sábado, 16 de abril de 2011

Espantalho e Wellington Menezes de Oliveira o que eles tem em comum?

O que o Espantalho um dos inimigos do Batman tem a ver com o Wellington Menezes de Oliveira? Espantalho é um personagem fictício enquanto Wellington foi um ser real, mas ambos tem algo em comum, a saber: o bullyng. O Espantalho, Jonathan Crane é um psicólogo e cientista e em algumas histórias, psiquiatra. Quando criança e adolescente, o futuro Espantalho, sofreu bullyng por ser tímido, fraco e esquisito. Ele cresceu com desejo de vingança não só contra aqueles que lhe maltrataram mas contra toda a humanidade. Com o serial killer do Realengo aconteceu a mesma coisa, foi humilhado e sofreu maus-tratos e esses fatos são as causas do efeito que foram as mortes dos 12 adolescentes da escola que fica em Realengo. Sempre gostei de ler os Hqs (histórias em quadrinhos) do Batman, não pelo Batman em si, mas pelos perfis psicológicos bem traçados, bem delineados. Em minha opinião os Hqs do Batman são ótimos manuais de psicologia. Através deles percebemos que não existe uma natureza humana intrinsecamente má, pelo contrário, as pessoas se tornam más por uma série de fatores que sofreram e que suas mentes não conseguiram suportar. Então, esses bandidos são antes vítimas da sociedade do que fascínoras como a mídia nos quer fazer acreditar. Com isso, não estou afirmando que concordo com o falecido Wellington, mas entendo que seus atos não foram atos isolados, mas são fatos ligados a outros fatos, ou seja, uma sucessão de causa e efeito. O Espantalho do Batman também não é um bandido mau por natureza, mas vítima de uma sociedade hipócrita que se guia mais pelas aparências do que pela essência. A sociedade cria seus monstros e depois quer matá-los.

3 comentários:

Professora Lu disse...

Meu amigo,
a minha revolta é tanta!!!
Também fui vítima de bullyng e outras coisas a mais, e nem por isso eu saio descontando em todos. Já pensou se eu pegasse para Cristo um aluno que cometesse as mesmas atitudes que um dia cometeram comigo quando pequena?
Para mim nenhum ato de violência é justificado... Beijos e uma linda semana para você!!!!

Fernando Rodrigues Felix disse...

Querida professora Lu, entendo sua revolta mas não devemos julgar os fatos a partir de nossas revoltas.

Também eu em minha adolescência fui vítima do bullyng, era saco de pancadas e as meninas me chamavam de feio, de ridículo e louco. Enfim superei esses traumas, mas claro que não posso dizer que minha psique está incólume. Nós superamos essas dores, mas isso não quer dizer que todos superem, pois cada pessoa é uma pessoa distinta de outras pessoas com suas vivências.

Se eu não fiz o que ele fez, é porque minha mente estava preparada para isso e porque tive apoio de minha mãe.

Mas sempre digo que entre a loucura e a sanidade existe apenas um fio tênue.

Abração e uma linda semana pra você também. =)

J.L.Tejo disse...

Uma mente desequilibrada precisa do menor estopim para estourar.

É evidente que nem todo "louco", nem toda vítima de bullying, e nem todo cristão fundamentalista irá cometer assassinatos em massa; mas isso tudo junto é uma mistura explosiva.

Mas, se sequer os psiquiatras estão de acordo (afinal, o "paciente" não está mais aqui para ser analisado), só posso apenas dar uns pitacos.