É todo um esforço consciente ou inconsciente no sentido de identificar o Cristianismo com o moralismo e apresenta-lo como um sistema repressor destinado a policiar a sociedade e manter a 'ordem' estabelecida em termos de costumes.
A todo instante o moralismo lança seus ataques contra aqueles que tiveram a audácia ou a coragem de rebelar-se buscando desacredita-los e apresenta-los como não cristãos. Neste sentido contam igualmente com a solidariedade dos neo ateus, materialistas e incrédulos, os quais não esforçam-se menos para apresentar os cristãos anti maniqueus ou anti puritanos como ingênuos e incoerentes.
O resultado desta campanha é um esvaziamento progressivo em termos de número por parte do liberalismo moral.
Especialmente em seus principais centros que são a Europa e o Norte dos Estados Unidos. Isto porque o liberalismo moral encontra-se na dependência de uma cultura teológica elevada e esta na dependência do grau de instrução vigente numa determinada sociedade, noutras palavras do refinamento cultural.
Em certo sentido o liberalismo moral tem sido reforçado por uma posse tradicional da cultura cristã e por uma reflexão levada a cabo por sucessivas gerações. Tira suas forças dum processo histórico e experiencial que demanda tempo. Não é algo que surge do nada ou de improviso.
Dai sua ocorrência e predominância em centros tradicionalmente nimbados pela cultura Cristã há séculos ou milênios.
No entanto como após o abandono das formas litúrgicas e a deterioração da teologia a passagem dessas populações - pressionadas pelo moralismo 'Cristão' - para a incredulidade e para o materialismo tem sido cada vez mair rápida podemos observar uma defasagem cada vez maior do liberalismo Católico face as aspirações puritanas.
O que estamos assistindo no dealbar do século XXI é justamente a afirmação de um 'romanismo' ou papismo cada vez mais conservador, maniqueísta, moralista, puritano e intragável; ao menos para as populações esclarecidas do Norte.
De minha parte não desespero quanto a reconquista das populações do hemisfério Norte pela cultura Católica, desde que sejam satisfeitos os seguintes requisitos:
- A restauração das antigas formas de culto (como expressão de contra cultura anti americanista) pré tridentinas, tridentinas, etc
- A adoção de uma teologia objetiva, sóbria, refinada, etc sob o influxo direto dos padres da igreja, especialmente dos padres gregos, e a consequente revisão de certos pontos quais sejam:
- O infernismo ou a doutrina das penas eternas
- O agostinianismo ou doutrina do pecado original e depravação total com todas as suas decorrências
- A monarquia papal ou infalibilismo
- A superação do padrão maniqueista/puritano
Este último item é de importância capital tendo em vista suas ilações práticas.
Os ocidentais mais instruídos sempre serão capazes de assumir a ética do Evangelho e sua moral sumária em torno do Decálogo ou do Sermão do Monte.
No entanto jamais virão a abraçar, ao menos enquanto Sociedade, os modos de vida de um Moisés ou de um Calvino mesmo quando apresentados e impostos em nome do Cristo. O Cristo será sucessivamente repudiado e combatido porquanto estes fardos esmagadores não pertencem a ele.
Foi a imposição deste padrão estreito e irracional que tornou o nome de Cristo odiado por parte da população Ocidental determinando o esvaziamento paulatino da religião Cristã.
Assim o ponto de partida para a recristianização da Europa contemporânea deverá ser a revisão daquilo que chamamos moral Cristã.
Diria que é chegada a hora. Pois enquanto há vida (espiritual inclusive) há esperança, de abandonarmos os fundamentos primitivos e ultrapassados da moral judaica - enquanto puro e simples resíduo cultural - e elaborar uma moral 100% Cristã fundamentada no Evangelho ou seja nas palavras e ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. É o único caminho viável para a Cristandade futura mas implicará romper com o padrão maniqueísta ou puritano pelo simples fato de não esta fundamentado no Evangelho.
Quanto mais os líderes Cristãos insistirem em afirmar e impor os elementos da cultura proto israelítica e das tradições rabínicas ao povo de Jesus Cristo mais fortalecida saíra a incredulidade na medida em que a instrução avançar.
No entanto o cenário que estende-se diante dos papistas não é nada bom.
