quinta-feira, 21 de setembro de 2017

A cruz do Cristianismo - Pensando e repensando o Antigo Testamento



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"Então Jesus teria abolido todo antigo testamento?"

Eis uma das perguntas que mais tenho ouvido nestes últimos vinte anos.

Protestantes, em sua maioria, mas também Ortodoxos, romanistas e até mesmo espíritas me tem endereçado esta pergunta, alguns por pura maldade, a maioria porém com a mais plácida boa fé. Afinal foram formados na falsa doutrina do 'Corão cristão' de Gênesis a Apocalipse e qualquer questionamento neste sentido se lhe parece inoportuno, ousado senão herético...

A própria pergunta no entanto peca por sua estrutura formal ou pelos conceitos mal empregados.

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Explico - Refiro-me aos conceitos ABOLIDO - TODO e BÍBLIA, pois é evidente que qualquer questionamento em torno da Unidade do Antigo Testamento atinge em cheio o conceito de Bíblia ou de Bíblia unitária, o qual é absolutamente precário em que pesem os esforços da Bibliolatria. É o deus de Calvino um ídolo com pés de barro.

Mas então o que é isso, então você é Cristão e questiona a Bíblia?

Justamente por ser Cristão...

O que não posso nem poderia questionar sem deixar de se-lo seria a Divindade de Cristo, a Encarnação e as palavras do Verbo Jesus assentes e consignadas no Evangelho. E eu, ao contrário de meus bons amigos espíritas, mórmons, gnósticos, etc não questiono o Evangelho. Fiel ao padrão niceno ou atanasiano, a que abraço reverentemente, encaro o Evangelho como pura e imaculada palavra de Deus... Se temos de fato um 'Corão Cristão' ele certamente vai de Mateus a João... Começando e terminando no Evangelho.

Assim o mesmíssimo fundamento que me obriga a aceitar o Evangelho como pura e imaculada palavra de Deus e do Deus encarnado Jesus Cristo, leva-me a questionar a simples sugestão de que exista qualquer outra escritura ou livro perfeitamente igual a este registro, i é ao Evangelho. E mais adiante retomaremos este raciocínio.

Por ora quero examinar os três termos da questão proposta: Abolido, todo e Bíblia ou antigo testamento.

Por abolido temos o sinônimo de revogado i é de algo cuja validade fora suspensa, mas que até então fora válido. O conceito de abolição implica a ideia de pré legalidade.

Ponto pacífico que Jesus veio ao mundo com um ideário Católico ou universal, em termos abrangentes de espécie humana, não de povo, raça, nação ou cultura. O Evangelho ou a verdade eterna transcende a questão da cultura.

Quando lemos em João que ele veio para aqueles que eram seus e que eles não o receberam devemos compreender que veio na carne dos judeus e que foi repudiado por eles e não que veio para anunciar a verdade apenas a eles... Grosso modo ele já sabia desde toda eternidade que os judeus haveriam de suspende-lo no alto da cruz e consequentemente que teria de anunciar a verdade aos pagãos i é a totalidade do gênero humano, assim se aceitou que as coisas ocorressem em tais termos foi certamente porque o desejou e quis ou porque correspondiam a sua vontade eterna que era a redenção do gênero humano e não a glorificação exclusiva de um povo, no caso os judeus.

Por isso estendeu gradativamente a sua missão aos de Shamaraim e depois aos gregos i é aos pagãos e a todos os homens, arrematando o abençoado Evangelho com a seguinte exortação: Ide em meu nome e ensinai as nações e fazendo discípulos em meu nome...

Já a parábola dos convidados da festa nupcial indicava claramente esta solução universalista, alias a única justa, perfeita e digna da excelsa divindade.

De modo que se amou o mundo a ponto de manifestar-se nele de modo a que todos fossem salvos da ignorância e da maldade pelo pleno conhecimento da verdade, devia instruí-lo antes de tudo em termos de ética promulgando uma lei universal fundamentada na própria consciência, e não uma lei étnica ou cultural.

Pois a cultura foi produzida naturalmente por cada povo no curso da História.

Assim a cultura dos judeus e suas leis, fazendo exceção ao Decálogo. Tal a lei eterna a respeito da qual o Senhor disse não ter vindo revoga-la, mas restabelece-la em sua puridade. De fato nem traço, nem pingo, nem ponto desta lei moral, natural e divina poderiam ser revogados...

Tal a origem do Sermão do monte ou das bem aventuranças, cuja natureza pode ser descrita em termo de ampliação e aprofundamento do Decálogo ou como fixação definitiva da lei moral em sua absoluta puridade e clareza.

É o Evangelho uma lei eterna, universal e irrevogável fundamentada a um tempo na própria natureza e a outro no Deus Legislador. De modo que suas exigências podem ser cumpridas por todos os homens de todos os tempos e lugares.

Temos aqui coisa totalmente diversa da lei dos judeus.

