- Comunismo
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Mais:
Socialismos materialistas e irreligiosos
Anarquismo socialista
Todos pontuando os defeitos do Capitalismo, fazendo-lhe oposição e aspirando substituí-lo ou sucede-lo. No primeiro caso temos quatro sistemas totalitários em maior ou menor grau e no segundo sistemas politicamente liberais ou democráticos, ou melhor policráticos e ao menos quanto a este tema, o da organização política, estamos decididamente com o segundo grupo, i é com Bakhunin, Kropotkin, Poulantzas e alguns outros teóricos da democracia direta, que é a saída inversa para a democracia indireta ou representativa e saída pela superação não pela negação.
Aqui nossas diferenças são apenas quanto as fontes e os métodos, pois nós, com Sócrates, Platão e Aristóteles partimos da essencialidade Ética, encarando o socialismo como manifestação ou expressão de uma justiça cósmica e consciência universal, eterna, imutável... E acreditamos na via institucional ou das reformas políticas, sem no entanto repudiar a doutrina da guerra justa. Todavia encaramos com máxima cautela a 'mística da violência' e preferimos, sem duvida, o método da desobediência civil. Pelo simples fato do sistema capitalista ser vulnerável a inação ou a paralisação do elemento produtor. O que no entanto exige introjeção e expansão de consciência, alias tarefa precípua a que não se pode fugir impunemente.
O homem deve ser educado para o socialismo no âmbito da cultura. Introjetar princípios e valores socialistas neste homem e revolucionar sua mente, e revoluciona-lo internamente, e alterar seus paradigmas é categoricamente imperativo. E arma alguma tem ou terá poder suficiente para produzir tal consciência. Sem a qual todas as Revoluções revertem quando cessa a coerção externa ou física. Tornando aquele homem a ser cooptado pela ideologia capitalista.
Que dizer agora sobre os totalitarismos?
Todos tem calcanhares aquileus ou pés de barro: Ali o ateísmo que conduz sempre e necessariamente ao relativismo, ali o cientificismo sem consciência, mais adiante o autoritarismo e reducionismo cultural e mais além a superstição abjeta e hedionda do racismo...
Aqui o homem é convertido em fração do partido, ali em cobaia, acolá em membro de uma pátria abstrata e por fim em lixo... E esmagado sem maiores contemplações em nome de tais realidades superiores quais sejam o partido, a ciência, o estado ou a raça; o homem racional e livre desaparece e com ele, ainda aqui e mais uma vez, nossa herança grega!
Organização política - não necessariamente partidária - é bom, ciência é excelente, cultura é vital... desde que cada um destes elementos seja vivificado por uma consciência Ética que reporte a dignidade humana, ao bem, ao amor, a justiça. Dispersos e isoladamente elevados acima do homem tornam-se igualmente daninhos e degeneram.
Sem a ideia de um Sumo Legislador cujas leis sejam racionalmente acessíveis ou de uma Revelação divina jamais saímos disto.
E ficam os naturalismos em continua luta, a semelhança das seitas protestantes que os precederam, ampliando a confusão reinante, alimentando o ceticismo e não poucas vezes fortalecendo a resistência do Capitalismo e demais formas de individualismo, bem como a alienação fundamentalista.
Eles são, me perdoem a crua expressão, como larvas a alimentarem-se de carne podre. Pois quando aparecem em cena o protestantismo e capitalismo já corromperam por completo a sociedade e a cultura, e capitalismo é necessariamente materialismo e por fim ateísmo, então não saímos disto. E tampouco encontraremos qualquer adjutório ou apoio nas doutrinas transcendentes, descarnadas e supersticiosas alimentadas pelos fundamentalismos de matriz semítica... Protestantismo Ortodoxo e islamismo aspiram cremar o cadáver e espalhar suas cinzas pela terra... Situação dramática!
Sem maiores evasivas direi que precisamos de algo que esteja situado entre o ateísmo e o materialismo a um lado e a religiosidade mística ou descarnada a outro. Como uma crença que incorpore a imanência, valorizando-a. Pelo que chegamos ao deísmo ou a religião natural dos antigos gregos e dos iluministas franceses ou ao Catolicismo antigo fundamentado nos Santos Evangelhos e na tradição. Talvez aqui possamos encontrar um critério Ético que seja saudável. Penso que ao menos devamos ouvir a um Sócrates e a um Platão ou a um Jesus Cristo e escutar-lhes as propostas.
