sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Resistência cultural, qual a melhor opção (Como escapar ao protestantismo e ao islã - Ao Brasil e a Europa.) II - ContinuaçãoGuardar

Seja-me permitido dizer com absoluta fraqueza. E por sinal como Historiador que folga estudar antiguidades clássicas e orientais a cabo de três décadas - Face aos assédios protestante e islâmico ideologia naturalista alguma nos poderá valer ou salvar.

Pois nem mesmo as Ideologias mais fortes e belas da antiguidade puderam salva-la da dissolução.

Refiro-me a obra daquele que Rousseau, contrapondo a Jesus Cristo, apontou como o maior ser humano de todos os tempos: Sócrates. Bem como a obra daquele outro grego que segundo afirmam os sábios era capaz de pensar por no mínimo cem homens: Aristóteles.

Em vão procuraríamos por melhores doutrinas ou por ensinamentos mais excelentes. E no entanto... Foram, um e outro, socratismo e aristotelismo, incapazes de salvar três ou quatro milênios de civilização.

Foi o aristotelismo, após uma magnífica floração e contra todas as expectativas, suplantado pelo platonismo, o qual acabou por ceder passo ao neo platonismo e enfim a teurgia ou feitiçaria... De fato foi aquele sóbrio realismo aristotélico engolido pelas toscas conjecturas de Platão e estas consumidas pelo irracionalismo e pelo ceticismo até chegarmos a Jâmblico e a magia, encantamentos e coisas do tipo. De modo que quando o herético Justiniano determinou o fechamento da quase milenar academia não passava ela duma tenda espírita...

Já a figura de Sócrates não tardou, nos primeiros séculos desta nossa Era a ser substituída pelas patéticas figuras de Apolônio de Tiana e Alexandre de Abonútica, o segundo ao menos - Segundo Luciano de Samosata - um mistagogo charlatão.

Enfim nem mesmo os ensinamentos humanos mais puros e elevados foram capaz de manter aquela ordem de coisas e de regenerar aquela cultura pluri milenar. De modo que tudo veio fragosamente abaixo e sucumbiu.

Porém não sucumbiu por inteiro.

Pois ao tempo de Octaviano César, o 'Augusto', apareceu neste nosso báratro sublunar um homem virtuoso e exemplar, o qual não hesitou apresentar-se como o Ente Supremo, Legislador, organizador e mantenedor dos Universos. 

Viveu de modo digno e irrepreensível no meio da gente mortal e emulando com o ateniense, com Buda e Confúcio, enunciou o padrão de Ética mais elevado que até hoje possuímos, fundamentado na empatia, alteridade ou solidariedade. tolerância a respeito dos que creem de modo


Por meio da palavra e do exemplo sancionou a diverso (Ao recusar fulminar com raios a aldeia dos samaritanos.), um amor heroico que se estende até os contrários, um ideal crítico de paz, um escrupuloso zelo pela justiça, o culto piedoso da verdade, a disponibilidade ao perdão irrestrito, a lei divina da liberdade, a fraternidade universal, etc

Tão elevada a puridade de seus ensinamentos que não poucos objetores decidiram, arbitrariamente, lança-lo no mundo dos mitos, bani-lo da História e negar sua existência real (Dupuis, Strauss, E Bossi, Bernacchi, Antonio Miranda...) Enquanto outros, agindo como doidos (O dr Binet Sanglé) chegaram a questionar sua sanidade mental, pelo simples fato de se ter apresentado como Deus Nosso Senhor, mantenedor do Universo. Pois de fato esse grande homem foi, ainda é e sempre será uma pedra de escândalo, especialmente para seus falsos seguidores, adversários do Evangelho redentor.

Mesmo para o islã é ele uma pedra porquanto o livro deles o reconhece como 'Palavra de Deus', nascido miraculosamente de Virgem, enquanto que Maomé, nasceu de modo humano e natural de Abdullah e Aminah. 

Ademais enquanto este Jesus foi fiel aquela Lei que declara: Não assassinarás, Maomé tornou-se conhecido por ter mandado amarrar Umm Quirfa de Banu Faraza (A qual era uma mulher idosa!) a dois camelos e partida viva em dois pedaços, após o que foi esquartejada, decapitada e sua cabeça oferecida como 'mimo' ao 'santo' homem, o qual teria declarado na ocasião: "Um povo liderado por uma mulher jamais obterá sucesso.". Por mais caras de pau que tenham os maometanos não podem negar tais fatos, uma vez que constam na "Sirat rasul Allah" de Ibn Isahq (Sessão 980) e no Hadith de At Tabari (VIII,96).

