domingo, 3 de dezembro de 2023

Algumas farpas contra o moralismo insipido.

Penso que o aborto deva ser objeto de consulta popular, plebiscito ou referendo, como qualquer outro tema público.

Pois as decisões tomadas num grupo social devem ser tomadas pela maior parte dos cidadãos.

Quanto a mim já declarei em diversas ocasiões ser contra o uso do aborto como forma de controle de natalidade ou planejamento familiar e sobretudo contra o financiamento público, no casos de mulheres que tenham condição de por ele pagar - Exceto em caso de estupro, má formação ou risco para a saúde da mulher.

Se por um lado não sou a favor de um 'libera geral' por outro não acho justo que mulheres pobres e semi analfabetas sejam criminalizadas por recorrer ao expediente do aborto em situações de desespero. Agravante disso é o machistóide ou o homem de bem, recusar-se a usar preservativo ou abandonar o rebento que fez sem pagar pensão - Deixando a mulher desamparada e em situação de penúria... E Igreja hipócrita opondo-se a Educação sexual das meninas e meninos da Escola pública e o que é ainda mais aberrante, ao controle de natalidade. Enfim se o clero deseja criticar tais mulheres com propriedade e justeza por que não as ajuda a criar os filhos... No dia em que o clero pagar pensão a tais mães e ajuda-las a manter seus filhos, cessará de ser um clero fariseu.

Independentemente do que, pense ou julgue sobre as variantes ou variáveis da sexualidade humana, quero, pela milésima vez, deixar bem claro que - homossexuais, trans sexuais, assexuados, pan sexuais, etc são todos seres humanos, produtores, contribuintes, e sobretudo sujeitos de direitos essenciais e inalienáveis.

Devem portanto, sob todos os aspectos, ser encarados como absolutamente iguais aos heteros e bissexuais e postos sob a proteção das leis.

Uma vergonha que suas uniões ainda não tenham sido objeto de reconhecimento legal neste país de bananas, em que fanáticos religiosos do pior tipo, ainda julgam reter algum poder político.

Aos que são contra tais formas de sexualidade concedo-lhes a faculdade de crer e de ensinar que seu 'bom deus' punirá tais pessoas - Com fogo, enxofre, etc - no além túmulo e sobretudo o direito líquido e certo de não pratica-las. Pois a lei não pretende fazer com que os heterossexuais se unam a pessoas do mesmo sexo, pelo que não lhes diz respeito. De fato a mania de decidir pelo outro ou de comandar o outro deve cessar.

E desde que não haja prejuízo ou agressão, pessoa alguma tem o direito de se sentir agredida por outra... Do contrário se retire, como diz o ditado popular. Por fim se como vocês costumam dizer é o heterossexualismo natural, exemplo algum poderá ser capaz de sequer atenua-lo, pois o que procede da natureza não pode ser alterado facilmente. Ideologia de gênero não pode ser confundida com LIBERDADE SEXUAL ou usada para ataca-la. Quanto aos que são contra a liberdade sexual, sugiro que se encostem no muro das 'lamentações' ou se transfiram para Meca, Riad, etc A liberdade sexual é uma conquista da civilização e o posto disso chama-se barbarie.

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