Primeiro enquanto ideologia reprodutora, a qual além de assumir um tipo ideal posto pelo Cristianismo antigo ou pelo socratismo\platonismo, reproduziu igualmente diversos vícios do capitalismo, do liberalismo político primitivo e do positivismo, como o materialismo economicista, o 'método' revolucionário e o relativismo ético - Isto a ponto de formar uma construção sincrética.
De fato não se pode negar que apesar de todos os seus erros possuí o Comunismo algo em comum com o socratismo e o Cristianismo antigo, que é a sensibilidade face a injustiça e a aspiração de reformar a ordem natural das coisas, eliminando a injustiça.
Enquanto que a suprema miséria do capitalismo, do positivismo e do darwinismo social, bem como do ceticismo é conformar-se com o mundo tal qual é, aceitando suas mazelas e avaliando-as como algo comum ou mesmo invencível.
Em que pese o materialismo tomado ao capitalismo, os comunistas não acompanharam seus companheiros 'coerentes'. Mantendo o ideário Cristão segundo o qual deve a realidade do mundo conformar-se com um ideal Ético ou com uma Lei natural e suprema.
Por parte do Cristianismo antigo, conformar-se com o mundo e seus pecados, seus vícios ou suas maldades é blasfemo, devendo a ordem do mundo ser corrigida e reformada segundo a lei natural e suprema.
Portanto o Cristianismo leal ao Evangelho e o Comunismo partilham do mesmo sentimento de revolta.
Sendo em parte o Comunismo, um Cristianismo apostólico secularizado. Tal e qual o capitalismo e o destino manifesto são secularizações do protestantismo. Em certo sentido o conflito "Catolicismos" ou "Ortodoxia" e protestantismo, prolonga-se no conflito "Socialismos" X Capitalismo. Apenas a luta secularizou-se, mas mantém o sentido.
Naturalmente que o materialismo, sendo necessariamente mecanicista, não se encaixa com esse sentimento de inconformidade ou mesmo com o método revolucionário.
Justiça seja feita a Marx, porquanto era ele etapista - Reconhecendo que caberia ao processo histórico ou a evolução interna do próprio capitalismo que produziria as condições necessárias para que a Revolução fosse bem sucedida. Cabendo ao comunista estar atento para reconhecer o sinal dos tempos, e atuar em comunhão com a História.
Foi Lênin que, partindo de Sorel, objetor e adversário de Marx, eliminou o etapismo ou o determinismo materialista e propôs que a Revolução poderia ser feita noutros contextos. Talvez por isso as revoluções Comunistas tenham revertido e falhado. Por outro lado Marx não foi capaz de perceber a habilidade do capitalismo para adaptar-se as condições externas, inclusive restringindo-se, contendo-se ou limitando-se quando sob pressão ou ameaçado pelas sociedades tradicionais.
Sorel sendo irracionalista, meio idealista e próximo ao anarquismo com o paradigma do espontaneísmo ou da imprevisibilidade, o qual de modo algum se encaixa com o materialismo e seu decorrente determinismo\etapismo.
Bom lembrar que esse ideal revolucionário jacobinista surge não num contexto materialista dialético porém num contexto materialista mecanista ou formal e de uma total incompreensibilidade em termos de cultura. A ideia, bastante ingênua por sinal, é que o poder, a violência, a força ou o terror pudessem mudar a cultura ou dos padrões de comportamento pessoal e social.
Basta dizer que serenado o terror os padrões culturais anteriores são restabelecidos. E as tais revoluções, após tantas calamidades, revertem. E tal se dá porque a cultura tem dinâmica própria, a qual não é necessariamente material.
Outro aspecto é o relativismo ético, comum aos pós modernistas e derivado do positivismo. O qual dificilmente concilia-se com um ideal de justiça que leva a reforma.