E no entanto os ideólogos que costumam colocar em dúvida a existência de Jesus, Buda ou Sócrates (kkkk) nem de longe questionam a existência do líder desses bandoleiros saídos dos desertos com suas cimitarras...

Para a crítica imparcial dos ateístas, apenas aquele que decretou explicitamente a destruição dos ateus, materialistas e irreligiosos e que condenou a liberdade, tanto política quanto religiosa, tem direito a existência. 

Agora, tornando a Jesus, sejamos francos - sua existência, similar a de Çakia Muni, Confúcio ou Sócrates e digna de grandes civilizações, como a Índia, a China ou a Grécia, não faz sentido algum nos confins da Palestina ou nos desertos da Judéia. A de Maomé ou a de 'Moisés' ali se enquadram perfeitamente... A de Jesus melhor estaria em Mileto, Atenas, Antioquia e sobretudo Alexandria. Pois supõem a convergência de tradições culturais que só poderiam ser encontradas juntas naquela soberba Biblioteca, o centro do saber antigo. E no entanto, tais doutrinas e ensinamentos (Que lhes são atribuídos pelo Evangelho ou pela Igreja antiga.), a serem humanamente extraídos, suporiam décadas de pesquisa, e demandariam a atividade frenética de um Eratóstenes ou de um Calímaco e não de um bando de pescadores semi analfabetos de Cafarnaum... cf "Jesus, o mestre de Nazaré" Aleksandr Mien

E que resulta disto...

Resulta disto que o Cristianismo - Opondo-se tanto a guerra injusta quanto ao escravismo. - faz deitar o machado a raiz da árvore podre, como assevera E Gibbon no "Declínio e queda do império romano"

E no entanto, ao contrário do islã iconoclástico cf Robert Reilly "O fechamento da mente muçulmana" - o estro do Catolicismo Ortodoxo, ao mesmo tempo que conduz aquele mundo a seu fim, dissolve-o e destrói-o, igualmente preserva o que nele havia de mais precioso, para recompor e, sobre outras bases (Éticas), criar uma nova civilização. Cf Th Cahill "Como os irlandeses salvaram a civilização" (1995) 

De fato, o Catolicismo Ortodoxo (Em seguida, no ocidente, a igreja apostólica romana.) tudo recompõem, em torno dos mistérios de Jesus Cristo:


 A Ética: Politicamente liberal, religiosamente tolerante, anti escravista ou abolicionista, justicionista face ao poder do dinheiro ou ainda trabalhista, feminista ou a favor da igualdade de gênero, pacifista crítica ou não agressiva, ecologista, disponível, sensível, fraternal, solidária e assim voltada para as condições específicas da criança, do deficiente, do idoso, etc buscando suavizar as dores do mundo e converte-lo num lugar mais digno e melhor. 

A estética: Estimulando os ofícios da música, da arquitetura, da pintura, da escultura, do drama, da poesia, etc representados por Palestrina, Bach, Bruckner, Gnoud, J B Neumann, P A Vignon, J F Millet, F V E Delacroix, Gericault, B Thorvaldsen, J R de Hita, Gil Vicente, Petrarca,
 Shakespeare, Corneille, Racine, Dante, Camões, Cervantes, La Fontaine, T de Tasso, L Ariosto. cf Chateaubriand "O gênio do Cristianismo" 

E sobretudo na área do conhecimento, sustentando até o Vaticano II, o legado de Anaxágoras, Sócrates, Platão, Aristóteles, Antíoco de Ascalon e outros sobre a demonstração da verdade e seu critério. E sem embargo produzindo novas e dignas contribuições, com R Descartes ou Rosmini, dentre outros. Cf Fulton J Shenn "Filosofia da religião"

E ainda na área do que chamamos ciência - Sobre a qual escreveremos um artigo a parte.

Ora, tudo isto foi feito e pronto já estava, graças a ação profícua do Catolicismo Ortodoxo ou da igreja romana, antes que o protestantismo aparecesse no horizonte, como verdadeira Revolução, destinada a interromper bruscamente o rumo das coisas e imprimir-lhes uma outra direção: Cética, naturalista, materialista, economicista, relativista, ateística, modernista, nacionalista, etc numa só palavra: Perversa... e precipitar a infeliz Europa nos braços do islã.

O que o Cristianismo, com tanto esforço e trabalho fez, a rebelião protestante desfez... lançando os fundamentos de um mundo caótico e incapaz de manter-se face a barbárie muçulmana. 


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