das ruínas necessárias de uma Revolução, ressurgem os princípios insdestrutíveis para remodelar o que é essencial a vida de cada grupo humano, segundo seu modo de ser." </u><span style="font-style: italic;">Sardinha - 1942 p 88<br /></span><br /><i><u style="color: red; font-weight: bold;">"Sou eu retrógrado cronologicamente e não metafisicamente. Talvez que os senhores responsáveis pela Revolução não o compreendam... Mas assim sou, cronologicamente retrógrado. Pois aqueles que tudo deslocaram no nosso Portugal fizeram-no por mover EXTEMPORÂNEO E ANTECIPADO, destarte desejo eu retrogradar o país ao justo e razoável ponto em que deveriam te-lo deixado. Não o faço metafisicamente, porque tudo quanto sem grave risco e perigo podemos fazer avançar não ponho limites ao avanço." </u>Id p 82<br /></i><br /><i><u style="color: red; font-weight: bold;">"Não venha o funesto sofisma que é o medo do passado impedir-nos de resgatar o quanto havia de bom, justo e livre - E que era muito. - nas instituições de nossos ancestrais." </u>Id p 103<br /></i><br /><i><u style="color: red; font-weight: bold;">"Devemos confessar que neste ponto ao menos, era o antigo regime menos arbitrário do que o nosso, o qual, diante da Liberdade das tábuas da Lei que pusemos sobre um altar, estamos sacrilegamente imolando ao um bezerro de ouro dos nossos interesses e paixões. NÃO VALE A PENA SAIR DO EGITO PARA ISSO E ANTES VAGAR TANTOS E TANTOS ANOS PELO DESERTO, E PASSAR PELO MAR VERMEHO DE TÃO SANGRENTAS GUERRAS CÍVIS." </u>Id p 106<br /></i><br />Ocorre-me aqui o triste exemplo da ex URSS com seu despotismo totalitário e sua posterior desagregação - Tão copioso Mar de Sangue para isso: Expurgos de Stalin e retomada do modelo capitalista numa intensidade ainda maior...<br /><br />Também se me ocorreu a Reversão da Revolução francesa após a fase Robespierriana cheia de promessas e conquistas - Desde então a França se foi reacomodando até a subida de <i>Napoleão</i> e a ascenção de outros régios potentados... Até cair nos tentáculos do Mercado, conforme o modelo de Albion... Tanta efusão de sangue para isso...<br /><br />Poderia mencionar ainda a inacabável Revolução mexicana, com seus quarenta ou cinquenta anos de curso e decorrentes misérias - Para terminar no Nafta, em plena comunhão com o mesmo país que despojou-o do Texas e da Califórnia...<br /><br />Certo é que as Revoluções sangrentas ou draconianas revertem sempre, a menos que conduzam a nova sociedade a um poder absoluto que prolongue o espetáculo terrificante. Não são - As Revoluções. - sólidas ou consolidadas porque ficam sempre na superfície da cultura, uma vez que não produzem consciência por meio da educação\formação. No fundo as Revoluções são sempre frágeis e seu legado discutível.<br /><br />Tornemos porém a sabedoria de <i>Garrett: </i></span></div><div><span style="font-family: times; font-size: large;"><i><span style="color: red;"><b><u><br /></u></b></span></i></span></div><div><span style="font-family: times; font-size: large;"><i><span style="color: red;"><b><u>"As nossas antigas colônias tinham um sistema de legislação antiga, obra dos séculos, e só as ordenações dos reis S Manuel e D Sebastião para a Índia tinham quase tanto a se estudar quanto as nossas Ordenações do reino... As legislações da primeira ditadura aplicaram indistintamente a todos aqueles países, tão diversos dos nossos, tão diversos entre si, o mesmo sistema de administração e regimento que já para nós mesmos era inconsiderado...</u></b></span></i></span></div><div><span style="font-family: times; font-size: large;"><span style="color: red;"><b><i><u><br /></u></i></b></span></span></div><div><span style="font-family: times; font-size: large;"><u style="color: red; font-style: italic; font-weight: bold;">Veio a segunda ditadura, e remediou em grande parte os males da primeira, retrogradou (Como devia) a muito dos antigos métodos especiais e da legislação local daquelas terras. Mas todo esse direito anda por cá flutuante e vago; como não o há de ser por lá. Que fatal não pode ser aqueles estabelecimentos, cujo estado é já tão tomentoso, que fatal lhes não será que agora se lhes apareça por lá um novo regime e sistema que amanhã declararemos nulo e revogaremos. Que será se o governo ido nesta monção começar a estabelecer o regimento da província... e na próxima lá aportar outra com outro sistema e outras instruções..."</u><br /><br />Alude aqui as sucessivas mudanças efetuadas na legislação por sucessivos plataformas e partidos por pura e simples questão de Ideologia, e inclusive as anulações ou revogações de leis que vigoraram em determinados governações.