As novelas da Rede Globo são tudo de bom para alienar as pessoas, são tudo de bom para a Rede Globo manter o seu status quo. "Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes" (Marx). As pessoas das camadas mais baixas da sociedade pensam como as elites que mandam e desmandam no Brasil. O proletariado reproduz o pensamento burguês. Mas como se dá isso? Marx explica:
Os pensamentos da classe dominante são também, em todas as épocas, os pensamentos dominantes, ou seja, a classe que tem o poder material dominante numa sociedade é também a potência dominante espiritual. A classe que dispõe dos meios de produção material dispõe igualmente dos meios de produção intelectual; de tal modo que o pensamento daqueles a quem é recusado os meios de produção intelectual está submetido igualmente à classe dominante. Os pensamentos dominantes são apenas a expressão ideal das relações materiais dominanteGustavo era um rapaz bom e pobre, mas que venceu na vida. Graças ao seu talento e esforço, se tornou um dos maiores perfumistas da atualidade, dono de uma grande empresa de perfumes e cosméticos. s concebidas sob a forma de idéias e, portanto, a expressão das relações que fazem de uma classe a classe dominante; dizendo de outro modo, são as idéias e, portanto, a expressão das relações que fazem de uma classe a classe dominante; dizendo de outro modo, são as idéias do seu domínio”. (Marx, 1976: 55 e 56)
Outro dia eu estava procurando alguma coisa para fazer, estava com muito tédio e queria um passatempo, então fui assistir as novelas do plim-plim: Cama de Gato e Tempos Modernos. A 1ª novela cujo protagonista é o sr. Gustavo Brandão interpretado por Marcos Palmeira é um ricaço, empresário. Assim o descreve o sítio da Rede Globo:
Gustavo era um rapaz bom e pobre, mas que venceu na vida. Graças ao seu talento e esforço, se tornou um dos maiores perfumistas da atualidade, dono de uma grande empresa de perfumes e cosméticos. (sic)
Com isso a Globo quer inculcar que qualquer um pode vencer na vida, veja só o Gustavo era um rapaz bom e pobre, isto é, honesto e trabalhador e mesmo assim venceu na vida. Venceu graças ao seu talento e esforço. Se alguém não vence na vida é por ser preguiçoso, vadio, que não faz esforços.
É evidente que os telespctadores engolem toda essa xaropada sem pé nem cabeça e essa ideologia acaba por fazer parte do senso comum. Outro dia estava com minha mãe adotiva a passear pela cidade, quando ela encontrou com um a senhora que puxou assunto:
"Nossa como esse povo desta cidade é mal-educado na Europa não é assim" - afirmou a senhora.
Quis lhe perguntar se ela já esteve na Europa mas prefiri não fazer tal pergunta para não constrangê-la.
Ela continuou com suas filípicas: "Também esse é o povo que elege corruptos, em outras partes do mundo não existe corrupção". Eu não quis chamá-la de burra, porém vontade não me faltou. Disse-lhe: Senhora, existem muitos países corruptos e mais corruptos do que o Brasil.
Ela meneou a cabeça e continuou com seu sermãozinho chato de como o Brasil é péssimo, de como ninguém quer nada com a hora do Brasil, etc...
Passando por um supermercado, elogiou em minha frente ao dono do mercado que é português e por isso trabalhador, dizendo que ele é um exemplo de honestidade. Começou com uma vendinha, mercearia e hoje tem um grande mercado.
Novamente não quis desautorizá-la porque não adianta conversar com pessoas de mentes estreitas, você se aborre e se emburrece. Mas o que essa senhora não sabe é que esse dono do mercado, paga um salário de miséria para seus funcionários, sabe aquela história da mais-valia? Se não sabe e quer saber clique aqui.
Provavelmente essa senhora que disse que na Europa tudo é bom e que aqui nada presta e que defendeu o dono do supermercado é telespctadora das novelas da Rede Globo, uma vez que reproduziu com perfeição o pensamento da classe dominante.
O segundo exemplo de alienação é a novela das 7, Tempos Modernos que mostra o protagonista da novela Leal Cordeiro interpretado por Antônio Fagundes, como um homem que veio do nada tornou-se bem sucedido sendo honesto, trabalhador sem nunca ter trapaceado ninguém!
Leal era um "zé-ninguém" e mesmo sendo analfabeto construiu um moderníssimo edifício, e sendo honesto, trabalhador ficou rico!!!
