Sempre tive em mente que Lamarck foi o verdadeiro pai da Teoria da Evolução, pois foi o primeiro a sistematizar suas hipóteses num livro. Verdade seja dita, que Lamarck não é muito querido nos meios evolucionistas, não tanto por suas idéias, mas porque era teísta, e Darwin era agnóstico, mas não era um inimigo da religião, mas é muito mais fácil transformar Darwin num ateu. A seleção natural também dá oportunidade para distorcer o pensamento de Darwin, pois há gente querendo explicar a economia e o racismo através da seleção natural.
Quem pensava que o velho Lamarck estava morto, enterrado e esquecido para todo sempre se enganou redondamente. Um artigo do jornalista científico Marcelo Leite trouxe à tona o pensamento lamarckiano.
Extraí do texto do jornalista Marcelo Leite estes textos:
"A homenagem que se pode fazer a um cientista consiste em aplicar suas ideias para fazer a ciência avançar. Larry Feig, da Universidade Tufts de Boston, prestou portanto um grande tributo a Lamarck com seu artigo no periódico "The Journal of Neuroscience" de quarta-feira passada, mostrando que o pensamento de Lamarck está vivo. Em camundongos. (...)
Feig (...) provou que o ambiente em que vivem fêmeas na adolescência -duas a quatro semanas após o nascimento, no caso- afeta não só a própria capacidade de formar memórias (aprender), como também a de seus filhotes. Independentemente do ambiente que a prole enfrentar, na adolescência ou em qualquer tempo. O grupo de Boston estava interessado na persistência de efeitos benéficos da exposição a ambientes enriquecidos. No caso, gaiolas maiores que as convencionais e cheias de brinquedos, como rodinhas para correr. Já se sabia que isso melhora o desempenho dos camundongos em testes padronizados, como labirintos.
O que não se sabia é que favorece também os filhotes das mães estimuladas. Só das mães, não dos pais. E se trata de algo hereditário, pois o benefício não desapareceu quando fetos de mães estimuladas foram gestados por barrigas de aluguel não estimuladas.
A vantagem não se manifestou, além disso, quando filhotes de mães sem gaiola de luxo foram paridos por mães privilegiadas. E ficou restrita à primeira geração, sumindo nas subsequentes. O ambiente rico não pode tudo, mas o estímulo às roedoras, por outro lado, mostrou-se tão robusto que foi capaz até de reverter a "burrice" induzida em camundongos geneticamente modificados para atrapalhar sua formação de memórias".
Fonte: http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br/arch2009-02-08_2009-02-14.html#2009_02-09_11_05_19-129493890-0
Quem pensava que o velho Lamarck estava morto, enterrado e esquecido para todo sempre se enganou redondamente. Um artigo do jornalista científico Marcelo Leite trouxe à tona o pensamento lamarckiano.
Extraí do texto do jornalista Marcelo Leite estes textos:
"A homenagem que se pode fazer a um cientista consiste em aplicar suas ideias para fazer a ciência avançar. Larry Feig, da Universidade Tufts de Boston, prestou portanto um grande tributo a Lamarck com seu artigo no periódico "The Journal of Neuroscience" de quarta-feira passada, mostrando que o pensamento de Lamarck está vivo. Em camundongos. (...)
Feig (...) provou que o ambiente em que vivem fêmeas na adolescência -duas a quatro semanas após o nascimento, no caso- afeta não só a própria capacidade de formar memórias (aprender), como também a de seus filhotes. Independentemente do ambiente que a prole enfrentar, na adolescência ou em qualquer tempo. O grupo de Boston estava interessado na persistência de efeitos benéficos da exposição a ambientes enriquecidos. No caso, gaiolas maiores que as convencionais e cheias de brinquedos, como rodinhas para correr. Já se sabia que isso melhora o desempenho dos camundongos em testes padronizados, como labirintos.
O que não se sabia é que favorece também os filhotes das mães estimuladas. Só das mães, não dos pais. E se trata de algo hereditário, pois o benefício não desapareceu quando fetos de mães estimuladas foram gestados por barrigas de aluguel não estimuladas.
A vantagem não se manifestou, além disso, quando filhotes de mães sem gaiola de luxo foram paridos por mães privilegiadas. E ficou restrita à primeira geração, sumindo nas subsequentes. O ambiente rico não pode tudo, mas o estímulo às roedoras, por outro lado, mostrou-se tão robusto que foi capaz até de reverter a "burrice" induzida em camundongos geneticamente modificados para atrapalhar sua formação de memórias".
Fonte: http://cienciaemdia.folha.blog.uol.com.br/arch2009-02-08_2009-02-14.html#2009_02-09_11_05_19-129493890-0
Para quem quiser se inteirar mais sobre Lamarck, pode acessar o link ao lado da revista Ciência Hoje --> http://cienciahoje.uol.com.br/52486
Leitor comenta artigo “O gigante Lamarck”, de Marcelo Leite:
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=61699
Viva Lamarck!!!!
http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.jsp?id=61699
Viva Lamarck!!!!
2 comentários:
Interessante essa dos filhotes... Só nao entendi se os filhos deles ainda teriam o estpimulo.
Uma coisa "parecida" se dá com algumas variedades de couve. EM ambientes muito pobres em molibidênio, as suas folhas tyê, limbos minusculos, sendop quase que só nervuras peladas. Se elas conseguem florescer e frutificar, as sementes geradas dão origem a plantas que exibirão os mesmos sintomas mesmo em ambientes ricos em molibidênio. Só na 3º geração isso pode não ocorrer, se houiver Mo.
Ravick que interessante. Isso só me leva a exclamar uma vez mais: Viva Lamarck!
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