E dar competente resposta a três categorias distintas de adversários:
- Aos 'Católicos' confusos ou desorientados que cogitam apoiar o candidato nazista e protestante J M Bolsonaro. Não perderei meu precioso tempo discutindo com os malvados que negam ter ele, fortes pontos de contato com a ideologia nazista. Não me dirijo a pessoas desonestas mas a gente de boa vontade, que demanda pela luz e pela verdade. Quem folga em ocultar os fatos ou em deturpar a realidade, o luteranismo e o calvinismo estão de portas escancaradas esperando... E todo este lixo protestantizado, modernista, puritano e moralista enorme bem faria a Igreja de Cristo depondo a máscara. Cessem de poluir a igreja!!!
- Aos ateus, materialistas e incrédulos que alegam ter a igreja romana ou o que é ainda pior a Igreja Católica, se mancomunada com o nazismo ou colaborado em sua produção.
- Aos protestantes, com o intuíto de estabelecer, num primeiro momento, que o Nazismo, como o Capitalismo são produtos de sua religião ou fé protestante, da qual receberam maciço apoio e; num segundo momento - que o artificioso discurso anti comunista ou anti bolchevista assumido pelos católicos maus ou ignorantes é de elaboração protestante. A IGREJA CATÓLICA É NÃO APENAS ANTI COMUNISTA, MAS ANTI CAPITALISTA E ANTI NAZISTA... O que nos leva a uma perspectiva totalmente distinta do protestantismo. A visão de modo algum é a mesmo de modo que entendimento algum é possível. Por fim a igreja tem um critério social e político seu - A D.S.I.
O ESTADO DA IGREJA CATÓLICA SOB A HIDRA NAZISTA
A doutrina papista é bastante clara a respeito das opções políticas ou temporais de seus líderes. Apesar de não ser papista (sou Católico Ortodoxo) jamais pude esquecer a doutrina teológica corrente e posso dizer que conheço-a bastante bem. Concordata ou acordo político algum possui valor ex cátedra ou dogmático ou mesmo teológico - Refletem (quem o diz é a igreja) determinada situação, em que as partes visam algum entendimento. O próprio nome da a compreender que a moral ou a ética da igreja não são plenamente satisfeitas e que há uma acomodação...
Não insistirei sobre tamanha obviedade.
Portanto começarei este artigo declarando - e se fosse papista não alteraria por nada meu julgamento - que o papa romano Pio XII, erro feio ao impedir a circulação efetiva da Encíclica anti nazista 'Brit brennender sorge' elaborada por seu predecessor Pio XI em 1937 com o objetivo de fulminar a Hidra nazista, que hoje, quase um século depois, alastra-se pelo Brasil afora como uma lepra.
Um autor severo como Hidelbrandt reconhecerá que a igreja perdeu o seu Kayrós ou oportunidade Histórica. Pelo simples fato de Pio XII ter assinado o pacto com o diabo ou a concordata. Curioso observar que tal e qual o protestantismo se havia curvado face ao liberalismo econômico ou capitalismo emergente, a ponto de tornar-se seu principal promotor e servidor; o Vaticano ou a alta cúpula da igreja romana, acomodou-se ao nazismo ou curvou-se diante dele, ao invés de ter partido para o afrontamento e assumido sua condição natural, de perseguição...
'No mundo havereis de ser perseguidos.' havia declarado o Bom Mestre!
De fato Pio XII - que de modo algum era nazista, como declaram as linguas pérfidas e mentirosas (Não preciso ser papista para fazer-lhe justiça! Justiça <como dizia o Pe Antonio Vieira> é coisa que se faz até ao capeta. Ser justo é um dever dos mais graves.) - temeu contrariar abertamente as aspirações hediondas de Hitler por estar convencido de que isto levaria a igreja a uma situação de perseguição generalizada. Já porque mesmo a parte incrédula do sistema trazia os velhos preconceitos e rancores luteranos vivamente arraigados em seus corações. Eles não temeriam atacar a igreja antiga, dilapidar seus bens, destruir suas relíquias, exterminar seus fiéis, etc Pio XII quiçá tenha pensando nas crianças, nos idosos, nos tesouros da arte ou mesmo nas propriedades e bens materiais da igreja... O fato é que a perspectiva de uma perseguição aberta não o agradava nem um pouco.