No entanto o que mais choca o observador atento quanto o comunismo é sua fixação no século XIX. A qual chega a ser escrupulosa, uma vez que atribuem aos escritos de Marx, Engels e Lênin o status religiosos da infalibilidade e da irreformabilidade - Como se tivessem esgotado todas as possibilidades do passado, do presente e do futuro.
Enquanto que a suprema miséria do capitalismo, do positivismo e do darwinismo social, bem como do ceticismo é conformar-se com o mundo tal qual é, aceitando suas mazelas e avaliando-as como algo comum ou mesmo invencível.
Em que pese o materialismo tomado ao capitalismo, os comunistas não acompanharam seus companheiros 'coerentes'. Mantendo o ideário Cristão segundo o qual deve a realidade do mundo conformar-se com um ideal Ético ou com uma Lei natural e suprema.
Por parte do Cristianismo antigo, conformar-se com o mundo e seus pecados, seus vícios ou suas maldades é blasfemo, devendo a ordem do mundo ser corrigida e reformada segundo a lei natural e suprema.
Portanto o Cristianismo leal ao Evangelho e o Comunismo partilham do mesmo sentimento de revolta.
Sendo em parte o Comunismo, um Cristianismo apostólico secularizado. Tal e qual o capitalismo e o destino manifesto são secularizações do protestantismo. Em certo sentido o conflito "Catolicismos" ou "Ortodoxia" e protestantismo, prolonga-se no conflito "Socialismos" X Capitalismo. Apenas a luta secularizou-se, mas mantém o sentido.
Naturalmente que o materialismo, sendo necessariamente mecanicista, não se encaixa com esse sentimento de inconformidade ou mesmo com o método revolucionário.
Justiça seja feita a Marx, porquanto era ele etapista - Reconhecendo que caberia ao processo histórico ou a evolução interna do próprio capitalismo que produziria as condições necessárias para que a Revolução fosse bem sucedida. Cabendo ao comunista estar atento para reconhecer o sinal dos tempos, e atuar em comunhão com a História.
Foi Lênin que, partindo de Sorel, objetor e adversário de Marx, eliminou o etapismo ou o determinismo materialista e propôs que a Revolução poderia ser feita noutros contextos. Talvez por isso as revoluções Comunistas tenham revertido e falhado. Por outro lado Marx não foi capaz de perceber a habilidade do capitalismo para adaptar-se as condições externas, inclusive restringindo-se, contendo-se ou limitando-se quando sob pressão ou ameaçado pelas sociedades tradicionais.
Sorel sendo irracionalista, meio idealista e próximo ao anarquismo com o paradigma do espontaneísmo ou da imprevisibilidade, o qual de modo algum se encaixa com o materialismo e seu decorrente determinismo\etapismo.
Bom lembrar que esse ideal revolucionário jacobinista surge não num contexto materialista dialético porém num contexto materialista mecanista ou formal e de uma total incompreensibilidade em termos de cultura. A ideia, bastante ingênua por sinal, é que o poder, a violência, a força ou o terror pudessem mudar a cultura ou dos padrões de comportamento pessoal e social.
Basta dizer que serenado o terror os padrões culturais anteriores são restabelecidos. E as tais revoluções, após tantas calamidades, revertem. E tal se dá porque a cultura tem dinâmica própria, a qual não é necessariamente material.
Outro aspecto é o relativismo ético, comum aos pós modernistas e derivado do positivismo. O qual dificilmente concilia-se com um ideal de justiça que leva a reforma.
No entanto o que mais choca o observador atento quanto o comunismo é sua fixação no século XIX. A qual chega a ser escrupulosa, uma vez que atribuem aos escritos de Marx, Engels e Lênin o status religiosos da infalibilidade e da irreformabilidade - Como se tivessem esgotado todas as possibilidades do passado, do presente e do futuro.
Não poucos entre eles continuam reproduzindo a milonga positivista e anti racionalista, derivada de Kant e Condorcet sobre a ciência ser a única forma digna de conhecimento, etc Quando é, o materialismo querido, uma elaboração metafísica, por violar a demarcação kantiana.
