O jornalista Boris Casoy humilhou uma dupla de garis que desejaram um feliz 2010. Durante o comercial o
Gostaria de perguntar a esse senhor: lixeiros não são pessoas? Eles não podem desejar felicidades? Isso dá uma ideia de como esse "cidadão" deve tratar seus subalternos. Como diz um ditado popular: "A ocasião faz o ladrão". Eis aí a oportunidade de mostrar o "carinho" que esse homem tem pelo povo brasileiro. Porque ao fazer isso ele não ofendeu só aos dois garis, mas a maior parte da população que é pobre, sofrida e trabalhadora. Essa população que ele ofendeu é a mesma que sempre lhe deu audiência, e eis como ele paga: "Que merda... dois lixeiros desejando felicidades...".
"... dois lixeiros... o mais baixo da escala do trabalho". O que ele quis dizer com isso? Que os lixeiros são a escória da humanidade. Que seu trabalho é degradante e por consequência essas pessoas são degradadas?
O que quer esse jornalista criar um sistema de castas? Onde ele é o
Claro que no dia seguinte o jornalista
Depois que se inventou a desculpa tudo ficou mais fácil. Você ofende, finge que se arrepende, vai lá e pede desculpa. Você faz as suas merdas, e depois, vai lá e pede desculpa e fica tudo consertado. Que lindo!!! A pior coisa que existe no mundo é esse "desculpismo", é um tal de desculpa pra cá, desculpa pra lá. Desculpas a meu ver não adiantam, desculpas são desculpas esfarrapadas. Por que as pessoas não pensam antes de fazer as suas cagadas?
Esse tipo de desculpa nada mais é do que a hipocrisia manifesta. Se o microfone não tivesse aberto e se ninguém ouvisse as merdas do
Boris Casoy, moralista, homem de bem que sempre critica o governo com sua frasezinha tosca: "Isto é uma vergonha!" Depois dessa, o melhor que o jornalista pode fazer é se olhar no espelho e repetir para sua imagem: "Isto é uma vergonha!".
Se ele tivesse vergonha, pediria demissão no mesmo dia ou assumiria que é preconceituoso e que não gosta de pobres. Seria horrível, seria, mas antes de tudo seria sincero e uma pessoa sincera merece aplausos, mesmo estando no erro. Não se deve aplaudir o erro da pessoa mas sua sinceridade.