sexta-feira, 3 de outubro de 2014

A política do quanto pior melhor



Tive o desprazer de conhecer comunistas e anarquistas que desejam a todo custo fazer uma revolução armada no Brasil e para isso pregam o quanto pior melhor. Esses senhores acreditam piamente que um governo que provoque recessão, que deixe as massas num estado de indigência, provocará revolta nessas mesmas massas e essa revolta se transformará numa revolução que implantará a ditadura do proletariado para os comunistas e para os anarquistas insensíveis surgirá o mundo sem Estado onde todos sem líderes viverão fraternalmente. Tanto comunistas como anarquistas partidários dessa ideologia nefasta dizem que sua tese é científica, isto é, que pode ser verificada. Será?

Se a pobreza e a miséria como advogam esses inimigos da humanidade (sim, inimigos da humanidade porque desejar a fome e a miséria para que daí advenha a revolução, é algo monstruoso, maquiavélico) traz a revolução por que não vemos surgir na África negra várias revoluções? Se o desemprego em massa, a miséria e a fome provocam revoltas que desembocam em revoluções por que não vemos revoluções surgirem na Índia entre a casta dos sudras e entre os párias que são os grupos que mais sofrem na Índia? E, ao que parece esses grupos estão bem conformados com suas misérias porque entendem que seus estados atuais de sofrimentos são dívidas cármicas que estão pagando.

Será que segundo esses teóricos do quanto pior melhor veriam uma revolução no Brasil se o país estivesse à beira da miséria? Respondo: Não. Porque milhões de pessoas que vivem na pobreza e na miséria são cooptadas pelas seitas neo-pentecostais e nessas seitas elas são ensinadas a esperar um milagre ou de acordo com a teologia da prosperidade, elas estão na pobreza porque não colaboraram com a obra de deus (leia-se: não deram dinheiro suficiente para os pastores) e por conseguinte não tem fé e deus não abençoa quem não tem fé. Essas pessoas vivem em suas misérias com a esperança de que um dia deus as tire da miséria por isso não se revoltarão. Isso para não falar nos padres e pastores que dizem que o pecado de Adão é que criou a desigualdade e que deus quer que a ordem do mundo permaneça do jeito que está e que se um pobre se revolta com a sua condição este se revolta contra deus que o colocou nessa condição e que ele (o pobre) se resignar depois desta vida de sofrimento irá para uma eternidade de glória. Enfim, se a maioria das pessoas passassem pela miséria não teríamos revolução, teríamos apenas o óbvio: fome, miséria e fanatismo religioso. Por essas razões aqui expostas a teoria do quanto pior melhor é uma falácia e deve ser descartada uma vez que não passa pelo crivo da experiência.

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