Diante disto optou por chegar a um acordo amistoso, acreditando que os sentimentos cristãos ou um maior esclarecimento impediriam Hitler e seus companheiros de chegar as vias de fato... Claro que Pio XII acreditava numa espécie de contenção pela educação... Foi o que de modo algum aconteceu.
Os nazistas deram de encampar os judeus, mas não só os judeus. Tornando-se cada vez mais insidiosos face a igreja antiga e os princípios elementares da ética Cristã...
Antes de prosseguir quero dizer algumas palavras sobre o pretenso nazismo de Pio XII, curiosamente explorado pelos sectários protestantes - Oh vejam só onde chegamos... Papagaio come milho e periquito leva a fama! O fato de Pio XII, por covardia, digamos; ter buscado chegar a um entendimento de cavalheiro com os nazistas ANTES QUE PUSESSEM SEUS PLANOS EM AÇÃO, não significa de modo algum que o papa romano acalentasse sentimentos nazistas ou que aderisse aquela ideologia. O quanto ele buscava, ainda que equivocadamente, era defender ou proteger sua clientela. O tiro só podia mesmo sair pela culatra, mas Pio XII não o sabia...
Nazista o papa romano não era pelo simples fato de ter sido responsável pela salvação de parte considerável dos judeus de Roma, cuja defesa ele e seu clero assumiram denodadamente. A tradição da cidade papal era tratar com amenidade os judeus que ali viviam, ao menos por motivações pecuniárias, senão por motivações Cristãs. Os judeus de Roma sempre gozaram de condição mais suave, caso comparemo-los com os judeus da P Ibéria ou da Alemanha por exemplo. Como dizia a ação da igreja italiana em favor dos desaventurados hebreus durante a segunda grade guerra foi tão marcada que na década seguinte - anos 50 - o grão rabino da sinagoga de Roma, Israel Zolli, pediu o Batismo e ingressou na igreja romana, pelo simples fato dela lhe ter salvo a vida. Acredito que no bosque plantado pelos judeus em Israel há uma árvore em homenagem a Pio XII. É o quanto tenho a dizer - Nazistas não salvam judeus!
O fato é que a estratégia pontifícia não deu certo...
No entanto se a atitude de Pio XII foi conciliatória não se pode dizer o mesmo sobre a atitude de parte considerável de seus súditos, e aqui precisamente está a diferença existente entre o protestantismo do século XVII e o papismo do século XX - Esta diferença consiste em que os protestantes como um todo ou de modo geral não esboçaram maior resistência a nova ordem materialista/economicista que se impunha, ao menos em nome do Evangelho ou do Cristianismo, enquanto que uma certa parcela de romanistas foi particularmente ativa quanto a resistir ao Nazismo e socorrer os hebreus. Não digo que esta resistência foi intensa como deveria ter sido ou como eu mesmo gostaria. Mas me parece ainda aqui ter sido maior que a protestante, numa Alemanha majoritariamente protestante. Mas trataremos disto na segunda parte do artigo...
Quero dizer que apesar de métodos de controle - Que nada ficavam devendo ao islamismo salafita ou aos turcos de então (Em termos de terrorismo > E citarei apenas os extermínios de Lidice, na Polônia e de Oradour sur Glane, na França) um número considerável de Clérigos e até mesmo de Bispos, para não falarmos nos simples fiéis, não se deixou intimidar, e passou, como era necessário ao afrontamento. O que chegou a exasperar os nazi.
A Igreja romana, antes e acima de tudo, exasperou os nazi num contexto em que era minoritária - e isto deve ficar bem claro - uma vez que na Alemanha dos anos 40 os romanistas não chegavam a 40% da população. O protestantismo de modo geral - claro que havia certo número de protestantes (inclusive pastores) de boa vontade - nem exasperou, nem conteve a assunção nazista num contexto predominantemente protestante. Claro que hoje não se presta atenção nisto, por considerações de ordem ideológica... O protestantismo foi mais complacente com o Nazismo, os papistas, em todos os lugares foram mais combativos. E disto resultou uma perseguição velada cuja 'Crônica' tomaremos a uma fonte autorizada - 'O processo de Nuremnberg'
" 'Hoje desperta uma nova fé: O mito do sangue, a crença de defender com o sangue a essência divina do ser humano. O sangue nórdico REPRESENTA AQUELE MISTÉRIO QUE SUBSTITUI OS ANTIGOS SACRAMENTOS." Rosenberg.
