quarta-feira, 7 de junho de 2017

Seleções de artigos - História, historiografia e Cristianismo

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Fragmento tomado ao prefácio de nossa obra 'História crítica do Cristianismo antigo' (2013)



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Cristianismo - a religião histórica por excelência


March Bloch em sua 'Apologia a História' aludiu ao Cristianismo como sendo a religião histórica por excelência ou como uma religião de historiadores.

E a razão disto é bastante simples.

Para o povo Cristão, a Encarnação do Verbo equivale a entrada de Deus no domínio finito do tempo e do espaço.

Na medida em que "O Verbo se fez carne e habitou entre nós." tornou-se Deus Emanuel, ou seja companheiro, parceiro, alguém que esta próximo e caminha junto conosco e não uma entidade distante e afastada.

Passa o Deus transcendente a partilhar com os mortais das unidades finitas do tempo e do espaço pelo simples fato de tornar-se também Imanente ou 'verdadeiro homem' em tudo semelhante a nós menos na maldade.

Desde então, para os Cristãos o mistério da Encarnação, e consequentemente o mistério do tempo converte-se no eixo, centro, foco e chave da História humana.

Foi justamente por isto que a História Ocidental foi cindida em duas grandes Eras, a que precede e a que sucede a manifestação do Deus encarnado.

Na encarnação cruzam-se dois mistérios: O mistério de Deus e o mistério do tempo. Ambos entrelaçam-se na pessoa de Cristo e formam um grande todo.

Daí o fascínio exercido pela História sobre a mentalidade Cristã desde os tempos mais remotos, o qual levou Hegesipo a escrever suas 'Ypomnémata' ou memórias, cerca de 180 desta Era. Sexto Julio Africano a compor sua Chronographiai - A primeira História Universal elaborada por um Cristão, alias dedicada mais a história profana ou gentílica do que a História da Igreja, a qual dá muito pouca atenção -  cerca de 220, Hipólito a editar seu Chrosnicon vinte anos depois (240), e Mar Eusébio de Cesarea a elaborar sua 'Pantadope História' ou História universal, traduzida para o Latim e ampliada por Jerônimo de Stridon. 

Todas estas Histórias universais tiveram escopo salientar por quais modos teria Deus preparado as diversas culturas - Egipcia, Babilônica, Persa, Grega, Romana, Fenícia e Hebraica - para sua futura vinda, já por meio de comunicações sobrenaturais, oráculos e profecias; já por meio do cultivo da via racional ou da Filosofia.

Só para constar foi Eusébio a quem pela primeira vez ocorreu a feliz ideia de estabelecer um quadro sincrônico dos fatos históricos acontecidos em diversas culturas distintas. Assim em seus 'canones' dispôs em colunas paralelas os principais eventos ocorridos na Mesopotâmia, no Egito, na Palestina, Fenícia, Grécia e Roma, conforme o critério da simultaneidade. 


A produção Histórica Cristã -


Cento e trinta anos após Hegesipo ter dado o primeiro passo em direção da historiografia Cristã e composto seu ensaio, o já citado Eusébio Pânfilo, Bispo de Cesareia, compôs sua obra máxima a assim chamada 'História Eclesiástica', propondo-se a narrar circunstanciosamente tudo quanto ocorrera da ascensão do Salvador até o Édito de Milão (313) sob a governação de Constantino César.

Eusébio soube dispor de dupla vantagem: Ter pleno acesso a biblioteca organizada por Orígenes e Pânfilo em Cesareia marítima setenta anos antes e ser uma espécie de 'ministro de cultos' ou mesmo secretário do Monarca para assuntos da natureza religiosa. De maneira que acabou tendo acesso a todos os arquivos existentes - Eclesiásticos e profanos - coletando documentos de natureza antiquissima tombados por seus predecessores e mandando trazer outros tantos de todas partes do Império. Estava portanto muito bem qualificado e preparado.

Nem nos devemos admirar de que a maior parte dos documentos que ele pode consultar - como o 'Logion Kuriakon Ecsegéseis', de Pápias, Bispo de Hierapolis e ouvinte de S João; as já citadas memórias de Hegesipo, as Hypotposeis de S Clemente, o Elenchos de S Justino, as obras de Ariston, Milciades, Apolinário, Melitão, etc - estejam atualmente perdidos. De modo que só temos acesso a tais fragmentos graças a ele, Eusébio.

Eusébio também mostrou-se bastante capaz de compreender o valor das cartas ou das correspondências para a História, antecipando-se a muitos de seus coetâneos. Daí ter compulsado as cartas de Irineu, Clemente, Orígenes, etc as quais tampouco temos acesso.

Eis porque sua História eclesiástica é fonte única para nós e consequentemente o registro Cristão mais importante após o Novo Testamento e os escritos dos Padres Apostólicos - Didaké, Clemente Romano, Inácio, etc

Não fossem os esforços de Eusébio tudo quanto diz respeito aos três primeiros séculos desta Era seria absolutamente misterioso para nós em termos de Cristianismo, achando-se os Cristãos na mais completa penumbra e obscuridade a respeito de suas origens. Outros atribuem a invenção das estruturas sincrônicas a Sexto Julius.