O que a Globo deseja com essa artimanha? Deseja ludibriar seus telespctadores e "mostrar-lhes" que mesmo sendo pobres, analfabetos, honestos e trabalhadores poderão vencer na vida. E quem não vence é porque é vagabundo, é isso o que se conclui lógicamente.
E tem gente que acredita nesses contos de fadas, como são tristes esses tempos modernos!!!
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
Anarquismo = burrice
Por esses dias conversei com alguns anarquistas, um deles por acidente e outro por ser um conhecido. Conversando pude notar como são pessoas alienadas e pensam estar certo com o seu egocentrismo.
Dia desses eu estava num sebo em Santos (que novidade!) comprando alguns (leia-se: muitos) livros, pois adoro tanto ler como comprar livros e enriquecer minha pobre biblioteca (pobre se comparada com a biblioteca nacional do RJ).
Eu estava saindo do sebo, quando um homem me disse: Vejo que gosta de ler.
- Sim - respondi-lhe - adoro ler, porque não suporto mais assistir a programação da Rede Globo.
- A Globo manda no Brasil é por isso que o Mulla taí no governo.
Aí percebi que se tratava de um pseudo-intelectual uma vez que a Globo nunca apoiou o PT ou o Lula, é preciso ser muito desinformado para falar uma bobagem dessas.
O parvo continuou a soltar as suas pérolas:
- O povo tem que deixar de assistir a Globo, só assim aprenderá que não se deve votar em políticos. Nós pagamos impostos e esse dinheiro é roubado, ninguém deveria pagar mais impostos, nem votar.
- Mas essas suas ideias - disse-lhe eu - são ideias dos anarquistas.
- Não, mas não sou anarquista. Eu acho que é a ciência é quem deve governar o mundo, ou melhor os cientistas.
- Sei, mas isso é muito difícil, como se fará isso?
O anarquista como não tinha o que responder despediu-se e tomou o seu rumo. Eu gostaria de saber sinceramente como os cientistas governariam o mundo, ou pelo menos o Brasil. Mas fiquei sem resposta. O anarquista quer acabar com os impostos, com os votos, até aí tudo bem. Mas o que ele implantaria no lugar? Acaso pensa ele que os cientistas seriam tão bons governantes quanto são cientistas? Quando você quer destruir algo, tem que apresentar coisa melhor para ficar em seu lugar, coisa que o anarquista não fez.
A conversa que tive com o outro anarquista foi no domingo. Mas é um anarquista incoerente, uma vez que se confessou homofóbico. Anarquista até aqui, non plus ultra, ou seja, quando lhe convém sabe ser bem conservador.
O meu conhecido que é anarquista de carteirinha é funcionário público, (outra incoerência) quer destruir o Estado e vive a prestar concursos públicos. Eu não entendo como alguém queira acabar como Estado e simultaneamente deseje que continue assim ao querer se efetivar com bom salário.
Esse último anarquista começou sua ladainha reclamando que o povo daqui de São Vicente (baixada santista) é um povo sem consciência ecológica, polui as praias, etc... Mas o anarquista revoltado não apresentou soluções apenas choramingou e afirmou que estava cansado de tudo que gostaria de morar no meio do mato com sua família e que desejou ardentemente que a humanidade desaparecesse em 2012 caso as profecias maias fossem verdadeiras.
Disse-me que não acredita mais em política, um a vez que todos (generalizar é o mal dos anarquistas) os políticos são desonestos. Os anarquistas crêem que não votando vão resolver os problemas do Brasil, acham que as coisas mudarão por meio de algum acontecimento mágico, e depois sou quem faz metafísica!
Os anarquistas reclamam da situação do país, mas não oferecem soluções para nossos problemas, simplesmente cruzam os braços, são omissos. Ao invés de militarem em algum partido político, elegendo representantes cujos ideais lhes são caros, não se omitem e se omitindo fazem o jogo da burguesia. Pois ao não votarem diminuem as chances de um político honesto ou menos desonesto concorrer para um cargo eletivo, ou seja, eles são tão culpados quanto aqueles que votam em pessoas corruptas. E assim sendo não tem do que reclamar uma vez que não impediram a entrada dos corruptos nos cargos eletivos.
Os anarquistas são "analfabetos políticos" como bem define a poesia de Bertolt Brecht.
