terça-feira, 13 de julho de 2021

Socialismos, o espelho do Cristianismo II

Já expusemos honestamente nossa vergonha.

Materialistas, mecanicistas, economicistas e positivistas há que ousam revindicar para si mesmos o título nada honroso de cristãos capitalistas ou liberais mercadistas. Fossem eles protestantes não nos admiraríamos disto - Oh Sancta Simplicitas... Pois é o protestantismo individualista, transcendentalista, livre examinista; sancionando quaisquer distorções subjetivas dos textos sagrados, etc

Incoerente, grave e escandaloso é que Cristãos apostólicos: Romanistas, Anglicanos e Católicos Ortodoxos tenham assimilado tão levianamente esse cipoal de heresias filosóficas e sociais enquanto berram como pegas no cio: Comunistas, comunistas... 

Ora, os comunistas não fazem parte da Igreja e aqueles que simpatizam com algumas de suas visões e métodos equivocados devem ser reorientados com toda paciência pela autoridade eclesiástica, ou, constatada a má fé, disciplinados. Aqueles que de fato se preocupam com os oprimidos e cuidam da justiça não terão dificuldade alguma em submeter-se. Pois é de nossa tradição mover guerra espiritual a avareza e denunciar a opressão sob todas as suas formas. É da Igreja tomar o partido dos fracos e oprimidos e vindicar-lhes a causa. No entanto são nossas fontes espirituais e nossos meios específicos.

Não somos comunistas nem nos fazemos comunistas por denunciar como devemos o pai do Comunismo, o Capitalismo esse filho terrível, afilhado ou enteado do protestantismo. 

O protestantismo, temos sempre de bater nessa tecla, foi quem lançou as sementes venenosas do individualismo ou do egoísmo. Foi ele que (Não estou atribuindo este erro fatal a Lutero! - O qual jamais negou as obras e sim que as obras salvassem!) apartou a Cristandade das obras e da imanência, ferindo de morte o ideal insercionista inaugurado pela Encarnação de nosso Deus. Foi ele que dando as mãos ao neo platonismo criou esse cristianismo descarnado, fantasmagórico ou 'espiritualizante'. Foi ele que por necessidade histórica deitou nos braços do poder estabelecido. Foi ele que tornou-se lacaio do Estado e por meio desse servo de forças econômicas. Foi ele que editou a nova versão 'frágil' do Cristianismo, esse Cristianismo fala mansa ou água com açúcar. Foi ele que converteu o Cristianismo em sedativo e tornou-o socialmente irrelevante ou inútil. Tudo isto fez o protestantismo, acalentando a víbora materialista/economicista em se seio e dando-lhe vida.

Aspiravam os poderes econômicos por semelhante oportunidade. De revindicarem autonomia e assumir a soberania. Demandavam portanto por uma Igreja submissa, sem Bispos, monges, conventos, cruzes e sinos... O protestantismo esvaziou e enfraqueceu o nosso Cristianismo, curvando-o face a outros poderes, quando lhe estava reservado o comando (Indireto ou via Ética) de tudo, assim a direção do processo histórico.

Tampouco pôde o protestantismo com sua petição grosseira a bíblia ou ao antigo testamento, assumir tal encargo ou a missão que revindicava. Impediam-no a divisão em seitas e consequentes disputas, a petição ao exame particular, o viés transcendentalista, etc E só por um tempo o monstro de Genebra, com a Torá entre as unhas, governou a ferro e fogo, fazendo verter torrentes de sangue humano e criando - Segundo Pierre Van Paassen (Com o apoio de Stefan Zweig) - o primeiro campo de concentração da História. Afinal a cegueira bíblica ou judaizante só poderia mesmo prevalecer por meio da força... 

Foi um triunfo efêmero.

O protestantismo fragmentou a igreja cismática de Roma num amontoado de seitas e proclamou altissonante seu triunfo, e sem embargo falhou miseravelmente por não ter sido capaz de substituir a igreja rival. O protestantismo de modo algum tomou a condução dos destinos do mundo mas abriu mão dela, e isto equivale a capitulação espiritual do Cristianismo histórico, esse refúgio na extremidade do 'espírito', nas nuvens ou nas alturas - Pelo simples fato do Deus do Evangelho se ter aproximado do mundo e entrado na História por meio da Encarnação. Com o triunfo do protestantismo e sua alienação ou esvaziamento neo platônico perdeu o Cristianismo sua vocação. 