Bibliografia historiográfica do Cristianismo - (Oriente)


A partir de Eusébio a moda ou 'mania' de compor obras sobre a História da Igreja - A qual comportava por assim dizer a História duma sociedade que era eminentemente religiosa - pegou e o número delas acabou multiplicando-se-se ao infinito. Tanto que os alemães reuniram uma autêntica biblioteca intitulada 'Cronistas' Bizantinos na qual o principal assunto é obviamente a igreja de Bizâncio, então capital da parte remanescente do antigo Império romano.

Gelásio de Cesaréia sucessor de Eusébio compôs a biografia de seu ilustre predecessor e a continuação de sua História eclesiástica. Sua obra foi continuada por homens ainda mais habilidosos assim Sócrates e Sozomeno, dois intelectuais bizantinos - O primeiro jurista - que teriam vivido na primeira metade do século V, e que parecem ter baseado suas obras, nas obras de Tucidides, Éforo, Teopompo Políbio. 

Teodoreto - Bispo de Cirro e amigo de Leão, o grande de Roma - continuou as obras de ambos até cerca de 475.

Entrementes Filipe de Sides (Ortodoxo) publicou sua alentada Christianiké em 36 volumes - A maior História eclesiástica de que se tem notícia - resumidos pelo patriarca S Fócio na "Biblioteca" e o ariano Filostorgo sua História em 12 volumes, resumida pelo mesmo S Fócio.

A primeira tentativa de legar a posteridade uma série de biografias dos 'homens base' do Cristianismo ou seja dos Bispos, mártires e doutores dos primeiros séculos foi composta por Jerônimo de Stridon em 392.

Ele tomou por base a obra homônima (Viribus illustris) de Suetônius - Sendo influenciado também pelas 'Vidas de Cornélio Nepos e pelas 'Vidas paralelas' de Plutarco de Queronea - e alistou 135 personagens.

Outros tantos personagens foram acrescentados pelo monge Genádio de Marselha (século V), por Isidor de Sevilha e por Idelfonso de Toledo (Estes dois últimos salientando em especial os escritores da Espanha). 

A História de Gelásio de Císico, acrescenta alguns registros a de seu homônimo Gelásio de Cesaréia. João Diacrinômenes completa Teodoreto até cerca de 510 e Basílio da Cilicia até 540 embora as Histórias de ambos principiem em 440. A Chronographia de João Malalas atinge 563. Zacarias Bispo de Metilene adiantou sua Historia até 570, partindo de 450.

Mais tarde no século VI - cerca de 530 - Teodoro, o leitor - Uniu as três Histórias eclesiásticas de Sócrates, Sozomeno e Teodoreto numa só; ele acrescentou quatro livros de sua própria autoria os quais mais tarde foram resumidos pelos cronistas bizantinos.

A tripartida foi traduzida para o latim por Epifânio dito, o monge e - mais tarde - associada a História de Eusébio (Traduzida e reformulada por S Rufino de Aquiléiaconstando a tripartida dos latinos de quatro volumes: Eusébio traduzido por S Rufino mais a tripartida de Teodoro traduzida por Epifânio. Posteriormente alguns copista acrescentaram um quinto volume, o já citado Chronicon de Jerônimo. Total: Quatro volumes > Eusébio + Sócrates + Sozomeno + Teodoreto; avançando a 475.

A outra Tripartida, mais recente, foi elaborada por Anastácio, o bibliotecário com base nas Histórias de Sinkellos, Teophanes Nicéforo. 

A 'Crônica de Arbela' foi composta em 530 por Massihhazek com base em registros muito mais antigos que chegam ao século II e é quase tão importante para a História do Cristianismo quanto a obra de Eusébio. A 'Crônica de Edessa' também é vital para o conhecimento de nossas raízes pois suas fontes chegam até o ano 130 d C. A 'Crônica de Alexandria' talvez composta por Aniano ou por Panodoros também apresenta documentos que remontam ao século II.

João de Éfeso leva sua História até 585 ultrapassando em quinze anos a de Zacarias, e suprindo exatamente o que falta para este período. Evágrio o escolástico narra os eventos sucedidos até 594. Outro autor de importância foi João Malalas i é o retórico, cuja História se estende até o reinado de Justiniano. 

A partir daí seguem os historiadores da Diaspora: Joshua de Zuqnin ou Amid, que levou sua narrativa até 755, João de Nikiu, Mar Iacobus de Edessa, Agapios, Dinisius de Tal Mahre, Cirilo de Edessa, Mikail, Yahya de Antakia, Denis Bar Saliba, Bar Hebraeus (Abu Faraj), Abduisho Soba, Giorgios abd el Amin (Elmacin), etc que descreveram a vida das comunidades Ortodoxas sob o jugo do Islã e dos califas dos infiéis.