Dia desses eu estava num sebo em Santos (que novidade!) comprando alguns (leia-se: muitos) livros, pois adoro tanto ler como comprar livros e enriquecer minha pobre biblioteca (pobre se comparada com a biblioteca nacional do RJ).
Eu estava saindo do sebo, quando um homem me disse: Vejo que gosta de ler.
- Sim - respondi-lhe - adoro ler, porque não suporto mais assistir a programação da Rede Globo.
- A Globo manda no Brasil é por isso que o Mulla taí no governo.
Aí percebi que se tratava de um pseudo-intelectual uma vez que a Globo nunca apoiou o PT ou o Lula, é preciso ser muito desinformado para falar uma bobagem dessas.
O parvo continuou a soltar as suas pérolas:
- O povo tem que deixar de assistir a Globo, só assim aprenderá que não se deve votar em políticos. Nós pagamos impostos e esse dinheiro é roubado, ninguém deveria pagar mais impostos, nem votar.
- Mas essas suas ideias - disse-lhe eu - são ideias dos anarquistas.
- Não, mas não sou anarquista. Eu acho que é a ciência é quem deve governar o mundo, ou melhor os cientistas.
- Sei, mas isso é muito difícil, como se fará isso?
O anarquista como não tinha o que responder despediu-se e tomou o seu rumo. Eu gostaria de saber sinceramente como os cientistas governariam o mundo, ou pelo menos o Brasil. Mas fiquei sem resposta. O anarquista quer acabar com os impostos, com os votos, até aí tudo bem. Mas o que ele implantaria no lugar? Acaso pensa ele que os cientistas seriam tão bons governantes quanto são cientistas? Quando você quer destruir algo, tem que apresentar coisa melhor para ficar em seu lugar, coisa que o anarquista não fez.
A conversa que tive com o outro anarquista foi no domingo. Mas é um anarquista incoerente, uma vez que se confessou homofóbico. Anarquista até aqui, non plus ultra, ou seja, quando lhe convém sabe ser bem conservador.
O meu conhecido que é anarquista de carteirinha é funcionário público, (outra incoerência) quer destruir o Estado e vive a prestar concursos públicos. Eu não entendo como alguém queira acabar como Estado e simultaneamente deseje que continue assim ao querer se efetivar com bom salário.
Esse último anarquista começou sua ladainha reclamando que o povo daqui de São Vicente (baixada santista) é um povo sem consciência ecológica, polui as praias, etc... Mas o anarquista revoltado não apresentou soluções apenas choramingou e afirmou que estava cansado de tudo que gostaria de morar no meio do mato com sua família e que desejou ardentemente que a humanidade desaparecesse em 2012 caso as profecias maias fossem verdadeiras.
Disse-me que não acredita mais em política, um a vez que todos (generalizar é o mal dos anarquistas) os políticos são desonestos. Os anarquistas crêem que não votando vão resolver os problemas do Brasil, acham que as coisas mudarão por meio de algum acontecimento mágico, e depois sou quem faz metafísica!
Os anarquistas reclamam da situação do país, mas não oferecem soluções para nossos problemas, simplesmente cruzam os braços, são omissos. Ao invés de militarem em algum partido político, elegendo representantes cujos ideais lhes são caros, não se omitem e se omitindo fazem o jogo da burguesia. Pois ao não votarem diminuem as chances de um político honesto ou menos desonesto concorrer para um cargo eletivo, ou seja, eles são tão culpados quanto aqueles que votam em pessoas corruptas. E assim sendo não tem do que reclamar uma vez que não impediram a entrada dos corruptos nos cargos eletivos.
Os anarquistas são "analfabetos políticos" como bem define a poesia de Bertolt Brecht.
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
Avatar - Um filme perigoso
Após ler muitos comentários no Twitter e nos blogs sobre o filme Avatar, ontem fui assistir esse filme.
O filme Avatar é muito bom, seja pelo enredo seja pelos efeitos especiais.
O filme conta a estória do planeta Pandora, onde vive o povo Navi (esses aí da foto acima). O povo Navi vive em perfeita união com a natureza.