A qual jamais poderia ser imposta a todos os seres humanos sem que houvesse patente violação da dignidade deles. Afinal a que título poderiam ser obrigados a reconhecer uma dada cultura como divina ou superior a todas as outras?

Toda lei dos judeus ressente o ambiente e a época em que foi elaborada. É fenômeno imanente em termos de tempo e espaço, não universal ou transcendente como a lei natural.

Diante disto que Cristão civilizado poderá admitir que o propósito de Jesus foi impor a Torá ou a Tanak a toda igreja e a todos os seres humanos???

Podemos nós em sã consciência apresentar Jesus como apóstolo da judaização???

Com o Evangelho em nossas mãos temos o direito de responde com o solene e sonoro não. Não, não veio Jesus canonizar, santificar ou impor a lei dos hebreus a todos os crentes.

Por isso no já citado Sermão do monte ousa dizer: Isto ou aquilo foi dito aos antigos, eu porém vos digo... Jesus tinha plena consciência a respeito de sua origem, do que era e do que viera fazer aqui; por isso ao invés de repetir mecanicamente as lições da Tanak e da Torá e de concordar servilmente com ela a maneira de qualquer rabino boçal, Jesus 'Falava como quem tinha autoridade...' Mas autoridade para que? Para contestar as leis civis, penais, militares e culturais dos antigos hebreus.

Por isso toca aos leprosos com o objetivo de purifica-los, o que era proibido pela lei.
Por isso fica a conversar sozinho com a mulher do poço, o que era vedado pela lei.
Por isso permite que seus seguidores comam sem lavar as mãos, o que era contra a lei.
Por isso questiona a diferença entre os alimentos puros e impuros, o que era condenado pela lei.
Por isso Jesus confronta e lei que os judeus encaravam como santa, pura e celestial e o faz sem maiores cerimônias.

Diante disto os escribas e fariseus concluíram com maior lucidez que os judaizantes: Ele aspira revogar a Lei de Moisés. Não a lei moral ou o Decálogo, cuja perenidade reconheceu. Mas todos os demais dispositivos, normas, regulamentos, etc os quais certamente nada tinham de divinos, cristãos ou obrigatórios para nós.

Até que em determinado dia Jesus teve de reconhecer este propósito, ainda que de maneira prudente e cautelosa. Seja como for ele disse em alto e bom som que: "O VINHO NOVO não cabe nos ODRES VELHOS."

Digam que o Evangelho não cabe na Torá ou na Tanak e terão dito a mesmíssima coisa que Jesus.

Cristianismo não cabe no Judaísmo.

Cristianismo é princípio, superior, divino e vindo dos céus. Judaísmo elaboração puramente humana.

Agora que prova ou demonstração tiramos disto?

Que os Cristãos jamais levaram a sério o antigo testamento, neste sentido de que fosse um Corão Cristão em tudo igual nosso Novo Testamento ou nosso Santo e abençoado Evangelho.

Podemos tirar a prova?

Eu deixei de ser protestante porque via os protestantes apresentando diariamente o Antigo Testamento como divino e vivendo como 'pagãos ' - ao menos em parte - sem jamais colocarem em prática as tais instituições divinas.

Agora como podemos declarar que algo é divino sem coloca-lo em prática?

Como dizer que algo é divino e que foi abolido?

Afinal não é Deus imutável e sem sombra de variação como declara o apóstolo S Tiago na sua bendita Epístola.

Como declarar que Deus formula e estabelece leis imperfeitas, indignas e brutais?

Como admitir, e a malignidade do pensamento protestante concentra-se toda aqui, que algo possa ser divino e ao mesmo tempo precise ser reformado ou consertado?

Acaso procede o Deus perfeito como os mortais i é por acerto e erro?

Como declarar que algo foi primeiramente disposto por Deus e depois, logo em seguida, revogado pelo próprio Deus?

Jamais vi os Cristãos de qualquer seita conseguirem dar total cumprimento as leis de Moisés.

E no entanto declara o apóstolo - Se violas um inciso (isto vale para qualquer código legal, inclusive para a lei natural é Ética do Evangelho) violas toda lei...

Os próprios judeus já desistiram de cumprir sua Torá a muito tempo e não acalentam mais este ideal.

Apenas os sectários protestantes e judaizantes, por pura e simples leviandade.

Afinal teriam de não só admitir a existência de bruxas como de queimar todas as cartomantes e wicanistas em praça pública sob pena de estarem pecando gravemente, uma vez que a Torá decreta: Não podeis deixar viver uma feiticeira, mas deveis lança-la ao fogo ou seja, reascender todas as piras e fogueiras da Inquisição bíblica apagadas há quase trezentos anos.

E no entanto a simples sugestão de que hajam verdadeiras bruxas que vendem suas almas a diabos em rituais satânicos ou pior que transam com eles enquanto flutuam em torno de fogueiras durante o Sabatt é simplesmente aberrante senão vergonhosa.