Moshe de Khorene escreveu na História dos armênios. Samuel Anetsi foi quem pela primeira vez elaborou uma Cronologia da Armênia. Sebeos de Bragatunis escreveu uma narrativa valiosa sobre os impérios romano e sassânida bem como sobre o aparecimento do Islã.

S Fócio foi o primeiro dentre os Cristãos a quem ocorreu a feliz ideia de transmitir uma resenha de cada livro lido por si juntamente com a biografia do autor e apreciações críticas em seu 'Myriobiblion' ou Biblioteca, que consta de 280 sessões. Então ele merece ser considerado como o legítimo pai ou pioneiro dos estudos patrísticos.

Os autores da Suidas seguindo os passos de S Fócio preservaram o essencial da cultura greco romana, reduzindo a Biblioteca de Bizâncio a uma imensa Enciclopédia literária, cujos elementos cristãos não são nada desprezíveis. Segundo alguns especialistas a Suidas seria uma epítome do grande Dicionário bio bibliográfico escrito por Hesíquio de Mileto. 

Os de Bizâncio seguiram sua tradição de modo que, Imperador após Imperador, ano após ano, século após século sucederam-se os Bispos e monges cronistas até a queda da capital em 1453. Estevão o Cronógrafo, Constantino Porfiriogenetes, Giorgios Sinkellos, Giorgios Hamartolos, Nikephóro; Batrak, Teófanes; o confessor, Simeão; o logotheta, Girgis Cedrenus, Teodor Balsamon, Nikephóros Calixtino, Mikail Pselles, Anna Comeno, Glyka, Pakimeros, Teophylactus de Simocatta, Nikitas Akominatus, Dimitri Kidones, Gregórios Akindines, Nikephoros Gregoras, Zonaras, Genádios Escolástico, Leon Khalkondiles,... Foram alguns dos que deixaram relatos. Os três primeiros levaram adiante a tarefa de compor Histórias universais e Sinkellos adotou o modelo de Eusébio, dispondo sua narrativa em tabelas sincrônicas. Já os monges alexandrinos Aniano Panodorus haviam vulgarizado o uso de tais tabelas no século V.

Nestor, o cronista compôs a primeira História dos russos e Helmond de Plun Crônica dos eslavos onde refere a conversão dos eslavos polabios. Mar illa de Nisibis compôs o Kitab al azmina ou Chronographiae, valiosa quanto ao novo império persa. 


Bibliografia historiográfica do Cristianismo - (Ocidente, até 625)



Os ocidentais principiaram a escrever suas Histórias com Aulus Orosio, amigo pessoal de Agostinho de Hipona. Compôs ele uma alentada 'História contra os pagãos' objetivando corroborar e ampliar a 'Cidade de Deus' de Agostinho. Este havia se limitado a focalizar a História do Império romano, Orosio aventura-se a focalizar as Histórias dos Babilônicos, Cartagineses e Gregos antes de chegar aos romanos.

A quem interessar-se mais por estes dois autores recomendamos este outro artigo de nossa autoria:

http://diariodeumbobodacorte.blogspot.com.br/2017/05/o-sentido-da-cidade-de-deus-em.html

Sulpicio Severo escreveu uma História universal até o ano 400. Próspero de Aquitânia levou sua crônica até 455. O espanhol Idácio estendeu sua narrativa até 468, Marcelim Comes continuou até 534, Vitório de Tununes, o confessor, chegou a 566 e João Biclaro completou a série, levando sua História até 590. Essas narrativas dizem respeito ao tempo em que os reinos dos bárbaros entretinham relações diplomáticas com Bizâncio e ao tempo em que os bizantinos ainda dominavam a Palestina. A partir daí a fonte de informação passa a ser a Tripartite de Anastas.

Apenas os gregos continuam a manter cronistas e a elaborar Crônicas periódicas.

A própria Cidade de Deus de Agostinho (415) representa já um monumento historiográfico pelo simples fato de referir os acontecimentos de seu próprio tempo buscando compreende-los em conexão com fatos do passado longevo e reportando-se a fontes tão antigas quanto Terentius Varro.

A narrativa de Isidor de Sevilha chega a 615.

O escritor carolingio Aymon de Halberstadt compôs a última universal da Igreja - dos quatro primeiros séculos - em 853. Adão de Vienne registrou a história de Carlos Magno e seus sucessores em sua Crônica. Assim os 'Annales' de Flodoardus de Reims. Assim a famosa Vita Carolus de Eignhart, as 'Histórias' de Freculfo e a Crônica de Regino abade de Prum, bastante importante quanto aos sucessores de Carlos Magno e mesmo quanto a História da Bulgária, o que não deixa de ser surpreendente.

