Este tipo de padrão de pensamento, peculiar a cultura proto judaica ou israelita florescente no período que vai do século VII ao século I a C ou a cultura árabe do século VII desta nossa Era, já o conhecemos muito bem e consiste sobretudo em acreditar que tudo quanto se deve saber ou crer a respeito de todas as coisas tenha sido escrito num determinado livro infalível. Livro infalível face ao qual devemos sacrificar não só o intelecto mas a própria sensação e percepção.
Nada mais anti natural e degradante do que alguém sacrificar a própria percepção, a própria capacidade intelectual e a própria dignidade as exigências de um livro escrito a 3000 ou a 1400 anos passados...
Se sequer perceber suas contradições, antinomias, desacertos, frioleiras, etc
Trata-se no entanto de um pensamento em ascensão.
Nos EUA como já dissemos resiste o Biblismo com sua insistência mórbida no criacionismo. No Brasil assistimos a expansão do pentecostalismo associado a deletéria teologia da prosperidade. Na Europa afirma-se dia após dia o islamismo... É como se a sombra do fundamentalismo pairasse sobre este nosso hemisfério do globo, eclipsando o Sol da Filosofia e as luzes do pensamento científico... e pondo em risco nossa civilização democrática.
Em termos de sociedade e cultura estamos assistindo a uma contra revolução anti helenística ou a uma intifada fetichista que remonta a expansão do islã e aos albores da reforma protestante.
Arabia e USA são os dois pólos desta revolução religiosa. Europa e América latina encontram-se como que entre Cila e Caribdes...
Importa saber quais foram os fatores que conduziram a civilização a beira do abismo.
Passemos em revista cada um deles:
- A falência do materialismo no sentido de fornecer-nos uma Ética essencial (absoluta)
A partir do século XVI entramos na Era das Revoluções.
A revolução protestante fragiliza o sentido ÉTICO, SOCIAL OU IMANENTE do Cristianismo típico dos modelos Católicos. A revolução Inglesa instaura as bases de uma nova ordem, rematada pela revolução francesa e implementada da Inglaterra a partir de 1830; estamos diante de uma nova ordem materialista economicista ou capitalista. Concomitantemente, a partir do século XVIII, papistas e protestantes assistem a abertura de um novo nicho religioso: a religião natural ou deísmo.
Ao fim deste mesmo século no entanto é a capacidade da razão rudemente atacada pelo pensador protestante I Kant. Antes dele por sinal a credibilidade da percepção havia já sido posta em dúvida por Hume.
É Assim que chegamos ao século de Comte e Littré: sem fé, e sem razão; sem religião e sem metafísica, sem teologia e especulação. Restava no entanto a ciência...
Até as críticas de Hume serem retomadas... A partir de Nietszche e sobretudo dos pós modernos: Foulcault, Deleuze, Gatarri, Derrida, Lacan, Camus, Heidegger, etc até mesmo o santuário da ciência é profanado e a cultura científica enquanto construção artificial e subjetiva, nivelada as demais culturas.
Os novos dogmas do subjetivismo, do relativismo e do ceticismo retiram tudo, absolutamente tudo ao pobre homem: fé, razão, ciência, sentido e até mesmo a Ética, já anatematizada pelos positivistas.
Aqui não sobra espaço algum ao humanismo ou a ética essencial da pessoa humana, pois é a Ética, segundo dizem e declaram construção subjetiva e relativa feita por um sujeito prisioneiro de uma determinada cultura.
Percebem como a partir desta perspectiva não só se torna impossível tecer qualquer crítica objetiva e consistente as mazelas do capitalismo, como se tornar perfeitamente possível negar a realidade do sofrimento humano???
Num primeiro momento este padrão de pensamento emancipado favoreceu as doutrinas egoístas de Stirner, Nietszche e sobretudo da 'profetiza' Ayn Rand. Bastando-lhes argumentar que Benthan e Mill haviam associado arbitrariamente o conceito de SOCIEDADE ao utilitarismo... outra não foi a cruz do pragmatismo... Pois os conceitos de pragmatismo e utilitarismo não possuem qualquer nexo interno e orgânico com o conceito de SOCIEDADE ou GRUPO.
