02) Tipo Wallon, Piaget e Vygotsky?
Sem dúvida. Constrói-se o ser humano a partir do que recebeu ou trás, ordenando o conhecimento e estabelecendo relações orgânicas. Não é ele responsável pelo que é ou recebeu mas é responsável pelo que faz com o que é ou recebeu, na magnífica definição de Sartre. Parece que a capacidade de superar-se e de ultrapassar aquilo que ultrapassar aquilo que o influencia e limita faz parte de sua condição.
O realismo no entanto, e tal realismo tem um acento trágico, considera que em parte dos humanos tal capacidade existe e existirá apenas como potência, jamais vindo a converter-se em ato. Isto por não ser ativada ou excitada pelo meio externo ou por uma educação de qualidade. O exercício da racionalidade precisa ser despertado pelo esforço educativo, o qual por isso mesmo é dever da comunidade, do grupo social ou do Estado. Pois é a partir da experiência educativa que as potencialidades humanas, em termos de habilidades e competências, tornam-se realidades. O que implica a necessidade de uma educação integral, que coloque as pessoas em contato com as principais correntes de pensamento, inclusive com as que sabemos não serem sadias, de modo a que as pessoas, atuando criticamente, façam a seleção.
Uma educação completa ou integral não pode excluir qualquer elemento ou ser meramente técnica, como pretende este governo ideológico, acrítico e colaboracionista até o sectarismo, pressupondo que vivamos no melhor dos mundos ou sociedades possíveis e que nos devamos conformar com a injustiça.
Uma educação humanista, integral e completa abarca a história da Filosofia ou do pensamento, a História da arte, a História das crenças religiosas, a História dos sistemas econômicos, Teoria sociológica, Teoria psicológica, Epistemologia, Gnoseologia, Ética, etc Nenhum destes conteúdos é inútil ou ocioso. Não é questão de luxo mas de colocar o ser humano em contato com universo de seu pensamento. Tampouco é necessário, ao apresentar tais conteúdos, afetar uma neutralidade artificial - Segundo os falsos pressupostos do positivismo - bastando que o expositor seja honesto, ou seja, que assuma leal e publicamente seus pressupostos e que jamais falsifique as opiniões de qualquer autor, atribuindo-lhe apenas o que ensinou.
Na medida em que tais conteúdos são negados a parte dos cidadãos ou que lhes é imposta uma restrição que nada tem de neutra, lhes é negada uma contemplação mais ou menos completa da realidade psicológica, mental, social e histórica, e só podemos classificar uma tal negação em termos de ocultação intencional, e portanto de crime. Nem pode o Estado ocultar a realidade humana em sua complexidade, esconder, disfarçar, etc sem tornar-se manipulador. Implica tal opção - Sob quaisquer aspectos anti ética - alienar parte dos atores sociais e produzir massas. Todas as vezes que o Estado patrocina a ignorância ou a alienação ao invés de dilatar as fronteiras do conhecimento torna-se criminoso ou pecador.
Enfim nós acreditamos que o conhecimento da realidade ou o ensino integral (Que assume um conteúdo Ético) seja por si só libertador e que em certo sentido (Não no convencional empregado pelos sectários!) equipare-se a tão sonhada revolução. Os verdadeiros arsenais estão em nossas bibliotecas, as autênticas armas são os livros e a bomba mais poderosa é a informação associada a reflexão.
Ema educação meramente 'positiva' ou técnica implica viés materialista e pragmático. É como dissemos educação aparente ou superficial, destinada a definir o espaço ou local do cidadão na sociedade e a criar excelentes empregados, operários, trabalhadores, subalternos, colaboradores, etc sempre incapazes de questionar a Sociedade ou de dialogar com ela. Fornecer uma educação para certo tipo de trabalho é negar oportunidade ao cidadão e fixa-lo. É sobretudo oferecer uma vidinha comum, prosaica ou trivial. É esterilizar o espírito. É destruir vocações. É condenar possíveis pensadores, cientistas, artistas, etc a inexistência. É mutilar o ser humano e fabricar possíveis fanáticos religiosos, marionetes, robôs, zumbis; em suma negacionistas.