A História dos visigodos composta pelo já citado Isidor chega a 625. Jordanes e o abade Cassiodoro de Vivarium escreveram as Histórias dos Godos e invasões bárbaras. Gregório de Tuors escreveu a História das Gálias (Hist Francorum) em dez volumes, Gildasius Beda de Jarrow escreveram a História dos reinos da Inglaterra desde quando a fé lá teria sido introduzida por S Jose de Arimateia. Paulo, o diácono compôs a História dos Lombardos, Kosmas decanus de Praha, escreveu a Chronica Boemorum, a primeira História dos tchecos.

Após este tempo (século X) a historiografia latina reverteu ao regionalismo. Desde então, por mais de meio milênio os ocidentais (Até cerca de 1350) escreveram apenas as histórias de seus mosteiros, igrejas, vilas ou cidades (Assim a Chronica de Evesham de Dominic de Evesham, Chronica de Farfa por Gragório da Cataniae, "História da Igreja de York de Hugo o Chantre, a "História da abadia de Vézelay" de Hugo de Poitiers, "História da diocese de Hamburg" por Adão de Bremen, "História dos Bispos de Liége" por Heriger de Lobb, A 'Historia mediolanensis' de Landolfo, Crônica Salernitana de Romualdo Guarna, "Exordius" de Simeão de Durham, etc) raramente de seus países e ignoraram por completo as 'Histórias universais' que pretendiam partir da criação do mundo ou de um passado remoto envolvido pelas brumas da mitologia, substituindo tais narrativas pela reprodução dos primeiros capítulos do livro do Gênesis e desembocando já na Era Cristã, a partir de Augusto. 

De modo que a Introdução ou proêmio seguia quase sempre este plano: Primeiros Capítulos do Gênesis + Breve referência ao Augusto e ao nascimento de Cristo seguindo pelos Atos dos Apóstolos + O relato da conversão do pais em questão e da fundação da cidade ou mosteiro

Outra solução possível era resumir a Tripartida de Epifânio até chegar onde queriam.

A bem da verdade buscavam conservar o título (História do mundo) e até revelavam certa abrangência ou amplitude - Copiada - quanto ao Império romano. Como se pode inferir a partir de sua leitura, eram 'universais' apenas em sentido Histórico, quanto ao passado anterior a queda do Império romano. Após a queda do Império o foco geográfico de tais históricas se ia restringindo cada vez mais até que - no que se refere a época dos autores ou aos séculos imediatamente anteriores - assumia proporções bastante modestas, fossem diocesanas, citadinas, regionais e mais raramente nacionais; predominando sensivelmente as narrativas feudais sobre determinado mosteiro ou igreja. Exemplo clássico neste sentido é a 'Chronica' de Richard Pictaensis conhecido também como Richard de Poitiers, a qual a partir do século VII concentra-se quase que exclusivamente nas Gálias i é na atual França.

A mais ampla das Histórias do século XI abarca apenas o Norte da França, Alemanha, Bélgica e Holanda. Tal a "De diversitate temporum" de Alpert de Metz.

Nem é preciso dizer que esta reversão da História universal  - Cujas raízes chegavam a Homero e Hesíodo - a uma história regional e isolada em seu próprio tempo, indica por si só uma crise cultural bastante grave, assim a destruição das grandes Escolas e Bibliotecas pelas invasores germânicos e árabes (Não nos esqueçamos dos Persas em 610) a partir dos séculos IV e VII. De que resultou a destruição das Bibliotecas de Cesarea, Atenas, Alexandria, Antioquia, Roma e Cartago.

A própria inexistência de uma Unidade mais ampla já política, já religiosa (desde 1054) e consequentemente de meios de transporte e comunicações transcontinentais, tornavam impossível uma ideia em termos de conjunto ou de mundo, o qual por sinal, desde 640 estava cindido em três regiões estanques: Cristã, islâmica e gentílica, cada qual com sua lingua e cultura predominante. Dificilmente algum Cristão daquele tempo leria - mesmo se conhecesse árabe - Ibn Fadlan, Ibn Battuta, Makrisi, Al Masudi, Al Biruni ou qualquer outro Cronista muçulmano. Como muito dificilmente um muçulmano devoto leria Sigeberto de Gembloux, Chronicon de Scottus Mariano ou a Crônica de Hermann Contractus. Que pensar então sobre a China de Sema Kuan???

Seja como for Anastácio, o bibliotecario, seguindo o modelo de Jerônimo pode compor o 'liber pontificalis' ou livro dos Bispos de Roma até seu tempo.

O modelo de História nacional mais acabada de que dispomos corresponde a 'Gesta Friderici imperatoris' de Otto de Freising, o qual escreveu também as 'Duas cidades' continuando as obras de Agostinho Orósio; ele floresceu no tempo de Mar Hugh Bispo de Jhalaba e ainda esta cheio de espírito Ortodoxo.