Que dizer então das imagens ou representações tão caras a todos os filhos da grande e antiga igreja ou seja a todos os Cristãos episcopais ou Católicos???

Embora seja exato e certo que os primitivos israelitas possuíssem verdadeiras representações e até esculturas em grande número seja de javé, de ashera, dos terafins, dos efodes, de espíritos ou baalins, etc não é menos certo que após o advento de Elias, o vidente e principalmente do rei Joshishe dos deuteronomistas, a simples confecção das representações foi proibida sob pena de heresia. Ficando a lei dos judeus iconoclasticamente fixada nos seguintes termos: Não farás tu imagem de escultura...

Claro que este princípio foi válido até o tempo em que Deus Encarnou-se nascendo de mulher, assumindo corpo mortal, sendo crucificado, morto, sepultado, escolhendo discípulos e fundando uma igreja visível e que por isso mesmo os Cristãos, servidores do Deus encarnado não o observam confeccionando representações do Deus vivo e encarnado Jesus Cristo, de sua santa Mãe, de seus abençoados apóstolos, etc

Os judeus no entanto como repudiam a doutrina da encarnação de Deus...

Seja como for os protestantes, afetando judaísmo, não levando o mistério da Encarnação a sério e repudiando a distinção feita pelos ortodoxos recitam sem cessar a letra deste mandamento com o intuito de atacar a igreja de Cristo e de apresenta-la como idólatra.

A Igreja no entanto, fiel ao padrão da Encarnação, inaugurado por nosso Deus Jesus Cristo, não faz, por assim dizer, qualquer caso da objeção escrita contida na Torá ou pior no Decálogo, julgando-a temporal ou relativa e e vivendo como se não existisse.

E isto tipifica perfeitamente a atitude da verdadeira igreja de Cristo face a todas as outras partes do antigo testamento dos judeus - A Cristandade passa muito bem como se não existissem, comendo carne de porto, camarão, etc

Temos de reconhecer por fim que o principal motivo da controvérsia sucedida entre a Cristandade antiga e a moderna após o surgimento do protestantismo, deriva justamente do protestantismo ter levado aquele testamento mais sério do que devia, e isto a ponto de - com Calvino - iguala-lo em autoridade a nosso Santo Evangelho, sacramentando a perigosa ideia de Bíblia Una, a partir da qual o Evangelho converte-se em parte indignificante ou minoritária até perder seu sentido precipuamente Cristão i é seu sentido de excelência, superioridade ou soberania; o qual é supinamente ignorado pela maior parte dos sectários protestantes. Haja visto que realizada qualquer demonstração no plano do Evangelho não tardam a perguntar: Mas e Deuteronômio? Mas e Salmos? Mas e Provérbios?... Sugerindo que o conteúdo de tais registros seja capaz de rivalizar ou mesmo de alterar o ensinamento do Evangelho ou que Jesus Cristo deva sempre ensinar de acordo com eles...

A ideia de Bíblia uma ou de Corão Cristão transtornou por completo a consciência Cristã, desde o começo posta sobre as palavras de Cristo i é sobre o Evangelho.

Diante disto alguns, mais realistas, puseram-se a declarar que algumas partes do AT eram válidas e outras não ou que algumas haviam sido revogadas e outras não.

Foi uma solução que por falta de padrão ou critério saiu pior que o soneto.

Afinal quem deveria revogar ou fixar as tais partes do AT???

Caso atribuamos esta autoridade ao individuo estaremos perdidos, pois haverão tantas opiniões quanto cabeças. Assim no protestantismo onde há quinhentos anos cada qual escolhe o que quer do antigo testamento declarando o que lhe agrada válido e o que não lhe agrada abolido... Por as coisas nestes termos seria admitir o reinado da confusão.

Atribuir tal iniciativa a este ou aquele clérigo ou autoridade da igreja não altera significativamente este quadro. Apelar a sínodos ou concílios é igualmente inutil pois jamais examinaram a questão.

A dar esta solução por válida, Jesus é que deveria ter determinado, no Evangelho, quais parte do antigo testamento continuariam valendo e quais partes dele deveriam ser desconsideradas e não abolidas por seu povo.

O que nos cumpre então é perguntar: Fez Jesus Cristo tal distinção entre as partes válidas e irrelevantes do A T?

De nossa parte só podemos responder a esta pergunta com um enfático SIM.

Jesus já resolveu esta questão com sua autoridade divina no exato momento em que afirmou a perenidade exclusiva daquela parte da Torá gravada sobre as tábuas e posta dentro da arca i é do Decálogo. Em termos de Ética ou de Lei apenas e tão somente o Decálogo tem validade para a igreja de Cristo. Devendo ser as demais leis, normas e regulamentos dos antigos judeus encarados como elaboração de origem humana e desconsiderados.