Temos de nos opor a esse tipo de educação limitada, sumária, superficial, seletiva... O qual trará morte ao espírito e acelerá a decadência da civilização. Precisamos de uma educação ou melhor de uma formação integral e humanista que fuja aos pressupostos artificiosos do positivismo e possibilite ao educando posicionar-se criticamente face a realidade do mundo.
02) Escola sem partido ou Ideologia?
A Ideologia porta-mo-la todos nós, cada um de nós, inclusive o positivista que afeta ser cem por cento objetivo. O positivismo no entanto é uma Ideologia como outra qualquer, assim como o Capitalismo - Que tampouco se assume quando busca formar colaboradores ingênuos e acríticos a partir do ensino público. - o ateísmo, o materialismo, etc
É como nariz, cada qual tem o seu.
Importa que o educador, ao invés de afetar um a neutralidade utópica ou hipócrita, seja honesto ou leal, apresentando a suas turmas seus pressupostos ou sua afiliação ideológica e que ao expor o roteiro teórico da Psicologia, da Sociologia, da Filosofia ou da Pedagogia ao invés de fazer uma seleção sectária ofereça um panorama geral quanto possível completo. É necessário por fim que jamais falsifique as informações, atribuindo a cada pensador ou teórico o que realmente disse ou ensinou.
Como no entanto é e deve ser a Escola, como salientou Dewey, uma organização democrática destinada a criar democratas, é natural que haja ampla liberdade de ensino, resultando desta abusos e confusão. No entanto é melhor conviver com os abusos de uma educação democrática ou liberal do que estabelecer uma educação autoritária no sentido de estabelecer um currículo fechado verticalmente imposto por ideólogos ainda piores. Aqui a atuação do sectarismo seria ainda pior e a emenda sairia pior do que o soneto. Melhor cometer equívocos por excesso de liberdade do que criar um currículo fechado, sectário e aparentemente objetivo.
Julgo no entanto que em meio a uma saudável esfera de liberdade deva haver um critério ou padrão sumário. De modo a evitar-se qualquer tipo de pregação ideológica semelhante a dos pastores e fanáticos. Concordo com certos críticos e reconheço que não é aconselhável ou de bom tom converter o plano de aula em catecismo comunista, fascista, nazista, capitalista ou anarquista. E julgo que o educador deva ou seguir o currículo, em parte completo, oferecido pelo Estado ou em caso de objeção, criar um roteiro completo e abrangente, que lhe permita circular com a sala pelas principais teorias ou doutrinas que compõem o ensino de sua disciplina.
A melhor solução todavia me parece acompanhar a curiosidade dos alunos estimulando-os aula após aula a tirarem suas dúvidas ou a fazer perguntas. Creio que o melhor método consista em ouvir os educandos, permitindo, sempre que possível que a demanda intelectual e teórica parta deles. Dar voz ao aluno (E até empregaria o termo 'protagonismo' caso não estivesse batido.) é uma solução excelente. Quando uma pergunta parte de um aluno toda e qualquer restrição é criminosa parta do professor, d diretor, do dirigente, do secretário da Educação, do Governador, do ministro ou do presidente da República... Pois esse aluno tem direito ao saber, ao conhecimento a uma resposta consistente.
Ofereçam o roteiro ou o currículo aos alunos e não hesitem, em caso de interesses divergentes, passar ao sufrágio. Permitam que o grupo ou a sala escolha o curso das aulas, que estabeleçam as prioridades. Convoquem os educandos a opinar. Partam da demanda ou da solicitação da turma e o ensino será democrático.
Se os alunos perguntarem sobre o comunismo, exponham honestamente os ensinamentos de Marx, mesmo quando discordem dele. Se questionarem sobre o anarquismo ofereça-lhes Godwin, Stirner, Proudhon e Bakhunin, e Sorel; ainda Tolstoi, Kropotkin, Ellul, etc Se pedirem informações sobre o fascismo exponham fielmente as opiniões de Mussolini; e assim sucessivamente sem medo, receio u temor - Pois tal é a missão de um bom professor: Informar seus alunos.