Glaberus escreveu sobre a França, a Escócia e o Sul da Itália em 1040. Ditmar de Merseburgo escreveu a Gesta dos imperadores alemães e Lamberto de Heresfeld as controvérsias entre o Império e o papado ao tempo de Henrique IV

William de Malmesbury que floresceu pelos idos do século XII compôs os "Atos dos reis de Inglaterra." Foi seguido por Geoffrey de Monmouth, autor da "Historia regum Britanniae", Willian de Newbury autor da "Historia rerum anglicanorum", João de Worcester com a "Crônica das crônicas", Henrique de Huntingdon autor da "Historia anglorum" e Simeão de Durham com sua "Historia regum anglorum et dacorum". Os monges ingleses obtiveram destaque nesta área porque foram herdeiros de uma tradição irlandesa cujas raízes penetram na antiguidade clássica. cf Th Cahill

Eadmerus 
foi quem transplantou esta tradição a Albion no século X. Compondo ele mesmo uma narrativa bastante procurada durante a Idade Média.

Orderico Vitalis, monge inglês, foi o único que ensaiou, pelos idos do século XII, uma verdadeira História supra nacional, englobando as histórias da Inglaterra, França, Itália e Palestina e procurando estabelecer relações. 

Guilherme, Bispo latino de Tyr, consagrou seus esforços a escrever a Historia das Cruzadas, que é de grande valor. Já antes dele Fulcher de Chartres, testemunha ocular da primeira Cruzada havia composto um relato em três livros sobre ela.

Martinho de Opava, dito Troppaus, foi quem, quase mil anos depois de Eusébio introduziu o modelo das tábuas sincrônicas entre os latinos. Numa coluna referia as ações dos Bispos de Roma e noutra as ações correspondentes dos Imperadores realizadas no mesmo ano.

Hemming Decanus, monge de Worcester parece ter sido um dos primeiros a arquivar e restaurar documentos, isto pelos idos de 1100.

Sampiro, monge lionês, tomou sob seu encargo registrar a História dos cristãos hispânicos que viviam sob o domínio muçulmano (mozarabes). Henrique de Latvia foi quem pela primeira vez compendiou a História da Estônica. Thomas, o diácono, de Split compôs a primeira História dos croatas. Saxo gramático, arcediago e secretário de Absalão de Lund foi o primeiro a compôr uma História da Dinamarca. Pero López de Ayala foi o primeiro cronista Castelhano. João de Fordun parece ter sido o primeiro a escrever uma Crônica sobre a Escócia. 

O presbítero Froyssart de Valenciennes (sec XIV) parece ter sido o primeiro a ultrapassar com sucesso o limites da História local e regional em suas 'Crônicas'. Foi talvez o primeiro a relacionar o que  estava acontecendo nos principados alemães, França, Inglaterra, Itália, e fazer esboço de uma História continental ou européia.

Giovanni Villani foi quem pela primeira vez introduziu a estatística nos escritos históricos. Jean Le Bel parece ter sido pioneiro na 'História oral' recorrendo sistematicamente a entrevista.

A História universal da Igreja foi retomada somente em 1469 por Antoninus, Bispo de Florença. Sua narrativa vai da criação de Adão até sua própria época.

Vinte anos depois Hartmann Schedell de Nuremberga publicou sua "Crônica da História do mundo" (1493).

As antigas culturas do Novo Mundo e sua conquista pelos europeus foram compendiadas por: Pedro Mártir de Anghiera, Sepulveda, Juan Diaz, Francisco de Aguilar, B Las Casas, B de Sahagun, Toribio de Benavente, Francisco Lopez de Gomara, Motolinia, Juan de Torquemada, Gaspar de Carvajal, Pedro de Los Rios, Garcilaso; el inca, Murúa, Juan de Castellanos, Gregorio García, Pedro Aguado, Francisco Cervantes de Salazar, Salazar y Mendoza, Chimalpahin, Blas Valera, Pedro de Valencia, Jeronimo de Zamora, Mendieta, Diego de Landa, Diego Duran, Ovalle, Gonzalo F Oviedo, Tamayo de Vargas, Rivadaneyra, Piedrahita, Oviedo Y Baños, Pero Fernández del Pulgar, J Guevara, Pedro Lozano, Acosta, Fernão Cardim, Simão de Vasconcelos, Vicente do Salvador, Antonil, etc 

Como cronistas reais de Portugal obtiveram destaque os cistercienses Bernardo de Brito Antonio Brandão. Na Espanha Zurita, Ocampo, Morales, Padilla, Bernáldez, Lobera, Pedro de Vallés Juan de Mariana SJ, Na Suíça destacou-se Aegidius Tschudi. Na França Mézeray autor da "História da França desde Faramundo". Na Inglaterra John Dryden.

Entrementes Marmol Carvajal compôs as relações sobre a África, Pedro Chirino a relação das Filipinas, Mateo Ricci a primeira relação sobre a China - Sucedida pela do Pe Alexandre Rhodes - João Rodrigues ("História da Igreja no Japão"), Vallignano Fróis forneceram ao Ocidente as primeiras informações sobre o Japão e Bouillevaux o primeiro a revelar-nos o esplendor da divilização Kmer. Baltazar Telles compôs a "História geral da Etiópia".