Por incapacidade do protestantismo mitológico (Por via do antigo testamento) e sectário (Por via das seitas) o Cristianismo perdeu a direção das coisas e cessou de inspirar cada vez mais as ações dos homens imprimindo-lhes um cunho social. 

O protestantismo foi e é recuo, abandono e fracasso. Uma opinião firmada em Agostinho e segundo a qual mesmo em posse da graça o homem sequer pode transformar a si mesmo, devendo desesperar-se por completo do mundo e, necessariamente (Como ocorreu e ocorre) tornar-se catastrofista e apocalíptico, assimilando o derrotismo dos antigos hebreus. Toda essa carga de negatividade e pessimismo existente já na literatura judaica ou judaizante dos primeiros séculos o protestantismo absorveu, e a ponto de criar um lema: O mundo não tem solução.

Agora ao recuar de seu posto, até então ocupado, ainda que sofrivelmente pela igreja romana, mas ocupado, o protestantismo permitiu que um outro tipo de poder, o poder material ou econômico, se instala-se em seu lugar inaugurando um novo ciclo na História da Humanidade, o ciclo das ideologias naturalistas ou das culturas de morte, todas ao menos implícita ou dissimuladamente materialistas até os confins do ateísmo, e relativistas (Quando não negacionistas) quanto aos valores espirituais, e isentas de qualquer sentido metafísico profundo, que transcenda o mercado, a pátria, a raça e outras categorias inferiores senão vulgares da existência. O espírito perdeu seu primado já há muito disputado como jamais perdera nos piores momentos da História antiga...

Como de Ideologia em Ideologia, de cultura em cultura, de mística em mística não chegaríamos a borda do abismo que é a negação e a extinção do homem.

Não foi o Deus, assim o teísmo naturalista dos pensadores gregos e tampouco o Deus encarnado e presente do Evangelho que morreu, bateu botas e apodreceu, mas o homem. Nossa espécie é que ora agoniza e se vê prestes a morrer miseravelmente em meio a águas, ares e terras poluídos e a falta de comida! E isto tudo por falta de Ética, por falta de sólidos fundamentos espirituais... E o caminho disto foi a bíblia, digo e repito, o biblismo, o livre exame, o sectarismo. O protestantismo foi o começo de tudo. Precipitou-nos inclusive no vórtice das Revoluções, outra ilusão, delírio ou quimera perniciosa. Fala-nos mesmo por meio de Kant, Nietzsche, Sorel, etc e sempre para o mal ou para o pior... Por isso ele não nos poderá salvar, e tampouco conter este ciclo de culturas de morte que acionou.

E se você leitor protestante, nada percebe ou vê além do falso dilema papismo/protestantismo desespere de toda salvação e aguarde pela pior das mortes no único e verdadeiro inferno produzido pela avareza, pelo individualismo, pelo egoísmo e pelo mar de irracionalismo, e é claro pela falta daquela Ética filha do Evangelho vivo e redentor.

Agora ao estender meu olhar sobre o corpo da Igreja que vejo em termos de consciência social Cristã, de ideários, planos, propostas, métodos, etc

Contemplo antes de tudo aquela multidão de Cristãos alienados que nada sabem sobre as condições do mundo atual e que tampouco se importam com ele, caminhando como cegos ou zumbis em direção do abismo hiante. Tais os Cristãos que se reproduzem organicamente, os de tradição cultural, os reprodutores, os imitadores, os apenas batizados, etc - Nossas massas, como diria J H Newman. Aqueles que receberam o Cristianismo de seus ancestrais mas que jamais sentiram-no ou refletiram sobre eles. Esses homens sem espírito, sem alma ou consciência; nos quais não brilha o amor pelo bem, pela verdade ou pelo belo. Os Maria vai com as outras. Os que concordam com tudo. Os que aceitam tudo. Os mal formados. Os desinformados. Os incoerentes... Nossas massas, nossa cruz. Porque devemos sofrer e chorar com a mãe Igreja.

