terça-feira, 27 de julho de 2021

O papa romano e a missa protestante...





Meu S Sócrates, desde quando pode o homem proibir aquilo que é bom?

Nem o Bendito Cristo que Deus é Verdadeiro pode proibir o que bom é.

Pois é Deus nosso 'Sumo bem' o qual não pode repudiar o bem, e querer ou ordenar o mal.

Acaso o que não pode Deus fazer por não poder quere-lo, poderá fazer um apóstolo, um mártir, um doutor ou um patriarca?

Não. A homem algum é lícito ordenar o mal e condenar o bem.

Pois é o bem Lei geral que governa todas as coisas por disposição divina.

Assim ordena o Bom Deus que amemos o bem e odiemos o mal, não o oposto: Amar o mal e odiar o bem é sinal de perversidade.

O papa Francisco no entanto bem parece ter cortado parte do cérebro, a menos que pense com os intestinos, cujas partes no caso fariam grande falta. 

Dirá no entanto o leitor: A que propósito vem esse grego Ortodoxo, ou 'cismático' meter o bedelho nas coisas de Roma?

Boa pergunta e tratarei já de responde-la.

Não é de hoje que existe no seio do Cristianismo um movimento de alienação ou de dessacralização que tem suas fontes no protestantismo radical, o qual fluindo pelo anglicanismo, chegou - Com esse sínodo chamado Vaticano II - a igreja romana, e influencia a Igreja Ortodoxa. Portanto não ser romano ou anglicano não é desculpa para ignorar o quanto de mau o de bom acontece em tais comunhões. Pelo contrário, por sermos ortodoxos devemos prestar máxima atenção ao que ocorre em tais setores, sem dúvida alguma os que se acham mais próximos de nós. É justamente por sermos Ortodoxos que nos ocupamos com tudo quanto se sucede na igreja apostólica de Roma e no alto anglicanismo.

Querendo ou não, gostando ou não, aceitando ou não mais cedo ou mais tarde a Ortodoxia ou os Ortodoxos sentirão o repuxo. Portanto é melhor ficar de atalaia e cerrar fileiras desde já.

Tanto pior quanto sabemos que há cerca de setecentos anos nossos Bispos canalhas, cedendo a pressões advindas do poder político, assentiu em precipitar-se nos braços recém gerados do papado, esse mesmo papado que há meio século, tritura e extermina, sem minimo respeito, suas próprias tradições.

E há uniatas rondando-nos ainda hoje e anunciando as ímpias doutrinas da monarquia e da infalibilidade papal.

E romanistas há, aos milhões, que acompanham e seguem a esse papa protestante... agente do protestantismo, apóstolo da heresia e núncio da apostasia. 

Não chameis a Francisco de novo Lutero. Seria calunioso, pois Lutero jamais adotou esse novo modelo de culto voltado para a assembléia. Nem mesmo de Calvino - O monstro de Genebra! - podeis chamar o Papa romano atual... pois até onde sei, sequer foi Calvino quem adotou esse novo padrão de culto!

Chameis a vosso infalível para de Karlstadt ou de Muntzer, assim de papa anabatista, posto que o nosso padrão de culto, i é, a missa nova, parece ser de origem anabatista.

Graças a divina monarquia papal cessaram os romanos de oficiar o culto fixado pelo Apóstolo S Pedro e codificado, cinco séculos depois, por S Gregório Diálogos, para oficiar um culto anabatista. Graças a Paulo VI, João Paulo II e Francisco rezam os romanos como anabatistas, i é como os mais fanáticos dentre os heréticos. Graças ao Vaticano II imitam os papistas aos sectários mais radicais e assimilam sua maneira de orar, completamente esquecidos quando o dístico: "Lex orandi, lex credendi." 

Assombra-me o fato duma instituição religiosa pugnar contra sua própria forma de culto tradicional.

Nada mais indigno do que condenar a adoração oficiada pelos ancestrais.

No entanto é exatamente isto que o déspota romano acaba de fazer, alias hipocritamente i é atribuindo tal juízos ao episcopado, ao mesmo episcopado ao qual envia instruções recomendando a supressão do velho culto. De modo a preservar sua própria imagem.

Não nos enganemos a propósito de tão indigna, desonesta e covarde manobra 'franciscana' digo francisquiana.

Por que cargas d'água gasta o papa portenho suas energias dando combate a um padrão proclamado imutável por um de seus predecessores (Pio V), ao invés de condenar duma vez por todas os inúmeros crimes  ou como dizem, abusos, litúrgicos de que é objeto a nova missa por parte dos carismáticos ou da RCC, a qual aqui no Brasil, converteu já a nova missa num culto sacrílego de talhe pentecostal???

