sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Dawkins afirma ser imoral dar à luz a bebês com síndrome de down

                                              créditos da foto: Folha de São Paulo

O biólogo e escritor de divulgação científica Richard Dawkins escreveu em seu Twitter que é imoral dar à luz a bebês com síndrome de Down  e aconselhou uma mulher a abortar e tentar engravidar de novo porque de acordo com o biólogo "Seria imoral para trazê-lo para o mundo, se você tem a escolha". 

Dawkins ao fazer essa afirmação mostrou sua veia eugenista porque segundo ele fetos com essa síndrome (e quem sabe com outras síndromes ou doenças que possam ser detectadas) não tem direito à existência. No facebook vi um debate onde algumas pessoas defendiam a postura do doutor Dawkins elencando os seguintes problemas: essas crianças são totalmente dependentes dos pais, e por isso os portadores da síndrome de down não teriam direito à existência.  Elas trariam sofrimentos para os pais?  Essas crianças sofreriam? Seriam um peso para a sociedade?

É certo que muitos pais amam seus filhos que tenham síndrome de down, paralisia cerebral ou qualquer outra síndrome, deficiência ou doença e duvido muito que eles concordem com o sr. Dawkins. Essas crianças e também adultos com síndrome de down, eles sofrem? São infelizes? Gostariam de ter sido abortados? Deveriam perguntar isso aos portadores dessa síndrome. Se as respostas forem negativas (a maioria das respostas serão) então aqueles que argumentam assim estão redondamente enganados.

Dawkins com seu viés cientificista afirma que fetos não tem direitos porque não tem um sistema nervoso desenvolvido e aqui Dawkins se revela péssimo filósofo. Acaso o feto detectado com síndrome de down não tem potencialidades para se tornar um ser humano? Não é um homem/mulher em potência? Ora, Dawkins é um homem em ato, isto é, realizou todas as potências é um homem de fato, mas Dawkins quando era feto foi um homem em potência e só chegou a ser ato porque antes foi potência, se essa potencialidade fosse cortada no ventre materno o mundo não conheceria o famoso biólogo, divulgador de ciência e militante ateu Richard Dawkins. Ademais, segundo essa tese de Dawkins nenhum feto tem direitos à existência porque não tem um sistema nervoso desenvolvido remete ao pater familias onde o pai tinha o direito de matar ou vender os filhos, pois não eram pessoas mas coisas.

Segundo Richard Dawkins é imoral trazer à luz pessoas com síndrome de down, então todos os pais que tendo detectado a síndrome de down em seus fetos e os deixam nascer são imorais? São imorais porque não os mataram? São imorais porque vão cuidar dessas crianças? Qual é a lógica disso?  Ultimamente o ícone do movimento neo-ateísta tem falado muita besteira e dando as suas opiniões um cunho cientificista.

Examinemos alguns argumentos dos defensores do novo deus (Dawkins) e de suas "palavras sagradas": Essas crianças serão sempre dependentes dos pais, nunca terão autonomia, serão um peso para a sociedade".
As crianças com síndrome de down podem ter uma vida normal e os adultos portadores da síndrome trabalham em diversos ramos e ajudam a sociedade como qualquer outro indivíduo, veja aqui o caso da professora Débora Seabra e há tantos e tantos outros casos por aí, é só pesquisar.

Parece que o sr. Dawkins não sabe a diferença entre o que é moral e imoral, ético e anti-ético, ele, homem "normal", cientista falando uma barbárie dessas, de seguidor de Darwin passou a seguidor de Francis Galton. Dawkins pode ser um excelente biólogo mas lhe falta filosofia, muita filosofia.

O biólogo e escritor de divulgação científica Richard Dawkins afirmou que dar à luz a bebês com síndrome de down é imoral e chamou esses fetos de "isso".  Porque é imoral ele não explicou, antes ele disse: "

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