Em termos de ética ou lei todas as demais partes do AT foram abatidas quando o Redentor fez esta distinção, a nosso ver capital.

As leis étnicas dos antigos hebreus sequer foram abolidas porque sequer tiveram uma origem divina.

A única outra possibilidade aqui seria admitir que Jesus referiu-se a toda Torá e então levada a sério e viver a moda judaica, cobrindo-se com túnicas, tendo escravos, queimando bruxas, massacrando infiéis, praticando levirato, etc Coisa que os advogados desta tese não fazem...

Nada mais fácil para os sectários do que afirmar que por Lei irrevogável Jesus teria designado toda Tanak ou no mínimo toda Torá, estamos aqui esperando para ve-los viver segundo as normas e regras da Torá, pois aqui como sempre, os protestantes ficam apenas com o que é mais fácil e conveniente, a doutrina ou a teoria, esquecendo-se da prática tão importante para os antigos judeus.

Ah mas Jesus revogou isto ou aquilo...

É verdade que fez crítica há algumas partes da Torá, mas não a todas as partes. Assim jamais disse que era permitido tatuar-se, raspar a barba, semear dois grãos diferentes no mesmo campo, misturar dois tecido nas roupas, etc Se a crítica feita por ele tinha de ser parte por parte, nos parece bastante limitada, muito restando do AT para nossos sectários protestantes cumprirem, como matar bruxas por exemplo... Mas eles não cumprem nada, embora afetem endeusar o AT. Aqui, no terreno judaizante, seriedade alguma...

Na hora de condenar o espiritismo vamos ao Deuteronômio... Agora na hora de esconder rigorosamente a nudez, quanta leviandade e frustração... Adeus Deuteronômio... O qual como se vê só serve mesmo para condenar os pobres espíritas e esotéricos. No mais é o Dt e toda Torá papel velho... Nem mesmo os menonitas e amishes tem coragem suficiente para queimar as bruxas e apedrejar os Católicos...

Diante de tanta incoerência tem a verdadeira igreja histórica de Jesus Cristo uma resposta simples e singela quanto ao problema do antigo testamento - A única parte do AT canonizada pelo Verbo Jesus Cristo no Evangelho é o Decálogo, além é claro das profecias ou vaticínios destinados a anunciar previamente sua manifestações entre os mortais.

Então sabemos que o antigo testamento não é desconsiderado como um todo ou em sua TOTALIDADE, mas analisado enquanto parcelas ou partes. Destarte podemos responder dizendo que ele não é de modo algum um 'Corão Cristão' ou um outro Evangelho i é, pura palavra de Deus, mas que sem embargo disto contém palavras divinas.

Chegamos assim ao problema do Canon do antigo testamento, por dizer respeito a sua totalidade ou ao que chamamos Bíblia.

E para tanto temos de analisar brevemente a questão do Antigo Testamento face a Igreja ou a fé Ortodoxa, o que será bastante elucidativo.

Quero antes de tudo fazer uma observação curiosa e que tem deixado muito ocidental - romanista e protestante - perplexo. Refiro-me ao fato da Igreja Ortodoxa jamais ter definido ou assumido um Canon do Antigo Testamento. Grosso modo podemos dizer que inexiste um Antigo Testamento Ortodoxo ou que o Canon do AT não faz parte dos dogmas da igreja Católica Ortodoxa.

Mesmo para a Igreja romana - que era, ao menos até o Vaticano II, menos judaizante do que o protestantismo - a questão do Canon do AT é bastante importante, especialmente no bojo da controvérsia com os protestantes, cujo espírito, ela assumiu ingênua e acriticamente. Não apenas no sentido de dissertar sobre os mistérios e dogmas do CRISTIANISMO, partindo dos registro JUDAICOS ANTE CRISTÃOS, como polemizando dramaticamente em torno do antigo testamento uma vez que os protestantes adotam o canon palestiniano e ela um canon alexandrino bastante limitado.

A igreja romana jamais teve audácia suficiente para contestar a ideia de uma Bíblia unitária ou de um Corão Cristão e de dizer aos protestantes que se limitassem a discutir no terreno do NT ou do Evangelho e esta foi sua suprema desventura. Pois deixou uma porta escancarada a heresia e penetrou num terreno judaizante em que não podia sustentar-se doutrinariamente. Venceria todas as vezes - os protestantes sabem muito bem disto - caso tivesse restringido a polêmica doutrinal ao NT ou ao Evangelho, avançando pelo terreno do AT, contaminou-se de judaização e forneceu contingentes de fiéis ao protestantismo mais sectário.

Por isso lemos com toda seriedade nos manuais de controvérsia papista que a primeira da controvérsia girava certamente em torno do Canon, do AT é claro, pelo simples motivo de que para demonstrar-se a doutrina Cristã, era necessário ir as fontes... Mas a que fontes??? Do NT ou do Evangelho??? Aqui a igreja romana foi categoricamente desastrosa, ao responder com os protestantes: A Bíblia e portanto também as partes do antigo testamento. Esta resposta implicava admitir que o antigo testamento era também ele uma fonte autorizada da doutrina Cristã.