Tal a pergunta que não quer calar, suscitada pela minha indignação.

Sim, pois apesar de ser Católico Ortodoxo tenho a infelicidade de viver cercado por apostólicos romanos, numa sociedade apostólica romana... Não podendo ser indiferente ao que ocorre ao meu redor. Vez por outra somos convidados a um batizado, a uma crisma, a uma cerimônia fúnebre... e, quase sempre, a contragosto, obrigados a declinar... Pelo simples fato de serem quase sempre cerimônias debochadas de talhe pentecostal. Nada mais avesso, não apenas a Tradição Ortodoxa, mas também a tradição romana!

Nada de mais escandaloso, contraditório, venenoso, ímpio, sacrílego e revoltante do que entrar num templo romano para rezar e ouvir os sons ou melhor os ruídos daquelas baterias e contemplar toda aquela multidão de povo rebolando, pulando e girando junto aos altares, num recinto até pouco tempo encarado como sagrado! Pois crê o homem conforme reza, ora, cultua ou adora. Portanto como admirar-se de que nosso pobre povo esteja a passar numa proporção cada vez maior as seitas pentecostais??? Se permitis oh papa Francisco que imitem aos pentecostais??? Que rezem, cultuem e adorem como sectários protestantes? Que afetem modos de anabatistas??? Em oposição ao padrão apostólico, fixado pela tradição...

Que apostolicismo é esse papa Francisco? 

Que apostolicismo é esse que substitui os paramentos, as alfaias, o incenso, os círios, a água, as cruzes, os estandartes, os sinos, enfim tudo quanto é legitimamente apostólico e Católico, e Ortodoxo, e Cristão por acrobacias protestantes???

Nem romanismo isso é sr Francisco, quando menos Catolicismo!

Pois Cristãos Católicos, Cristãos Apostólicos, Cristãos Ortodoxos, costumam levar adiante a adoração assumida por seus avoengos e não tripudiar dela, proibi-la, dificulta-la, suprimi-la, sob quaisquer alegações! O que se torna ainda mais sinistro quando observemos uma tolerância desbragada face a todos os abusos litúrgicos cometidos por esses padres ambiciosos e avarentos que folgam proceder como pastores pentecostais! Como acreditar em sua boa fé papa Francisco se enquanto o Marcelo Rossi e o Fernando de S Amaro abusam da nova missa vossa alteza lança raios contra a Missa perpetuamente fixada por seu predecessor Pio V???

A descrer na natureza divina de seu cargo e sobretudo em sua infalibilidade, a qual me parece pífia... poderia ou quiçá deveria, enquanto Cristão, supor tua boa fé, honestidade, sinceridade, etc papa Francisco, todavia "Non possumus"... Não posso crer na honestidade, sinceridade e boa fé de alguém que não tem pingo de respeito pela memórias de seus predecessores e ancestrais.

Embora não seja latino ou romano sinto-me imensamente triste diante de tais fatos. Pois acredito na beleza e na função didática do belo... E a liturgia romana, seja a tridentina ou a Gregoriano/petrina é imensamente bela quando dignamente oficiada. 

Por ser Ortodoxo não sou Oriental mas de tradição Ocidental ou latina. Minha cultura é está e nada tenho contra tal padrão de culto, por ser tradicionalmente apostólico e assim Ortodoxo - Claro que me refiro ao Rito Petrino/Gregoriano. Outro o caso do rito Tridentino ou de Pio V, o qual por ser mais recente não deixa de ser belo. 

Lamentavelmente a impressa sempre superficial e as massas desinformadas preferem dizer Missa em Latim. Lamentavelmente algum tradicionalistas se apegam mais a lingua ou ao idioma do que a estrutura do ritual. Concedo que as pessoas devam compreender o que é lido ou cantado. Concordo que a beleza não baste. Devendo esta associado ao conhecimento. Bem o que se tem hoje no novo padrão de culto seja carismático ou libertino - Pois são no mínimo dois. - é o conhecimento de algo feio, banal e vulgar, que em nada edifica ou alimenta o espírito Cristão.

A questão não é de lingua ou sobre latim e jamais deveria ser posta em tais termos. Como a nossa liturgia não pode ser posta em termos de grego ou árabe e sim de ritual, de estrutura ou de beleza; em torno dos elementos já citados: Altar, paramentos, ícones, cruzes, incenso, velas, alfaias, ritmo, etc É isto que se deve preservar como essencial a adoração. Erram os que porventura fixam-se no latim e não no canto gregoriano... Na lingua e não na Kibla i é no Sagrado Altar. 