Deixados estes formalistas e confortáveis de lado devo mencionar os Cristãos que tem consciência de sua fé, digo os que sabem o que sua fé significa e o que espera deles. Estes como Peguy sabem o que devem fazer... Sabem que o Cristianismo Católico ou Apostólico não se limita a missa de Domingo, as procissões e almoços de família... Sabem que Catolicismo não é esse paraíso burguês fechado em torno do jardim... Sabem que esse mundo artificial encerrado numa cúpula - Com sua atmosfera de intangibilidade, nada tem de Cristão. Quem espera repouso não é sabe que é Cristianismo. Pois é o autêntico Cristianismo a mais heroica das religiões e a única destinada a confrontar o mal ou a afronta-lo audaciosamente. É fé de homens e mulheres audazes e corajosos, que nos primeiros séculos suportaram horrendas torturas. Cristianismo é isto, mesmo para o leigo - Incomodo, desafio, perseguição e trabalhos: Ou não seria cruz! Ao menos a consciência de cada Ortodoxo deve sentir o impacto do desafio!

Não e não. Não se pode permanecer neutro face ao reino do dinheiro, a força do lucro, o poder do capital, a sanha da avareza. São ações e fatos que exigem postura clara e decidida. De que lado está você??? 

Pode você face a tanta fome, ignorância, nudez, enfermidade, violência, etc declarar que a vontade de Cristo se realizou nesta terra pela qual pedimos todos os dias ao repetir: Seja feita a tua vontade na terra e nos céus???

Então bata no peito, faça um junto 'Mea culpa' e em seguida se pergunte sobre o que pode fazer ou sobre qual seja teu dever, o dever do Cristão!

Amai-vos uns aos outros como vos amei, diz o Mestre.

E agora examine sua consciência e indague se aquele que explora, oprime, domine e exerce a injustiça ama!

Tornemos já, do Oriente ao Ocidente ao herói Peguy!

E cessem as relações promíscuas com o Império de Mamon! Que Mamon seja definitivamente expulso dos domínios sagrados de Jesus Cristo, nos quais devem impor-se a solidariedade, a justiça e o amor.

Apresentar nosso irmão batizado e filho de Deus como um rival ou concorrente é atitude essencialmente maligna.

Ignorar o irmão que passa fome, sede, frio, etc é ser insensível e ser insensível é não ser Cristão.

Priorizar relações e investimentos econômicos é pecar e nada mais.

Caso o Evangelho que lemos sem artifícios e atenuantes sacrílegos esteja certo o mundo em que vivemos está demasiado equivocado, e se está equivocado é nossa missão corrigi-lo.

Advertir os que erram é obra de misericórdia imposta pela verdadeira religião. Por isso nossa Sociedade não deve ser acalentada com afagos ou aplaudida mas corrigida. E exorta-la é dever que nos impõem o Evangelho. 

Assim se você se diz súdito do reino celestial por que acumula ou junta tantas tranqueiras na terra?

O melhor médico não é aquele que se dirige ao doente com palavras doces. Mas aquele que determina a dieta ou a morte. E que emprega o bisturi e o cautério. O que corta e extirpa os tecidos putrefatos e saneia o corpo por meio da cirurgia, não o que distribui confeitos...

E no entanto esses meios dizem respeito a mente e a privação das coisas sagradas no seio da Igreja.

Resta-me dizer por fim que mesmo entre os Ortodoxos ou apostólicos romanos que aspiram confrontar e transformar o mundo nem todos estão de acordo quanto aos meios e também entre os nossos há muito que existem os adeptos da ruptura radical e da inserção, da revolução e da evolução, da sedição e da reforma. E já advirto que mesmo admitindo o emprego ocasional ou circunstancial da violência, o Cristão opta certamente pela via da inserção, da institucionalidade e acima de tudo da educação, da formação ou da produção da consciência como algo que não apenas promoverá a mudança estrutural como prepara-la-a. 