"Os pesquisadores humanos coordenados por Dra. Grace Augustine (Sigourney Weaver) criaram o Programa Avatar, híbridos humano-Na'vi geneticamente modificados. Um humano que compartilhe material genético com um Avatar é mentalmente ligado e pode se conectar através de conexões neurais que permitem o controle do corpo do Avatar. Jake Sully (Sam Worthington) é um ex-fuzileiro paraplégico, que vai para Pandora querendo dinheiro para uma operação que o curaria da paralisia. O irmão gêmeo de Jake, Thomas, era um cientista do programa Avatar e ao morrer, Jake é chamado para assumir seu lugar no programa por sua similaridade genética que permitiria compatibilidade com o Avatar do irmão. Dra. Augustine não fica contente com a substituição, pois o irmão de Jake era um cientista com anos de treinamento para participar do programa. Jake, por sua vez, nunca usou um Avatar e não tem nenhum conhecimento sobre a cultura Na'vi. A equipe de pesquisa deixa que ele participe do programa, tendo-o mais como um segurança do que como um cientista.
Quando Jake está servindo de escolta para Grace e o biólogo Norm Spellman (Joel David Moore) em forma de Avatar, ele é atacado por uma criatura local e se perde do resto do grupo. Na selva, é salvo por uma Na'vi fêmea, Neytiri (Zoë Saldaña). Neytiri inicialmente quer deixar Jake, mas após ele ser coberto por sementes da Árvore da Vida, decide levá-lo para a Casa da Árvore, onde mora seu clã, os Omaticaya". [Wikipédia]
Os humanóides Navi são considerados pelos seres humanos como inferiores, por não terem desenvolvimento tecnológico e por viverem em comunhão com a natureza. O soldado Jake com o seu avatar, é salvo por Neytiri. (A princípio ela queria matá-lo, mas uma semente da árvore da vida posou em sua flecha e ela desistiu da ideia, salvando-o.) Ela levou Jake para sua tribo, onde foi recebido de forma pouco amistosa.
Neytiri foi incumbida de ensiná-lo a viver como um navi. Quando ele saía de seu avatar e voltava ao seu corpo contava tudo aos militares. A doutora Augustine, que não gostava dos militares o levou para uma base remota, onde ele não sofresse tanta influência do coronel Miles Quaritch.
Jake, começou como um espião entre o povo Navi e no meio de sua missão, ficou confuso, com crise de identidade, mas ao fim reconheceu-se como um navi.
_________________________________________
Análise do filme
Como diz o título desta postagem Avatar é um filme perigoso para quem pensa ou faz pensar.
Do que trata o filme? Qual é a sua mensagem?
O filme é uma crítica ferrenha ao capitalismo e ao militarismo dos EUA. Avatar mostra como o capitalismo destrói a natureza em nome da ganância. Os humanos querem destruir a terra dos navi por causa de um minério e para isso, se utilizam do exército. O coronel Miles Quaritch no final do filme, quando deseja fazer uma guerra contra os navi, faz um discurso persuasivo: "Eles são selvagens, eles pensam que sua divindade irá salvá-los" etc... Qualquer semelhança com os discursos de George W. Bush a respeito do Afeganistão e do Iraque não é mera coincidência.
Como o filme bem mostrou os Estados Unidos (a humanidade em Pandora) são um país bélico, e os militares são retratados como gente de pouca inteligência e muita força. Os militares na visão do Avatar são pessoas que não respeitam a alteridade, são egoístas e sanguinários, não se importando com animais, velhos, crianças e doentes. Cumprem ordens cegamente.
O povo navi é um povo pacífico, que está em contato com a natureza como nossos indígenas que ainda não foram contaminados pela cultura branca.
O filme Avatar passa a mensagem de que nenhum ser vivo é melhor do que os outros, que nenhum ser vivo é especial, mas todos fazem parte da natureza, todos são irmãos e filhos de Eywa que para nós seria Gaia, A mãe Terra. O filme mostra um profundo respeito, um respeito religioso pelos animais e pelas plantas. Infelizmente há
Avatar promove o panteísmo de Espinosa e Einstein, o que é uma coisa deveras sensata. Se o cosmos é eterno então Deus pode ser o universo e nós estarmos imersos na divindade. O que não impede os cristãos de serem panteístas pois já tivemos exemplos na Idade Média como João Escoto Erígena e Francisco de Assis.
O filme Avatar é um tapa na cara com luva de pelica nessa nação imperialista e fanática que são os EUA.
