domingo, 4 de julho de 2021

Cristãos incoerentes, afinidades eletivas e noética.

Vivemos em tempos difíceis de viver ou passamos por tempos difíceis. Nós quais a verdade objetiva, a experiência, a razão e a própria Revelação são eclipsadas por um turbilhão de ideologias e culturas de morte, a maior parte delas notável pelo conteúdo irracionalista ou melhor por aquele absurdo já apontado com seriedade por Camus. Vivemos na Era ou na Idade do absurdo e é isto deprimente. Importa ter esperança - Para Freud era veneno, para os pupilos do Evangelho é virtude.

Esperamos estar passando por tempos difíceis ou por tempos nublados, aguardando pelos raios do Sol... Cremos e esperamos que as nuvens, sombras e trevas sejam espancadas pelo Sol da razão e pela luz da experiência, enfim pelo brilho da verdade divina, para qual são os homens encaminhados pelo que chamamos Filosofia. Não qualquer Filosofia, mas a Filosofia perene de um Sócrates, de um Aristóteles e mesmo, com prevenções, de Platão.

Todavia, enquanto aguardamos este novo 'Renascimento' ou glorioso porvir, temos de ir tateando em meio a este cipoal e tentar cortar-lhes os galhos ou tentáculos.

Tudo está muito confuso e as coisas fora do lugar.

Como disse Brecht, e eu considero patético, são tempos de ensinar o óbvio.

Sim, tempos em que se deve insistir sobre as obviedades ou sobre o que é axiomático, ou seja, evidente por si mesmo. Em tempos de idiotice generalizada já o evidente por si mesmo não parece tão evidente, o que é desesperador.

Bem, quando escrevo Cristãos - Bom advertir o amigo leitor! - certamente jamais me refiro aos protestantes, por mais boa vontade que tenham eles, mas apenas e tão somente a meus confrades os Cristãos Católicos Ortodoxos, ou mesmo aos apostólicos romanos e episcopais (Pertencentes a igreja alta ou ao anglo Catolicismo.) cujas agremiações conservam certos elementos do Catolicismo ou da tradição apostólica. Por questões de ordem cultural apenas alguns deles me poderão compreender.

Os protestantes, digo alguns protestantes, podem ser honestos e acalentar os melhores e mais nobres sentimentos, o que não torna o protestantismo Cristão, na plena acepção da palavra. Devo insistir nisto. Claro que as seitas protestantes são formalmente Cristãs e assim classificadas por todos os manuais de História das religiões. O protestantismo é formalmente Cristão, ponto pacífico. Outra coisa é ser autenticamente Cristão pelo 'espírito' de Cristo... Mesmo a igreja romana, apesar de seus diversos erros e do veneno agostiniano o é, ou ao menos setores e partes suas. Há ainda algo de Cristão em alguns apostólicos romanos - Não nos integristas ou nos carismáticos, e quiçá nem mesmo nos tradicionalistas (Com seu moralismo puritano que os conecta com o que há de pior no Protestantismo i é ao Calvinismo!) mas supreendentemente nos apostólicos romanos moderados - Alguns deles remanescentes da Era Tridentina e outros adeptos da TL (A qual nem por isso deixa de ser um sistema teológico defeituoso!) - apesar da missa moderna, que é como sabemos de origem protestante. Está a Igreja romana, dos pés a cabeça, doente de protestantismo: Do tridentinos aos carismáticos ninguém é incólume naquela comunhão (Isto por dupla via: O agostinianismo e o puritanismo, duas vias de acesso do ecumenismo e da apostasia.), no entanto alguns ainda amam honestamente a Tradição. É a estas pessoas que nos dirigimos, aos que amam o sentido ou a consciência Histórica do Cristianismo, amor há muito perdido pelas seitas protestantes.