Aqui a critica dos individualistas é imbatível, não a nexo ontológico e natural entre utilidade e sujeito... assim aqueles que como Benthan, Mill, W James, etc enfatizaram a dimensão social do utilitarismo ou do pragmatismo, foram sucessivamente acusados de terem assumido valores CRISTÃOS (eu diria Católicos) secularizados, mas Cristãos.
Individualistas, liberais e Católicos em diversas obras demonstraram cabal e extensamente, que toda e qualquer petição ética em torno de SOCIEDADE ou GRUPO parte quase sempre de uma fonte religiosa secularizada; a saber, do Cristianismo antigo ou primitivo. Alias para o liberal o veneno do Cristianismo antigo, não depurado pela visão 'protestante' esta justamente neste travo social ou socialista, comum a toda cultura antiga.
Tal percepção implica duas coisas:
A revolução protestante fragiliza o sentido ÉTICO, SOCIAL OU IMANENTE do Cristianismo típico dos modelos Católicos. A revolução Inglesa instaura as bases de uma nova ordem, rematada pela revolução francesa e implementada da Inglaterra a partir de 1830; estamos diante de uma nova ordem materialista economicista ou capitalista. Concomitantemente, a partir do século XVIII, papistas e protestantes assistem a abertura de um novo nicho religioso: a religião natural ou deísmo.
Ao fim deste mesmo século no entanto é a capacidade da razão rudemente atacada pelo pensador protestante I Kant. Antes dele por sinal a credibilidade da percepção havia já sido posta em dúvida por Hume.
É Assim que chegamos ao século de Comte e Littré: sem fé, e sem razão; sem religião e sem metafísica, sem teologia e especulação. Restava no entanto a ciência...
Até as críticas de Hume serem retomadas... A partir de Nietszche e sobretudo dos pós modernos: Foulcault, Deleuze, Gatarri, Derrida, Lacan, Camus, Heidegger, etc até mesmo o santuário da ciência é profanado e a cultura científica enquanto construção artificial e subjetiva, nivelada as demais culturas.
Os novos dogmas do subjetivismo, do relativismo e do ceticismo retiram tudo, absolutamente tudo ao pobre homem: fé, razão, ciência, sentido e até mesmo a Ética, já anatematizada pelos positivistas.
Aqui não sobra espaço algum ao humanismo ou a ética essencial da pessoa humana, pois é a Ética, segundo dizem e declaram construção subjetiva e relativa feita por um sujeito prisioneiro de uma determinada cultura.
Percebem como a partir desta perspectiva não só se torna impossível tecer qualquer crítica objetiva e consistente as mazelas do capitalismo, como se tornar perfeitamente possível negar a realidade do sofrimento humano???
Num primeiro momento este padrão de pensamento emancipado favoreceu as doutrinas egoístas de Stirner, Nietszche e sobretudo da 'profetiza' Ayn Rand. Bastando-lhes argumentar que Benthan e Mill haviam associado arbitrariamente o conceito de SOCIEDADE ao utilitarismo... outra não foi a cruz do pragmatismo... Pois os conceitos de pragmatismo e utilitarismo não possuem qualquer nexo interno e orgânico com o conceito de SOCIEDADE ou GRUPO.
Aqui a critica dos individualistas é imbatível, não a nexo ontológico e natural entre utilidade e sujeito... assim aqueles que como Benthan, Mill, W James, etc enfatizaram a dimensão social do utilitarismo ou do pragmatismo, foram sucessivamente acusados de terem assumido valores CRISTÃOS (eu diria Católicos) secularizados, mas Cristãos.
Individualistas, liberais e Católicos em diversas obras demonstraram cabal e extensamente, que toda e qualquer petição ética em torno de SOCIEDADE ou GRUPO parte quase sempre de uma fonte religiosa secularizada; a saber, do Cristianismo antigo ou primitivo. Alias para o liberal o veneno do Cristianismo antigo, não depurado pela visão 'protestante' esta justamente neste travo social ou socialista, comum a toda cultura antiga.