Partam dos alunos e não de vocês, é o que aconselho a todos os professores, inclusive aos sectários. E cessem com essas pregações impositivas e toscas. Do contrário os autoritários vão usar esse argumento contra a liberdade de ensino e convencer muita gente.
03) Gnoseologia -
Sou por uma Gnoseologia forte e positiva.
Noutras palavras sou partidário de um dogmatismo moderado ou da possibilidade do conhecimento. Portanto contrário a afirmação cética, alias contraditória em si mesma, a menos que o ceticismo corresponda a uma exceção enquanto única verdade. Caso o ceticismo deva ser posto em dúvida que credibilidade merece ele? É uma proposta frágil e insegura.
Ademais pressupõe o ceticismo uma antropologia pessimista ou negativa, a qual é, por definição artificial, partindo sempre de crenças ou mitos, jamais duma análise sóbria da própria natureza.
Caso Sorel alegue que é o dogmatismo ou a antropologia otimista dos antigos gregos fruto de sua realidade social, respondemos que a antropologia pessimista é fruto de conjuntura social ingrata, posterior a morte de Alexandre e a decomposição de seu Império... Dos epígonos, dos diádocos, etc
Ademais esse tipo de antropologia intrusa teve já seu roteiro e sua gênese traçada, reportando ao misticismo oriental, assim a Buda, a renúncia da vontade e ao nirvana. Haja visto que Pirro de Elias, segundo Laércio e outros doxógrafos gregos, havia sido ouvinte dos bicus... Nada de Filosófico aqui.
Para além disso admitimos que o otimismo ou realismo antropológico, em que pese seu caráter natural e naturalista, seja assimilado com mais facilidade por uma sociedade afortunada e segura de si. A admissão de um determinado padrão antropológico não é alheia ou indiferente a uma dada condição social, o que não significa que derive necessariamente dela.
Outro o caso do pessimismo. O qual jamais se sustentou sem petição a algum mito ou crença religiosa. O que continua sendo válido em nossos dias e em nossa cultura - Em que o pessimismo antropológico e cognitivo de modo geral é tributário do agostinianismo (Assim do Jansenismo, do luteranismo, do calvinismo e do protestantismo...) e este enfim do Maniqueísmo, Ideologia muito mais mazdeísta ou zoroastriana do que Cristã.
Mesmo a igreja apostólica romana, admitindo um agostinianismo diluído, em diversos graus ou níveis, não deixou de portar e transmitir alguma dose desse veneno. Cuja aceitação por sinal, foi potencializada pela queda do império romano e pelo advento dos bárbaros germânicos no Ocidente e pelo advento do islã no Oriente.
Nada de sério no pessimismo antropológico ou em seu resíduo cognitivo, mero epifenômeno de lendas religiosas potencializado por situações de crise ou decadência - Como a nossa... E reforçado seja pela baixa estima seja por um falso sentimento de culpa inconsciente.
Compreensível que nossa civilização decadente se tenha convertido em viveiro ou sementeira do Ceticismo.
No entanto o que devemos considerar é a condição do ser humano.
04 - Por que?
Porque o ser humano demanda pelo saber ou pelo conhecimento como demanda por água e alimento.
Alias enquanto o corpo demanda por água e alimento, a mente demanda pelo saber do qual se alimenta.
Admitir que jamais obtemos qualquer tipo de conhecimento e que nossa ignorância seja invencível é dar nossa espécie por frustrada.
Coisa admirável, demandar a vontade por algo que esteja acima de nosso alcance ou seja impossível.
Além disso parte da espécie esta persuadida de que nosso aparelho cognitivo seja eficaz.
Diante disto seriamos autorizados a concluir que as laranjeiras e bananeiras ao produzirem laranjas e bananas cumprem com sua função ou atuam conforme a natureza.
Nós no entanto apesar do propósito e de um aparelho cognitivo, falhamos... sendo como que abortos da natureza. Situação patética e dolorosa.
Estrelas, montanhas, árvores e vermes são mais felizes do que nós por não terem mínimo grau de consciência. Nós no entanto temos consciência para perceber que somos presas duma ignorância insuperável.
Nada mais dramático do que ter consciência da própria ignorância e saber que nada pode ser feito para remediar tal condição.