Por que jaz o Ocidente prostrado face ao islã e correndo risco iminente de ser absorvido por ele?
Por que chegamos a semelhante estado de coisas, tão deplorável e tão arriscado?
Por que nos encontramos acuados e ameaçados?
Elemento houve em nosso passado que desagregou-nos e desde então esta desagregação não cessou de progredir e de avolumar-se.
E a melhor forma de conquistar um Império qualquer é dividi-lo.
"Divide e impera.", tal a divisa de César.
Quando a Europa era Una pela Cultura ou quando era inspirada pelos valores comuns instilados pelo Cristianismo antigo, soube resistir ao islã como um só homem, conte-lo e faze-lo recuar.
Passado os áureos dias de Lepanto, desde o século XIX, o islã tem retomado sua expansão as custas de uma civilização superficial envenenada pela confusão e pelo ceticismo.
Quem ensinou-nos a ser céticos e a duvidar de tudo???
Foulcault e os pós modernos, Kant antes deles e antes de Kant, Hume. Foram eles que demoliram as certezas pelas quais bem se vive e se ousa morrer. Foram eles que assassinaram a Verdade que regula as vidas. Foram eles que removeram o espírito que anima as consciências. Mas eles são produtos do protestantismo ou do ambiente protestante.
Lutero foi quem abriu a primeira brecha em nossa cultura fazendo com que o homem duvidasse da Igreja, até chegar a duvidar da Ética proposta pelo Evangelho. Quando este homem chegou a acalentar duvidas sobre o Cristo, teve de buscar outras fontes para sua Ética e não podia deixar de chegar aos confins do relativismo e do subjetivismo. Ou de precipitar-se no legalismo de religiões menos evoluídas... Abandonou o Evangelho que inspira para ser comandado por patrões, líderes, partidos, etc
Após o triunfo do ceticismo religioso por meio da reforma protestante o espírito do homem não mais achou repouso, fatigou-se, extenuou-se, dissipou-se... A ponto de negar a realidade percebida pelos sentidos! Tal o abismo em que veio a precipitar-se.
Não nos congregamos mais como irmãos e membros da mesma cultura com o objetivo de dar combate ao inimigo comum e insidioso.
Porque a fé que nos unia pela produção da cultura foi abatida.
Mas o protestantismo nos trouxe a Bíblia!
Nós trouxe os mitos e fábulas dos antigos judeus que face a ciência não podemos suportar e, consequentemente decepção e ceticismo!
Nos trouxe o livre exame, individualista a subjetivo com que se destrói a mensagem do Evangelho possibilitando a construção de diferentes e múltiplos Cristos!
Nos trouxe, vitorioso e triunfante aquele pessimismo agostiniano que nem mesmo o talento e gênio de um Montaigne ou de um Hervetius haviam conseguido injetar na sociedade papista como um todo.
Pela judaização, pelo livre examinismo e pelo agostinianismo, com sua teoria sobre a corrupção absoluta da natureza o protestantismo instilou o veneno do ceticismo nas veias da cultura européia. E no entanto este homem, europeu, asiático, americano ou africano, anseia por verdades sobre as quais apoiar suas ações... Assim se o ocidente nega-as, o islã oferece-as; e arrasta multidões de homens, inclusive de homens sábios e prudentes como um Roger Garaudy!
Natural que num cenário de pessimismo epistemológico, por detrás do qual avista-se o pessimismo antropológico de Mani, as pessoas flertem com o islã ou com qualquer outra coisa...
O islã é certamente falso. Mas sabe afirmar-se obstinadamente como verdadeiro! E nosso homem confuso, ansioso, angustiado, aflito, desiludido... deixa enganar-se pela aparência da verdade. E prefere a aparência da verdade a negação da verdade ou a dúvida metafísica e invencível enunciada por aqueles que sobreviveram ao triunfo efêmero da variedade das seitas protestantes.