Em tempo: O filme também mostra a ação destrutiva dos países "civlilizados" como os EUA e que se os países ricos pudessem colonizar outros planetas o destruiriam rapidamente em busca do lucro.
sábado, 6 de fevereiro de 2010
Do Senso Comum
O que é o senso comum? Senso comum é um conjunto de opiniões recolhidas por uma determinada sociedade, mas sem validade filosófica, ou seja, acrítica. Essas opiniões são chamadas senso comum porque quem as segue acredita que são válidas para todos os tempos e lugares, que elas são universais e necessárias.
Na verdade, não é bem assim. O senso comum pode mostrar grandes pensamentos assim como pode mover o preconceito.
Exemplo: "Quando um não quer dois não brigam", "Filho de peixe, peixinho é", "Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher", "Roupa suja se lava em casa", "Fazer o bem sem ver a quem", "Lugar de mulher é no fogão", etc...
Todos já ouviram algumas dessas frases no seu dia-a-dia. Algumas delas contem belos ensinamentos enquanto outras estimulam vários preconceitos. O senso comum não deve ser criticado ou destruído, mas superado. Deve-se partir desse conhecimento popular para que superem o senso comum.
O problema do senso comum é que são ideias pré-estabelecidas e que ninguém ousa criticar, são como verdades de fé, inquestionáveis. Enquanto as pessoas não aprenderem que não existem verdades eternas, válidas e universalmente necessárias continuarão a transmitir a seus filhos e netos essas opiniões e estes as reproduzirão.
Mas como superar o senso comum? Através de questionamentos, tal como fez Sócrates pelas ruas de Atenas. Penso que seja desse modo? E você o que pensa disso? Deixe seu comentário.
Na verdade, não é bem assim. O senso comum pode mostrar grandes pensamentos assim como pode mover o preconceito.
Exemplo: "Quando um não quer dois não brigam", "Filho de peixe, peixinho é", "Em briga de marido e mulher ninguém mete a colher", "Roupa suja se lava em casa", "Fazer o bem sem ver a quem", "Lugar de mulher é no fogão", etc...
Todos já ouviram algumas dessas frases no seu dia-a-dia. Algumas delas contem belos ensinamentos enquanto outras estimulam vários preconceitos. O senso comum não deve ser criticado ou destruído, mas superado. Deve-se partir desse conhecimento popular para que superem o senso comum.
O problema do senso comum é que são ideias pré-estabelecidas e que ninguém ousa criticar, são como verdades de fé, inquestionáveis. Enquanto as pessoas não aprenderem que não existem verdades eternas, válidas e universalmente necessárias continuarão a transmitir a seus filhos e netos essas opiniões e estes as reproduzirão.
Mas como superar o senso comum? Através de questionamentos, tal como fez Sócrates pelas ruas de Atenas. Penso que seja desse modo? E você o que pensa disso? Deixe seu comentário.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010
A TV a grande manipuladora de mentes
Quem der um pulo ao Twitter e seguir certo número de pessoas verá que muitos twiteiros falam o tempo todo no BBB. Essas pessoas pensam que vivem na realidade, mas estão enganadas. São fantoches, bonecos. Se no Twitter se fala tanto nessa bosta de programa, imagina em outros lugares virtuais e não virtuais.
As pessoas se deixam manipular pela TV, parece que gostam disso, são rebanhos como diria Nietzsche.
Essas pessoas não são pessoas de verdade, visto que são alienadas, ou seja, não pertencem a si mesmas, reproduzem a forma de pensar da classe dominante.
Para mim, não cola aquele discurso: "Eu assisto e não sou manipulado", ou "Você tem que assistir para conhecer e criticar. Poderá até usar em aulas". Esses discursos servem apenas para justificar a televisão. Alguém disse mui sabiamente: "Todo vício tenta justificar-se".
Deixo aqui para os leitores o vídeo Midiatrix, que retrata fielmente nossa realidade no Brasil, creio que não seja diferente noutros países.
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
Nietzsche revisitado
Infelizmente, eu também tenho os meus preconceitos e não é fácil se desvincilhar deles. Ano passado procurei estudar um pouco sobre Nietzsche para escrever contra ele, neste artigo aqui. Eu fiz isso não tanto por causa de Nietzsche mas por causa de seus sectários, que fazem de sua obra uma espécie de "Bíblia Sagrada". Quando eu participava ativamente das comunidades de filosofia no Orkut, eu discutia muito com os nietzscheanos. Alguns deles eram arrogantes e não sabiam debater, partindo para ad hominem e outras falácias. Vendo que seus seguidores eram arrogantes, prepotentes, que sofriam de vitimismo agudo eu associei essas características à Nietzsche.
