Quem lê nossos artigos sabe que esta acusação é de todo aleivosa e injusta.
Por inúmeras vezes alistamos Comunismo, Fascismo e Nazismo entre as culturas de morte produzidas pela profanidade moderna e alimentadas pelo materialismo. E já definimos tais sistemas como religiões secularizadas a exemplo do Capitalismo.
Outra coisa é concentrar todas as acusações em torno do Comunismo, como os comunistofobos; eximindo o Capitalismo, o Protestantismo, o Nazismo, o Fascismo...
Comunistofobos não somos que isto é coisa de liberais agoniados e não somos liberais (no plano da economia) ou capitalistas.
Evidentemente que nos opomos ao comunismo e pelo simples fato de ser materialista como seu 'genitor' o capitalismo. Também por ser totalitário, moralmente relativista, etc
No entanto matriculados na escola de Aristóteles aprendemos que os males devem ser atacados em suas causas, fontes ou raízes. E por isso atacamos prioritariamente o Capitalismo, a que o Comunismo não passa de reação até certo ponto justa... o comunismo apesar de seus vícios tem sentido. O Capitalismo não...
E para além do Capitalismo folgamos por inserir-se no plano religioso e atacar antes de tudo o Protestantismo, em que vemos a causa primária de todos estes males infindáveis a que chamamos crise, na medida em que pretendeu demolir o Cristianismo antigo e jamais mostrou-se socialmente apto ou capaz para suster - como reconheceu Weber na 'Ética...' - os fundamentos do humanismo.
Foi da falência do neo Cristianismo ou do protestantismo que resultou o obscurecimento do humanismo e a afirmação do materialismo economicista, a que o protestantismo falido ainda prestou adjutório.
Nem nos detemos em tecer filípicas contra o comunismo, o fascismo ou o nazismo por terem tais sistemas entrado em declínio... assim nossas críticas são quase sempre episódicas e de caráter genérico. Mas estamos de atalaia...
A mistica do capital no entanto tem se mostrado inabalável e conquistado multidões...
Reacionários cremos que o único poder capaz de aniquila-la é o humanismo embasado no Cristianismo antigo ou nos Catolicismos, cuja restauração apoiamos. Não o lixo do neo catolicismo, já mancomunado com o liberalismo a um bom tempo... mas o Catolicismo integral e consciente de sua função social enquanto esteio do Bem Comum.
Catolicismo que seja Vida e incorpore zelosamente a doutrina social da Igreja, inspirada na tradição Ortodoxa e inconciliável com o dogma liberal da ilimitação ou da auto regulação do Mercado.
Só o Catolicismo cremos nós será capaz de por ou melhor de repor todas as coisas a serviço do homem derribando o deus mercado de seu pedestal e criando uma nova ordem de coisas pautada em princípios e valores estabilizados.
Neste sentido devemos principiar criticando as instituições que por afinidade eletiva estão relacionadas com o mundo do capital, fornecendo-lhe necessário suporte cultural ou ideológico; e já sabemos que a primeira delas é o protestantismo, especialmente as seitas da prosperidade. as quais assimilaram já os objetivos do sistema convertendo-se em empresas com fins precipuamente lucrativos.
Isto a ponto dos fiéis já poderem pagar seus dízimos ou comprar as novas indulgências com cartão de débito.
Aqui de fato a religiosidade ocidental chegou a fundo do poço convertendo-se em algo bem pior do que ópio... é uma espécie de craque espiritual.
Em segundo lugar direcionamos nossas críticas ao materialismo economicista liberal pelo simples fato de ter se mostrado mais resistente do que as demais vertentes da cultura de morte quais sejam nazismo, fascismo e comunismo.
As demais vertentes ideológicas ao menos em parte tombaram no descrédito.
A ilusão do Capital permanece vive e florescente.
Eliminado o Capitalismo, o Comunismo perderia sua razão de ser.
Como a luta ou conflito entre capitalismo e comunismo pode ser interpretada como uma luta entre o individualismo e o coletivismo, ao humanismo convém não tomar parte nela.
O humanismo é pela pessoa, não pelo indivíduo isolado e menos ainda pela massificação...
Não nos alinhamos, mantemos a independência, somos pelo primado do espírito.
Estamos firmemente persuadidos de que a única força capaz de enjaular ou encadear o espectro do economicismo é o Reino do espírito cujo fim é o primado do Ser.
Desesperamos assim tanto da solução comunista, que nos parece artificial; quanto da manutenção do sistema vigente, responsável pela contaminação e destruição do planeta.
O Capitalismo precisa ser revisto e ao menos quanto a seu éthos destruído, ou nos destruirá a todos.
Vivemos num sistema fechado e estável face ao qual as pretensões da ilimitação são para lá de absurdas. Propor a exploração dos recursos naturais em máximo grau e sancionar o acumulo infinito de riquezas por milhares ou milhões de indivíduos toca mesmo as raias da loucura, loucura porque haveremos de pagar demasiado caro.