Sayce foi quem pela primeira vez investigou as relíquias da civilização Hitita. Dempster inaugurou as pesquisas no campo da estruscologia sendo sucedido pelos padres Lampredi Lanzi. O Pe V Scheill, G Contenau L Wooley destacaram-se como assiriólogos. F Lennormant investigou as civilizações asiáticas. J F Champollion, E Brugsh, Chabas, Weygall, Drioton, Montet, etc destacaram-se no campo da egiptologia. Winckelmann iniciou as escavações em Pompeia. Brasseur de Bourbourg revigorou as investigações sobre o antigo Império Azteca.

Os estudos no campo da paleontologia e História primitiva foram iniciados pelo católico Boucher de Perthes e posteriormente, cultivados com sucesso por dois sacerdotes, o Pe Henri Breuil e o Pe Teilhard Chardin. Este foi responsável pela exumação dos restos do sinantropus em Chu ku tien e aquele responsável pelo mais completo estudo já elaborado sobre as pinturas parietais de Altamira, Lascaux, etc

Richard Simon pode ser apontado como pai da Crítica Bíblica. Desenvolvida no século seguinte por Jean de Astruc e pelo Pe Geddes. No século XX o Pe Rolland de Vaux obteve destaque decifrando e classificando os 'rolos do Mar morto'.

Frederic Le Play foi pioneiro do campo da Sociologia.

Já então vivia Maquiavel e operava o principio da separação de poderes e da secularização de modo que aos poucos a História cindiu-se em duas partes: História política ou profana das nações e História religiosa ou eclesiástica.

Durante este período foram compostos diversos catalogos de escritores eclesiásticos por Sigebert de Gembloux, Honorato de Autun, Adelso de Melk e mais esmeradamente pelo abade Thritemius já no século XV.

O primeiro historiador protestante foi o médico Otto Von Brunfels. Sua obra 'Virorum Illustrium'  foi editada em 1527. É obra importante mas incipiente.

A primeira obra moderna que por assim dizer aprofundou o sentido universal da História eclesiástica, foi as 'Centurias de Magdburgo' cujo principal objetivo era apontar as inovações doutrinais introduzidas na Igreja pelo pontificado romano no decorrer dos séculos precedentes.

Procurando dar a Flacius - O organizador das 'Centúrias' - competente resposta o Cardeal Cesar Baronius, da ordem do oratório, editou sua monumental obra, intitulada "Annales eclesiástici", em 1588, compondo doze Tomos in folio sem chegar ao fim (Foi continuado por Theophylus Raynald)

A exemplo de Mar Eusébio ele pode consultar os arquivos e Biblioteca do Vaticano e apesar de seus erros, demonstrou que os reformadores protestantes estavam equivocados a respeito dos princípios fundamentais do Cristianismo, além de estabelecer as sucessões dos Arcebispos e Patriarcas das Igrejas apostólicas.

Após Baronius ter confrontado com bastante sucesso os centuriadores e apontado a deficiência da argumentação deles os protestantes perderam por assim dizer o 'sentido' geral ou universal da História Cristã passando a compor preferencialmente a gênese de sua própria fé, tais as inúmeras Histórias da Reforma protestante, que amiúde partem de M Lutero ou do século anterior. Assim as relações de Melanchton, Peucer, Hospinian, Chytraeus... 

Mosheim já no século XVIII foi o primeiro autor protestante a retomar o plano dos centuriadores e produzir uma História universal do Cristianismo sob a ótica do protestantismo, sempre com o intuito de atacar a igreja romana. No entanto ele parece ter sido o primeiro a ultrapassar a ideia absurda segundo a qual as doutrinas Católicas haviam sido inventadas pelo Papa romano, levando suas críticas até a Igreja Católica Ortodoxa propriamente disto e salientando o papel de Constantino como corruptor da fé, e consequentemente fazendo escola até hoje.

Da mesma maneira como os centuriadores do século XVI haviam arremetido contra o papa, apresentando-o como fabricante 'in totum' da fé Católica, ficando por explicar como havia uma fé Católica Ortodoxa, antes da criação do papado; Mosheim arremeteu contra Constantino acusando-o de ter paganizado a Igreja e portanto de ser o legítimo pai do Catolicismo Ortodoxo. É a partir de Mosheim que a historiografia protestante se torna oficialmente ao menos, anti patrística, ousando increpar os padres do século IV ou da idade de ouro da igreja, apresentando-os como cúmplices de Constantino e seus sucessores.