Comecei a odiar Nietzsche há muito tempo e nessa época eu odiava a Marx também. Mas o meu ódio por Nietzsche começou a aumentar por esses comportamentos agressivos e dissimulados desses que se dizem discípulos seus.
Então imaginei que deveria ler alguma coisa sobre Nietzsche e detoná-lo, foi o que fiz. Li algumas obras sobre o pensador e alguns textos seus de compreensão difícil.
Mas depois eu decidi a pesquisar mais sobre o assunto para não cometer injustiças com o filósofo alemão. E li muito sobre o Nietszsche e tenho comprado suas obras. Depois ter lido sobre sua vida e obra, Nietzsche já não se me assoma como um demônio, um espírito das trevas, etc...
Hoje bem sei que Nietzsche tem seu valor como pensador. Uma coisa é Nietzsche e outra coisa são seus seguidores. Não posso julgar um homem por seus discípulos. Seria a mesma coisa dizer que Cristo era um mercenário, egoísta e malvado porque os seus discípulos são assim.
Nietzsche criticou o cristianismo por causa dos cristãos que dicotomizaram o mundo. O que não é do bem é do mal. Desse modo a religião aprisionou os homens, tornando-os infelizes. E nesse sentido tenho que concordar com o filósofo alemão.
Nietzsche falou da transvaloração dos valores que seria uma mudança dos valores, pois os valores não são eternos nem universais. Os valores foram criados pelos homens e o homem deve criar novos valores para que possa superar a si enquanto homem e tornar-se o além do homem. Por exemplo valores que hoje estão sofrendo mudança: a família monogâmica heterossexual. Hoje parcela da sociedade já aceita o amor homossexual e até o reconhece em alguns países. Isso é uma transvaloração de valor que pode criar o novo homem que é chamado por Nietzsche de o além do homem.
Outra ideia de Nietzsche é o Eterno Retorno, mas não o eterno retorno enquanto metafísica, mas aqui nesse mundo. Todo momento que vivemos deve ser eternizado e devemos ter o amor pela vida em quaisquer circunstâncias, pois elas podem se repetir.
O Eterno retorno me permite errar e errando posso acertar quando tal evento se repetir e quando eu acertar é um passo para eu me tornar o além do homem. Exemplo: Quando eu ficar doente, não devo me desesperar, mas viver o momento com plenitude e quando eu voltar a ter saúde viver plenamente o outro momento e quando voltar a adoecer, poderei lembrar que já fiquei doente e tranquilizar-me e que isso é o meu destino e o de todos os seres humanos, o amor fati.
Comecei a odiar Nietzsche há muito tempo e nessa época eu odiava a Marx também. Mas o meu ódio por Nietzsche começou a aumentar por esses comportamentos agressivos e dissimulados desses que se dizem discípulos seus.
Então imaginei que deveria ler alguma coisa sobre Nietzsche e detoná-lo, foi o que fiz. Li algumas obras sobre o pensador e alguns textos seus de compreensão difícil.
Mas depois eu decidi a pesquisar mais sobre o assunto para não cometer injustiças com o filósofo alemão. E li muito sobre o Nietszsche e tenho comprado suas obras. Depois ter lido sobre sua vida e obra, Nietzsche já não se me assoma como um demônio, um espírito das trevas, etc...
Hoje bem sei que Nietzsche tem seu valor como pensador. Uma coisa é Nietzsche e outra coisa são seus seguidores. Não posso julgar um homem por seus discípulos. Seria a mesma coisa dizer que Cristo era um mercenário, egoísta e malvado porque os seus discípulos são assim.
Nietzsche criticou o cristianismo por causa dos cristãos que dicotomizaram o mundo. O que não é do bem é do mal. Desse modo a religião aprisionou os homens, tornando-os infelizes. E nesse sentido tenho que concordar com o filósofo alemão.
Nietzsche falou da transvaloração dos valores que seria uma mudança dos valores, pois os valores não são eternos nem universais. Os valores foram criados pelos homens e o homem deve criar novos valores para que possa superar a si enquanto homem e tornar-se o além do homem. Por exemplo valores que hoje estão sofrendo mudança: a família monogâmica heterossexual. Hoje parcela da sociedade já aceita o amor homossexual e até o reconhece em alguns países. Isso é uma transvaloração de valor que pode criar o novo homem que é chamado por Nietzsche de o além do homem.