Não nos iludamos, já por via do biblismo, que é filho legítimo da invenção da imprensa, é o protestantismo um sistema totalmente novo, uma revisão do Cristianismo histórico ou antigo ou ainda uma adaptação as novas circunstâncias sociais, políticas e econômicas. Só por isso é ele questionável ou mesmo detestável, pois não pode a instituição divina curvar-se face aquilo que é humano ou ceder em qualquer coisa. A instituição do Cristianismo cabe - E com muito mais razão - a diretriz exarada por um dos líderes Jesuítas a respeito de sua Companhia: Ou continuaremos sendo o que somos ou cessaremos de ser. Melhor seria ao Cristianismo desaparecer por completo da face da terra sem deixar vestígios, do que abjurar de seus princípios e doutrinas fundamentais fazendo concessões ou negociatas. O Cristianismo não pode ou deve mudar, e no entanto o protestantismo foi e é mudança.

Mudança por seu individualismo inusitado, mudança por seu transcendentalismo avesso a imanência, por sua antropologia - Agostiniana - viciada, por sua epistemologia capenga, etc 

O protestantismo trouxe sérios problemas a Cristandade. Novidade alguma até aqui.

Aberrante que a igreja apostólica romana ou mesmo que o Catolicismo Ortodoxo tenham assumido o filho bastardo que não lhes pertence. Refiro-me ao fundamentalismo bíblico ou a judaização - Noutras palavras, a todo esse universo formado pelo criacionismo, pelo terraplanismo, pelo geocentrismo, enfim pelo negacionismo científico. 

Nada mais triste do que testemunhar um Rose ou um Corção envidando esforços contra a Evolução Biológica - Um tentando infirma-la a partir de citações do antigo testamento como qualquer protestante, e outro forjando ensaios escolásticos ou metafísicos com o objetivo de refuta-la > Jesus, quanta treva! - o que é somar esforços com os setores mais radicais e obscuros do protestantismo, e daí caminharam (Ortodoxos e romanistas), para o terraplanismo, o geocentrismo, a negação da Lei da gravidade, etc como não poderia deixar de ser, se bem conhecemos o caráter do antigo testamento! De fato este movimento não se deterá no criacionismo! 

Assumido pelos Cristãos apostólicos o postulado protestante e falso dogma de que o antigo testamento em sua totalidade é pura palavra de Deus, chegaremos aos confins do islã, nada restando em termos de Filosofia e Ciência neste mundo. Afinal as raízes da Filosofia e da Ciência encontram-se na Grécia pagã, não no judaísmo ou no antigo testamento, cujo caráter (A par do divino ou do profético voltado para o anúncio do Verbo Jesus!) é mitológico, fetichista, mágico e intragável.

Nada mais comum nestes tristes tempos do que abordar o negacionismo científico. Coloquemos o dedo no fundo da ferida e busquemos suas causas - Como ex protestante direi e alto e bom som: É o negacionismo científico (Com suas propagandas anti vacina, terraplanista, geocentrista, etc ) fruto do fundasmentalismo bíblico protestante - Exportado para as comunidades Ortodoxa e apostólica romana inclusive! - seja ele pentecostal ou calvinista. Tais suas autênticas fontes, em termos técnicos: A doutrina supersticiosa da inspiração plenária, linear e verbal. Para parte dos protestantes (Aqui no Brasil imensa maioria) é a bíblia, ou melhor, o antigo testamento, autoridade absoluta e infalível em termos de conhecimento da natureza criada, ficando a Ciência totalmente desacreditada, quando não atribuída ao Diabo, nos mesmos termos que a 'idolatria' romana.

O aspecto mais triste porém é que parte dos nossos Ortodoxos ou dos apostólicos romanos - Os quais deveriam terçar armas em torno do Novo Testamento ou pugnar pelo Evangelho, que é a pura palavra de Cristo e Lei dos Cristãos - assumem tais postulados e endossam a manobra. Nada mais triste do que ver um Cristão apostólico fazer causa comum com o sistema dentre todos mais avesso a sua fé, que é o protestantismo. Afinal para os pentecostais os apostólicos não passam de idólatras amaldiçoados por Deus enquanto que para os calvinistas não passam de predestinados a condenação eterna. Apesar disso uns e outros não cessam de beber em fontes protestantes, de assumir seus postulados e de estender-lhes as mãos fortalecendo seu poder.