Tal percepção implica duas coisas:
- O materialismo crasso em termos de ética jamais é ou será capaz de ultrapassar o individualismo ou de desenvolver qualquer sentido social ou gregário.
- A ideologia individualista por suas relações internas e orgânicas com o relativismo e o subjetivismo tornando o nazismo, o fascismo e o comunismo inatingíveis em termos de essência, limitou-se a condena-los em termos meramente externos ou políticos. AGORA COMO ESPERAR QUE UMA SOCIEDADE NAZISTA OPONHA-SE AO NAZISMO OU QUE UMA SOCIEDADE FASCISTA OPONHA-SE AO FASCISMO??? Este vazio que jamais atinge as fontes e raízes de um mal que é absoluto foi o que desarmou por completo a democracia meramente formal face as culturas de morte.
Conclusão: Partindo da reforma e do Capitalismo, chegando ao materialismo crasso e embarcando nas canoas furadas do relativismo e do subjetivismo como poderíamos chegar ao individualismo crasso sem chegar ao extremo da mística estatólatra com o comunismo, o fascismo e o nazismo??? Que nos impede ou impediria de vagar entre os dois extremos??? Que justifica um extremo que não possa justificar o outro??? Que nos permite condenar comunismo, nazismo, fascismo e absolver os egoístas de Rand e Stirner??? Que nos impede de chegar as doutrinas do super homem e do darwinismo social?
Senhores, ou podemos e devemos condenar a ambos em nome da mesma dignidade da pessoa humana ou estamos sendo hipócritas! Puro farisaísmo condenar o lado estatólatra e aplaudir o egoísta! Simples juízo de vontade e conveniência! Por isso enquanto assistirmos cabisbaixos o florescimento desta doutrina monstruosa que é a do egoísmo, assistiremos igualmente o florescimento dos totalitarismos... porque ambos estribam-se nos mesmíssimos princípios: a negação da metafísica, do ser, da ética, da verdade... ou seja nos dogmas do relativismo e do subjetivismo...
Em termos de pessoa humana não receberemos solução alguma do materialismo puro ou do ateísmo incontaminado. Postulem a solidariedade e seus próprios companheiros apontarão vossas fontes secularizadas de Cristianismo.
O liberal é consequente: Se o socialismo é mau sua fonte o 'catolicismo' também o é. Assim como socialista não posso deixar de simpatizar vivamente com os Catolicismos ou com o Cristianismo antigo tendo em vista o nível de sua consciência social.
Senhores, ou podemos e devemos condenar a ambos em nome da mesma dignidade da pessoa humana ou estamos sendo hipócritas! Puro farisaísmo condenar o lado estatólatra e aplaudir o egoísta! Simples juízo de vontade e conveniência! Por isso enquanto assistirmos cabisbaixos o florescimento desta doutrina monstruosa que é a do egoísmo, assistiremos igualmente o florescimento dos totalitarismos... porque ambos estribam-se nos mesmíssimos princípios: a negação da metafísica, do ser, da ética, da verdade... ou seja nos dogmas do relativismo e do subjetivismo...
Em termos de pessoa humana não receberemos solução alguma do materialismo puro ou do ateísmo incontaminado. Postulem a solidariedade e seus próprios companheiros apontarão vossas fontes secularizadas de Cristianismo.
O liberal é consequente: Se o socialismo é mau sua fonte o 'catolicismo' também o é. Assim como socialista não posso deixar de simpatizar vivamente com os Catolicismos ou com o Cristianismo antigo tendo em vista o nível de sua consciência social.
2. O fastidio do TER
O homem materialista inserido no contexto economicista liberal aderiu a ideologia do consumo acreditando que ela lhe acrescentaria muita coisa.
Não acrescentou quase nada. Pois é um crescimento de fora para dentro... e nós crescemos humana e moralmente apenas de dentro para fora.
