Aos leitores que acompanham este blog, certamente leram meus artigos sobre os professores e num deles falo sobre os OFAS ou ACTS (professores contratados).
Ontem o Jornal Nacional veiculou uma reportagem na qual mostrou que 1500 professores tiraram zero na prova do governo. http://jornalnacional.globo.com/Telejornais/JN/0,,MUL996255-10406,00-PROFESSORES+TIRAM+ZERO+EM+AVALIACAO+EM+SAO+PAULO.html
Fiquei extremamente desgostoso e envergonhado. Desgostoso porque fui bem na prova e envergonhado por saber que pascácios rematados continuarão a lecionar aquilo que não sabem. Isso só vem a demonstrar como é péssimo o ensino público, não só em São Paulo mas em todo o Brasil.
Essas anomalias da natureza continuarão infectando os nossos jovens com os "vírus da imbecilidade", e temo que nossos alunos saiam da escola mais idiotas do que quando nela adentraram.
Esses professores de merda, não tenho outro adjetivo para caracterizá-los, ainda reclamam do salário. Não ensinam, não sabem nada e ainda acham que ganham pouco. O lugar desses professores deveria ser nas ruas, varrendo e limpando as mesmas, mas duvido de que tenham competência e habilidade para tal serviço.
4 comentários:
Sou professor efetivo de uma escola pública do Estado de São Paulo, e concordo com você que há muita incompetência neste meio. Sei o que estou falando, pois já faz quase 20 anos que leciono, e assim como você, já vi colegas professores que realmente não mereceriam este posto, nem mesmo serem denominados como tal. Mas, se você analisar com cuidado as ações dos governos, desde a década de 70, e por inércia, dos governos tucanos, que estão no nosso Estado desde 1995, perceberá como a profissão de professor foi sendo desvalorizada, a tal ponto de ela estar atualmente sendo procurada, muitas vezes, apenas por idealistas que, acredito, seja o meu caso, ou por quem ainda não conseguiu outro emprego por “n” motivos. Também condeno a APEOESP por usar fisiologismo ao defender esses OFAS que não tiveram na prova, ao contrário de você, um desempenho mínimo necessário para poder ensinar adolescentes, que ao contrário do que se costuma dizer, demonstram muito interesse em aprender, quando percebem que o profissional lá na frente deles domina, e sabe transmitir o assunto que se propôs a ensinar. Fui escalado para ficar de fiscal nesta prova, e dando uma espiada em uma das respostas dos candidatos das provas de Biologia para a qual fui designado, pude perceber que alguns deles não souberam responder que os dois últimos termos usados na classificação científica dos seres vivos são, Gênero e Espécie. Confesso a você que não gostaria que minha filha, atualmente com 8 aninhos, se deparasse com um professor desses no futuro, mas infelizmente o risco é alto. Entendo sua revolta, e de certa forma quis compartilhar com ela através deste comentário, mas não se esqueça que esta queda de braço entre sindicato e governo, deve-se, e muito, à forma intransigente com que Serra trata das relações com seus funcionários públicos, e absolutamente não gostaria que interpretasse também esse meu comentário como fisiologismo, mas devo ressaltar que ainda existem excelentes profissionais, fazendo das tripas coração, para que tenhamos uma geração futura um pouquinho mais consciente do poder de reivindicação a respeito de seus direitos básicos. O governo tenta fazer uma diferenciação, através de “prêmios” por melhores desempenhos. No entanto, vejo no mínimo uma falha neste método, já que considera um bom desempenho de uma unidade escolar, como se TODOS os seus profissionais fossem competentes. Aí, aqueles maus, são nivelados igualmente aos bons, de certa forma se escondendo, e recebendo os mesmos benefícios. Isso faz com que não se interessem em melhorar.
Abraços
ZERO?!
...
mas...
ZERO?!
digo...
ZERO MESMO?!
:O
Caro Jairo concordo com você que ainda, digo ainda há bons profissionais. No tocante ao governo do PSDB, realmente foi um desastre na educação, principalmente no governo Covas. Mas ainda penso que o governo Serra foi bem melhor para a educação do que o governo de seus predecessores.
Eu me formei em 2007 e só comecei a lecionar em setembro do ano passado. Escolhi essa profissão porque eu gosto de gente, gosto de aprender e gosto de transmitir aquilo que aprendo, gosto de instigar a curiosidade no aluno, que penso ser também o seu caso.
Não creio que o professor é desvalorizado, creio antes que ele (o professor) se desvaloriza.
A maioria dos professores não se recicla, não se informa, não lê outros livros que não sejam os didáticos.
Há professores de geografia por aí, caro Jairo - e aí você pode me chamar de mentiroso - que ainda estão a falar da ex-U.R.S.S, que falam nos territórios de Roraima e Amapá. Claro, não preciso dizer que são OFAS, né? Triste, mas a pura realidade.
Abraços, caro Jairo e obrigado por compartilhar de minha indignação.
Pra você ver Ravick, ZERO!!!!
Parece mentira não? Mas não é!
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