Outro aspecto simplório do comunismo é a imagem do proletariado urbano e industrial como agente redentor. E consequentemente o menosprezo pelo homem do campo, as prevenções contra aquele funcionariado público que representa a odiada classe média, o horror ao lupem proletariado...
Continuam eles, os comunistas, encarando a História como um combate épico, binário e maniqueísta entre dois grupos ou facções: Burguesia e proletariado... Enquanto a partir de 1870\80 tornou-se a sociedade capitalista muito mais complexa e variada, com inúmeras sociais intermediárias... (E aqui temos Sorokin, Parsons e Timacheff, dentre outros). Eles porém não abrem mão de seu reducionismo simplista e de sua narrativa ingênua e romântica - Na qual tudo gira em torno de um choque entre dois grupos.
Para eles o mundo jamais mudou e continuamos situados no século XIX...
Outro rudimento metafísico é a concepção do conflito como motor da História. Pois eles mesmos admitem que o conflito parte da propriedade privada (Não necessariamente da propriedade privada dos meios de produção - Pois aqui, com Marx - há certa plausibilidade.), a qual é posterior a Idade primitiva, o que implica situar a Idade primitiva fora da História, justamente devido a sua 'imobilidade' ou ritmo lento, não marcado pelo conflito em torno da posse da propriedade, uma vez que era comunal.
Para eles o mundo jamais mudou e continuamos situados no século XIX...
Outro rudimento metafísico é a concepção do conflito como motor da História. Pois eles mesmos admitem que o conflito parte da propriedade privada (Não necessariamente da propriedade privada dos meios de produção - Pois aqui, com Marx - há certa plausibilidade.), a qual é posterior a Idade primitiva, o que implica situar a Idade primitiva fora da História, justamente devido a sua 'imobilidade' ou ritmo lento, não marcado pelo conflito em torno da posse da propriedade, uma vez que era comunal.
Bem, o que questionamos aqui não é o movimento ou o progresso porém seu ritmo acelerado face a limitação dos recursos materiais de que dispomos.
Outro o caso do futuro - Pois se a cosmovisão marxista (Que gira em torno de uma Dialética que parte do conflito e da propriedade.) assumir que a derradeira fase - Inaugurada pelo advento do Comunismo - implica a cessação do conflito, teremos de admitir o fim do movimento dialético e por consequencia o fim da História. E aqui é a História como uma espécie de túnel porque passa a humanidade... Pois ao fim tornaríamos ao repouso ou a imobilidade do começo i é da Idade primitiva.
De minha parte encaro esse túnel ou sanduíche como algo muito menos aberrante que o progresso ilimitado ou infinito dos positivistas - Pois tudo quanto começa deve ter um fim. Sem embargo disto, os comunas, ao serem questionados pelos positivistas, anarquistas e outros, alegam que o fim do conflito ou da dialética e o advento do comunismo não marcará o fim de todo conflito porém apenas do conflito economico, que incide sobre as classes. Obviamente que existem ou surgirão outros conflitos (De natureza diversa) que darão continuidade a outro ciclo de movimentação dialética. Mas quem não percebe que essa resposta vai pelos caminhos da imaginação e da fantasia. Pois teria havido outro ciclo de movimento dialético, de outra natureza, na Idade primitiva...
Agora - Existe de fato um motor da História... Ou é ela movimentada por diversos motores...
Já disse que Marx focalizou a propriedade dos meios de produção, relacionada com o modelo capitalista. E aqui parece haver certa verdade, vislumbrada ante dele por um Sismondi, dentre outros... Outro problema do Marxismo é a visibilidade limitada da História de que dispunha Marx em seu tempo - Tempo em que a egiptologia de Champollion e Lepsius e a sumeriologia de Grotefend e Rawllinson estavam a dar os primeiros passos e a idade primitiva de Pertez e Lartet engatinhava...
