Muito antes que o sr Jeff Bezos fosse chamado a luz da existência e cogitasse passear pela órbita espacial, um francês de nome Júlio Verne cogitava uma viagem até a lua.
Enquanto alguns questionam a ida do homem a luz em 2021 Verne era capaz de imagina-la no século XIX??? - A um lado a mente idiota e a outro a mente genial...
Desde que foram os homens a lua, no final dos anos 60 ou em qualquer momento dos anos 70, muita água rolou por debaixo da ponte.
E se antes o objeto era a lua não tardou a converter-se em Vênus ou em Marte.
Vênus no entanto é demasiado quente...
Já o frio, ainda que excessivo, conseguimos burlar.
Por outro lado sempre que pensa em Marte pensa o homem em água.
Quiçá possamos criar naquele planeta uma atmosfera artificial. A água no entanto seria de grande valia caso por lá existisse em estado líquido ou ao menos em estado sólido i é congelada.
De fato há ali água sob três de seus estados, preponderando no entanto como gelo. E se é a Antártida um continente gelado é Marte um planeta gelado.
Agora por que tanto interesse no distante planeta gelado e tão pouco interesse no Planeta azul em que vivemos.
Por que buscar partículas de microscópica vida lá enquanto extinguimos onças, antas, tigres, leões, girafas, elefantes, zebras, etc por aqui?
Serão tais formas banais apenas por estarem perto de nós ou por existirem?
E as de lá maravilhosas por existirem apenas em nossas cabeças ou estarem tão distantes?
Talvez seja o caso.
Afinal é vezo nosso e vezo sinistro valorizar o quanto perdemos...
Ademais ainda estamos acostumados a ver leões, zebras, girafas e gorilas em quantidade, o que nos leva a conceber a existência deles como vulgar...
Poderíamos gastar bilhões com o propósito de limpar nosso planeta, assim para descontaminar as águas, o ar ou a terra... No entanto preferimos investir em Marte ou na Lua.
De fato enquanto alguns multi milionários parasitas colhem ovações e aplausos pelo fato de poderem excursionar em torno do planeta,vai nosso pobre planeta passando do azul translúcido ao cinza ou marrom...
Obra nossa ou melhor dos nossos excelentes industriais e empresários impulsionados pela ideia absurda de um progresso econômico e técnico ilimitado.
Por mais resistente que seja, a mãe natureza não poderá resistir indefinidamente a nossos ataques e agressões.
E nós ou alguns de nós intensamente preocupados com Marte ou com a Lua.
Não, não é problema de sistema, embora o sistema seja abominável. É antes de tudo problema humano, antropológico, ético ou moral, o qual gira em torno da virtude. Foi o homem que concebeu, alimentou e ainda insisti em manter esse sistema abominável, julgando ser o melhor possível...
Sócrates já o havia previsto e antevisto - Divino ateniense!
Pois ao denunciar o formalismo estrutural da democracia ateniense e postular a formação de homens leais, honestos, capazes e democráticos, teve de antepor o auto conhecimento ou o conhecimento de si próprio a todas as outras formas de saber, inclusive ao conhecimento do mundo externo e da técnica.
Do ponto de vista socrático o que aqui temos, há vinte cinco séculos é uma inversão.
Pois iniciamos a construção do saber pelos elementos do mundo externo e não por nosso universo interior que tudo maneja. Tal nosso drama.
Aprendemos a controlar o mundo externo ou o universo, porém jamais cuidamos em controlar a nós mesmos ou nossos impulsos com seriedade.
Em seguida, já na modernidade, cuidamos planejar as mais belas instituições e estruturas, antes de cogitarmos na fruição de direitos, na justiça ou na virtude.
O fruto de tudo isto é uma sifilização formalista até o mecanicismo estrutural. Um formalismo democrático de teor fetichista, um agregado de leis formalistas, a ideia imbecil de um mercado que se regula por si mesmo, o socialismo bizarro - Mecanicista e etapista - de K Marx, o cientificismo/tecnicismo positivista... Abismo após abismo, miséria após miséria... Afora de Sócrates, Platão, Cícero, Quintiliano... de Jesus Cristo e dos Padres da Igreja, preocupação alguma com o elemento humano.