Mas como se a instituição Cristã é fruto da Encarnação do Verbo Jesus?

Em certo sentido os protestantes, como parte dos papistas e em especial os agostinianos, jamais conseguiram afastar de suas mentes a ideia de que a Revelação começara com Adão, Noé, Abraão, Moisés, sei mais la eu quem e que Jesus Cristo limitou-se a completa-la, no sentido de ser apenas mais um - homem entre homens. Neste sentido o Cristianismo foi encarado como uma espécie de continuação do judaísmo ou como uma seita judaica, jamais como uma religião ou seita autônoma em estado de oposição/rebelião. Inversamente parte dos romanos e quase todos os protestantes passaram a encarar o judaismo antigo como uma espécie de igreja pré Cristã ou Igreja do antigo testamento, ou Igreja mosaica... Até certo ponto esta visão deturpada serviu para justificar a própria reforma protestante, pois os reformadores acreditaram seriamente que se a 'igreja antiga' ou dos judeus apostatara, também a Igreja Cristã e Católica, fundada pelo Deus encarnado Jesus Cristo poderia apostatar... Pois a ideia de extensão ou de continuidade judaica estava fixada em suas mentes...

Diante disto foram lavados a avançar cada vez mais e a sustentar que também o AT continha não só elementos da Lei, mas mesmo da verdade Cristã...  No que foram auxiliados poderosamente pelo inconsequente sistema exegético alegórico, sistematizado por S Orígenes de Alexandria. Grosso modo nem os judeus europeus ou alexandrinos podiam suportar a literalidade dos mitos do AT. Diante disto os rabinos mais espertos, a partir de Aristóbulo, passaram a recorrer mais e mais ao alegorismo grego com o sentido de tornar seus mitos a fábulas mais aceitáveis a clientela mais refinada. Este sistema foi estabelecido como padrão por Filon durante a própria geração de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A princípio os Cristãos judeus procedentes da Palestina não levantaram muitos problemas em torno de tais questões. No entanto na medida em que os judeus europeus ou alexandrinos e depois os pagãos medianamente instruídos foram aderindo a nova fé, tal questão foi se tornando mais e mais premente, até estourar com Marcion de Sinope no ano 130. Marcion tendo lá seus motivos, adotou uma posição rigorista, condenando o AT em bloco e portanto as profecias alusivas ao advento do Instrutor supremo e o Decálogo, o que suscitou uma reação extremista entre parte dos Cristãos, e a primeira sugestão nos termos de um Corão Cristão que englobasse um determinado Canon do AT. Isto numa época em que os próprios judeus não haviam elaborado seu canon.

Teve a igreja uma chance ou oportunidade para elaborar um Canon fixo e definido do AT e no entanto não o fez e cada padre ou elder exarou uma lista, alguns aderindo ao canon palestiniano ou menor, outros ao alexandrino e outros a soluções intermediárias, havendo mesmo quem oferecesse modelos mais amplos... Em termos positivos apenas o Canon do NT, a exceção do Apocalipse, foi esboçado.

Pouco tempo depois, cerca do ano 210, veio em socorro do AT, o já citado Orígenes, canonizando o sistema exegético de Fílon e aliviando, quanto fosse possível a consciência dos Cristãos, inclusive dos semi judaizantes e judaizantes moderados. Desde então puderam os Cristãos, com a maior boa fé, procurar, subjetiva e artificiosamente, pelas doutrinas Cristãs no antigo testamento, fugindo ao padrão histórico gramatical ou objetivo. E como o homem costuma e encontrar o que quer onde quer, apesar dos comentários rabínicos suficientemente claros, nossos ancestrais lá encontraram não só a Trindade e a Encarnação de Deus (!!!) mas até mesmo a Eucaristia, a Ordem, a Evkelaion, etc... Diante disto como deixar de crer que o AT equivalia a um manual de doutrina Cristã nos mesmos termos expostos nos manuais de controvérsia papista.

Até Calvino - o qual apesar de seus erros monstruosos teve o mérito de denunciar a futilidade do alegorismo - nossos episcopais, rivalizando com os cabalistas, deitaram e rolaram no AT dando com a doutrina ortodoxa em todas as partes. No entanto na medida em que o alegorismo foi sendo desacreditado e a exegese litero gramatical restabelecida, quem colheu os louros foi o protestantismo judaizante, pelo simples fato de não dar com a Trindade, a Encarnação, as imagens, a imortalidade da alma, o Domingo, etc lá na igreja da antiga lei ou no antigo testamento. Tal a origem das principais seitas bíblico judaizantes: Unitária, iconoclasta, anabatista, mortalista, sabatista, etc E para tanto bastou-lhes forçar ou sentido de alguns textos do NT que é um corpo menos extenso. A simples ideia de que os elementos da Ortodoxia ou do Catolicismo não se achavam literalmente no AT sugeriu a toda aquela gente que eram corrupções de origem pagã.