Sistemas fechados e estáveis dependem de limitação, controle e planificação racional em termos de necessidades humanas reais como alimento, roupa, habitação, educação e saúde. O consumo irracional do supérfluo será revisto ou comprometerá o equilíbrio do ecúmeno. A mãe natureza, que é mãe comum de todos nós, implora por moderação, mas... o capitalismo permanece completamente surdo!
Em meio as ondas tempestuosas deste mar imenso em que nos lançou o materialismo crasso precisamos mais do que nunca duma tabua de salvação e esta tabua só nos pode ser concedida pelo verdadeiro Evangelho, fiel a esta lei: Não acumularas tesouros na terra... não podeis servir a Deus e as riquezas... é mais facil uma corda passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus!
Precisamos romper com o reino do capital. Precisamos rever urgentemente a cultura do consumo. Precisamos contestar as pretensões do Mercado! Precisamos romper com a tradição humana do liberalismo crasso e tornar a tradição divina dos padres da Igreja, do Catolicismo, da Ortodoxia! Precisamos viver sobriamente, renunciando ao que é supérfluo, valorizar as pequenas coisas, contemplar a natureza, partilhar os bens, auxiliar os que precisam... Precisamos ser menos 'economistas' e mais humanos!
Há dois mil e quinhentos anos após ter dado uma voltinha pelo mercado de Atenas, Sócrates suspirou desconsolado: Eis de quantas coisas o homem não precisa!
Que diria o grande pensador caso pudesse ter contemplado o feitiço das marcas, que não passam de nomes??? Gente há que vive sem automovel próprio, celular, tablet, Whatsap, etc E NÃO MORRE. NÃO MORRE NÃO...
Ninguém jamais morreu por mingua de tablet ou falta de whatsap! Morre-se sim por falta de comida, de medicamentos, de água limpa... por falta disto se morre, mas não por falta de bugigangas ou tralhas!
Faço questão de viver sem celular como meu pai e meu avô... e aqui estou vivinho da silva. E nem por falta de telefone fixo ou lâmpada elétrica haveria se sucumbir.
Há coisa mais importante!
Tem gente a que ainda falta o necessário.
Por que então nos prendemos ao supérfluo?
Porque alguém ou melhor, alguns; alguns privilegiados, disto vivem e facilmente vivem!
A cultura do supérfluo ou do consumo acrítico, ditado pela moda, existe apenas em função do capital, para 'entreter' o mercado. Daí este novo Calendário profano que substituiu o Calendário eclesiástico enfatizar a necessidade de comprar e dar presentes... tudo com o intuito de aquecer o tal mercado!
Para assegurar a oferta de trabalho?
É o que comumente se diz!
Para assegurar o lucro dos patrões, é o que não se diz...
No entanto as massas humanas precisam ganhar a vida, precisam trabalhar.
De fato por falta de controle racional ou em função da miséria temos um mercado de reserva gigantesco... importa saber por que e para que???
Melhor seria que não houvessem tantos seres humanos.
Mas será que seria mesmo melhor para todos nós ou será que há setores da sociedade que tiram proveito ou benefício da densidade populacional???
Quanto mais raciocinamos e refletimos nos damos conta de que as necessidades econômicas ditadas pelo tal mercado tudo contaminam e comprometem, até nada restar de são!
Agora não poderia este homem ser o que é, um consumidor acrítico, se não fosse um indigente espiritual. Tanto mais acumula tralhas, objetos e coisas materiais quanto é insensível face aos bens imateriais e imperecíveis. Tanto mais compra, adquire e junta quão grosseiro e cego é...
É justamente do éthos materialista que o Mercado tira suas maiores vantagens.
Voltemos os olhos deste homem para o reino do Espírito e veremos que ao consumo sucede a partilha.
Partilhar, eis uma tônica, que se levada a sério poderia travar o mercado, pois corresponderia a uma greve de consumo.
Tendo suas fontes ligadas novamente ao sagrado e restauradas, e equilibradas; tornar-se-iam os homens mais sóbrios, mais temperantes e mais solidários. Eis uma Revolução interna, íntima e existencial cujo impacto social seria estrondoso.
Penso que o Capitalismo esteja cônscio disto... e que talvez por isto continue denegrindo ao máximo os Catolicismos. Da mesma maneira que o Comunismo, os Catolicismos jamais foram poupados por essa crítica hipócrita financiada pelo poder do Capital... que isto corresponda a um propósito e a um propósito sinistro não tenho dúvidas.
Se alinhar-nos com o comunismo, devolvemos dia após dia os amáveis 'presentes' com que o liberalismo canalha nos mimoseia!
E reafirmamos que inexista maior adversário das verdadeiras liberdades do que o próprio liberal...
"Liberdade, liberdade; não passas para mim de um nome, quantos e quantos crimes são perpetrados em teu nome!" Mme Roland
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