A ideia anti sacramental tem suas raízes mais remotas no luteranismo
"Não se pode conciliar os pontos de vista do Nacional socialismo e Cristãos. A nossa filosofia nacional socialista esta muito acima do Cristianismo." Martin Bormann 07 de Junho de 1941
"Não existe uma filosofia Cristã e tampouco uma moral Cristã." Hans Kerrl 17 de Agosto de 1939
"A nova Filosofia ariana não admite nenhum outro centro de forças a seu lado, nem o amor Cristão, nem o humanitarismo maçônico ou a filosofia romana." Rosenberg in Mithus e novamente Bormann -
"Quando no futuro nossa juventude deixar de ouvir falar sobre este Cristianismo que esta muito abaixo dos nossos ensinamentos , ele desaparecerá por si só."
"Assim a festa germânica deveria substituir o Natal e, em lugar do Batismo, inventaram eles uma nova cerimônia a 'nomeação'."
"O partido realizou , a 23 de Julho de 1938, a partir das 21 horas, a terceira demonstração contra o BISPO Sproll... Os manifestantes atacaram o palácio episcopal e derrubaram suas portas. Aproximadamente 150 ou 200 pessoas entraram, revistaram as salas, atiraram os arquivos pelas janelas, partiram as camas e incendiaram algumas delas." Desde então Sproll foi expulso de sua Diocese por pregar publicamente contra o Nazismo.
Assim o arcebispo de Freiborg Brisgau, Konrad Grober, descrito pelos nazistas como supremo opositor do regime.
"Quase todas as residências dos BISPOS da Alemanha, foram, num momento ou noutro, alvo destas violentas manifestações. Eram elas organizadas pelo PARTIDO e portanto ordenadas de cima para baixo, de modo que os responsáveis, quase sempre se lamentavam 'A população não participou da manifestação'" Preciso lembrar que os Bispos são papistas e que os luteranos da Alemanha não tem Bispos?
"Com efeito a luta contra a igreja tem aumentado cada vez mais: a destruição das organizações Católicas, violação do modo de pensar dos cidadãos, especialmente dos funcionários; difamação da igreja, do clero e dos fiéis, clausura e confiscação de institutos Cristãos, destruição da imprensa e das editoras Católicas."O arcebispo Grober protestou publicamente contra este triste estado de coisas em 1938.
"Dos cárceres, campos de concentração e fortalezas, saiam agora, juntamente com os presos políticos, todas aquelas testemunhas, tanto clérigos quanto leigos, cujo único crime fora sua fé em Cristo ou cumprimento, sem nenhuma espécie de temor, do compromisso que haviam assumido com sua igreja. Em primeiro lugar, figuravam, tanto pelo seu número, como pelos maus tratos de que tinham sido vítimas, os sacerdotes poloneses. De 1940 a 1945 foram internados, só em Dachau, 2.800 sacerdotes de diversas nacionalidades, dentre eles o Bispo de Wladeslawa, que ali morreu de tifo.Quando o campo foi aberto só restavam quatrocentos e oitenta. Todos os demais tinham morrido... assim o Bispo de Clermont... Em alguns casos O ÓDIO DOS NAZISTAS CHEGOU AO EXTREMO DE COLOCAR COROAS DE ESPINHO NOS SACERDOTES INTERNADOS NOS CAMPOS DE CONCENTRAÇÃO."
"O INIMIGO É A IGREJA. A QUAL NÃO PODE NEM DEVE RECUPERAR NENHUM DOS PONTOS QUE JÁ PERDEU. A igreja deve ser acusada de alta traição na luta que o povo alemão trata para sobreviver - Dizia a conferência dos comissários para assuntos eclesiasticos da Gestapo em Setembro de 1941."
"Eu mesmo presenciei como um sacerdote polonês, que não entendia uma única palavra em alemão, foi interrogado pelo chefe do barracão... e ao não dar resposta foi espancado com tal selvageria que morreu na mesma noite."
"Assim a tua obrigação é matar... Matar os débeis, os doentes, os anciãos, os mutilados, os incapazes de produzir, os ingratos. Matar todos os que nada fazem para ganhar o sustento de cada dia...Na doutrina de Bormann não há qualquer lugar para a caridade. Segundo a Filosofia de Rosenberg 'A caridade e o amor não pasam de <lixos morais>...todas essas formas de humanismo que se precipitaram sobre nós sob as formas de Democracia, justiça social, solidariedade e amor não passam de uma degeneração hipócrita dos autênticos valores."
