segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Racismo no Carrefour de Osasco



Homem negro, funcionário da USP e técnico em eletrônica foi identificado como bandido por um grupo de brutamontes (leia-se seguranças) que trabalhavam no Carrefour. Ele estava em seu carro, quando foi abordado por esses criminosos, sim, criminosos, pois racismo é crime e quem é racista é criminoso. Como eu estava dizendo, esses criminosos o abordaram quando ele estava em seu carro. Cinco criminosos e todos com armas de fogo apontado para ele.Um desses bandidos, gritou: "A casa caiu negão!". Januário (esse é o nome da vítima) foi levado pelos neo-nazistas para um quarto onde foi espancado por esses marginais que foram contratados para trabalhar no Carrefour.

Quer dizer então que negros não podem possuir bons carros? Que negro é sinônimo de marginal? Que podem ser chamados por apelidos ofensivos como negão? Se ele fosse um branco, loiro de olhos azuis e tivesse bem trajado poderia entrar em qualquer loja do Carrefour e anunciar um assalto, ninguém jamais suspeitaria de que ele seria um marginal.

Espero que esses nazistas sejam postos na prisão, pois esse é o lugar de gente xenófoba. Bom, nós que somos anti-racismo deveríamos fazer um boicote em solidariedade ao senhor Januário. Eu farei o meu boicote, este ano pretendo não comprar nada no Carrefour. O Carrefour deve selecionar melhor seus funcionários.

3 comentários:

Anônimo disse...

Acho terrível esse gesto criminoso. Aqui na Bahia a coisa não é tão diferente, apesar de a maioria da população ser de origem negra. Creio que o boiocote seja uma ótima maneira de forçar (já que não fazem por consciência própria) empresas como a Carrefour a adotarem boas políticas de segurança, pois como foi dito, é muito fácil enganá-los - basta aparentar que é um comprador ou ter pele clara.

Ravick disse...

O problema da 'estratégia do boicote', é que basta eles fazerem ofertas que chamam o povão, e eles nem ressintirão os que epreenderem de fato o boicote :(

Povo com poucos recursos = muitas oportunidades p quem tem poder :(

Cleide disse...

Entrei no site do Carrefour para enviar minha opinião referente a este assunto ocorrido. Na página central do Carrefour (www.carrefour.com.br) não existe espaço de sac, nem auditoria para que possamos enviar comentários. Eles pedem para que acessemos através do CEP o Carrefour mais próximo. ao solicitar pelo CEP de Osasco a loja deles, eles colocaram em todo site uma mensagem de repúdio ao caso, porém quando acessamos o SAC para enviar uma mensagem a loja de Osasco (pasmen!) Tem acesso a todas as lojas deles, menos a de Osasco. Eles devem ter tirado o acesso para não receber mensagens de críticas referentes a este caso. Como uma loja do porte do Carrefour não fornece em seu site um acesso de comentários ou de auditoria para que as pessoas possam demostrar suas opiniões? E nem telefones para contato existe! Uma empresa que se recusa a ouvir a opinião das pessoas dve ser pensada se merece também ter o nosso respeito. Dá para se imaginar e tirar conclusões de como e porque o Sr Januário foi tratado daquela forma.
Amigoos e amigas que lerem esta reposta: repensem bem se vale a pena comprar em uma empresa que age dessa forma, onde o consumidor não tem voz. A maioria da população brasileira é de negros e pardos somos nós a maioria quem deve fazer a diferença na hora das nossas escolhas. Prestemos atenção a este caso que só se tornou público porque o Sr. Januário colocou a boca no trombone: imagine que antes disso acontecer quantas e quantas pessoas não foram agredidas moralmente? Façamos a diferença sim, deixemos de comprar nesse mercado como forma de repúdio a uma empresa que já começa desrespeitando a sociedade não dando a lea um canal de comentários.

Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;"
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

Cleide