Disto resultou a definição do Canon do AT pela igreja romana em Trento, a qual tornou-se dogmática. Todas as seitas protestantes, desde Karlstadt, já haviam canonizado e santificado o canon judaico palestiniano. Ambas as confissões tiveram de faze-lo pelos motivos acima citados ou por questão de necessidade. Não podiam deixar de levar a sério aquele registro enquanto fonte doutrinária.

Pois se um determinado registro é encarado como fonte de doutrina Cristã, delimita-lo torna-se necessidade premente e não delimita-lo implicaria leviandade.

Tal no entanto reflete a postura da Igreja Católica Ortodoxa a respeito do antigo testamento. Ela jamais delimitou ou definiu seu Canon a exemplo das facções rivais. Isto é absolutamente certo, sendo comum que Ortodoxos e não Ortodoxos se lhe refiram como a um problema.

Assim os sínodos de Jerusalém - cujos canones lemos, traduzidos e publicamos em nossa defesa do Canon alexandrino contra os judaizantes - (presidido por Jeremias II) e de Jassy (Presidido por Dociteus, o grande) subscreveram o Canon papista dos 72 livros. Já a Igreja dos russos em seus Catecismos tem subscrito o pequeno Canon palestianiano... enquanto as igreja periféricas dos países arabes - etíope, copta, siríaca, assíria, etc - tem adotado modelos ainda maiores. Ficando a questão indefinida.

E nem por isso nossos Ortodoxos acham-se em estado de choque no sentido de que não seja possível fixar com exatidão da doutrina Cristã...

E por que?

Porque para a igreja Ortodoxa a fonte da doutrina Cristã encontra-se no Novo Testamento e sobretudo no Santo Evangelho que é a palavra de Cristo. A Igreja ortodoxa jamais perdeu este sentido ou esta consciência, exceto quanto a certas parcelas fixadas nos países árabes, onde a Bíblia local passou a ser encarada como um Corão... Aqui no entanto nada temos além duma infecção muçulmana, bastante compreensível em termos de cultura.

Justificasse nosso ponto de vista.

Caso levemos a sério o adágio 'Lex orandi lex credendi', plenamente.

Pois nossa hierurgia compreende dois aspecto: O aspecto estético da adoração e o aspecto não menos importante do ensino.

Como estou escrevendo a uma pessoa eclesiástica, direi apenas que em nossa Liturgia não empregamos uma Bíblia como os protestante e neo papistas, mas segundo mandamento apostólico um EVANGELIÁRIO i é um volume que contém apenas os Santos e divinos Evangelhos, i é as palavras do Deus encarnando Jesus Cristo. Claro que temos muitos outros livros litúrgicos importantes como menológio, horológio, etc Nenhum deles no entanto sequer aproxima-se do Evangeliário, nem mesmo de longe, pois encerrados os ofícios apenas ele deve permanecer sobre o abençoado altar com a cruz vivicante e o ícone da Mãe de Cristo.

Além disto é o Evangeliário e não a Bíblia - a qual como ente unitário INEXISTE NA VIDA LITÚRGICA ORTODOXA - é que é empregado nas cerimônias de ordenação e nos demais sacramentos como Matrimônio, Evkelaion, Enterro, etc É ele a única leitura que ouvimos de pé, significando prontidão para cumprir, que é solenemente levado em procissão, cantado, rodeado por luzes, incensado, beijado, entronizado, etc Ele, apenas ele, e não a Bíblia, é o centro de nossa vida litúrgica e espiritualidade ortodoxa e não menos que S Francisco de Assis, e com mais propriedade até nós Ortodoxos podemos bradar: Evangelho, Evangelho, Evangelho, tal a lei dos Cristãos e o instrutor suficiente e que nossas almas encontram plena satisfação.

Não menos que D Guetté, Jules Overbeck, Migne e Thurmel posso vangloriar-me de ter lido os antigos padres - tive de tornar-me poliglota para tanto - em quase sua totalidade, especialmente os ante nicenos (anteriores a Constantino César) e os de lingua grega; mas também os principais padres do século IV, em especial os capadócios e mesmo algo mais específico como literatura sacra, assíria e siríaca dos séculos V a XIV, assim o que chamamos patrologia aramaica e árabe - Mar Babawai, Thimoteos, Aretas de Cesaréia, Dionisio Bar Salibai, Mar Odeisho de Nissevan, Mar Suleiman de Bashara, Mikhail, Ishodad Marwan, Gregorios Bar Hebraeus, Elnataieb, o grande Ebed Yeshua, etc
Destarte posso dizer sem temor de errar, que padre - não me refiro aos latinos pós nicenos - algum de Clemente de Roma e Inácio Teoforo a Psellos, Ebed Yeshua, Jeremias II, Dociteus... jamais apresentou ou confundiu a Torá de Moisés com a LEI DE JESUS CRISTO, que são os Evangelhos. Os padres antigos em sua totalidade sempre apresentaram o Evangelho como lei suficiente de Jesus Cristo ou no máximo como algo completado pelo NT ou pela tradição apostólica, jamais pela Torá, ela Tanak ou pelo antigo testamento e leis judaicas, portanto se este erro prevaleceu foi por obra da Reforma protestante (João Calvino - Lutero era doutra opinião, liberal) ou talvez de Agostinho, pai de outros tantos erros anti Católicos.

