quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Alturas e abismos do fascismo.

Outra tentativa ideológica sincrética elaborada na Europa a partir de várias fontes foi o odiado fascismo. De fasces ou feixe de graveto, símbolo da unidade social e do poder romano.

Importante conhece-lo muito bem aqui no Brasil onde a esquerda, sempre burra e alienada, classifica a teocracia capitalista - Made in EUA - bolsonárica, como fascista. Isto quando estamos diante de uma expressão derivada do americanismo. Aliás os nossos estooouuudiosos chegam inclusive a classificar Donald Trump, o calvinista, como fascista kkkkk como se seu ideário procedesse da Itália ou de Mussolini e não das tradições yankeess i é do protestantismo ou da bíblia.

A maçonaria, a imprensa, sei lá mais o que, sempre protegendo o protestantismo e o islamismo, ocultando suas m... E a esquerda pós moderna e irracionalista engolindo tais atrocidades. Ao menos neste Brasil que Ch de Gaulle avaliou como não sério.

Vamos porém ao fascismo e sua elaboração.

Sob o aspecto da força ou da violência e do poder, e da política, o fascismo derivada curiosamente de Sorel, um anarquista irracionalista e sincrético idolatrado por Mussolini. Como Marx inverteu Hegel de ponta cabeça Mussolini inverteu Sorel na direção dos militares ou do 'establishment'

Veja que os militares jamais foram cobiçados pelos comunistas e menos ainda pelos a anarquistas. E que essas preferências ou rejeições tem uma razão de ser.

Tornaremos a esse interessante assunto neste artigo ou na su continuação.

Outro colaborador foi Ch Maurras, idealizador da Ação francesa, escritor pouco conhecido em nossos dias, porém bastante atilado. Pois principiante por um nacionalismo um tanto ingenuo e tosco, chegou, em sua fase mais madura, a compreender algo sobre a dinâmica da cultura.

A exemplo de Comte ou a partir de Comte chegou ele a reconhecer o papel das crenças religiosas (Pode ter lido "A cidade antiga" de Fustel de Coullanges) na formação da Cultura (Víde: R Graves, H Butterfield, C Dawson dentre outros) e assim a oposição entre romanismo ou Ortodoxia e protestantismo no plano da cultura e das estruturas sociais.

Como Comte Maurras, apesar de deseja-lo, não tinha fé religiosa. E no entanto, aspirando firmar ou fortalecer a cultura europeia, frequentava a igreja e apoiava suas ações. Do que resultou sua excomunhão pelo papa.

Apesar do nacionalismo ingênuo e tosco parte dos adeptos do fascismo chegaram a teorias ou concepções de talhe culturalista. O que encaramos como um valor significativo em tempos de resistência a ideologia do relativismo cultural. Por pior que seja um fascista ele jamais se associaria a jihadistas islâmicos na Europa, mesmo quando no Brasil, sempre por via do moralismo insípido, parte deles apoie a hidra bolsonarista. Aliás é o mesmo caso dos neo romanistas ecumênicos traidores da fé face a impiedade protestante.

Repito, a correta compreensão da cultura será sempre um valor.

Quanto a questão da economia, sinto ir na contra corrente e contrariar a opinião pública burra. A ser Mussolini ex marxista ou leitor de Marx, o fascismo sempre desconfiou do liberalismo econômico e vice versa. De modo que com grande custo chegaram a uma solução de compromisso um tanto grotesca. Forçoso dizer: Se o fascismo jamais aceitou as reivindicações do mercado em termos de liberalismo crasso, pondo-lhe limites e interferindo ativamente, temos de considera-lo no mínimo como a tão falava terceira via ou mesmo como um socialismo heterodoxo 'suave' - Classifica-lo como capitalista reflete uma atrocidade do espírito.

Vamos lá.

Notória a insistência do fascismo em torno da unidade social, da concórdia, da harmonia... E sua oposição ao conflito, tolerado, senão estimulado, pelo liberalismo econômico. Como resultado esperavam eles a paz. 

E todavia, a parte que deveria ceder jamais cede de bom grado, mas, como é sabido, reivindica sempre mais e mais lucro. Enquanto que a outra parte, quando faltar-lhe o essencial  ou o pão (Como dizia Frederico Ozanam) será levada a lutar. Diante disto, deste beco sem saída, que fazer...

Face a essa antinomia ou oposição insolúvel concebeu o fascismo, o poder político ou o Estado, como um terceiro poder ou árbitro neutro destinado a mediar as relações entre o mercado e a mão de obra i é entre a burguesia/patronato e o proletariado. A sugestão aqui é que o poder político estivesse acima do poder econômico e que não fosse dominado por ele. O que, para os comunistas e anarquistas, não faz sentido algum - Desde que a partir do século XVII o poder econômico foi, numa escalada cada vez maior, tomando as regras do poder político.

O quanto percebemos aqui é que o fascismo, tal e qual o anarquismo, se volta para o pesado ou aderindo a contra corrente do processo histórico. O modelo aqui parece ser a Itália medieval de S Antônio de Pádua, na qual a igreja, com o suporte do Estado, julgava ou determinava os limites da ação econômica, condenando inclusive a usura.

Agora implica esta solução um problema (Ao menos em 2025) pois apesar da resistência exercida, não apenas por comunistas, mas muitas vezes por anglo católicos, romanistas, ortodoxos, humanistas e conservadores (Quem reconhece o mérito dessa resistência são k Polayni e Hobsbaw) o capitalismo assumiu o controle do Estado ou do poder estatal. 

É algo que deixo para os fascistas resolverem. Pois em 2025 não constato a existência de um setor neutro ou não cooptado pelo poder do dinheiro. E não faço exceção nem mesmo a nossas igrejas apostólica, mantidas pelas esmolas dos empresários ou das viúvas/beatas ricas, como já apontava G B Shaw há mais de século. Concordo quanto ao passado, i é, o século XIV ou XV e quanto ao modelo, não quanto ao que temos hoje.

Atualmente os bancos e indústrias comprariam qualquer governo, como por meio do lobby, manipulam nossos parlamentos. Vivemos hoje no império da venalidade e da corrupção, no qual os pobres não contam com proteção algumas. Sendo assim deveríamos começar indagando a nós mesmos: Quando desapossaremos a Elite econômica do poder politico, criando a tal estância neutra.

Do contrário continuaremos a ser neo liberais...

Continua 


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