Uma vez que suas hostes avançam cada vez mais na África e na Ásia, além de conservarem-se ainda na América. Culturalmente falando a África é um celeiro de conservadorismo moral pelo simples fato de que a maior parte de suas sociedades, em maior ou menor grau, sofreu certa influência por parte do islã. Os africanos que aderem já crescidos ou adultos a fé Católica trazem para dentro da igreja sua moralidade e esta moralidade é quase sempre uma moralidade maniqueísta e puritana que ao menos em parte toca ao islã. Quando o Cristianismo atinge as tribos mais afastadas a moralidade livre e natural dos ancestrais extinguiu-se já devido a pressão social externamente exercida pelos povos arabizados.
Os ocidentais mais instruídos sempre serão capazes de assumir a ética do Evangelho e sua moral sumária em torno do Decálogo ou do Sermão do Monte.
No entanto jamais virão a abraçar, ao menos enquanto Sociedade, os modos de vida de um Moisés ou de um Calvino mesmo quando apresentados e impostos em nome do Cristo. O Cristo será sucessivamente repudiado e combatido porquanto estes fardos esmagadores não pertencem a ele.
Foi a imposição deste padrão estreito e irracional que tornou o nome de Cristo odiado por parte da população Ocidental determinando o esvaziamento paulatino da religião Cristã.
Assim o ponto de partida para a recristianização da Europa contemporânea deverá ser a revisão daquilo que chamamos moral Cristã.
Diria que é chegada a hora. Pois enquanto há vida (espiritual inclusive) há esperança, de abandonarmos os fundamentos primitivos e ultrapassados da moral judaica - enquanto puro e simples resíduo cultural - e elaborar uma moral 100% Cristã fundamentada no Evangelho ou seja nas palavras e ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. É o único caminho viável para a Cristandade futura mas implicará romper com o padrão maniqueísta ou puritano pelo simples fato de não esta fundamentado no Evangelho.
Quanto mais os líderes Cristãos insistirem em afirmar e impor os elementos da cultura proto israelítica e das tradições rabínicas ao povo de Jesus Cristo mais fortalecida saíra a incredulidade na medida em que a instrução avançar.
No entanto o cenário que estende-se diante dos papistas não é nada bom.
Uma vez que suas hostes avançam cada vez mais na África e na Ásia, além de conservarem-se ainda na América. Culturalmente falando a África é um celeiro de conservadorismo moral pelo simples fato de que a maior parte de suas sociedades, em maior ou menor grau, sofreu certa influência por parte do islã. Os africanos que aderem já crescidos ou adultos a fé Católica trazem para dentro da igreja sua moralidade e esta moralidade é quase sempre uma moralidade maniqueísta e puritana que ao menos em parte toca ao islã. Quando o Cristianismo atinge as tribos mais afastadas a moralidade livre e natural dos ancestrais extinguiu-se já devido a pressão social externamente exercida pelos povos arabizados.
A vida do islã e seus ideais de estrita moralidade alastram-se com mais rapidez do que a fé muçulmana e ao cabo deste roteiro vem desaguar na Igreja romana, islamizando-a a partir das igrejas locais existentes na África. Disto resulta a posição ultra conservadora assumida pelos cleros africanos (alto e baixo) em torno dos temas familiares e sexuais. Em tais tradições particulares de origem recente machismo, adultismo e homofobia são como que palavras de ordem.
Esta visão é completada entre eles pela teologia calvinista do Corão Cristão. Para as Cristandades do terceiro mundo a abordagem da cultura parece não fazer qualquer sentido... E seus Bispos e Padres continuam citando Paulo ou o que é pior a Torá como se fossem palavras de Jesus. Para eles a moralidade protestante ou muçulmana equivale a palavra de Deus! Não, eles não estão a altura do centralismo evangélico ou da soberania Evangélica, por simples questão de educação. A cultura em que estão inseridos não lhes permite compreender a realidade cultural da 'Escritura' em termos de variedade e complexidade. Ali tudo se resolve em termos de inspiração plenária ou linear e duma moralidade puritana, de que os africanos fazem-se campeões.
Outra não é a realidade de certas Sociedades asiáticas tradicionais como a chinesa e a nipônica com suas tradições igualmente patriarcais, machistas, adultistas, etc Que eles folgam ver reproduzidas na Tanak dos judeus e buscam reforçar quando aderem aos padrões católicos reforçando a reação moralista. Tal a perspectiva dos Cristãos indianos, que por rancor ou ódio, criaram uma moral de oposição marcada ao hinduísmo e portanto fortemente maniqueista, puritana e repressora.