Não comprando coisas ou tranqueiras mas adquirindo princípios e valores saudáveis.
Consumir objetos materiais de que não se tem extrema precisão é como beber água do mar, quanto mais se bebe mais se quer beber - porque este tipo de água é incapaz de matar a sede (pelo contrário é apto para aumenta-la) - até que se afoga...
O homem materialista inserido no contexto economicista liberal aderiu a ideologia do consumo acreditando que ela lhe acrescentaria muita coisa.
Não acrescentou quase nada. Pois é um crescimento de fora para dentro... e nós crescemos humana e moralmente apenas de dentro para fora.
Não comprando coisas ou tranqueiras mas adquirindo princípios e valores saudáveis.
Consumir objetos materiais de que não se tem extrema precisão é como beber água do mar, quanto mais se bebe mais se quer beber - porque este tipo de água é incapaz de matar a sede (pelo contrário é apto para aumenta-la) - até que se afoga...
Chegamos assim a depressão, que é o mal do século.
Parte das pessoas acreditou que quando estivessem plenamente inseridas na sociedade do capital e do consumo, ganhando um bom salário e podendo comprar tudo quanto quisessem seriam felizes. Esqueceram-se que Jacqueline Onassis suicidou-se, bem como Raymond Roussel, Marilyn Monroe, Maria Callas, Michael Jackson, Whitney Houston, Curt Cobain, Amy Winehouse, dentre outros... Tais pessoas tinham tudo quanto podiam comprar mas não encontraram qualquer sentido para a vida, o que é imensamente trágico.
No entanto a obsessão pelo dinheiro, pelo lucro, pelo capital, pelo TER faz com que a pessoa deixe passar as pequenas coisas, que tornam a vida relativamente feliz; que deixem que criar vínculos afetivos, que se alienem do outro. O consumo aliena o homem. Passado muito tempo ele não mais encontra a si. Perdeu o outro, perdeu a si, não tem paz de consciência, sente-se amargurado.
Quando o homem esgotou todas as suas possibilidades: religião (que perdeu), razão (de que duvida), percepção (iden), ética (que ignora), e enfim a fé no consumo chegou o momento de imitar ao jovem Werther... não há qualquer outra coisa que lhe possa ser oferecida. Então deve filosofar no sentido de Camus ou seja decidir se deve viver uma vida que não faz sentido ou suicidar-se. Por coerência da incoerência suicidar-se-a!
Em certas sociedade 'civilizadas' suicidio tornou-se epidemia.
Materialmente falando não falta absolutamente nada a tais pessoas.
Apenas inverteram a ordem da vida ética sobrepondo o TER ao SER.
O problema crucial aqui não é que tenham feito isto, mas a questão das cultura.
Produzimos um padrão de cultura materialista economicista que conduziu-nos a esta inversão aberrante.
Alguém lá atrás ou em algum lugar afirmou que valorizando mais os objetos ou coisas do que as pessoas seriamos felizes. Quem proferiu tal obcenidade enganou-nos; enganou a mim, a ti e a todos, e envenenou nossas vidas!
Existimos para viver em comunhão de amor com o próximo. Eis a chave da felicidade! Então se o Catolicismo acertou é inutil deitar-lhe pedras! Existimos para o outro, para o semelhante, para solidariedade. É mitigando os sofrimentos alheios que mitigamos nossos próprios sofrimentos! É lançando bálsamo as dores alheias que encontramos o bálsamo para nossas feridas! Coisa que o dinheiro não paga e que a moeda não comprar! O financeiro fez-nos perder esta noção de valor moral!
Amigo leitor o amor da tua mãe, a dedicação do teu pai, a cumplicidade da tua esposa, o sorriso do teu filho e a acolhida do teu cão, são coisas que não tem preço, que dinheiro algum neste mundo pode comprar! Se em troca de cada um destes valores darias todas as riquezas do mundo sabes bem do que estou falando e és um ser humano de verdade! Agora se duvidas...