Harnack foi quem, século e meio depois, teve honestidade suficiente para corrigir o erro de seu colega e reconhecer que todos os elementos da fé Ortodoxa e Católica poderiam ser detectados nos escritos dos padres apostólicos, reportando a fé da igreja inimiga no mínimo ao ano 100 desta era, como sempre haviam argumentado os polemistas da igreja romana. O que nos remete há duzentos anos antes de Constantino e trás novamente a toma o equivoco dos centuriadores: Se o papado - criado no século XI - não podia ter inventado a fé Católica, como Constantino, sendo posterior a ela em duzentos anos, poderia te-la inventado.

Conveniente observar que a Apologética protestante 'ortodoxa' continua obstinadamente atrelada ao modelo traçado por Mosheim e portanto em oposição marcada face aos estudos religiosos no domínio da antiguidade Cristã.

Quanto a História universal ficou nas mãos dos romanistas que a ela dedicaram-se com autêntica voracidade a começar por Alexandre Noel ou como se diz Natalis Alexandre de Paris (30 volumes), De Launnoy, Orsi, Saccarelli, Maimbourg (15 volumes), Fleury (20 volumes), e inumeros outros.

Os estudos sobre os padres da Igreja foram ativamente retomados por Margarin de la Bigne (que editou a primeira patrologia), Petrus Canisius, Roberto Belarminus, Louis Ellie Du Pin, Antonius Possevinus SJ, Aloisius Lippomanus, De Combefis, Bossuet, Richard Simon, D Remy Ceillier, Le Nain de Tillemont, etc Este movimento foi seguido de perto na Inglaterra pelos teólogos padrão do anglicanismo defensores do Episcopado como Wotton Grabe, dentre outros.

As atas dos Sínodos latinos e de seus concílios, bem como as versões latinas dos Concílios Antigos ou Ortodoxos, foram reunidas e elencadas por Ruynart, Baluze, Hardouin, Daniel Huetius e outros polígrafos. Os quais forneceram materiais para que Hefele o material necessário para escrever a monumental História dos Concílios. Quanto aos Concílios latinos Sarpi Pallavicini compuseram a História do Concílio de Trento. O protestante M Chemnitz também produziu uma em quatro volumes.

Mosheim teve por continuador a Pfaff. 

Antoine Arnaud foi o primeiro Ocidental a reconhecer a herança grega ou oriental da Igreja. Na sua 'Perpetuidade da fé da igreja Católica na eucarista' ele procurou recolher todos os testemunhos das igrejas orientais que estavam a seu alcance para lança-los contra um protestantismo já completamente dominado pelas concepções platônicas de Zwinglio. Um colega seu, Eusebius Renaudot publicou a primeira coletânea de Liturgias Orientais, ainda hoje empregadas por nossas igrejas Ortodoxas.

Ebed Yeshu o jovem, Abraão de Achel (Achelensis) Jose Assemani foram os primeiros ocidentais a editar os textos dos padres sírios, siríacos e assírios criticamente. 

Levados pela mesma maré os eruditos protestantes retomaram a faina de reunir e elencar duas próprias fontes, daí os trabalhos de Saligius, Buddeus, Walchius, Tittmann, Niemayer e sobretudo Bretscheneider organizador do monumental 'Corpus reformatorum'. 

Entrementes os papistas - como Panvinus e Muratori - continuavam a desenterrar monumentos e a editar histórias eclesiásticas críticas cada vez mais gigantescas.

Ducreux (Os séculos do Cristianismo) e Rohrbacher compuseram suas narrativas com 30 volumes cada qual. Berault Barcastel escreveu mais uma dúzia de volumes sobre o tema; Stolberg (continuado por Kerz e Brischar) no entanto levou a palma, pois sua História eclesiástica assoma a 53 tomos (Até hoje a mais extensa)!!! Hemner e Kraus também editaram suas 'Histórias'. Hortig foi continuado por Doellinger. Danielou e Marrou - já no século passado - compuseram uma excelente História Crítica ou 'Nova História da Igreja'. Já próximo de nós Flichet Martin editou a sua em dezoito tomos. Entre as epítomes ou resumos destacam-se Alzog e Rivaux.

Convém citar como obra de excepcional valor a 'História dos dogmas' composta pelo ex sacerdote papista Joseph Turmel nos últimos anos do século XIX. Turmel passa por criador da corrente 'patrística', muito próxima a do convertido (Ao Catolicismo Ortodoxo) D Guetté cuja História eclesiástica, na perspectiva da Ortodoxia não deixa no mínimo de ser interessante. 

O Talmud e as sifras dos infiéis principiaram a ser estudadas por Lirano (De Lyra) tendo por pbjetivo esclarecer certos pontos obscuros e idiotismos contidos no Sagrado Evangelho. Tais estudos foram continuados pelo príncipe dos exegetas Xantos Pagnini, por seu legatário F Vatablius, por Sixtus Senensis, pelo anglicano Ligthfoot e pelo Dr Drach no século décimo nono. Dentre os protestantes destacaram-se nesta área: os dois Buxtorfius, Surenheim, Vitringa e Schoetthenius.

