quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Umma: Um projeto em construção e a vulnerabilidade das Sociedades Ocidentais





Umma em árabe vem de Umm ou mãe e significa algo parecido com sociedade, congregação ou como dizemos igreja.

Podemos definir a Umma como a Sociedade de todos os muçulmanos piedosos que observam a sharia i é a lei islâmica que representa a vontade do próprio alá.

Parafraseando o Evangelho a Umma começou como uma semente: Cadja, Ali, Oma... Os cerca de oitenta que fugiram para a Etiópia, a cidade de Iatreb que hoje chamam Madinat al Nabi, Macca, a Península arábica, o Norte da África, a Síria, a Pérsia, a Península Ibérica, Sogdiana, Aracosia, Bactriana...

Cerca de 730 a 740 a Umma encontrou seus termos definitivos: A África negra (então impenetrável) ao Sul, Toullon ao Norte, o Atlântico a Oeste e os grande impérios da Índia e da China a Leste. Tal o mundo e tais os impérios que limitavam a Umma: Europa, Bizâncio/Rússia, Índia e China, para não falarmos nos reinos negros.

Eram quatro espaços impenetráveis para o islã.

Mas não era ainda o mundo.

Pois faltavam a quarta e a quinta parte ou seja América e Oceania.

E suas expressões políticas: EUA, Brasil e Austrália.

Tais centros políticos constituíram barreiras fechadas para o islã ao menos até 1776 quando os EUA adotaram o modelo laicista de separação entre a religião e o estado. Teoricamente abriu-se um primeiro nicho para a expansão islâmica e a retomada daquele ideal de construção da Umma. No entanto entre EUA e Oriente médio havia uma distância imensa, um mar Oceano, leis de imigração, antinomias culturais, etc Ficando esta penetração do islã nos EUA impraticável.

Assim a penetração do islã no Brasil. Pais que adotou a separação entre igreja e estado em 1891. Assim para os países Católicos do Sul da Europa como Portugal, Espanha, Itália, Grécia, etc cuja assimilação do modelo laicista é bastante recente...

A URSS até 1989 era comunista...

A China pragmática e tradicionalista como é a um tempo controla a expansão do islamismo em sei território e a outro, pura e simplesmente, mostra-se irredutível a ele por uma questão de cultura. Assim a Índia, cuja rivalidade face a República islâmica do Paquistão é bastante conhecida. Japão e Coréia também constituem outras províncias culturais ou outros mundos.

Diante disto a partir da exploração e colonização da África negra pelas potências europeias do século XIX e a consequente fragilização e dissolução dos reinos negros, encontrou o islã um novo nicho ou espaço porque espraiar-se: Foi tirando vantagem das exações cometidas pelo Europeu 'civilizado', destilando ódio e inserindo-se cada vez mais na África negra dando origem a um processo de expansão a que ainda hoje assistimos.

Acontece que o Cristianismo, em especial o Catolicismo inserindo-se a partir da costa do Atlântico alastrou-se em direção do Leste enquanto que a resistência dos cultos ancestrais também foi estimulada. Cerca dos anos 80 e 90 o Cristianismo vindo do Oeste e os cultos gentílicos radicados no centro do continente negro atalharam a a expansão islâmica, sobrevindo os choques cada vez mais comuns que hora testemunhamos. E como já não pode o islã avançar por bem ou pacificamente em meio a populações católicas ou pagãs e tampouco tolerar a presença resistência delas passamos a assistir um número cada vez maior de conflitos em sua maior parte provocados pelos muçulmanos fanáticos. Os quais folgam de atacar (jihad) em especial as populações pagãs e pacíficas em nome de sua sharia.

Por outro lado a resistência tem sido cada vez mais consciente e organizada. Nem são os povos primitivos e as culturas ancestrais tão covardes como o homem 'civilizado' do Ocidente. Disto resulta que a tarefa do islã não tem sido nada fácil e que não esta prestes a unificar espiritualmente a África como seus líderes acreditavam estar perto de acontecer há cerca de meio século.

Além disto o islã - que é uma fé por assim dizer 'Católica' (como o Cristianismo e o Budismo) ou universal, no sentido de que pretende persuadir e converter a todos os povos, nações e culturas da face da terra - tem encontrado dificuldade no sentido de despejar o conteúdo sempre excedente (devido a instituição da poligamia) das populações árabes no território da África equatorial ou tropical, inóspito para tais populações. Restando a necessidade de converter as populações negras que encontra na direção do Oeste, o que como já dissemos, constituem um desafio.