De minha parte encaro esse túnel ou sanduíche como algo muito menos aberrante que o progresso ilimitado ou infinito dos positivistas - Pois tudo quanto começa deve ter um fim. Sem embargo disto, os comunas, ao serem questionados pelos positivistas, anarquistas e outros, alegam que o fim do conflito ou da dialética e o advento do comunismo não marcará o fim de todo conflito porém apenas do conflito economico, que incide sobre as classes. Obviamente que existem ou surgirão outros conflitos (De natureza diversa) que darão continuidade a outro ciclo de movimentação dialética. Mas quem não percebe que essa resposta vai pelos caminhos da imaginação e da fantasia. Pois teria havido outro ciclo de movimento dialético, de outra natureza, na Idade primitiva...
Agora - Existe de fato um motor da História... Ou é ela movimentada por diversos motores...
Já disse que Marx focalizou a propriedade dos meios de produção, relacionada com o modelo capitalista. E aqui parece haver certa verdade, vislumbrada ante dele por um Sismondi, dentre outros... Outro problema do Marxismo é a visibilidade limitada da História de que dispunha Marx em seu tempo - Tempo em que a egiptologia de Champollion e Lepsius e a sumeriologia de Grotefend e Rawllinson estavam a dar os primeiros passos e a idade primitiva de Pertez e Lartet engatinhava...
Foi as apalpeladas ou tateando que Marx tentou elaborar um esquema tanto mais amplo e metafísico - No pior sentido do termo. Assim a questão do conflito como motor de todas as fases da História, de grupos lutando uns contra os outros, de reformulações sintéticas, etc Através das quais o esquema Burguesia X Proletariado se antecipa e perpetua sob outros termos, como senhor e servo ou dono e escravizado...
Todos estes esquemas genéricos, como o de Vico, o de Adam Smith, o de Lord Kames, o de A Fergunson, o de St Simon, o de Comte e enfim o de Marx representam uma fase bastante rudimentar da sociologia.
Quanto a proposta de Marx ou sua tentativa metafísica de classificar as fases ou períodos da evolução social de nossa espécie é importante dizer que teve continuidade sob a escola de Lukács e seus seguidores. Os quais fazem incidir suas críticas não apenas sob a atual forma de posse da propriedade privada i é quanto aos meios de produção, mas sobre todas a propriedade privada como um todo. Por isso registrei acima que os lukacscianos identificaram o ponto de partida do conflito a partir do fim da propriedade comunitária e o surgimento da propriedade privada> A partir daí só mudam os nomes e podemos definir a História humana como uma luta por propriedade ou poder. (E chegamos a Adler, transfuga de Freud)
Naturalmente que nenhuma dessas especulações pode ser rigorosamente demonstrada. E tanto pior para elas enquanto atreladas ao falso paradigma positivista da monocausalidade. Se é certo que o regime de propriedade influencia a produção da cultura, nada nos indica que ele apenas determine a totalidade dos elementos de uma cultura.
E Ratzel teria mais razão em apontar a terra e o regime alimentar como criador de técnicas agrícolas e de técnicas alimentares plasmadoras de cultura. De modo que teríamos antes uma cultura do arroz, uma cultura do trigo, uma cultura do sorgo, uma cultura do milho, uma cultura da batata, uma cultura da mandioca, etc que uma cultura de patrícios e clientes ou de pillis e maceuallis...
Não quero lançar fora deste processo formativo o dono e o escravizado ou o senhor e o servo, quero porém inserir o ambiente: Gélido, montanhoso, paludoso, florestal, etc as matrizes alimentares... A Escrita, o Bronze, a Ceramica, as Crenças religiosas, etc Numa perspectiva pluri causal, tendo em vista a complexidade da cultura e o processo de sua afirmação.
Certamente o regime de propriedade teve lá seu papel e importancia, mas, não atuou sozinho.
Outro equívoco que atribuo ao marxismo\comunismo e que deriva da ideologia materialista diz respeito diz respeito a compreensão deles a respeito do que seja Capitalismo. O qual definem como uma modo de produção. Do qual deriva um modo de remuneração> O salário. E enfim certas relações estruturais.