Até que a magnífica ciência levou-nos a lua e brindou-nos com bombas de destruição maciça - a uns seres pretensiosos que a bem da verdade são pouco melhores ou quem sabe até piores do que seus primos macacos...
Podia este homem, a ser educado, civilizado e virtuoso - Segundo o propósito de um Confúcio, de um Sócrates ou de um Jesus. - ajudado pelas máquinas e por todo este excesso de tecnologia, ter convertido este nosso mundo num Paraíso. Nós no entanto continuamos engatados naquela resoluta marcha rumo ao único inferno, este que ora construímos por meio da extinção, a poluição e da sujeira...
Para que tanta tecnologia se os olhos da maior parte dos seres humanos continuam focados em Marte ou na Lua? Ignorando ou fingindo ignorar as necessidades reais deste planeta, nossa casa e nosso lar?
Por pouco uns homens loucos, escolhidos a dedo ou eleitos pelas massas, não reduziram este planeta a pó com o apertar alguns botões ou com o estralar dos dedos...
Criamos brinquedos mortais com que dar cabo não apenas de nossa espécie mas também de todas as outras e aniquilar o trabalho evolutivo de dois bilhões de anos.
Sim, brinquedos. Pois não passamos de crianças nos termos rasgados de um Freud. Crianças porque ainda não fomos curados do egoísmo, nosso pecado original.
Divinas e núncias das realidades celestiais por saberem confiar. Mas também egoístas até a crueldade. O que no entanto facilmente se cura por meio da pesquisa e da instrução.
Pesquisando sobre nós mesmos por meio da introspecção e conhecendo o defeito congênito aplicando as medicinas dos grandes Mestres citados: Buda, Confúcio, Sócrates e sobretudo Jesus de Nazaré...
Mas é como disse: Só podemos lidar perfeitamente com aquilo que conhecemos e na medida em que melhor conhecemos.
E negligenciamos o conhecimento de nós mesmos, desse imenso universo que em parte permanece indevassado. Dispersa-mo-nos pela Via Láctea, guiados por quiméricos sonhos, porém jamais ousamos examinar a fundo nosso universo interior. Construímos bombas e foguetes, computadores e TVs, trens elétricos e automóveis capazes de guiarem a si mesmos; mas continuamos a fugir da 'Longue chaise'... Exatamente por onde deveríamos ter principiado - O Metronomo e a Longue chaise...
Triste a sorte de um mundo ou de universo controlado por um ser descontrolado, incapaz de impor limites éticos a si mesmo ou de controlar-se.
Como pode controlar algo aquilo que não se controla?
Desde Fechner, Wundt, Freud, Jung, Frankl, Winnicott, Blowby e outros tornamos a levantar a tampa do alçapão tenebroso. Os fantasmas porém há muito que haviam escapado... sem que nos déssemos conta ou nos importássemos.
Nós que não nos identificamos uns com os outros e que tampouco nos compadecemos dos animais ousamos produzir maquinários e parafernália capaz de aumentar milhares de vezes nosso raio de ação não poucas vezes destrutivos.
Antes de criar todo esse mundo artificial ou cibernético por que não nos desprendemos do consumo de carne vermelha?
Aqui certamente teríamos feito algo de relevante ou uma espécie de Revolução. E nos preparado para grandes conquistas. Porém guiados pela injustiça matamos pelo prazer do sabor sem ousar refletir ou raciocinar.
Por isso nos convertemos em vermes nauseabundos que em louco festim devoram a carcaça deste pobre Planeta enquanto olham embevecidos para Marte ou para a Lua.
Sabe Deus nossas intenções perversas?
Não apenas ele porquanto a ficção científica - Acurada desde os tempos de Verne, Salgari, Reid, etc - já deslindou o segredou e colocou-o diante de nossas vistas > O cúmulo da profanação!