Atualmente, face aos ideais expansionistas da Umma, temos os seguintes blocos:

  • EUA e Norte América
  • Brasil e América do Sul

    Estes dois blocos estão socialmente desguarnecidos, contam no entanto com a barreira natural do Mar Oceano.
  • África Ocidental (onde empenha uma de suas frentes de combate e recorre amiude a Jihad)
  • Europa 
  • Rússia e´
  • Índia
         Todos estes blocos estão em conexão territorial com as Sociedades islâmicas do que resulta uma vul-
         nerabilidade territorial.

  • China. A China esta até certo ponto protegida pela barreira natural das montanhas e dos desertos.
  • Austrália. A qual também é uma Ilha ou continente isolado.


    Dos Blocos em conexão territorial com o Islã Rússia e Índia constituem culturas dificilmente permeáveis e em estado de tensão face as pretensões islâmicas ou a construção da Umma.


    De tudo quanto registramos acima salta a vista que nas atuais circunstâncias apenas um dos blocos elencados acha-se totalmente desguarnecido e plenamente vulnerável a expansão islâmica: A Europa.

    O islã tem plena consciência disto e seus olhos postos sobre o continente de Homero, Sócrates, Platão, Aristóteles, Cícero, Virgilio, Ambrósio, Hilário, Aquino, Dante, Da Vinci, Galileu, Shakespeare, Camões, La Fontaine, Moliere, Bethoveen, Marx, Darwin, Freud, Jung, Weber... e tantos outros espíritos fontes que plasmaram a civilização e a cultura ocidentais.

    Como há meio milênio o califado tinha seus olhos postos em Constantinopla, cuidado jogar com a cultura e fragilizar a consciência ocidental, hoje os olhos do islã pairam ávidos sobre Atenas, Roma, Paris, Sevilha, Lisboa, Londres... metrópoles porque cuidam seus xeques a fé coorânica avançará em cortejo triunfal.

    Totalmente corrompidos e entorpecidos pelo veneno relativista economicista ou pelo veneno subjetivista comunistas e anarquistas folgam depreciar a cultura ancestral, a qual para eles não tem o mínimo valor... produzida por gregos e romanos é primitiva e tosca; pelos medievos é Católica e sumamente odiosa, pelos renascentistas e iluministas é burguesa e cruel. Enfim nada se salva...

    A perspectiva do islã é mais realista. Odeiam um cultura que sabem ser forte em escala mundial e caso venham a suplanta-la em seu próprio terreno, arabizando a Europa - e convertendo teatros, catedrais, museus, galerias de arte e centros de pesquisa em mesquitas - não deixarão de explorar a vitória obtida e de alegar que nossos pensadores, cientistas, artistas, sábios e santos foram derrotados em 'casa'... evidência de que o espírito do islã é mais forte e o mais forte do universo.

    Não é por questão de espaço ou mesmo de número que a Europa precisa ser conservada e mantida em termos de democracia, laicismo, tolerância, direitos humanos, justiça social, etc

    Não é mesmo pelos Museus, bibliotecas e galerias de arte.

    E menos ainda por considerações de ordem financeira.

    A Europa deve ser considerada irreligiosa, Católica, pagã, seja o que for mais livre do islã e imune a seu espírito obtuso por uma questão de sentido.

    Não podemos perder este nicho cultural porque é estratégico. O lugar de Homero e Einstein é de suma importância para a cultura, pois é matriz de uma cultura universal de que procedem valores como: A policracia, a liberdade ou a democracia, a pessoa, a justiça social, o bem comum, a racionalidade, o empirismo, a evolução das espécies, a arqueologia, o estudo e compreensão da cultura, a evolução das espécies, o estado de bem estar, a aceitação do corpo, a ruptura com os preconceitos, etc, etc, etc Enfim é tanta mais tanta coisa em jogo...

    O próprio comunismo e anarquismo não surgiram nem poderiam ter surgido noutros contextos como no califado abássida... ou na corte de Maomé IV.

    Diante disto precisamos saber porque nossas democracias, dos EUA, Brasil, Austrália, Europa, estão desguarnecidas (face a intifada islâmica e construção da Umma enquanto ideal salafita por excelência) e nossa civilização - certamente problemática mas em todo cado a menos ruim - esta em grave perigo...

    E saber antes e acima de tudo que precisamos fechar a porta do Ocidente ao islã tratando-o não como que ser tratado, arrogantemente, como especial ou superior, mas exatamente como encara e trata a nossas sociedades Ocidentais e nos mesmos termos da mais absoluta igualdade!

    Segue! 

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