Por tal via se chega muito rapidamente ao nihilismo crasso e logicamente ao suicídio.
05 - Epistemologia?
Sou partidário do realismo objetivo vinculado a escola de Aristóteles e dos escolásticos medievais, ou se preferem o senso comum de Th Reid.
Quero dizer com isto que admito a existência da verdade, de algumas verdades absolutas e de certas verdades relativas porém não menos verazes.
A parte é maior do que o todo. Penso Logo existo. É o homem um ser para a morte.
Aqui quem duvida passe ligeiro a demonstração.
Recebo o óbvio ou o axiomático como verídico assim o que é comunitária ou socialmente percebido, embora hajam exceções. Nossos sentidos são limitados e por vezes falham, o que não significa que falhem sempre ou que nos enganem a todo momento.
Alias por ser limitado nosso conhecimento não se torna falso ou errôneo, pois são conceitos ou perspectivas distintas.
Considero não apenas válida como profunda a resposta dada por Antíoco de Ascalon aos relativistas e subjetivistas de seu tempo: Caso a experiência fosse criada pelos sentidos cada qual criaria a sua experiência e a sua verdade. Cada qual conceberia um mundo a parte e jamais nos poderíamos entender. Se nos entendemos é porque existe um fundo comum percebido por todos. Uma vez que aqueles que possuem a mesma qualidade dos sentidos percebem as mesmas formas, cores ou sons sem prévio acordo somos levados a concluir que as impressões sensoriais procedem não dos sujeitos cognoscentes e sim das coisas ou dos objetos.
Dizer que uma caneta é ou pode ser um lápis segundo a vontade do sujeito é emprestar demasiado poder as palavras. O que por birra ou capricho dizemos não muda a natura das coisas, e o contrário disto é o velho antropocentrismo. Semelhante aquele outro princípio falacioso segundo o qual existe o que é percebido... Todavia as estrelas e mundos que nos vemos continuam a subsistir sem das a miníma importância para nós ou nossa percepção. De fato você pode dar a um alfinete o nome de preskia, o alfinete no entanto continuará sendo aquilo que é, algo que pontudo que serve para furar. Também pode chamar um copo de avião, agora demonstrar que seja avião, entrando nele e decolando, esta acima de suas forças. De fato toda essa questão segundo a qual posso fazer dos objetos ou das coisas o que quiser é sempre pura balela, no máximo mudamos os nomes, não a essência das coisas. É um jogo de palavras miserável.
O que a coisa ou objeto é para cada um de nós ou para os indivíduos é irrelevante, importa o que os objetos ou coisas são em si mesmos e o que informam-nos sobre si mesmos.
06) Verdade?
Relação de equivalência entre dado objeto ou coisa e nosso intelecto. Quando nossos sentidos detectam algo que se encontra presente no objeto temos este fenômeno relacional que é a verdade. Alias a verdade é sempre relativa, não quanto a vontade do sujeito, mas quanto ao objeto que é seu critério.
Quando um grupo de estudantes percebe a forma retangular do quadro negro temos uma verdade. Quanto uma turma percebe a cor azul do armário temos outra verdade. Cada vez que atribuímos ou negamos determinada qualidade a um ser em conformidade com sua condição temos a verdade.
07) Critério ou padrão?
A evidência ou algo que nos é seguramente transmitido ou revelado pelo objeto ou, simplificando, a coisa ou o objeto.
08) Não o sujeito ou o aparelho sensorial?
De modo algum. O aparelho sensorial ou cognitivo limita-se a apropriar-se de um dado ou de um aspecto transmitido pelo objeto. Percebem os sentidos aquilo que está no objeto equivalendo portanto a um simples meio ou veículo. Percebemos através dos sentidos e não os sentidos. O quanto percebemos pertence ao objeto e nele se encontra.
09) Método, roteiro ou caminho?
Principiamos pela sensação e chegamos a relações bastante complexas que partem do Silogismo percorrendo um longo caminho: Sensação, Percepção, Abstração, Comparação, Conceito, Juízo (Que é uma relação afirmativa ou negativa entre dois conceitos) e Silogismo, a partir do qual temos diversas formulações lógicas. Isto quanto a nossos processos cognitivos triviais e comuns, a respeito dos quais nem sempre estamos conscientes ou fazemos quaisquer observações.