Se duvidas das coisas excelsas e belas que teu cartão de crédito não pode comprar, lamento por ti e espero que jamais possas comprar tudo e terminar desiludido como uma Maria Callas ou uma Jacqueline Onassis!!!
A cultura é que conduziu-nos a beira do abismo.
A cultura materialista e economicista afirmada pelo capitalismo.
Prometeu-nos um paraíso, mas era artificial.
Prometeu-nos o bem e a paz que não poderia dar-nos.
Muitos acreditaram e se decepcionaram.
Outros testemunharam a decepção alheia e perceberam quão falacioso é o sistema.
Parte das pessoas acreditou que quando estivessem plenamente inseridas na sociedade do capital e do consumo, ganhando um bom salário e podendo comprar tudo quanto quisessem seriam felizes. Esqueceram-se que Jacqueline Onassis suicidou-se, bem como Raymond Roussel, Marilyn Monroe, Maria Callas, Michael Jackson, Whitney Houston, Curt Cobain, Amy Winehouse, dentre outros... Tais pessoas tinham tudo quanto podiam comprar mas não encontraram qualquer sentido para a vida, o que é imensamente trágico.
No entanto a obsessão pelo dinheiro, pelo lucro, pelo capital, pelo TER faz com que a pessoa deixe passar as pequenas coisas, que tornam a vida relativamente feliz; que deixem que criar vínculos afetivos, que se alienem do outro. O consumo aliena o homem. Passado muito tempo ele não mais encontra a si. Perdeu o outro, perdeu a si, não tem paz de consciência, sente-se amargurado.
Quando o homem esgotou todas as suas possibilidades: religião (que perdeu), razão (de que duvida), percepção (iden), ética (que ignora), e enfim a fé no consumo chegou o momento de imitar ao jovem Werther... não há qualquer outra coisa que lhe possa ser oferecida. Então deve filosofar no sentido de Camus ou seja decidir se deve viver uma vida que não faz sentido ou suicidar-se. Por coerência da incoerência suicidar-se-a!
Em certas sociedade 'civilizadas' suicidio tornou-se epidemia.
Materialmente falando não falta absolutamente nada a tais pessoas.
Apenas inverteram a ordem da vida ética sobrepondo o TER ao SER.
O problema crucial aqui não é que tenham feito isto, mas a questão das cultura.
Produzimos um padrão de cultura materialista economicista que conduziu-nos a esta inversão aberrante.
Alguém lá atrás ou em algum lugar afirmou que valorizando mais os objetos ou coisas do que as pessoas seriamos felizes. Quem proferiu tal obcenidade enganou-nos; enganou a mim, a ti e a todos, e envenenou nossas vidas!
Existimos para viver em comunhão de amor com o próximo. Eis a chave da felicidade! Então se o Catolicismo acertou é inutil deitar-lhe pedras! Existimos para o outro, para o semelhante, para solidariedade. É mitigando os sofrimentos alheios que mitigamos nossos próprios sofrimentos! É lançando bálsamo as dores alheias que encontramos o bálsamo para nossas feridas! Coisa que o dinheiro não paga e que a moeda não comprar! O financeiro fez-nos perder esta noção de valor moral!
Amigo leitor o amor da tua mãe, a dedicação do teu pai, a cumplicidade da tua esposa, o sorriso do teu filho e a acolhida do teu cão, são coisas que não tem preço, que dinheiro algum neste mundo pode comprar! Se em troca de cada um destes valores darias todas as riquezas do mundo sabes bem do que estou falando e és um ser humano de verdade! Agora se duvidas...
Se duvidas das coisas excelsas e belas que teu cartão de crédito não pode comprar, lamento por ti e espero que jamais possas comprar tudo e terminar desiludido como uma Maria Callas ou uma Jacqueline Onassis!!!
A cultura é que conduziu-nos a beira do abismo.
A cultura materialista e economicista afirmada pelo capitalismo.
Prometeu-nos um paraíso, mas era artificial.