Pois foi a variedade e a disputa que alimentou o ceticismo!
Foi o Biblismo, foi o livre examinismo, foi o agostinianismo... Tal a matriz de nossos males, de nossa crise, de nosso abalo! Tal a porta de entrada da nova ordem naturalista e dos posteriores conflitos - O protestantismo! A reforma!
Foi ela que restabeleceu a doutrina dos antigos sofistas em detrimento da via indicada por Sócrates e enfim por Platão e Aristóteles.
Foi ela que desfez a mentalidade racional e racionalista de nossas ancestrais, até certo ponto incorporada pela escolástica latina!
A reforma foi nosso desvio de rota! Foi o primeiro passo que nos conduziu a esta via dolorosa e val de lágrimas da cultura. Foi ela que engendrou a crise! Foi ela que corrompeu as fontes da cultura!
Então sabemos até onde devemos retrocedes e recuar!
Temos de revisar, de retroceder, de recuar, antes que o abismo nos engula.
Não temo dizer e declarar que precisamos nos reconciliar com o passado. Com as fontes e raízes da nossa cultura.
Aqui nossas diferenças são apenas quanto as fontes e os métodos, pois nós, com Sócrates, Platão e Aristóteles partimos da essencialidade Ética, encarando o socialismo como manifestação ou expressão de uma justiça cósmica e consciência universal, eterna, imutável... E acreditamos na via institucional ou das reformas políticas, sem no entanto repudiar a doutrina da guerra justa. Todavia encaramos com máxima cautela a 'mística da violência' e preferimos, sem duvida, o método da desobediência civil. Pelo simples fato do sistema capitalista ser vulnerável a inação ou a paralisação do elemento produtor. O que no entanto exige introjeção e expansão de consciência, alias tarefa precípua a que não se pode fugir impunemente.
O homem deve ser educado para o socialismo no âmbito da cultura. Introjetar princípios e valores socialistas neste homem e revolucionar sua mente, e revoluciona-lo internamente, e alterar seus paradigmas é categoricamente imperativo. E arma alguma tem ou terá poder suficiente para produzir tal consciência. Sem a qual todas as Revoluções revertem quando cessa a coerção externa ou física. Tornando aquele homem a ser cooptado pela ideologia capitalista.
Que dizer agora sobre os totalitarismos?
Todos tem calcanhares aquileus ou pés de barro: Ali o ateísmo que conduz sempre e necessariamente ao relativismo, ali o cientificismo sem consciência, mais adiante o autoritarismo e reducionismo cultural e mais além a superstição abjeta e hedionda do racismo...
Aqui o homem é convertido em fração do partido, ali em cobaia, acolá em membro de uma pátria abstrata e por fim em lixo... E esmagado sem maiores contemplações em nome de tais realidades superiores quais sejam o partido, a ciência, o estado ou a raça; o homem racional e livre desaparece e com ele, ainda aqui e mais uma vez, nossa herança grega!
Organização política - não necessariamente partidária - é bom, ciência é excelente, cultura é vital... desde que cada um destes elementos seja vivificado por uma consciência Ética que reporte a dignidade humana, ao bem, ao amor, a justiça. Dispersos e isoladamente elevados acima do homem tornam-se igualmente daninhos e degeneram.
Sem a ideia de um Sumo Legislador cujas leis sejam racionalmente acessíveis ou de uma Revelação divina jamais saímos disto.
E ficam os naturalismos em continua luta, a semelhança das seitas protestantes que os precederam, ampliando a confusão reinante, alimentando o ceticismo e não poucas vezes fortalecendo a resistência do Capitalismo e demais formas de individualismo, bem como a alienação fundamentalista.
Eles são, me perdoem a crua expressão, como larvas a alimentarem-se de carne podre. Pois quando aparecem em cena o protestantismo e capitalismo já corromperam por completo a sociedade e a cultura, e capitalismo é necessariamente materialismo e por fim ateísmo, então não saímos disto. E tampouco encontraremos qualquer adjutório ou apoio nas doutrinas transcendentes, descarnadas e supersticiosas alimentadas pelos fundamentalismos de matriz semítica... Protestantismo Ortodoxo e islamismo aspiram cremar o cadáver e espalhar suas cinzas pela terra... Situação dramática!