<br /><br />Pois se é certo que mudanças sejam sancionadas é inconveniente e perigoso que hajam continuas idas e vindas - O que amiúde sucede quando após a governação de uma plataforma progressiva ou equilibrada, aparecem os sinistros conservadores querendo, a força de princípios ou (Que é infinitamente pior!) de livros religiosos ou bíblias, restringir as liberdades conquistadas pelos cidadãos e fazer a sociedade retroagir. Não há atitude mais danosa e desgastante para a legítima autoridade que essas idas e voltas. Por vezes é lícito ou melhor necessário, retroagir - Não sempre ou constantemente. <br /><br />Podemos portanto aquilatar o dano produzido pelo governo anterior ao tentar, quase por força de baionetas, fazer recuar nossa legislação ambiental apenas para agradar uns mineradores e fazendeiros i é a particulares. Digo o mesmo sobre os murmúrios em torno da Lei Maria da Penha ou da Lei menino Bernardo, as quais os tarados religiosos e fanáticos, aspiravam tornar mais lassas ou revogar em nome de seu deus. Isso sem falar na constante maquinação em torno da Legislação trabalhista destinada a proteger o trabalhador contra os desmandos dos que detém o poder econômico e arbitrário.<br /><br />Bem se vê que o que é conservador aos próprios não o é a olhos alheios e que tudo isso é muito relativo. Dirá o leitor que eram reacionários... Tenho por reacionários os que tomam por modelo um passado muito distante, seja ele antigo ou medieval. Esses que aspiram revogar certar Leis progressistas também aspiram revogar outras leis, que como as trabalhistas, inspiram-se em modelos muito antigos, tenho-os em conta de meio conservadores e meio progressistas - É essa inversão de <i>Garrett </i>ou monstruosidade iniqua do tempo: Conservador nas tais moralidades ou em política e ultra liberal em economia, quando, ao menos entre os Cristãos apostólicos e classicistas se deveria dar o extremo oposto: Conservador ou melhor reacionário em economia e ultra liberal e política ou mesmo em moralidades. Bem se vê que eles adotam o modelo Norte americano ou americanista com sua com sua cultura moralista economicista...<br /><br />É um conjunto incoerente, amorfo e utópico esse do conservadorismo moral associado ao liberalismo religioso que clama por ilimitação absoluta. Posto que o impulso inicial do progressismo ou da dissolução da sociedade antiga partiu justamente do liberalismo econômico e este da reforma protestante. Temos ai a nova fé e o capitalismo iniciando a demolição do modelo antigo e do antigo regime. Como agora querem os livre examinadores que questionavam a Trindade divina, a Encarnação, a Imortalidade, a presença real, etc pousar de defensores de uma moralidadesinha imutável e absoluta... E mancomunados com o sistema econômico que esfacelou a família, após, com falsas promessas, remove-la do campo. </span></div><div><span style="font-family: times; font-size: large;"><br />E continuam esses conservadores, ignorantes ou hipócritas, a propor esse modelo esdruxulo em que entram uma economia que instila e exige mudanças radicais e uma moralidade tosca de múmias e cadáveres associada a um governo paralitico ou a uma política de aparência, que se confunde com uma polícia destinada a manter as diferenças a golpe de baionetas. Afinal esse Estado só é mínimo mesmo para quem precisa, o pobre, o trabalhador ou o cidadão comum. Depois de ter montado nos ombros do rei e lhe atribuído poderes absolutos CONTRA TODA TRADIÇÃO ANTIGA E CRISTÃ, o poder econômico, consolidado, clama por um Estado de enfeite, que o permita oprimir e dominar 'livremente'.<br /><br />Tornemos porém a <i>Garrett </i><br /><br /><span style="color: red;"><b><i><u>"Não contentes de revolver até os fundamentos a pátria desgraça com inovações incoerentes, repugnantes umas as outras e sobretudo absurdas, sem consultar nossos usos, nossas práticasm nenhuma razão de conveniência, foram atirar com todo esse montão de absurdos para além mar, onde desatinos se tornaram dobrados e se multiplicaram ao infinito pela variedade de obstáculos, repugnâncias, impraticabilidades...