"O pároco da Igreja de St Edwiges, em Berlim, Bernard Lichtenberg, costumava dizer ao final de cada missa 'E agora rezemos pelos judeus'. Não fazendo mínimo caso dos espias da Gestapo, pregava: 'Nos lares de Berlim difundem um panfleto difamatório contra os judeus. Nessa folha, afirma que todos os alemãs que 'partindo de um falso sentimentalismo', ajudam os judeus, atraiçoam o seu próprio povo. Não nos deixemos enganar por este lema anti Cristão, mas limite-mo-nos a fazer o que Cristo disse: 'amemos o próximo como a nós mesmos.'... No caminho para o campo de concentração de Dachau foi definitivamente calada a voz de Lichtenberg..."
"O Bispo citou em seu sermão um refrão da juventude hitlerista - "O PAPA e o rabino que saiam daqui e fora com todos os judeus."Quem não percebe o tom luterano da patacoada???
Todas as citações acima fora tomadas a obra "O processo de Nuremberg" por Heydecker e Leeb; Bruguera 1968 pags 280 a 284 e 277
Vou completa-las adicionando algumas informações que retenho na memoria, assim o fuzilamento do Pe Metzger, de Luckner; fundador da Caritas, bem como sobre a ação dos padres Rosch e Konig, apoiantes dos judeus. Dezesseis sacerdotes da Diocese de Freiborg B foram levados a Dachau sendo que cinco perderam a vida. Seja como for maiores detalhes serão fornecidos no próximo tópico.
Walter Tiessler propos numa carta a M Bormann que o Bispo Von Galen fosse fuzilado. Este homem valoroso foi posto sob prisão domiciliar desde 1941 e o próprio Hitler - que classificou-o como 'raposa astuta' jurou mandar enforca-lo assim que a guerra chegasse ao fim. O militar luterano Oster declarou que se em cada igreja ou vila houvesse um punhado de cristãos corajosos como Von Galen, a História teria sido bem outra.
Mathilde Ludendorff declarou que a ética podre do Catolicismo prostrara a Alemanha por 1200 anos e seu pupilo Stroop declarou que o Catolicismo correspondia a uma mixórdia religiosa infectada pelo judaísmo. E dedicaram as cerimônias de sepultamento ao deus nórdico da guerra Wotan.
Diga-se o mesmo do apóstata Himmler - Católico até os vinte anos de idade - cujo anti Cristianismo assim se exprime:
"Estamos em conflito com o Cristianismo. Faz parte da política da SS, dar ao povo alemão, nos próximos cinquenta anos, as bases de um não cristianismo, para que sobre este fundamento construam suas vidas. Esta tarefa não consiste apenas em ultrapassar o nosso adversário ideológico, deve ser acompanhada, em todos os passos, por um objetivo positivo: A reconstrução de nosso legado germânico no sentido mais lato do termo."
Notória foi sua oposição ao humanitarismo e a compaixão, valores, que tal e qual Rosenberg, encarava como prejudiciais.
Vou deixar estes detalhes para depois e fechar este artigo com as lucubrações do ex luterano Rosenberg - o supremo mentor intelectual do Nazismo - sobre a igreja romana:
"Foi a igreja romana, com sua sede de poder, que representou a essência de Cristo como a de um servo fragilizado, com o objetivo, afim de disseminar este ideal e criar tantos servos quanto possível fosse." The Myth of the Twentieth Century (1930) p.604
"É próprio do Cristianismo romano, eliminar a personalidade de seu fundador a FIM DE COLOCAR NO SEU LUGAR A ESTRUTURA DA IGREJA E UM GOVERNO DE SACERDOTES." The Myth of the Twentieth Century (1930) p.160
Qualquer semelhança com um sermão de Martinho Lutero é mais do que mera coincidência.E a grande pérola -
"MARTINHO LUTERO SABIA MUITO BEM DE TUDO ISTO - escrevendo pouco antes de morrer: Estas três palavras - Livre, Cristão e Alemão nada são para a igreja romana que veneno, morte e inferno; Eles sequer podem ver ou ouvir e daí nada mais sairá (Contra o papado criado pelo diabo em Roma - 1645)." The Myth of the Twentieth Century (1930) p.622
É o quanto temos a dizer e citar por ora.
Segue um ante gozo da segunda parte:
Hitler, Rosenberg e Streicher citavam MARTINHO LUTERO - inventor do protestantismo - a manchei, como um oráculo... SERIA MERA COINCIDÊNCIA OU QUESTÃO DE SORTE???
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