Quantas vezes eu quis conhecer pessoas de quem eu não pude ser contemporâneo. Quantas vezes quis saber o que pesavam, o que conversavam e como viviam. Mas deles fui separado pelo tempo, pelo espaço e pela língua que falavam, muitas delas mortas. Mas há um modo de conhecer o que essas pessoas pensavam, o que falaram e como viveram. Como? Pode alguém me perguntar, ao que respondo: através dos livros. Sim os livros são mensageiros do passado, mensageiros e intérpretes fiéis, que preservam o mais importante de seu autor ou de seu biografado.
Mesmo nos dias de hoje as vezes gostaríamos de conhecer intelecetuais célebres, mas eles nos são inacessíveis por vários fatores e o principal dentre eles é o dinheiro. Então podemos conhecer o pensamento desses intelectuais por meio de seus livros. E creio que os livros são a melhor forma de conhecê-los, porque o livro é seu pensamento puro, objetivo, fruto de reflexão, por isso um pensamento elaborado, amadurecido. Porque o livro ou um artigo ( mesmo uma carta) obriga o escritor a refletir, a buscar uma linguagem mais objetiva e simultaneamente didática.
Então um livro, aliás um bom livro é algo que muitas vezes atravessa os séculos, e nos liga ao seu autor ou ao biografado a quem admiramos. Se o espaço e o tempo nos separam dos grandes pensadores do passado, o livro rompe a barreira do tempo e do espaço e torna vivos esses titãs do pensamento.
No caso dos autores dos dias atuais somos separados pelo espaço e aí está o livro para diminuir a distância entre o admirado e o admirador, entre o leitor e o escritor. E através do livro temos não um contato superficial, o que poderia acontecer se conhecêssemos nossos ídolos pessoalmente, mas um contato profundo, conhecemos o pensamento de nossos autores estimados em sua integridade, em sua pureza! E s livros preservam seus pensamentos quando os autores que prezamos não mais existirem e a posteridade se beneficiará, assim como eu me beneficiei com a leitura de Homero, Virgílio, Clemente de Alexandria, Orígenes, Basílio de Cesaréia, João Crisóstomo, Descartes, Marx, Darwin e Freud entre outros.
Então, o que é um bom livro? Uma boa conversa com quem morreu e com quem está vivo, uma conversa agradável e erudita a qualquer hora do dia e em qualquer lugar.
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