Sem maiores evasivas direi que precisamos de algo que esteja situado entre o ateísmo e o materialismo a um lado e a religiosidade mística ou descarnada a outro. Como uma crença que incorpore a imanência, valorizando-a. Pelo que chegamos ao deísmo ou a religião natural dos antigos gregos e dos iluministas franceses ou ao Catolicismo antigo fundamentado nos Santos Evangelhos e na tradição. Talvez aqui possamos encontrar um critério Ético que seja saudável. Penso que ao menos devamos ouvir a um Sócrates e a um Platão ou a um Jesus Cristo e escutar-lhes as propostas.
Por que jaz o Ocidente prostrado face ao islã e correndo risco iminente de ser absorvido por ele?
Por que chegamos a semelhante estado de coisas, tão deplorável e tão arriscado?
Por que nos encontramos acuados e ameaçados?
Elemento houve em nosso passado que desagregou-nos e desde então esta desagregação não cessou de progredir e de avolumar-se.
E a melhor forma de conquistar um Império qualquer é dividi-lo.
"Divide e impera.", tal a divisa de César.
Quando a Europa era Una pela Cultura ou quando era inspirada pelos valores comuns instilados pelo Cristianismo antigo, soube resistir ao islã como um só homem, conte-lo e faze-lo recuar.
Passado os áureos dias de Lepanto, desde o século XIX, o islã tem retomado sua expansão as custas de uma civilização superficial envenenada pela confusão e pelo ceticismo.
Quem ensinou-nos a ser céticos e a duvidar de tudo???
Foulcault e os pós modernos, Kant antes deles e antes de Kant, Hume. Foram eles que demoliram as certezas pelas quais bem se vive e se ousa morrer. Foram eles que assassinaram a Verdade que regula as vidas. Foram eles que removeram o espírito que anima as consciências. Mas eles são produtos do protestantismo ou do ambiente protestante.
Lutero foi quem abriu a primeira brecha em nossa cultura fazendo com que o homem duvidasse da Igreja, até chegar a duvidar da Ética proposta pelo Evangelho. Quando este homem chegou a acalentar duvidas sobre o Cristo, teve de buscar outras fontes para sua Ética e não podia deixar de chegar aos confins do relativismo e do subjetivismo. Ou de precipitar-se no legalismo de religiões menos evoluídas... Abandonou o Evangelho que inspira para ser comandado por patrões, líderes, partidos, etc
Após o triunfo do ceticismo religioso por meio da reforma protestante o espírito do homem não mais achou repouso, fatigou-se, extenuou-se, dissipou-se... A ponto de negar a realidade percebida pelos sentidos! Tal o abismo em que veio a precipitar-se.
Não nos congregamos mais como irmãos e membros da mesma cultura com o objetivo de dar combate ao inimigo comum e insidioso.
Porque a fé que nos unia pela produção da cultura foi abatida.
Mas o protestantismo nos trouxe a Bíblia!
Nós trouxe os mitos e fábulas dos antigos judeus que face a ciência não podemos suportar e, consequentemente decepção e ceticismo!
Nos trouxe o livre exame, individualista a subjetivo com que se destrói a mensagem do Evangelho possibilitando a construção de diferentes e múltiplos Cristos!
Nos trouxe, vitorioso e triunfante aquele pessimismo agostiniano que nem mesmo o talento e gênio de um Montaigne ou de um Hervetius haviam conseguido injetar na sociedade papista como um todo.
Pela judaização, pelo livre examinismo e pelo agostinianismo, com sua teoria sobre a corrupção absoluta da natureza o protestantismo instilou o veneno do ceticismo nas veias da cultura européia. E no entanto este homem, europeu, asiático, americano ou africano, anseia por verdades sobre as quais apoiar suas ações... Assim se o ocidente nega-as, o islã oferece-as; e arrasta multidões de homens, inclusive de homens sábios e prudentes como um Roger Garaudy!
Natural que num cenário de pessimismo epistemológico, por detrás do qual avista-se o pessimismo antropológico de Mani, as pessoas flertem com o islã ou com qualquer outra coisa...