É um movimento concomitante de certo modo, posto que o acúmulo das sucessivas reformas terá como resultado uma transformação gradativa. Todavia se considerarmos que os responsáveis por dar impulso as reformas - Sejam meros cidadãos engajados ou políticos de carteirinha. - estão sempre na dependência de uma educação/formação ético pessoal, concluímos que o que aciona o processo social é o espírito ou a ideia. Nem poderia a estrutura material e isenta de vida resistir como muralha invencível a ação humana. Transforma-se a sociedade como transforma-se a estrutura econômica, não magicamente ou por si só, mas sempre por ação de algumas pessoas que se acham a frente de seu tempo, são elas que dentro de limites e medidas levam a sociedade adiante, pois não se move a sociedade por si só como algo a parte, sendo movida pelos atores que moveu e move. Há pois um duplo movimento: Um que parte da estrutura e dá vida a cultura, outro que partindo do homem altera a cultura, recria as estruturas e reinventa a sociedade.

Equivocou-se Marx: Não é o modo de produção que determina a consciência. Determina as consciências das massas e influencia a todos, sendo no entanto influenciado e transformado por certas consciências bem formadas. Que tenham as tais consciências, vinculadas a diversos modelos de cultura tradicionais, resistido as investidas do modelo capitalista e contido tais investidas por séculos a fio foi suficientemente demonstrado por Polanyi e Hobsbawm. Que os efeitos das transformações impostos pela toda poderosa estrutura econômica tenham de ser sancionados pela instância do ideal confessou-o Marx. Que haja interação entre ambas as forças concedeu Engels. Que a instância imaterial tenha produzido uma cultura e que essa cultura, em diversos nichos, tenha resistido as pretensões postas pela estrutura econômica ja havia sido demonstrado por Fustel de Coulanges. Que hajam diferentes formas de constelações sociais cristalizadas em torno de princípios e valores de modo algum econômicos foi demonstrado por Sorokin. 

Se bem que não se tenha equivocado tanto ou como um Lênin. Pois era Marx, o Marx autêntico, Etapista. Fosse quais fossem suas diferenças com Hegel Marx jamais concebeu o processo social ou o fluxo histórico como cera quente. Tinha a História para ele um ritmo, sendo necessário ao Revolucionário conhece-lo bem, de modo a perceber o kairós i é a oportunidade, e atuar em comunhão ou sintonia com esse ritmo. De modo que o Revolucionário, se faz avançar um pouco a História, sempre tem consciência de seus limites. Mesmo o conjunto dos homens ou parte da Sociedade atuam sempre dentro de certos limites dados pela estrutura. 

É somente por essa via que pode a Revolução obter acesso ao poder, alterar radicalmente as estrutura e então, magicamente, alterar toda marcha da sociedade. 

Assim se nem toda Revolução é ou se dá nos termos materialistas de um Marx ou de um Bakhunin e da modernidade que é materialista - Pois como veremos toda Revolução (Como a força ou a violência) é instrumental, ficando sempre na dependência de um conceito chave ou matriz geracional que pode ser ou não ser materialista. - é certo que materialismo e Revolução combinam perfeitamente e que, bem ponderado, o conceito de Revolução conduz facilmente ao materialismo.

Explico. O que Revolucionário algum pretende é transformar a sociedade pela simples mudança em termos de pessoal, ou fica abortado o conceito de revolução. O que ele busca é um elemento chave, material ou imaterial capaz de mudar a cultura e por meio dela as pessoas. O que ele julga ter obtido através de seus estudos é a compreensão de qual seja esse mecanismo responsável pela produção e manejo da cultura. Para em seguida, por meio da violência, tomar posse desse mecanismo e, através desse mecanismo mudar a sociedade.

Importa saber algo.

Que mesmo quando é este elemento imaterial como uma nova fé, o culto a liberdade, etc ele só pode ser manipulado por quem detém o controle da força, o qual depende em última instância de um embate ou confronto físico. Parece que aquele mecanismo a ser acionado está na dependência de alguma estrutura política de poder já em parte material. E que essa estrutura de poder está na dependência de um conflito físico de forças entre corpos e munições. Porquanto o princípio da Revolução ou sua matéria é a violência.

Teríamos assim o seguinte esquema: O confronto físico entre os corpos franqueia o acesso a estrutura em parte física do poder e este por fim ao mecanismo capaz de alterar a realidade social e o comportamento das pessoas. Posso conceber, como fiz acima, uma variante; apenas por trocar o lugar das duas últimas premissas, e conceder que alterando o comportamento das pessoas altero a estrutura da sociedade; e assim atenuo o materialismo, mas não o suprimo. Como não o suprimo ao identificar o mecanismo capaz de transformar a sociedade ou a vontade pessoal com qualquer elemento imaterial. 