E nossos ortodoxos e neo romanos sempre me fazem lembrar os ratinhos conduzidos pelo flautista de Hamelin...

Eles ignoram as ilações doutrinais ou as afinidades eletivas e por isso não cessa o Cristianismo de diluir-se no protestantismo e de servir a interesses protestantes. Sendo nossos Ortodoxos e Romanos fundamentalistas usados como marionetes ou espantalhos.

Mas e os Apóstolos (Paulo) e os Padres?

Os apóstolos e padres procederam com honestidade e pureza de consciência pelo simples fato de terem florescido antes do advento da ciência, a partir do século XVI. 

Outro o caso dos reformadores protestantes, os quais tendo já vivido nos albores da ciência, foram e são modelos de negacionismo científico. Afinal, tendo em vista a doutrina do Corão Cristão ou do biblismo, esbateram-se ferozmente contra a ciência emergente, Lutero, condenando decididamente o Diácono Romano Nicolau Copérnico e com ele o geocentrismo... Calvino opondo-se a Acquapendente (Assumido por Servet pouco antes de W. Harvey) e a circulação do sangue... Tudo porque o heliocentrismo e a doutrina da circulação do sangue 'Não se achavam na bíblia' ou melhor dizendo, no antigo testamento, sendo supinamente ignoradas pelos antigos israelitas. 

A bem da verdade essa Cruzada bíblica, calvinista, judaizante, sectária, etc jamais cessou. Pois no século XVII os amenos Luteranos da Suécia abriram processo contra Nils Celsius (1679) - Apud Bivort de la Saude, 1959 p 112 - por ter ousado professar o Heliocentrismo. Pela mesma época, aproximadamente, tendo o insigne Nicolaus Stenius verificado o quanto seus confrades luteranos eram apegados a letra do antigo testamento e ao criacionismo chão, passou a igreja romana - Onde obteve o título de Cardeal - e tornou-se um dos próceres da Paleontologia. Já no século seguinte foi Joseph Priestley que teve seu laboratório incendiado pelos bíblicos. Também Moleschoot teve de fugir da Holanda para poder cultivar seus estudos em Roma (...) Darwin enfim exitou bastante em publicar suas conclusões pelo simples fato de viver numa Inglaterra ainda parcialmente calvinista e sectária...

Apesar disso a ciência fez sua caminhada e seus progressos. Sem que pudesse o protestantismo trava-la. Pois o máximo que os fanáticos bíblicos puderam fazer quando o benemérito Jener inventou a vacina foi dizer que os vacinados criariam chifres e se transformariam em vacas. Como dizem hoje aos nossos índios que, caso sejam vacinados, virarão homossexuais ou terão marcas na cabeça (Uai serão os chifres do século XVIII???) - Tal o serviço que prestam os pastores a humanidade em nome de sua bíblia!

Mas tornando ao 'Outro o caso', a negação da ciência pelos reformadores ou por qualquer um de nós em tempos modernos ou pós científicos planteiam uns sérios problemas que jamais ocorreram a Paulo, aos demais apóstolos ou aos antigos padres, os quais honestamente criam nos mitos judaicos tomados a Suméria e ao Egito. 

Pois negar a ciência, e suas conclusões, frutos da experiência sensível, implica criar um problema epistemológico e um problema antropológico. Claro que tal raramente se colocará para um Valdomiro Santiago ou para qualquer ovelha semi analfabeta do Malafaia ou do Feliciano... permanecerão eles bem ajeitados no berço esplendido da ignorância, e nada de mais sucederá. Tal o nível deles...

Outro o caso dos apostólicos romanos ou Ortodoxos que abraçam tal modelo teológico, posto que mais livres e medianamente instruídos. 

Destarte pelo menos alguns deles plantearão a questão da 'veracidade' bíblica do AT, da inspiração plenária ou linear, da falsidade da ciência, deste falso conflito e da credibilidade do conhecimento humano assim da condição humana e aqui teremos o drama, digo o estrago, produzido pela mentalidade protestante, bíblica e fundamentalista.

