sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Livros de Auto-Atrapalhamento

Hoje está em moda ler livros de auto-ajuda. Lê-se desde os livros do Papa do Tibete (Dalai Lama) até o Segredo.
Eu nunca li esse tipo de literatura, porque essa literatura é um lixo. Livros de auto-ajuda só auto-atrapalham. Aqui alguém poderia me perguntar: Se você não leu como pode criticar? Ao que eu responderia: Nunca li esses livros, mas leio as contracapas e as orelhas desses livros que trazem as informações básicas sobre esses assuntos. Eu não preciso ler esse tipo de sub-literatura para criticar, por inúmeros motivos:
1º É perda de tempo, tempo esse que eu poderia empregar de melhor maneira;
2º É jogar dinheiro no lixo;
3º Eu não leria nem que me dessem de presente (aliás presente de grego é cavalo de pau);
4º É uma literatura burguesa, portanto alienante e descompromissada com os problemas do mundo;
5º É uma literatura emburrecedora, pois não trás nenhum conhecimento útil;
6º É uma literatura baseada em superstições e achismos e não alicerçada na ciência, algo que traga dados ou referências de periódicos científicos.

Nunca soube de alguém que leu livros de auto-ajuda e ficou feliz, que tenha vencido suas frustrações e o que é mais improvável que tenha ficado rico. Os livros de auto-ajuda só ajudam os seus autores e editores. Para os leitores tais livros só auto-atrapalham.

Mas por que as pessoas lêem essa literatura de 5ª categoria? Porque não gostam de pensar, não se questionam, porque desejam viver num mundo mágico e principalmente porque são vítimas do analfabetismo filosófico e científico. Daí, o grande jurista brasileiro ter dito com grande razão: "Vulgar é o ler, raro o refletir".

2 comentários:

Unknown disse...

Os livros de auto-ajuda são a representação burguesa de um modelo vazio de conteúdo filosófico e científico. Constitui um paradigma, que é um conjunto implícito de um sistema inconsciente de crenças de cultura. Diferentemente de uma teoria( baseada numa observação empírica descrito pela matemática para decodificar a natureza), ele não precisa ser testado,aprovado,...,contestado, faz parte do nosso "modus operandi". Vivemos e respiramos essas crenças, pensamos e interagimos com o mundo de acordo com elas. Tais conceitos são empurrados até o aparelho digestivo. Ao invés de orientar as nossas ações com inteligência das emoções, os livros de auto-ajuda limitam a nossa capacidade de reflexão crítica, a nossa inquietude intelectual, nos proporcionando uma inércia ambulante e um estado letárgico cívico! Ao lê-los, desprezamos um universo de infinitas possibilidades e compactuamos com o óbvio da crassa ignorante!

Fernando Rodrigues Felix disse...

CPSV gostei muito de seu comentário. Excelente, sem comentários.