domingo, 12 de junho de 2016

SANTO AMBRÓSIO - SOBRE OS DEVERES DOS MINISTROS (ML 16, 160)




Daqui se deduz que o homem, que foi criado para ser obedecido pela natureza, não pode prejudicar outro homem e se lhe fizer algum mal, estará agindo contra a natureza. Desta ação não obterá tantas vantagens quanto prejuízos. Pois que pior castigo pode existir, do que a aguilhoada interior da consciência?...
Assim, pois, fica claro que todos devemos considerar e admitir que cada indivíduo é tão útil quanto toda a comunidade e nada havemos de considerar útil senão o que é benéfico a todos. Como pode ser útil para um só, o que é inútil para todos? Não me parece, sem dúvida, que o que é inútil para todos possa ser útil para alguém em particular. Pois se a lei da natureza uma para todos, se o bem comum é um, estamos obrigados, pela lei da natureza, a consultar a todos. Logo, não é correto que aquele que, conforme a lei da natureza, deve olhar pelos demais, em vez disso os prejudique, contrariando tal lei.

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