Esta o cientificismo para a ciência como uma Hipertrofia.
Nada mais é ele do que a última barreira posto por alguns entre o conhecimento e o ceticismo crasso.
Afinal após se ter voltado contra a fé religiosa e julgado te-la esmagado voltou-se essa construção metafísica contra a Filosofia, julgando poder por limites a razão e estabelecer o paradigma do empirismo crasso ou da experiencialidade pura. O que de fato foi insinuado por Kant e canonizado por Comte e seus adeptos os positivistas. As objeções já de início foram insidiosas, já porque a epistemologia ou a gnoseologia não são parques de diversões ou tendas circenses... Monstruosa a simples suposição de uma experiencialidade pura a parte da dedução racional que sempre a acompanha. Mas por que raios a razão deve servir apenas de dama de companhia?
Os céticos optaram preferencialmente por nega-la. Creio ter sido mais digno e respeitoso. A fé já converterá, insolentemente, a razão em serva. Eis que agora é ela, a fé, imitada pelo novo credo cientificista...
E no entanto é este homem, o homem moderno ou o homem de ciências moderno, mera abstração. Antes foi filósofo natural, e como bem diz Koestler, tal diz muita coisa. Não se faz teoria cosmológica sem aparato racional... Pois queiram ou não é exercício metafísico. Teorias gerais tem sido proclamadas como construções metafísicas por Popper inclusive. O qual, bem ao modo de Hume, lançou-as todas as urtigas, inclusive o evolucionismo biológico, assim o freudismo e o marxismo em sua totalidade... nivelando-as a astrologia. E esse Popper querido não media, não pesava, e tampouco contava - Era epistemólogo... Tão querido dos empiristas crassos. Todas estas relações não deixam de ser divertidas.
Isto porque, para escapar ao ceticismo e impor-se como conhecimento válido e verdadeiro, deve a ciência descer a arena da gnoseologia ou a epistemologia. As quais não são ciências, nem produto da experiência ou do empirismo, mas exercício especulativo executado pela razão pura. E não se surpreenda que Kant ao analisar o conhecimento ou o saber e aquilatar sua validade a partir de sua razão purinha foi ele mesmo um metafísico, não um cientista. Alias se alguém professa o materialismo ou o empirismo não pode evitar ser classificado como metafísico. De fato meus amiguinhos não é a crítica da ciência feita pela própria ciência em termos empíricos (Isso não existe!) mas pela Filosofia, segundo o método abstrato da dedução lógica!!! Filosofia da ciência é mera especulação ou metafísica, e não indução... Dispensa-se o laboratório para elabora-la. É coisa de gabinete. Que bem poderia ser feita na ágora de Atenas.
Mas os cientificistas parecem não saber nada disto...
Não é que parecem não saber. Não sabem mesmo, posto que não estudam ou conhecem Filosofia! Proclamando-a ociosa ou inútil. De fato não estão aptos a discutir sobre epistemologia ou gnoseologia, e por isso escrevem tantas e tão monstruosas aberrações. Diante disto podemos dizer que continua faltando Filosofia... O trágico enfim converte-se em comédia quanto a isto tudo adicionam uns temperos de ceticismo. Chegando aqui temos acabada a obra do Dr Franknstein...
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