Prometeu-nos o bem e a paz que não poderia dar-nos.
Muitos acreditaram e se decepcionaram.
Outros testemunharam a decepção alheia e perceberam quão falacioso é o sistema.
3. O recalque espiritual e ignorância religiosa
O terceiro fator ligado a ascensão dos fundamentalismo tem a ver com a irreligiosidade fanática.
Quando a irreligiosidade não é fanática é capaz de perceber valores relacionados com a dimensão religiosa do ser ou ao menos a reconhecer a influência social das religiões e a estuda-las.
Já a irreligiosidade fanática engendra mitos.
Assim aquele segundo qual todas as religiões são iguais; ou todas igualmente boas ou todas igualmente más.
Tal a divisa ou a senha de quem jamais estudou seriamente a História das religiões e crenças.
Se há religiões boas precisamos conhece-las por pura e simples questão de honestidade e justiça.
Não precisamos crer ou ser religiosos paras ser justos. É imperativo categórico que procede da consciência.
Agora se há religiões nefastas e danosas é vital estuda-las com maior empenho ainda. Aqui o estudo das religiões funcionaria como uma espécie de vacina, antidoto ou contra veneno.
Nem digo que seja necessário conhecer-lhes as respectivas teologias mas apenas e tão somente suas relações com as sociedades humanas, a ética, o humanismo, a promoção humana, o pensamento científico, etc
Compreendo inclusive que as religiões institucionais sejam acusadas e repudiadas por este ou aquele motivo. É questão de pesar os argumentos ao invés de repetir 'boatos'...
Compreendo até que algumas pessoas não tenham necessidade de uma religião definida e que outras permaneçam indecisas. Compreendo enfim que algumas pessoas sejam opostas a todo e qualquer tipo de religiosidade, mesmo natural...
Agora uma coisa espero ou ouso esperar dos irreligiosos convictos! Que abstenham-se de imitar ou de reproduzir o que reprovam e condenam nos fanáticos que é a imposição arbitrária da fé.
Por isso não compreendo a atitude de certos intelectuais irreligiosos que indispõem-se com seus país, cônjuges, filhos, etc pelo simples fato de não abraçarem seus pontos de vista ou aqueles que ousam impor a negação religiosa em seus lares, mortificando a esposa ou os filhos menores.
Educar, orientar, dialogar... é uma coisa.
Impor é e será sempre sinal de intolerância e fanatismo, partindo ou não de uma pessoa religiosa.
É necessário que cada pessoa faça seu caminho, informe-se, tenha suas experiências... buscando inclusive contemplar a dimensão espiritual ou religiosa da existência.
Neste sentido informar sempre será a melhor saída.
Pois possibilitará que a pessoa faça as melhores escolhas possíveis ou as menos danosas para si e para os outros.
É como dizer a alguém que tem fome: Controle-se você não precisa comer!
Quando a fome atingir uma intensidade muito grande esta pessoa estará disposta a comer qualquer coisa ou a ingerir qualquer porcaria.
Assim o efeito das restrições arbitrárias no domínio da religiosidade humana também pode ser catastrófico, particularmente quando associado a falta de conhecimentos religiosos.
Se a religião corresponde de fato a uma espécie de infecção ideológica talvez seja necessário entrar nela e sair dela para criar anti corpos e imunidade.
A ignorância religiosa no entanto pode encaminhar o sujeito a sistemas demasiado fechados ou sectários. Adiando por muito tempo ou impossibilitando sua saída...
Uma contenção precoce e arbitrária sempre poderá levar a uma afirmação obstinada e fanática ou a uma oposição ferrenha mais adiante...
Quando a irreligiosidade não é fanática é capaz de perceber valores relacionados com a dimensão religiosa do ser ou ao menos a reconhecer a influência social das religiões e a estuda-las.
Já a irreligiosidade fanática engendra mitos.
Assim aquele segundo qual todas as religiões são iguais; ou todas igualmente boas ou todas igualmente más.