Os Ortodoxos explorando certos aspectos teológicos muito discutíveis do hesicasmo e tributários do neoplatonismo, irão dar na tal da noética... Há muito assumida pelas seitas protestantes luteranas, pentecostais e mesmo calvinistas. Os romanos irão dar na mesma solução por via do Agostinianismo ortodoxo e mais além irão seguindo na direção de uma antropologia nefasta até o jansenismo, o luteranismo ou calvinismo. 

Ocidente e Oriente por via da noética, que é princípio subjetivo e indemonstrável que se ajusta a qualquer crença ou heresia, desarmarão a Mãe Igreja face as seitas e falsas religiões no exato momento em que carece fortalecer sua apologética com o objetivo de confrontar as ditas seitas, as culturas de morte e o islã - Vejam então como tudo isto é trágico e como os fundamentalistas de modo geral prestam péssimo serviço a Igreja. 

Após terem judaizado, assumido os mitos ineptos dos antigos israelitas e menosprezado os autênticos mistérios de nossa fé, e fragilizado as 'razões' da Igreja - Apresentadas pela Filosofia clássica - os fundamentalistas devem necessariamente flertar com o integralismo. Afinal desprovida de seus fundamentos ontológicos ou apologéticos - I é da demonstração racional e experimental da verdade!  não pode a mãe Igreja caminhar sobre seus pés, devendo ser, como uma palhoça capenga, sustentada pelo poder autocrático e arbitrário do Estado. 

Fundamentada na mística, na noética, na iluminação ou na relevação particular e subjetiva perde a fé seus mais sólidos fundamentos - Sejamos honestos: Qualquer apresentação da Ortodoxia neste sentido só deliciará os Ortodoxos, qualquer apresentação do papismo por esta via só deliciará os papistas, e assim por diante. É a tal noética de todo inapta para convencer os contrários, refutar seus erros e firmar um são proselitismo! E falhará ela cabalmente face as seitas protestantes, ao islã, ao ateísmo e as culturas de morte. Atrairá apenas os elementos semi analfabetos ou analfabetos pertencentes as massas, fortalecendo as seitas. Pessoas mediatamente instruídas, críticas ou geniais não conquistará e agregará a Igreja de Cristo. Do contrário, fosse boa a tal noética para nossas igrejas apostólicas, não teria ela sido assumida com unhas e dentes pelos heréticos... Por isso nada quero com ela... Porque desarma a Igreja e não se presta aos misteres que temos em vista!o, que como grego tem veleidades não apenas hesicastas mas noéticas, que me contento em assumir a fé Ortodoxa, mas não essa Teologia ou Theologumena, ficando com a velha Escolástica ou melhor com a propedêutica da Filosofia clássica assumida por Clemente, Irineu, Orígenes, Atanásio, Eusébio, Gregório de Nissa, Damasceno, etc Vereda sólida e segunda para a apresentação objetiva da fé e sua justificação. 

O que nos leva a afastar-se ao máximo da posição agostianiana com sua epistemologia já suspeita e sua antropologia maniqueísta que redundou necessariamente em calvinismo, como do calvinismo resultaram o fundamentalismo, o puritanismo, a teocracia e mesmo a afirmação do liberalismo econômico ou do capitalismo, pelo que não podem os Cristãos apostólicos assumir tais elementos culturais, os quais nem lhes pertencem ou são seus.

Tal a importância das relações entre os elementos culturais ou das afinidades eletivas, a qual nos permitem ir além da fé e da teologia, e examinar o panorama da cultura com toda sua abrangência. Ora quem diz panorama da cultura, diz projeto social, político e econômico em termos de civilização. E mais uma vez aqui, as Igrejas apostólicas e o protestantismo separam-se. Veja bem e anote isto: São dois projetos culturais não apenas distintos mas apostos; o que vale já para a Igreja romana e muito mais para o Catolicismo Ortodoxo.