Não romantizemos as coisas nem nos enganemos por um instante sequer a respeito deste falso encanto falso encanto diante do universo externo. Amamos nesse universo imenso o que ele nos pode dar, o que desejamos e esperamos que haja nele.
Não foi o Cristianismo antigo ou apostólico que impulsionou a pilhagem da América. Triste - Tentou inutilmente conte-la e até conteve-a em certa medida. Coisa que não faria este neo cristianismo protestantizado e canalha, incapaz de produzir um Francisco Vitória, um Banez, um Soto, um Cano, um Las Casas, um Suarez, um Benci, um Pedro Claver, um Martinho de Porres, etc
O futuro porque aspiramos é o pior do quanto nos legou o passado, assim a explotação do Oeste pelos colonos Norte Americanos, esta não somente incontida como estimulada pelos pastores com suas bíblias ou velhos testamentos - Do que resultou o pior genocídio da História. Tal o modelo de futuro que temos...
Pois como predadores aguardam esses homens ímpios por uma nova América ou por um Novo mundo quiçá repleto de humanos, de animais ou de minerais a que pilhar, torturar e matar. Rogo aos céus que tais mundos estejam bem distantes de nós e assim a salvo. Rogo a Providência celestial que não estejam na periferia desta Via Láctea...
Encontrado este outro Planeta com ar, água e riquezas minerais sucederá a passagem, a migração das larvas insaciáveis ou a colonização e degradação do novo espaço.
Como disse acima, caso hajam lá outras formas de vida, racionais ou não, seguirá a catástrofe. Principiaremos a matar e a escravizar uns e outros, quiçá em nome desse novo Evangelho parceiro do darwinismo social e do mamonismo.
A grande diferença em termos de processo histórico é que enquanto após o descobrimento da América foram as massas empobrecidas e miseráveis que para cá migraram ora teremos algo quiçá mais diabólico, posto que aqui não há mais para onde correr. Destarte premidos pela geografia ou pela imutabilidade do espaço quem se deslocará serão os multi milionários como o sr Bezos e serão eles os únicos e próprios 'deuses astronautas' a migrar para outras plagas em que não hajam pobres. Os demais vermes cá ficarão para disputar os ínfimos restos de uma carcaça nauseabunda. Num contexto em parte já sabido com falta de água, de espaço, de ar limpo... e é claro com superabundância de sujeira.
O quadro de nosso possível futuro foi descrito qual profecia ou vaticínio no Filme Elysium (2013). Outro propósito não tem os multi milionários, ricos, empresários, industriais, banqueiros e seus títeres políticos quando ao invés de descontaminarem este nosso lar investem imensa fortuna em máquinas, foguetes e viagens inter planetárias, etc O quanto querem é encontrar um refúgio para em seguida deixar este Planeta quase irrecuperável, e multidão de miseráveis nele a formigarem como vermina.
Tal o panorama e o significado de tais investimentos e excursões; havendo quem apoie abertamente tais desígnios.
Movidos por insaciável ambição que jamais se contém ou reforma tais homens dão já nossa casa por irrecuperável e perdida. E não se sensibilizam - pretendendo antes começar tudo de novo num outro local. Dando sequência a essa saga de sangue, suor e lágrimas... a esse rosário de sofrimentos e dores, previsto já pelos homens póstumos, pelos supremos representantes da espécie. O quanto posso imaginar face a esse quadro é uma chusma de ratos (Os ratos que não me levem a mal.) prestes a abandonar o navio prestes a sossobrar...
Para piorar ainda mais o cenário já aterrador surge pergunta que não quer calar:
Terá você amigo leitor, ou algum de seus descendentes, possibilidade de morar nesse modelo de paraíso chamado "Elysium"???
Ou ficará abandonado com os céus numa terra convertida no pior dos pesadelos imagináveis?
Para, pense, reflita, revise suas concepções e considere não apenas cuidar do Planeta mas pressionar as autoridades para que dele cuidem.
Informe-se sobretudo a respeito da proposta realista em torno de uma 'economia estacionária'.
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