</u></i></b></span></span></div><div><span style="font-family: times; font-size: large;"><u style="color: red; font-style: italic; font-weight: bold;"><br />E o mesmo se há de suceder se loucamente nos pusermos a legislar para aquelas remotas regiões, querendo doutrinariamente forçar localidades, circunstâncias, hábitos, modos de ser que ignoramosm a entrar a martelo dentro dos quadros arbitrários, que nossas teorias cá decretam, como se fossemos nós o Criador que disse: Faça-se! Como se pudéramos nós, mesquinhas criaturas, fazer mais do que reconhecer os fatos como eles são, e modifica-los apenas até onde possam ir..." </u><i>Id p 79</i><br /><br />Lembram tais palavras as de <i>John Gray </i>na <i>'Anatomia' </i>por sua elevada sabedoria e alto realismo, de que muitas vezes se esquecem os democratas demasiado abstratos ou formalistas, e sobretudo os jacobinos. E tem certo paladar conservador, posto que não se pode torcer por completo uma estrutura social a golpes de martelo ou altera-la sem levar em conta o Estado precedente.<br /><br />Quero dizer com isso que o liberalismo político e a democracia, não apenas podem como devem, até onde possível seja, adequar-se as diversas culturas e estruturas sociais. Noutras palavras, que não se pode pegar um modelo francês, inglês ou Norte americano e impo-lo a quaisquer outras sociedades; e a sabedoria popular proclama: Era de outro o paletó do defunto...<br /><br />Tal como roupas e corpos não é possível tomar o sistema democrático de qualquer país e impo-lo em bloco a um outro...<br /><br />Serão politicamente liberais ou democráticos quanto a essencialidade, porém a seu modo ou do seu jeito.<br /><br />E se copiar o modelo francês foi equivocado, imitar o inglês ou Norte americano é desastroso.<br /><br />Alias o liberalismo político e um laicismo não anti clerical jamais alterariam radicalmente quaisquer culturas - O que não se pode dizer da economia de Mercado ou da mudança religiosa, os quais tendem a altera-las ou melhor a introduzir determinado modelo de cultura e a afirmar - Por afinidade eletiva. - um imperialismo cultural. É exatamente por isso que a democracia meramente formal e sobretudo o protestantismo tendem a promover o liberalismo crasso ou o ethos economicista e a reproduzir a pseudo cultura norte americana noutros espaços.<br /><br />Outra lição preciosa aqui embutida é que a democracia e liberalismo político equivalem sempre a assunção interna ou a evolução de uma dada Sociedade. Diríamos que o espírito democrático é fruto de uma sociedade madura e cultivada ou que corresponde a um caminho percorrido. Implica admitir que cada grupo ou sociedade deve atingir por si só i é por meio da educação ou da cultura esse estado de consciência. Enfim que a vida democrática é resultado de um processo interno. <br /><br />O que nos conduz a lição final - Que a democracia, supondo um espírito, jamais pode ser imposta externamente a qualquer sociedade. Que o liberalismo não pode ser dado ou comunicado por meio de uma guerra ou invasão. Que as instituições livres não podem ser levadas ou transferidas, e que o jacobinismo - Francês ou Norte americano - estão redondamente equivocados > A democracia jamais procede de fora. A ideia pode até vir e vem, de fora, porém o sentido de excelência ou de necessidade e enfim a aspiração, deve sempre vir de dentro. Um povo qualquer deve desejar a liberdade e desejar inclusive morrer por ela...<br /><br />Foi semelhante desejo que fez os atenienses resistirem aos persas e vencerem em Maratona e Salamina.<br /><br />Recorro enfim aos exemplos arrolados por <i>Gray - </i>Os diversos grupos étnicos e culturas africanas que se atacaram mutuamente e mataram uns aos outros após a supressão do domínio colonialista (Tutsis e Hutus.) ou ainda as seitas religiosas muçulmanas... Com o objetivo de certificar que a autonomia democrática não pode ser conferida por decreto a todas as sociedades humanas sem que estejam a altura desse ideal. Do contrário poderia ser como uma faca entregue a uma criança. Melhor seria para certas culturas de certos locais que mantivessem seus próprios regimes.<br /><br />O revolucionarismo jacobino N Americano é tão patético quanto os modelos comunista e anarquista e não nos deixemos enganar, tudo quanto os norte americanos aspiram é levar sua cultura 'in totum' a outros lugares, neste sentido não são melhores que os muçulmanos com seu imperialismo árabe. É tudo o imperialismo ou farinha do mesmo saco. A nós, a parte de um liberalismo político suficiente ou de uma democracia básica, convém permanecer leais a nossa cultura - No caso latina, ibérica ou brasileira e diante disso repudiar o liberalismo político ou o capitalismo como elemento exógeno ou importado.<br /><br /></span></div>Domingoshttp://www.blogger.com/profile/09617896340783433882noreply@blogger.com0