Os Bolandistas iniciaram a crítica científica a respeito da hagiografia ou das vidas dos santos, partindo das orientações de De Launnoy. Daniel van Papenbroeck é contado como um dos pais da diplomática, ramo da História que aquilata a autenticidade interna e externa de um documento. Também os beneditinos de S Maur Montfaucon, Mabillon, Poetavius, Calmet, etc dedicaram-se a copiar, analisar e publicar documentos antigos, mormente sobre a História da França. Mabillon destacou-se na área da paleografia que é a leitura de documentos antigos e Poetavius foi pioneiro na área da Cronologia. Calmet, a exemplo de Ambrósio Calepino foi Dicionarista.

Alias a primeira Enciclopédia propriamente dita foi elaborada por um eclesiástico medieval Vicente de Beuvais. 

Pe Duchesne estudou as origens do culto Cristão. Os Padres Batiffol Amman a vida cotidiana dos primeiros cristãos. Festugière as relações entre a Filosofia antiga e o Catolicismo nascente, via igualmente explorada por Wener Jaeger em "Paidea grega e paidea Cristã". John Lingard escreveu detalhadamente sobre a Igreja antiga da Inglaterra, Abraão de Achel ou Achelense dedicou-se a historiar a Igreja do Líbano, Síria e Palestina (Sendo continuado pelo prolifico José Assemani), Monceux a Antiga Igreja do Norte da África e Graff a da Peninsula Arábica e Yemen. Noris escreveu a história do pelagianismo, Newmann a do arianismo e Marcelino Menendez y Pelayo a dos Heterodoxos espanhóis. A Historia dos monges do ocidente foi escrita por Montalembert. A História da Eutáxia (litúrgia ou culto de adoração) por Prospero Gueranger. A História da ação social da Igreja ou da caridade por Baudrillart.

As Catacumbas de Roma foram meticulosamente analisadas e estudadas por Antonio Bosio, Ugonio, Boldetti, Marangoni, Aringhi, D Agincourt e De Rossi, dentre outros. Tais descobertas e estudos foram tão fecundos que Marucchi pode publicar uma obra intitulada: 'A igreja protestante perante a Igreja das catacumbas.' Ludwig Von Pastor compôs sua monumental 'História dos papas' romanos em 30 volumes e Jaffé editou as Bulas e enciclicas dos mesmos papas.

A personalidade de Lutero foi cientificamente deslindada pelos padres Hartmann Grisar Hienrich Denifle, e um aluvião de documentos inéditos publicados. Os símbolos protestantes haviam sido publicados por Schaff (protestante) juntamente com os símbolos antigos e sido criticamente analisados por A Mohler na 'Simbólica'. O impacto da reforma protestante sobre a sociedade alemã foi exaustivamente analisado por Doellinger e sobretudo pelo padre Janshens na "História do povo alemão" primeira obra consagrada a História cultura e que acabou servindo de modelo a História de Lamprecht. 

Jean Paul Migne montou uma gráfica em que editou todos os padres da Igreja em centenas de volumes. Funk, Tixeront, Permanender, Bardewaver, Quasten, Nautin, Altaner, TrevijanoFrayssinous, etc editaram epítomes dos padres.

Entre os protestantes a Historia eclesiástica foi cultivada com sucesso por Gieseler, NeanderTholuckPréssense, etc

Do lado romano, o convertido Hurter, alistou todos estes escritores citados e outros tantos milhares em seu Nomenclator theologicus, que é uma espécie de enciclopédia de escritores ortodoxos, romanos e anglicanos principiando pelos padres da Igreja. (294 Psss)

Mesmo após o predomínio do positivismo e, em seguida do marxismo nos domínios da Historiografia, os Católicos não deixaram de fazer escola com Capefigue, Barande, F de Coulanges, Hanotaux, Georges Duby e outros na França; com  Crhistopher Dawson, Hilaire Belloc, Bede Jarreth, Lewis Whydhan, Will Durant Paul Johnson na Inglaterra. O Norte americano Th Woods autor da monumental obra "De como a Igreja Católica construiu a Civilização Ocidental". O irlandes Th Cahill autor de outra obra não menos interessante, intitulada: "A Irlanda salvou a civilização Ocidental".

Dentre os liberais ou incrédulos que faziam parte da comunhão dos luteranos, escreveram sobre tais assuntos: Paulus, Chr Baur e sobretudo Strauss. Todas estas obras compostas pelos alemães foram sistematizadas pelo incrédulo Francês Ernesto Renan em suas "Origens do Cristianismo".

Percebendo os liberais ou incrédulos que a quase totalidade dos argumentos favoráveis a instituição Cristã eram tomados da História, optaram por invadir este campo e declarar guerra ao Cristianismo, suas fontes e credenciais, produzindo uma História anti Cristã e portanto sectária. 

Nem erraram eles, nem errou Marc Bloch.

Religião essencialmente histórica ou de historiadores resolve-se o Cristianismo no campo ou terreno da crítica histórica adquirindo pujança e solidez sem iguais.

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