O islã é certamente falso. Mas sabe afirmar-se obstinadamente como verdadeiro! E nosso homem confuso, ansioso, angustiado, aflito, desiludido... deixa enganar-se pela aparência da verdade. E prefere a aparência da verdade a negação da verdade ou a dúvida metafísica e invencível enunciada por aqueles que sobreviveram ao triunfo efêmero da variedade das seitas protestantes.
Pois foi a variedade e a disputa que alimentou o ceticismo!
Foi o Biblismo, foi o livre examinismo, foi o agostinianismo... Tal a matriz de nossos males, de nossa crise, de nosso abalo! Tal a porta de entrada da nova ordem naturalista e dos posteriores conflitos - O protestantismo! A reforma!
Foi ela que restabeleceu a doutrina dos antigos sofistas em detrimento da via indicada por Sócrates e enfim por Platão e Aristóteles.
Foi ela que desfez a mentalidade racional e racionalista de nossas ancestrais, até certo ponto incorporada pela escolástica latina!
A reforma foi nosso desvio de rota! Foi o primeiro passo que nos conduziu a esta via dolorosa e val de lágrimas da cultura. Foi ela que engendrou a crise! Foi ela que corrompeu as fontes da cultura!
Então sabemos até onde devemos retrocedes e recuar!
Temos de revisar, de retroceder, de recuar, antes que o abismo nos engula.
Não temo dizer e declarar que precisamos nos reconciliar com o passado. Com as fontes e raízes da nossa cultura.
Alias a própria igreja romana precisa recuperar-se, precisa lavar-se e purificar-se da poluição protestante com sua RCC... Precisa superar seu tradicionalismo formalista amancebado com o capitalismo... Precisa construir uma teologia da libertação fundamentada na tradição dos antigos padres, etc Precisa recuperar sua identidade e sua consciência. Ou ser substituída inexoravelmente pelo Catolicismo Ortodoxo...
Com ou sem as igrejas romana e anglicana precisamos resgatar o nosso passado ante protestante. Nosso passado de unidade e fé. Nosso passado de Ética e amor. Nosso passado de Evangelho e tradição. Temos de retornar até ele para fazer frente ao islã. Richard Dawkins reconheceu-o honestamente. Não saímos desta crise funesta sem cristianismo e sem cristianismo Católico, porque nela fomos postos e iniciados pelo pseudo Cristianismo protestante com seus delírios individualistas, subjetivistas e relativistas...
Precisamos resgatar a preciosa noção de Verdade que conduz a Unidade e leva a ação.
Temos de nos reconciliar socialmente com o Catolicismo ou no mínimo com o Socratismo, matriz de nossa cultura. Desprovida de seus alicerces e fundamentos a cultura vem abaixo como uma residência sujos alicerces foram removidos. O alicerce de todas cultura é a religião, ou, subsequentemente a Filosofia. Comte iludiu a humanidade fazendo-a crer que a ciência era capaz de substituir a Filosofia, e isto pelo simples fato que esta raramente e com suma dificuldade consegue substituir a religião. Infiéis ao absoluto como serão os homens fiéis ao relativo e ao subjetivo??? Mas a percepção??? A percepção comum as pessoas sãs (Alf Ross). Bravata, pura Bravata pois após a razão ou a negação da razão tudo acaba cedendo... Ademais Hume a semelhança de Protagoras (Alf Ross) já teceu cerrada crítica aos sentidos e a razão, asseverando que não há certeza alguma e que o conhecimento científico é tão aparente, ilusório e enganador quanto os conhecimentos religioso e metafísico.
Kant por mais ginástica mental que tenha feito morreu a praia e reconheceu que os sentidos sempre distorcem a realidade. Ciência só é exteriormente ou externamente válida porque produz resultados vantajosos, o que tampouco torna-a verdadeira... A realidade permanece sempre oculta por trás do véu e o homem ignorando a 'essência' de um simples alfinete, em seu estado de ignorância invencível e absoluta. Nada sabemos quanto ao que se acha para além do fenômeno e jamais deixamos de pertencer ao império da ignorância.