É verdade que a maior parte dos padres posteriores a Orígenes, antecipando nossos esotéricos e gnósticos, laborou no sentido de encontrar 'doutrinas cristãs' ocultas no AT, servindo-se do péssimo esquema - subjetivo, caprichoso e artificial - da alegoria. Eles sabiam no entanto que deviam partir do Evangelho enquanto fonte de doutrina, para em seguida busca-la lá no AT. Hoje os sectários partem do AT enquanto fonte autonoma e suficiente, com o objetivo de alterar ou mesmo questionar o que lemos com toda simplicidade no Evangelho, julgando que o AT seja tão boa fonte de doutrina Cristã ou Católica quanto as palavras de Cristo. Quem poderá deixar de concluir que se trata de uma perversão? Afinal onde dar com o ensinamento Cristão senão em registros Cristãos? Alegar que tudo já lá estava em linguagem cifrada no AT e que os antigos hebreus - saídos das areias do deserto - podiam compreende-los é da-los por mais sábios e inteligentes que os Cristãos! Afirmar que tudo lá estava claramente exposto e acessível a todos é fazer de Cristo um turista ou repetidor que nos tenha trazido de especial...

Ouso perguntar que lógica há em afirmar e crer que Jesus Cristo seja superior, especial, divino; como ensinaram os padres nicenos e que suas palavras são iguais as de muitos outros homens???

Que sentido há em proclamar a origem divina de Jesus e nivelar seus ensinamentos com os de Moisés, Aarão, Josué, Davi, Salomão e todos esses bárbaros de origem mortal?

Quanta coerência há em adora-lo como Deus eterno e em apresentar revelação como a de um profeta, emissário ou representante?

Acaso a admissão de sua superioridade essencial não nos obrigaria, por coerência, lógica a admitir e postular a superioridade, a soberania e a diferença de suas palavras e ensinamentos, face as palavras de seus supostos representantes, os profetas, os quais eram antes de tudo humanos e portanto seres limitados em posse de órgãos imperfeitos???

Como imaginar a simples possibilidade de que qualquer homem, inda que iluminado ou inspirado, tenha podido expressar-se da mesma maneira, com a mesma exatidão, acuidade, habilidade e perícia do que a fonte eterna e infinita da luz? Como imaginar que qualquer profeta tenha sabido e podido comunicar-se do mesmo modo ou com a mesma perfeição que DEUS feito carne?

Que sentido faz em elevar Jesus a esfera da divindade e permitir que sua palavra e seus ensinamentos permaneçam perdidos em meio aquele cipoal chamado Bíblia??? Se suas palavras nada teem de diferente, de especial ou de superior como admitir que seja melhor do que todos estes homens? Como podem falar igual ou da mesma maneira, os homens finitos e Deus Perfeito???

Não a doutrina da inspiração plenária e linear, corrente entre os protestantes, não esta de acordo com nossa fé nicena na medida em que não honorifica sumamente a pessoa do Verbo Jesus, pondo-se no caminho do unitarismo. A partir da falsa noção de Biblia una ou de corão Cristão Jesus é apenas mais um, um dentre muitos ou vários e não o Único, Emanuel, Deus nosso feito carne.

Nós certamente repudiamos o erro extremo de Marcion e com toda a Santa Igreja Católica e Ortodoxa reconhecemos as profecias entregues aos judeus com relação a futura manifestação do Instrutor divino Jesus Cristo, como verdadeiras palavras de Deus, sagradas e inspiradas e as reverenciamos e bendizemos como deve todo o Cristão, sabendo no entanto que por meio de profecias os demais povos e culturas também foram informados sobre sua manifestação, assim os gregos e romanos por meio das Síbilas citadas pelos abençoados Tertuliano, Orígenes, Lactâncio, etc
Sem que no entanto desconsideremos por completo e de todo o teor de suas críticas até onde são justas e aceitáveis. No sentido de que não podendo fazer concordar diversos elementos da cultura hebraica contidos no Antigo Testamento com os Ensinamentos do Evangelho, a honestidade nos obriga a reconhecer sua origem puramente humana e a negar que constituam palavra de Deus, assim os mitos da criação mágica ou do dilúvio tomados aos antigos sumérios, assirios, babilônicos, etc suas leis bárbaras e carniceiras, seus genocídios e os diversos preconceitos como em especial o machismo.  Impossível fazer concordar o extermínio de idosos, mulheres e crianças ou a escravidão com os ensinamentos de Jesus Cristo. Impossível imputar a mentira ou o adultério a divindade e reportar-se ao Evangelho. Impossível considerar seriamente que o tamanho do pênis dos egícios ou sua ejaculação tenha um sentido espiritual. Impossível admitir que o Deus de Amor tenha permitido que Jéfte sacrificasse sua filha ou aplaudido os guerreiros babilônicos quebrando as cabeças dos recém nascidos nos penhascos... Buscar qualquer acomodação aqui é trair sordidamente a ética do Evangelho, é ser imoral e criar uma teologia desonesta!