E toda uma definição formal, mecanica e material do liberalismo economico.
Eu no entanto considero tanto mais exata e profunda a definição posta por Sombart, em termos de 'Geist' ou espírito - Quero dizer enquanto conjunto de princípios e valores que derivam da consciencia ou como uma emanação psicológica ou mental que se faz social e cria estruturas.
De fato suponho e creio ter razões para tanto, que o éthos capitalista é um tipo de mentalidade que deriva da pessoa, uma tendencia do caráter... etc e relaciono esse espírito com o que os antigos chamavam de avareza ou acúmulo.
Foi a partir dessa distinção que o padre Meinvielle - Servindo-se da linguagem aristotélica (Em torno das causalidades) - tentou explicar porque a igreja papa, ao condenar o comunismo não condenou o capitalismo ou ao menos sua totalidade. O quanto o Cristianismo pode e deve condenar sem remissão é a fonte do Capitalismo i é seu espírito 'geist', a avareza, o acúmulo desmedido, a ambição ilimitada, o materialismo, etc não a estrutura por ele produzida, a qual sendo neutra, bem poderia ser reutilizada caso tal espírito fosse contido. Não é o caso de que não possa ser destruída (Como querem os comunistas - Pois a proposta meramente econômica dos comunas não se opõem a fé!) e sim de que essa destruição não é imposta pela fé porém assunto por assim dizer puramente humano.
Agora limitando-se a condenar o espírito 'geist' do capitalismo, não fornece o Cristianismo qualquer tipo de chancela divina ou religiosa a estrutura do regime capitalista, como querem os oportunistas infiltrados na Igreja. Ao menos o Cristianismo Ortodoxo, fiel a tradição da Igreja, jamais poderá santificar a propriedade privada dos meios de produção.
Outro o caso da propriedade privada pessoal derivada do trabalho. Esta o Cristianismo assume como religiosa e intocável enquanto expressão de um direito natural estabelecido pelo poder Supremo. O quanto a pessoa obteve por meio de seu esforço pessoal e de que faz uso para manter-se pertence-lhe legitimamente e não lhe pode ser tomando sem que tal constitua-se em roubo, logo pecado. Neste caso toda e qualquer apropriação, tendo em vista o Bem comum, exige uma indenização por parte do poder público ou do Estado.
Quanto ao espírito materialista, excessivamente ambicioso ou avaro do capitalismo, já no berço, avaliou-o a igreja como maligno.
Até aqui nossas críticas ao Comunismo ou melhor dizendo, apenas algumas delas.
Obviamente que não pode o Cristão aderir ao sistema comunista em sua totalidade - Pelo simples fato de dogmatizar em torno da ideologia ateísta e afirmar-se como materialista.
Todos estes esquemas genéricos, como o de Vico, o de Adam Smith, o de Lord Kames, o de A Fergunson, o de St Simon, o de Comte e enfim o de Marx representam uma fase bastante rudimentar da sociologia.
Quanto a proposta de Marx ou sua tentativa metafísica de classificar as fases ou períodos da evolução social de nossa espécie é importante dizer que teve continuidade sob a escola de Lukács e seus seguidores. Os quais fazem incidir suas críticas não apenas sob a atual forma de posse da propriedade privada i é quanto aos meios de produção, mas sobre todas a propriedade privada como um todo. Por isso registrei acima que os lukacscianos identificaram o ponto de partida do conflito a partir do fim da propriedade comunitária e o surgimento da propriedade privada> A partir daí só mudam os nomes e podemos definir a História humana como uma luta por propriedade ou poder. (E chegamos a Adler, transfuga de Freud)
Naturalmente que nenhuma dessas especulações pode ser rigorosamente demonstrada. E tanto pior para elas enquanto atreladas ao falso paradigma positivista da monocausalidade. Se é certo que o regime de propriedade influencia a produção da cultura, nada nos indica que ele apenas determine a totalidade dos elementos de uma cultura.