É questão de estrutura, padrão, modelo, espírito, ritmo, etc Pois é adoração histórica e legitimamente Cristã feita com tais elementos, e não se eles.

É a adoração modernista, inspirada na heresia protestante e na manobra pentecostal, emocionalista. Já a adoração Cristã Católica Ortodoxa ou ainda apostólica é sobretudo simbólica, e enquanto tal destinada a promover sentimentos nobres. 

Quero dizer que bem se poderia diminuir a presença do Latim e decretar o uso de traduções literais no serviço religioso, desde que fossem preservadas as mesmas orações solenes e sobretudo o canto gregoriano. Pois o que se deve preservar antes de tudo, além da direção do Ministro e da congregação para o altar é o canto gregoriano, o qual do ponto de vista meramente humano é uma obra de arte e mais, uma terapia. Supondo que fosse oriental (Sou ortodoxo mas não Oriental!) nem por isso negaria - Por ódio ou birra - a beleza do canto gregoriano e sua capacidade para elevar as mentes ao Sagrado.

Outro o caso do barulho, do som ou do ruído que dispersa o ser humano ao invés de interioriza-lo. Outro o caso do movimento acelerado de membros e corpos, que torna as pessoas ainda mais agitadas. Outro o caso de mensagens puramente emocionais que nada contém ou ensinam em termos de doutrina.

Por isso é chocante que esses cultos pentecostais, que muitos chamam atrevidamente de missas, passem batidos ao defensor da fé enquanto que o rito de seus ancestrais exaspera-os. Eis algo que não posso entender. Esse amor ao novo associado pelo ódio ao antigo - Que há nisso de Católico ou mesmo de apostólico romano? Posto que fomos ensinados a amar o que é antigo ou tradicional enquanto oriundo dos apóstolos e a odiar as novidades profanas concebidas pelo homem.

Independentemente a fé ou da crença percebo que o papa Francisco combate por um mundo mais feio, banal e vulgar, segundo a receita moderna ou modernista. E não posso portanto louva-lo ou mesmo deixar de censura-lo e sobretudo de acautelar nossos ortodoxos encantados com as 'luzes' de Roma...

Que pode haver de divino num hierarca que pugna ferozmente contra a tradição autenticamente Cristã e que insinua estarem equivocados os nossos ancestrais? Acaso não eram os apóstolos, mártires e padres bem orientados? Então porque adotar um padrão de culto recente de origem anabatista ou protestante? Qual o sentido disto? Mormente quando sabemos que as pessoas creem como rezam ou o que rezam...

Que pode haver de infalível num ser leviano que atraiçoa as tradições legadas por seus predecessores e assume valores procedentes de uma outra fé, da fé inimiga?

Para que precisam os nossos Ortodoxos de papa ou mestre supostamente infalível? Para guia-los ao protestantismo e faze-los apostatar? Para faze-los berrar como loucos, saltar sobre os altares, rebolar, tremer, babar, virar os olhinhos... numa só palavra: Para ensandece-los??? Para dispersa-los, para desorienta-los e desliga-los da cultura de seus ancestrais? 

De fato há na ortodoxia, e lamentamos por isso, muita gente ritualista e superficial... Não o negamos, antes esperamos, meio do ritual, conecta-los ao sentido da fé. Fazer com que passem da casca a polpa, e venham a degustar o Evangelho de Cristo ou enfim a saborear as coisas divinas. Nossos defeitos devemos honestamente assumir e buscar corrigi-los.

Agora nem por isso, devido a possíveis excessos, sacrificaremos nosso ritual simbólico ou a conotação histórica do culto. Nem por isso haveremos de fomentar delírios insanos em pessoas instáveis. Nem por isso haveremos de chegar ao transe ou a pajelança... A exemplo do papa Francisco, o qual ao invés de tentar tornar a adoração modernista tanto menos grotesca cuida fulminar aqueles que fiéis ao espírito da religião limitam-se a fazer o que deve ser feito, assim a manter viva a adoração posta em prática por seus ancestrais. Apesar de seus defeitos e vícios (Como o moralismo/puritanismo) sob tal aspecto ao menos eu as admiro.

Que saibam os papistas reconhecer quem são seus verdadeiros inimigos... e portanto a dizer Sim a tradição e ao padrão de culto adotado por seus ancestrais, e a dizer Não, e um sonoro Não ao papa Francisco... 

Afinal nem mesmo Deus pode proibir o que é bom e belo ou abençoar o quanto seja mau ou feio. A missa antiga é sem dúvida boa e bela, enquanto de esse novo culto carismático é ímpio, feio e portanto sacrílego. 




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