É dever dos Cristãos tudo medir, avaliar e julgar segundo o padrão do S Evangelho e jamais transigir. Não posso admitir que Jesus seja o autor de todos os crimes e pecados acima citados e condenados por sua pura palavra. Implica violar o dogma da santidade divina. Deus é por definição imutável e sem sombra de variação. O mesmo hoje, ontem e sempre, logo unicamente o Deus do Evangelho, Pai do Filho Pródigo, o qual perdoa setenta vezes sete...

Portanto nem aceitamos o AT em sua totalidade como pura palavra de Deus tal e qual os fanáticos, fundamentalistas, sectários, obscurantistas e judaizantes; nem, como os marcionistas ousamos repudia-lo em bloco, ignorando ou fazendo pouco caso das profecias. O antigo testamento possui verdadeiras palavras de Deus, assim as profecias e o Decálogo. De par com um aluvião de palavras humanas que constituem seu entorno cultural.

Por fim quanto ao valor das profecias.

As profecias tem por fim encaminhar as pessoas ao Verbo Jesus por meio de um testemunho irrecusável, sobrenatural e divino. Neste sentido para aqueles que ainda não chegaram ao fim do caminho ou atingiram a meta a ser alcançada elas são como uma espécie de roteiro ou de mapa. Podemos ainda comparar os anúncios sobre a manifestação futura do Verbo com as placas dispostas numa estrada. Assim para aqueles que buscam ou procuram oferecem auxílio precioso...

Agora que proveito tem as placas, mapas e roteiros para aqueles que já atingiram a meta do Evangelho e estão postos diante do mestre Jesus? Daquele a respeito de quem disse a voz celestial: Eis meu Filho, escutai-o! Estando diante de Jesus devemos voltar os olhos para trás ou para as profecias???  Postos diante do Verbo Eterno devemos ainda buscar indicações??? Devemos viver de profecias como os que precederam no tempo a manifestação de Emanuel? Na posse da realidade plena que tantos olhos aspiraram ver e tantos ouvidos aspiraram ouvir devemos tornar as sombras e símbolos??? Por que continuar com os olhos presos em velhas profecias se elas dão testemunho e para ele apontam??? Que utilidade teem óculos para quem enxerga perfeitamente ou muletas para quem pode correr???

Coisa excelente são as profecias para os que se aproximam. No entanto infinitamente mais excelente é ter conhecimento do Evangelho que é a pura palavra de Cristo, e deleitar-se nele e abraça-lo como Instrutor suficiente, o qual tudo ouviu 'No seio do Pai' e que tudo no-lo revelou. Portanto é absolutamente natural e desejável que aqueles que encontraram o Verbo Jesus, receberam a iluminação e alistaram-se nas fileiras da igreja concentrem todos os seus esforços em estudar seriamente e em bem compreender o Evangelho auxiliados pela tradição. Afinal que fez o homem que encontrou a pérola de grande valor? Acaso não se desfez de tudo mais para poder adquiri-la? E o que é a pérola de grande valor, segundo nossos abençoados padres teóforos, senão o Evangelho, a palavra de Cristo??? Face a qual até mesmo as profecias perdem a utilidade e o valor.

Assim o valor das profecias é restrito e limitado. Mas o valor do Evangelho, que é a pura e imaculada palavra de Nosso Deus verdadeiro Jesus Cristo, intrínseco e imperecível pelos séculos.

Tendo chegado ao fim desta resposta, rogamos a vossa graça que seja indulgente perdoando nossa loquacidade e sabendo que em tais questões deve o homem ser exato, claro, franco, objetivo, etc de modo a exprimir bem as razões de sua esperança e não ser mal interpretado pelos lobos que se cobrem com pele de ovelhas. Desde já nos colocamos a disposição de vossa abençoada graça para maiores esclarecimentos.

E se algo aqui não esteja de pleno acordo com a Idjima ou consenso dos antigos padres, nossos senhores e mestres, e assim demonstrado for, abandonamos nosso ponto de vista. Que a excelsa e eterna Trindade nos guarde em sua paz!






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