Sem fé, sem razão e sem percepção; eis o homem contemporâneo nu e cru... Morre junto com a noção de divindade e miseravelmente perece dentro de si tendo suas habilidades negadas! Que resta a este homem: NADA, NADA, NADA... A reta final e o ponto de chegada de tudo isto é o nihilismo. O fim de toda esta escolástica irracional, anti sensorial e anti humanista. Nada resta ao homem, apenas um nada absoluto no lugar do absoluto. Não há Deus, mas também não se pode dizer que há homem, que há universo... Pois este ser infeliz chega a duvidar da própria existência e da existência do universo, chega as fronteiras da loucura, a insanidade! E os clamores da razão que nele habita e que não pode calar atormentam-no como Tântalo. E ele sofre por ter negado a si mesmo e profanado sua condição!
É este homem pós moderno ou kantiano, ou cético pior do que uma jabuticabeira. Esta corresponde a seu fim produzindo jabuticabas. Os sentidos jamais atingem seu fim, que seria informar o homem sobre a realidade externa a si. Antes pelo contrário desinformam-no na medida em que alteram a realidade e produzem realidades diferentes e antagônicas inclusive. E a jabuticabeira atingindo seu fim atinge-o inconscientemente, enquanto, oh desgraça suprema, o homo sapiens ou melhor non sapiens tem consciência de sua frustração, enfim de que é um ser desajustado ou inepto!
Para que consciência então???
Não era melhor permanecer na inconsciência de tão deplorável estado?
De tão calamitosa realidade, a saber, de que desconhecemos ou ignoramos a realidade?
Tolo o que dá ouvidos ao falastrão A Comte apegando-se a ilusão da ciência como uma náufrago apega-se a uma tábua em meio a vastidão do mar imenso... Apenas para prolongar-lhe a agonia! Protágoras, Hume e outros já mandaram ao fundo o batel de I Kant seu mestre. Fez água e afundou-se. Tudo quanto resta após Nietzsche e Foulcault são interpretações ou leituras. Que se constrói com interpretações ou leituras em termos de Cultura ou Sociedade? NADA, NADA, NADA...
Os homens que lançaram os fundamentos de nossa Sociedade, lançaram-nos porque acreditavam numa verdade, fosse religiosa ou metafísica e foi a verdade que levou-os a atuar buscando criar ou transformar a realidade. Negado o acesso a realidade por meio da verdade fica o homem entorpecido e paralisado. Para criar é necessário saber e saber de fato... A ignorância nada cria, abismasse e fechasse em si mesma. Nega o mundo, nega a sociedade, nega o homem, nega a dor, nega o sofrimento e por isso é incensada pelo liberalismo econômico. Ademais aquele que não chega a solução final como o jovem Werther, aliena-se consumindo... e alimentando o Mercado. Esse homem não se posiciona, não contesta, não faz nada e permanece sempre em mórbida contemplação de si mesmo, em estado de inércia, babando diante de sua estupidez.
Não será agente da civilização, não será atuante face ao islã... Pois não se arriscará e tampouco morrera pelo que é ilusório ou aparente. O que crê ou julga saber algo tem motivos para resistir, o que nega a realidade tenderá a acomodar-se... e a fazer concessões. Mas nós precisamos de lutadores e combatentes. De pessoas que vivam e morram pela cultura ancestral. Por isso temos de retomar o espírito que produziu esta cultura, por isso temos de nos reportar aos pensadores gregos ou aos padres da igreja em busca de salutar inspiração.
Temos de destroçar este cipoal de naturalismos e cortar o górdio do ceticismo, e só podemos faze-lo retrocedendo ao estádio anterior ao protestantismo i é a fé Católica, a lei de Cristo, a voz do Evangelho, a luz da tradição... Não ao Catolicismo ocidental desfigurado pelo agostinianismo maniqueista, mas ao Catolicismo antigo, legítimo, Ortodoxo que afirma e reconhece as capacidades do homem, seja sua racionalidade ou sua livre vontade e capacidade para o bem e a virtude.
Somente por via do Catolicismo ou do deísmo (talvez) atingiremos os ideais gregos da liberdade e da justiça ou seja da democracia e do socialismo superando as ilusões do totalitarismo e do individualismo, os quais não fazem parte da nossa cultura.