E Ratzel teria mais razão em apontar a terra e o regime alimentar como criador de técnicas agrícolas e de técnicas alimentares plasmadoras de cultura. De modo que teríamos antes uma cultura do arroz, uma cultura do trigo, uma cultura do sorgo, uma cultura do milho, uma cultura da batata, uma cultura da mandioca, etc que uma cultura de patrícios e clientes ou de pillis e maceuallis...
Não quero lançar fora deste processo formativo o dono e o escravizado ou o senhor e o servo, quero porém inserir o ambiente: Gélido, montanhoso, paludoso, florestal, etc as matrizes alimentares... A Escrita, o Bronze, a Ceramica, as Crenças religiosas, etc Numa perspectiva pluri causal, tendo em vista a complexidade da cultura e o processo de sua afirmação.
Certamente o regime de propriedade teve lá seu papel e importancia, mas, não atuou sozinho.
Outro equívoco que atribuo ao marxismo\comunismo e que deriva da ideologia materialista diz respeito diz respeito a compreensão deles a respeito do que seja Capitalismo. O qual definem como uma modo de produção. Do qual deriva um modo de remuneração> O salário. E enfim certas relações estruturais.
E toda uma definição formal, mecanica e material do liberalismo economico.
Eu no entanto considero tanto mais exata e profunda a definição posta por Sombart, em termos de 'Geist' ou espírito - Quero dizer enquanto conjunto de princípios e valores que derivam da consciencia ou como uma emanação psicológica ou mental que se faz social e cria estruturas.
De fato suponho e creio ter razões para tanto, que o éthos capitalista é um tipo de mentalidade que deriva da pessoa, uma tendencia do caráter... etc e relaciono esse espírito com o que os antigos chamavam de avareza ou acúmulo.
Foi a partir dessa distinção que o padre Meinvielle - Servindo-se da linguagem aristotélica (Em torno das causalidades) - tentou explicar porque a igreja papa, ao condenar o comunismo não condenou o capitalismo ou ao menos sua totalidade. O quanto o Cristianismo pode e deve condenar sem remissão é a fonte do Capitalismo i é seu espírito 'geist', a avareza, o acúmulo desmedido, a ambição ilimitada, o materialismo, etc não a estrutura por ele produzida, a qual sendo neutra, bem poderia ser reutilizada caso tal espírito fosse contido. Não é o caso de que não possa ser destruída (Como querem os comunistas - Pois a proposta meramente econômica dos comunas não se opõem a fé!) e sim de que essa destruição não é imposta pela fé porém assunto por assim dizer puramente humano.
Agora limitando-se a condenar o espírito 'geist' do capitalismo, não fornece o Cristianismo qualquer tipo de chancela divina ou religiosa a estrutura do regime capitalista, como querem os oportunistas infiltrados na Igreja. Ao menos o Cristianismo Ortodoxo, fiel a tradição da Igreja, jamais poderá santificar a propriedade privada dos meios de produção.
Outro o caso da propriedade privada pessoal derivada do trabalho. Esta o Cristianismo assume como religiosa e intocável enquanto expressão de um direito natural estabelecido pelo poder Supremo. O quanto a pessoa obteve por meio de seu esforço pessoal e de que faz uso para manter-se pertence-lhe legitimamente e não lhe pode ser tomando sem que tal constitua-se em roubo, logo pecado. Neste caso toda e qualquer apropriação, tendo em vista o Bem comum, exige uma indenização por parte do poder público ou do Estado.
Quanto ao espírito materialista, excessivamente ambicioso ou avaro do capitalismo, já no berço, avaliou-o a igreja como maligno.
Até aqui nossas críticas ao Comunismo ou melhor dizendo, apenas algumas delas.
Obviamente que não pode o Cristão aderir ao sistema comunista em sua totalidade - Pelo simples fato de dogmatizar em torno da ideologia ateísta e afirmar-se como materialista.
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