Tal a situação alarmante em que se acham as freguesias 'Católicas' orientais, que a partir de tais posicionamentos, não podem deixar de encarar os diversos graus de liberalismo moral presentes nos Catolicismos ocidentais como uma 'heresia' formulada por homens brancos contaminados ao menos em parte pelo materialismo e o ateísmo. Entre as Cristandades niponizadas e islamizadas o liberalismo moral parece ser sempre índice de incredulidade.
Na medida em que o romanismo cresce em tais regiões sou levado a temer que se torne mais e mais conservador em termos de moral, interrompendo sua evolução e vindo a somar forças com o fundamentalismo protestante e o islamismo tendo em vista a afirmação de uma moral maniqueísta e autoritária. Ele tem diante dos olhos o luminoso exemplo do anglicanismo, do espiritismo, do budismo, etc No sentido de reconciliar-se com o corpo, a sexualidade, a vida, a ciência, etc E o triste exemplo das massas cooptadas e escravizadas pelo pentecostalismo e o islamismo...
Esta visão é completada entre eles pela teologia calvinista do Corão Cristão. Para as Cristandades do terceiro mundo a abordagem da cultura parece não fazer qualquer sentido... E seus Bispos e Padres continuam citando Paulo ou o que é pior a Torá como se fossem palavras de Jesus. Para eles a moralidade protestante ou muçulmana equivale a palavra de Deus! Não, eles não estão a altura do centralismo evangélico ou da soberania Evangélica, por simples questão de educação. A cultura em que estão inseridos não lhes permite compreender a realidade cultural da 'Escritura' em termos de variedade e complexidade. Ali tudo se resolve em termos de inspiração plenária ou linear e duma moralidade puritana, de que os africanos fazem-se campeões.
Outra não é a realidade de certas Sociedades asiáticas tradicionais como a chinesa e a nipônica com suas tradições igualmente patriarcais, machistas, adultistas, etc Que eles folgam ver reproduzidas na Tanak dos judeus e buscam reforçar quando aderem aos padrões católicos reforçando a reação moralista. Tal a perspectiva dos Cristãos indianos, que por rancor ou ódio, criaram uma moral de oposição marcada ao hinduísmo e portanto fortemente maniqueista, puritana e repressora.
Tal a situação alarmante em que se acham as freguesias 'Católicas' orientais, que a partir de tais posicionamentos, não podem deixar de encarar os diversos graus de liberalismo moral presentes nos Catolicismos ocidentais como uma 'heresia' formulada por homens brancos contaminados ao menos em parte pelo materialismo e o ateísmo. Entre as Cristandades niponizadas e islamizadas o liberalismo moral parece ser sempre índice de incredulidade.
Na medida em que o romanismo cresce em tais regiões sou levado a temer que se torne mais e mais conservador em termos de moral, interrompendo sua evolução e vindo a somar forças com o fundamentalismo protestante e o islamismo tendo em vista a afirmação de uma moral maniqueísta e autoritária. Ele tem diante dos olhos o luminoso exemplo do anglicanismo, do espiritismo, do budismo, etc No sentido de reconciliar-se com o corpo, a sexualidade, a vida, a ciência, etc E o triste exemplo das massas cooptadas e escravizadas pelo pentecostalismo e o islamismo...
Qual direção haverá de tomar???
Fica difícil calcular...
No entanto seja qual for ela não poderá deixar de influir poderosamente sobre diversas Sociedades.
Por isso esperamos que a igreja romana afaste-se cada vez mais do moralismo e do puritanismo, assumindo posicionamentos cada vez mais humanos, ditados pelo Evangelho de Cristo e pela rica experiencialidade presente em sua consciência histórica.
Expulsar o moralismo farisaico do corpo físico e visível da igreja histórica, tal o exorcismo que precisamos!
Que vá de retro o espírito essencialmente maligno do maniqueismo, pelo simples fato de apresentar como mau aquilo que esta em Deus porque Deus quis chamar a existência.
Fica difícil calcular...
No entanto seja qual for ela não poderá deixar de influir poderosamente sobre diversas Sociedades.
Por isso esperamos que a igreja romana afaste-se cada vez mais do moralismo e do puritanismo, assumindo posicionamentos cada vez mais humanos, ditados pelo Evangelho de Cristo e pela rica experiencialidade presente em sua consciência histórica.
Expulsar o moralismo farisaico do corpo físico e visível da igreja histórica, tal o exorcismo que precisamos!
Que vá de retro o espírito essencialmente maligno do maniqueismo, pelo simples fato de apresentar como mau aquilo que esta em Deus porque Deus quis chamar a existência.
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