Outra ideia de Nietzsche é o Eterno Retorno, mas não o eterno retorno enquanto metafísica, mas aqui nesse mundo. Todo momento que vivemos deve ser eternizado e devemos ter o amor pela vida em quaisquer circunstâncias, pois elas podem se repetir.
O Eterno retorno me permite errar e errando posso acertar quando tal evento se repetir e quando eu acertar é um passo para eu me tornar o além do homem. Exemplo: Quando eu ficar doente, não devo me desesperar, mas viver o momento com plenitude e quando eu voltar a ter saúde viver plenamente o outro momento e quando voltar a adoecer, poderei lembrar que já fiquei doente e tranquilizar-me e que isso é o meu destino e o de todos os seres humanos, o amor fati.
Por que os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor?
Li no fim da semana passada o livro de Alan & Barbara Pease: Por que os Homens fazem sexo e as Mulheres Fazem Amor?
A leitura do livro é muito agradável e o que é melhor não cai no óbvio. Os autores se propõe a fazer uma análise científica das diferenças existentes entre homens e mulheres. Mas para se fazer análise científica de algo é preciso citar fontes, ter uma bibliografia para quem estiver interessado buscar as informações por si próprios, creio que esta foi a única falha do livro e falha grave, mas esse incidente não tira o mérito do livro.
O objetivo do livro é fazer com que casais possam se entender, evitar brigas e até mesmo um divórcio. Quando o homem entender como funciona a cabeça da mulher, só terá pontos a ganhar com ela; Quando a mulher entender como funciona a cabeça do homem vai procurar se colocar no lugar dele, evitando conflitos. E ambos saem ganhando.
Postulam os autores que homens e mulheres são essencialmente diferentes e que a igualdade política e moral são apenas convenções, mas necessárias. Mas essa desigualdade entre os sexos não é uma desigualdade que faz um sexo ser maior e melhor que o outro, não. Essa desigualdade vem somar, enriquecendo a ambos.
Os autores partem de uma abordagem evolutiva tanto do homem como da mulher. E o que dizem parece ter sentido. Então muito do que os homens e as mulheres fazem hoje são reflexos do passado de ambos.
Se você está namorando deveria ler este livro; Se você está casado(a) deveria ler este livro se ama a pessoa com quem casou; Se quer namorar é preciso que conheça bem o sexo oposto e este livro do qual falei, é o manual certo.
P.S.: Não recebi um puto de real para escrever este post. Escrevi porque gostei muito do livro.
A leitura do livro é muito agradável e o que é melhor não cai no óbvio. Os autores se propõe a fazer uma análise científica das diferenças existentes entre homens e mulheres. Mas para se fazer análise científica de algo é preciso citar fontes, ter uma bibliografia para quem estiver interessado buscar as informações por si próprios, creio que esta foi a única falha do livro e falha grave, mas esse incidente não tira o mérito do livro.
O objetivo do livro é fazer com que casais possam se entender, evitar brigas e até mesmo um divórcio. Quando o homem entender como funciona a cabeça da mulher, só terá pontos a ganhar com ela; Quando a mulher entender como funciona a cabeça do homem vai procurar se colocar no lugar dele, evitando conflitos. E ambos saem ganhando.
Postulam os autores que homens e mulheres são essencialmente diferentes e que a igualdade política e moral são apenas convenções, mas necessárias. Mas essa desigualdade entre os sexos não é uma desigualdade que faz um sexo ser maior e melhor que o outro, não. Essa desigualdade vem somar, enriquecendo a ambos.
Os autores partem de uma abordagem evolutiva tanto do homem como da mulher. E o que dizem parece ter sentido. Então muito do que os homens e as mulheres fazem hoje são reflexos do passado de ambos.
Se você está namorando deveria ler este livro; Se você está casado(a) deveria ler este livro se ama a pessoa com quem casou; Se quer namorar é preciso que conheça bem o sexo oposto e este livro do qual falei, é o manual certo.
P.S.: Não recebi um puto de real para escrever este post. Escrevi porque gostei muito do livro.
Assinar:
Postagens (Atom)