Tal a divisa ou a senha de quem jamais estudou seriamente a História das religiões e crenças.
Se há religiões boas precisamos conhece-las por pura e simples questão de honestidade e justiça.
Não precisamos crer ou ser religiosos paras ser justos. É imperativo categórico que procede da consciência.
Agora se há religiões nefastas e danosas é vital estuda-las com maior empenho ainda. Aqui o estudo das religiões funcionaria como uma espécie de vacina, antidoto ou contra veneno.
Nem digo que seja necessário conhecer-lhes as respectivas teologias mas apenas e tão somente suas relações com as sociedades humanas, a ética, o humanismo, a promoção humana, o pensamento científico, etc
Compreendo inclusive que as religiões institucionais sejam acusadas e repudiadas por este ou aquele motivo. É questão de pesar os argumentos ao invés de repetir 'boatos'...
Compreendo até que algumas pessoas não tenham necessidade de uma religião definida e que outras permaneçam indecisas. Compreendo enfim que algumas pessoas sejam opostas a todo e qualquer tipo de religiosidade, mesmo natural...
Agora uma coisa espero ou ouso esperar dos irreligiosos convictos! Que abstenham-se de imitar ou de reproduzir o que reprovam e condenam nos fanáticos que é a imposição arbitrária da fé.
Por isso não compreendo a atitude de certos intelectuais irreligiosos que indispõem-se com seus país, cônjuges, filhos, etc pelo simples fato de não abraçarem seus pontos de vista ou aqueles que ousam impor a negação religiosa em seus lares, mortificando a esposa ou os filhos menores.
Educar, orientar, dialogar... é uma coisa.
Impor é e será sempre sinal de intolerância e fanatismo, partindo ou não de uma pessoa religiosa.
É necessário que cada pessoa faça seu caminho, informe-se, tenha suas experiências... buscando inclusive contemplar a dimensão espiritual ou religiosa da existência.
Neste sentido informar sempre será a melhor saída.
Pois possibilitará que a pessoa faça as melhores escolhas possíveis ou as menos danosas para si e para os outros.
É como dizer a alguém que tem fome: Controle-se você não precisa comer!
Quando a fome atingir uma intensidade muito grande esta pessoa estará disposta a comer qualquer coisa ou a ingerir qualquer porcaria.
Assim o efeito das restrições arbitrárias no domínio da religiosidade humana também pode ser catastrófico, particularmente quando associado a falta de conhecimentos religiosos.
Se a religião corresponde de fato a uma espécie de infecção ideológica talvez seja necessário entrar nela e sair dela para criar anti corpos e imunidade.
A ignorância religiosa no entanto pode encaminhar o sujeito a sistemas demasiado fechados ou sectários. Adiando por muito tempo ou impossibilitando sua saída...
Uma contenção precoce e arbitrária sempre poderá levar a uma afirmação obstinada e fanática ou a uma oposição ferrenha mais adiante...
Diante dos resultados contra producentes temos que a irreligiosidade não tem sabido lidar com a religiosidade.
4. A falência de nosso modelo educativo
Em larga escala - tomo por exemplo a educação de estados inteiros como os Estados de S Paulo e Rio de Janeiro - a educação tem falhado ou deixado de cumprir seu papel enquanto formadora de um éthos crítico reflexivo e de uma cultura científica.
É algo que se deva deplorar.
É por meio da educação que transmitimos ou reelaboramos nossa cultura.
Interesses econômicos no entanto postulam que nossas Escolas devam ser privatizadas.
Antes de serem privatizadas no entanto devem entrar em colapsou ou falhar.
Devem além disso falhar para conter as massas no respeito i é longe da esfera do político.
É algo que se deva deplorar.
É por meio da educação que transmitimos ou reelaboramos nossa cultura.
Interesses econômicos no entanto postulam que nossas Escolas devam ser privatizadas.
Antes de serem privatizadas no entanto devem entrar em colapsou ou falhar.
Devem além disso falhar para conter as massas no respeito i é longe da esfera do político.