Daí apontarmos a leviandade com que papistas e Ortodoxos, assumindo pautas protestantes, como o fundamentalismo, a depravação total, a noética, o integralismo, o puritanismo, o liberalismo econômico, etc protestantizam-se em certa medida. São Ortodoxos que chocam-se contra a cultura e o projeto social da Ortodoxia e romanos que ignoram ou confrontam o projeto sócio cultural de sua confissão, traindo uma mentalidade protestante. Ora um Ortodoxo ou um papista não pode ter uma mentalidade protestante, de modo que jamais será ou poderá ser capitalista ou individualista, fundamentalista (E assim criacionista, terraplanista, geocentrista ou negacionista em qualquer grau.), integralista, carismático, puritano, etc pois cada um desses elementos chocam-se com a norma e regra da tradição e com a mentalidade vigente no padrão apostólico.

É uma questão de coerência. 

Verdade é que a igreja romana tem abdicado cada vez mais - Século após século - de seu próprio projeto, tão caro a consciência medieval. É um fato demasiado triste, pois implicou ceder espaço a esse projeto sujo e porco que ai temos, o qual é de origem protestante e redundou em tais culturas de morte contra as quais nos esbatemos: Capitalismo, Comunismo, Anarquismo, Fascismo, Nazismo, etc Observe que o projeto protestante original, se é que existia (Em termos de teocracia bíblica), abortou miseravelmente. Desde então o Cristianismo foi perdendo cada vez mais o seu ascendente sobre as Sociedades ocidentais... Havendo um esvaziamento Ético em termos de princípios e valores. 

Sob pressão do Islã sucedeu o mesmo no Oriente quicá numa proporção ainda maior. E embora nossos Ortodoxos conheçam algo sobre o império Bizantino, o quanto sabem é sobre sua forma política em parte ultrapassada. Sobre sua estrutura e ações sociais quase nada sabem, sendo a ignorância quase total. Importa dizer que esse projeto jamais completado nada tem em comum com o projeto protestante ou calvinista até certo ponto materializado nos EUA. 

Repito, como houvesse um projeto protestante original: Bíblico, fundamentalista e teocrático; foi definitivamente repudiado pelo Ocidente, pois partindo de seus princípios deletérios o protestantismo produz tensões insuperáveis. Foi e é um projeto de que resultam extremos perigosos: A total descristianização da sociedade e o abandono do mundo a um lado e o ideal de república bíblica pautado no Israel do século VI a C. Até certo ponto parece que essa dicotomia horrenda renasce no Brasil de hoje. Pois se o protestantismo brasileiro teima obstinadamente em enjaular a mente humana ou de enfiar a sociedade na bíblia, o Cristianismo, a partir deste padrão tosco, passa a ser cada vez mais odiado pela outra parte da Sociedade.

Está situação exige por parte dos Ortodoxos, papistas e anglicanos um posicionamento - Especialmente face a infecção ecumênica - e tomada de consciência e eu aconselharia a cada um deles o caminho da coerência: Tornem a luz. Afastem-se de todos os princípios assumidos pelo sectarismo bíblico: Individualismo, biblismo, subjetivismo crasso, negacionismo científico, fetichismo, integralismo, liberalismo econômico, etc Rompam decididamente com esse padrão sócio cultural e retornem a suas raízes. Tornem a Ética da solidariedade, ao Evangelho, a Tradição comum, ao objetivismo, a Filosofia clássica, a ciência, a vida democrática, a justiça, a tolerância, ao amor, enfim a tudo quanto seja humano, nobre, justo e excelente. 

Não tentem usar remendo velho em roupa nova ou colocar vinho novo em odre velhos... Não dará certo. O Evangelho, a lei Cristã, a Cristandade antiga, tem uma visão total e projeto próprio. E não é o que temos... Não é comunismo e não é capitalismo, pronto. Não é objetivismo sem subjetividade e tampouco subjetivismo crasso. Não é cientificismo e tampouco negacionismo... É algo sóbrio, equilibrado, harmonioso e complexo, que foge aos extremismos e ao sectarismo bizarro. Tornemos e retornemos a este projeto humanista, pois dele depende a cura do homem e o Renascimento da civilização, ou sua preservação.

Não temos muito tempo, portanto apressem-nos.

Desculpem a prolixidade e a extensão deste artigo mas foi necessário, pois o repetir é que nos faz claros. Claridade é tudo ou ao menos muita coisa. 

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