O revolucionismo, a metafísica revolucionária, o pensamento revolucionário, deveria, por necessidade, fazer-se marxista porque já nele está contida uma premissa materialista. Uma vez que sua petição secundária é a estrutura política (Tão material quanto a econômica.) enquanto que sua petição primária é a força física. Pois o que faz diferir a Revolução da Guerra não é a matéria mas a forma, porquanto a matéria é a força e apenas se aspira alterar toda uma estrutura ou todo um universo por meio da força física de corpos, armas e bombas, e não por meio da Educação ou da tomada de consciência. Diversos sociólogos intuíram esse aspecto, i é, o antagonismo existente entre o padrão revolucionário da violência (Que descambou no materialismo.) e o padrão evolucionário da formação/educação. Percebeu-o claramente Sorel inclusive. Dando a entender todo um quadro metafísico ou ideológico por trás de ambas as opções.

Exatamente por isso o Cristão, mesmo quando admita - Como eu - a petição a força, jamais pensará a força nos termos de um revolucionário i é como algo algo ampla e profundamente transformador ou princípio de uma nova ordem. Mesmo quando a violência for admitida em sua cosmovisão, o Cristão jamais fará dela ou centro ou o motor dessa cosmovisão, tal como a alavanca de Arquimedes, e a força será apenas um aspecto isolado e circunstancial. 

E será esse Cristão evolucionário, insercionista, institucionalista, reformista, etc mesmo quando partindo da noção perfeitamente Cristã de Guerra, ou de defesa social ou de ordem justa e desejável, admitir que em algumas situações, esgotados os demais meios, cabe e é necessário recurso a violência. Pois a demanda pela justiça institucional só é tolerável até certa medida. Claro que essa situação de violência e conflito que diz respeito a pura e simples troca de pessoas no exercício do poder e que ficará sempre na dependência de relações políticas numa ordem o mais democrática possível, não pode nem deve ser confundida com Revolução. Nem toda forma de violência contra o governo, comporta as ilações metafísicas de uma revolução. 

Tal a questão das estruturas minimamente ou apenas formalmente democráticas. As quais mesmo não correspondendo a um tipo ideal (Que se identifica com a democracia direta ou a policracia.) ou a uma estrutura perfeita, prestam-se no sentido de dar acesso a Evolução ou progresso social, o qual alias se dá nessa estrutura, i é por dentro, devendo partir dela a democracia plena ou resultar ela em democracia direita, mas não por golpe e sim por pressões sociais convertidas em leis. Por isso, ao contrário dos jacobinistas, somos contrários a qualquer sedição ou golpe democrático ou policrático (No cenário de uma democracia formal ou indireta.) e em franca oposição aos primeiros lideres protestantes, que se estribaram no Antigo Testamento, somos decididamente contra qualquer tipo de golpe ou violência religiosa. Somos contra todo e qualquer golpe cujo objetivo seja acionar forças que movam estruturas ou pessoas. Nós não cremos nisto.

Portanto mesmo quando assumirmos o padrão da força lhe daremos outro sentido, assim removeremos pessoas, em beneficio de pessoas mais dignas e melhores. Não acionaremos gatilhos e não buscaremos mudar estruturas exceto por meio da produção de consciência, da educação, da formação, a qual para nós é a chave da cultura. E e claro que o objetivo de toda essa movimentação de consciência tem por fim produzir uma cultura ética e essencial da pessoa humana, valendo-se de nossa herança Cristã que é o Evangelho (Não a bíblia e menos ainda o antigo testamento e seus preconceitos tolos.) e de nossa herança Socrática. 

Eis porque não será o Cristão revolucionário, COMO JAMAIS SERÁ CONTRA REVOLUCIONÁRIO opondo-se ativamente e por meio da força a qualquer Revolução, exceto se religiosa ou credal. 

Por isso no próximo artigo, considerando Sorel, avaliaremos a questão da violência face a razão, para em seguida reforçar nossa oposição ao contra revolucionarismo hipócrita.



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