Nem pode o estado fazer com que as escolas acertem aqui e falhem acolá.
Assim por falta de insumos materiais os espaços educativos tornaram-se obsoletos e inadequados.
O que dificulta ao máximo a atividade do professor consciente. Levado a assumir uma postura tradicional que sabe ser ineficaz.
Para piorar ainda mais a situação temos de considerar os professores 'descompromissados'...
Que ali estão apenas para ganhar o pão de cada dia, que assimilaram os postulados do individualismo, que são conformados, que jamais questionam, que limitam-se a executar ou reproduzir, que ignoram a personalidade do educando... etc
Os professores que desconhecem os pressupostos pedagógicos... os que ignoram os conteúdos das matérias... os que ministram a velha educação bancária (cópia e questionários).
Tudo isto faz parte da realidade complexa e calamitosa do universo escolar.
Um universo que funciona cada vez menos...
Diante disto a massa de manobra, massa humana e inconsciente... vai aumentando pelas beiradas.
Não formados apenas massas manipuláveis tendo em vista certas necessidades políticas. Não formamos apenas massas para trabalhar e consumir sem reclamar...
Formamos massas no pleno sentido da palavra.
Incapazes para interpretar e conhecer, para decidir, para optar conscientemente a respeito de qualquer assunto, inclusive de natureza religiosa.
Concedemos papéis falsos a criaturas que fogem aos padrões lógicos de pensamento, que são incapazes de avaliar a importância do método científico, que sequer tomaram gosto pelo hábito de aprender!
E estes zumbis ou vagantes não haverão de alimentar somente a esta demagogia ou democracia meramente formal e ao mercado... alimentarão também e alimentam toda sorte de misticismos.
Assim por falta de insumos materiais os espaços educativos tornaram-se obsoletos e inadequados.
O que dificulta ao máximo a atividade do professor consciente. Levado a assumir uma postura tradicional que sabe ser ineficaz.
Para piorar ainda mais a situação temos de considerar os professores 'descompromissados'...
Que ali estão apenas para ganhar o pão de cada dia, que assimilaram os postulados do individualismo, que são conformados, que jamais questionam, que limitam-se a executar ou reproduzir, que ignoram a personalidade do educando... etc
Os professores que desconhecem os pressupostos pedagógicos... os que ignoram os conteúdos das matérias... os que ministram a velha educação bancária (cópia e questionários).
Tudo isto faz parte da realidade complexa e calamitosa do universo escolar.
Um universo que funciona cada vez menos...
Diante disto a massa de manobra, massa humana e inconsciente... vai aumentando pelas beiradas.
Não formados apenas massas manipuláveis tendo em vista certas necessidades políticas. Não formamos apenas massas para trabalhar e consumir sem reclamar...
Formamos massas no pleno sentido da palavra.
Incapazes para interpretar e conhecer, para decidir, para optar conscientemente a respeito de qualquer assunto, inclusive de natureza religiosa.
Concedemos papéis falsos a criaturas que fogem aos padrões lógicos de pensamento, que são incapazes de avaliar a importância do método científico, que sequer tomaram gosto pelo hábito de aprender!
E estes zumbis ou vagantes não haverão de alimentar somente a esta demagogia ou democracia meramente formal e ao mercado... alimentarão também e alimentam toda sorte de misticismos.
Conclusão:
Localizamos e isolamos quatro fatores responsáveis pela afirmação do fundamentalismo religioso nas diversas sociedades Ocidentais, em especial na nossa, a Paulista:
- A falência do materialismo em termos de ética.
- A sobreposição do TER ao SER.
- Os recalques e a falta de informação característicos da Sociedade não religiosa
- A falência do ensino público.
Em contraposição preconizamos:
- O retorno a uma espiritualidade natural nos termos do deísmo
- A sobreposição do SER ao TER e questionamento da cultura de mercado
- Reconhecer a importância do conhecimento ou do estudo das diversas religiões
- Lutar por melhores condições de ensino e pelo caráter estritamente laico da escola pública.
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