Caso atentemos ao esquema perceberemos que o conteúdo do conhecimento principia com a ação dos sentidos i é com a sensação e a percepção, posto que ao nascer não trazemos ou portamos qualquer conteúdo formal. O que, como já dissemos, não quer dizer que não portemos uma orientação esquemática, como uma espécie de programação de computador, destinada a ordenar o conhecimento adquirido.
Com a abstração e a partir dela entramos nesse universo mental, lógico ou racional, que nos leva a formulação não apenas de silogismos mas de fórmulas, leis e teorias.
Pois o roteiro do que conhecemos por ciência obedece ao mesma ordenação comum. Posto que inexiste experiência pura que por si mesma converta-se em fórmula, lei ou teoria. De fato se o ponto de partida para a Lei ou a Teoria são os dados coletados pela ciência, os esquemas de análise e síntese fogem já por completo a experiencialidade pura, correspondendo a operações mentais. Isto para não falarmos na na formulação daquela relação de termos que procede da natureza mesma das coisas. Essa relação, que é a Lei, é aduzida ou formulada pelo sujeito partindo de conceitos comuns que não são, necessariamente falando, objetos da experiência. Nem poderíamos levar a experiência aos primeiros princípios ou aos axiomas sem fazer eterna petição de princípios...
De modo que a ciência não é apenas experiência mas uma reflexão ponderada sobre os resultados da experiência dentro de um aparelho conceitual definido.
Segundo a visão equilibrada do Conceitualismo o conhecimento, seja qual for, resulta da ação comum e coordenada dos sentidos ou da experiência e do raciocínio ou da reflexão. Sendo fruto da empiria e da razão. Empirismo crasso e racionalismo crasso não passam de posicionamentos extremistas e equivocados.
10) Metafísica?
Como já foi dito por Schopenhauer "É o homem um animal ou ser metafísico."
E mesmo sem querer faz metafísica.
Por isso não partilho dos preconceitos do luterano I. Kant, alias tomados ao irracionalismo de Lutero, tributário de Ockhan e enfim do já citado Agostinho com sua antropologia pessimista. Nada de consistente nessa filosofia alemã, espécie de protestantismo secularizado. Prefiro, decididamente a Filosofia grega ou clássica, a qual não tinha vergonha alguma de ser metafísica.
Alias o ateísmo e o materialismo tão em moda nestes nossos tempos são metafísicas, ainda que muito mal formuladas. Apenas o agnosticismo, que é uma espécie de ceticismo limitado ao raciocínio, não seria tão metafísico. Incerta ou dúbia a posição de Kant pelo simples fato de ter buscado estabelecer limites ou fronteiras, o que ao contrário do ceticismo crasso supõem sim uma metafísica, da qual os positivistas são tributários.
De qualquer modo ou maneira nada me parece mais monstruoso do que os ateus e materialistas clamarem contra a metafísica. Sabe ao espiritismo kardecista apresentando-se como científico. E ao próprio positivismo. Tudo bem século XIX... Pretensa objetividade.
Bem nós não buscamos disfarçar qualquer coisa, e fazemos metafísica séria e consciente a partir de um aparelho conceitual aristotélico sujas fontes chegam a Parmênides e a Anaxágoras.
Nem seria possível negar a metafísica ou arbitrariamente a Ontologia ou a Teodiceia apenas sem tocar a gnoseologia e a epistemologia tão habilmente manejadas pelo alemão, e o que é ainda pior ou mais grave, sem comprometer a estética e enfim a Ética. Embora Kant tenha tentado salvar a Ética em sua 'Razão prática' desde Litreé, Levy Bruhl e Ayer, o qual proclamou-a como sem sentido e vazia de significado.
Enfim declarar que nossos conhecimento é aparente, provável, ilusório, superficial ou convencional e não essencial ou real me parece pior do que o ceticismo que nega possibilidade. Melhor negar a possibilidade do saber do que converte-lo numa farsa ou em algo não consistente.
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