Há muito foi observado por alguém que os brasileiros tendem a superficialidade, a falta de compromisso, a leviandade e a incoerência.
Notória a existência de marxistas que não leram Marx, de darwinianos que jamais leram Darwin, de anarquistas que jamais folhearam Proudhon, de liberais (Políticos) que não leram J S Mill, de protestantes que não leram Calvino, etc
E para estranhar seria caso o Cristianismo - Que é a religião majoritária nestes termos. - fugisse a dita regra sendo profundo, compromissado, coerente, esclarecido, etc
O quanto temos por estas desditosas plagas é ritualismo, cristianismo folclórico, romanismo popular, superstição, incredulidade, etc
Terreno fértil para o sectarismo tosto, para o soli fideísmo e para isolacionismo burguês é o Brasil.
Onde por muito tempo acreditou-se seriamente que ser Cristão era ir a missa aos Domingos e comungar pela Páscoa, recitar algumas orações e observar uma moralidade familiar 'inter' paredes...
Moralismo/puritanesco, RCC, tridentitoscos, libertinos, legalistas de Calvino, soli fideístas de Lutero, 'liberais econonomicistas', 'positivistas', etc todos por aqui se encontraram na sopa ecumênica, autêntica intente infernal. Onde até nossos Ortodoxos pretendem entrar. Pois bem em nome da tradição nós nos opomos a tudo isso e denunciamos tudo isso.
Esse TFPismo canalha que imitando os trejeitos calvinistas assimilou elementos liberais economicistas, o tridentinoprotestantismo das editoras safadas que publicam obras apologéticas anti protestantes e apoiam uma política inspirada no protestantismo Norte americano (O Bolsonarismo), esse arremedo de pentecostalismo (Chamado RCC) forjado nos EUA com o intuito de diluir a consciência social da igreja romana, esse libertarismo pós modernista e anti litúrgico, essa concepção aberrante em torno de um capitalismo 'romano', etc Tudo isso só serve para evidenciar o lixo que é nosso Cristianismo, digo o Cristianismo brasileiro - Supérfluo, leviano, incoerente, descompromissado, grosseiro, tosco... Como vemos um paraíso de seitas estúpidas.
Alias, verdade seja dita, é o Brasil um paraíso de seitas porque nossos 'Catolicismos' jamais primaram pela qualidade, e por aqui, quem se aprofunda nas coisas e cultiva a Teologia acaba criando fama de fanático. Ler, estudar, investigar, conhecer, saber, compreender, etc tudo isto é tido em conta de loucura nesses 'tristes trópicos'. Jamais oferecemos um 'romanismo' ou algum Catolicismo de qualidade a esse povo.
Tais os fundamentos deste universo ridículo em que nos movemos.
E no qual o já citado Paulo Cogos descobriu, em 'português' é claro (rsrsrsrsrsrs) um Crisóstomo liberal economicista ou capitalista matriculado na escola de Chicago... (Então em inglês kkkkkkkkkk) De fato aqui se fabrica ou dissemina tudo: Fábulas sobre Voltaire, calúnias sobre Marx e até mesmo Crisóstomos, Ambrósios, Hilários, Basílios, Gregórios; enfim padres da Igreja a rodo...
Resta-nos indagar aos céus porque neste país apoiam os tridentícolas e suas editoras uma política de inspiração protestante quando fingem condenar a heresia ecumênica - Pois assumir princípios, valores, ideais e elementos da cultura protestante é ainda mais grave do que aproximar-se da fé protestante, inda que tal ocorra dissimuladamente... Pois a suprema apostasia consiste nos apostólicos ou romanos (E nos Católicos Ortodoxos) aspirarem viver conforme as modas protestantes i é segundo a visão anti heroica e derrotista de Lutero ou segundo a visão legalista, judaizante e sectária do anti Cristo Calvino, matriz do puritanismo/moralismo.
Após trinta anos de conversão e de reflexão continua dou por certo ser a visão aberrante de Lutero - Até certo ponto derivada de Agostinho. - até certo ponto inocente e indubitavelmente menos degradante que a de Calvino. Em Lutero temos a negação da Lei de Jesus Cristo, certo liberalismo, certo permissivismo; e naturalmente a queda dos ideais... Um Cristianismo prosaico, trivial, comum, neutro, vazio, etc Já com Calvino temos a Lei de Jesus Cristo ou o Evangelho substituído pela Lei de Moisés, pelo antigo testamento ou pelo que chamam de bíblia, algo muito mais grave, muito mais sério, muito mais danoso e certamente infernal.
O luteranismo sendo agostiniano ou em certa medida paulinista fica sendo Cristão de um Cristianismo deturpado. É escandaloso pela tolerância face ao que é de fato pecaminoso, porém fica ainda no plano do Cristianismo. O Calvinismo não. O Calvinismo vive do antigo testamento (A. Maurois - História da Inglaterra.), é israelita, é judaizante, é sectário e anti Cristão. Por bíblia querem os calvinistas dizer: Lei de javé ou Moisés e não o Evangelho. Não o Decálogo mas a totalidade da Torá, a qual ousam equiparar a mensagem de Cristo numa perspectiva unitária ou linear. Por isso criou o calvinismo um Corão para si, Além de afirmar o sentido desse Corão ao pé da letra, fugindo a alegoria forçada, mas também ao Cristianismo...
Foi a partir do Calvinismo, não do luteranismo, que disseminou-se a crença venenosa num ideário legalista e consequentemente puritano ou moralista. E foi a partir dele que uma moral não Cristã mas hebraica e derivada não apenas de Paulo e sim da própria Torá enquistou-se no seio do Cristianismo Ocidental. Ficando a Idade Média - Muito mais Cristã pelo fato de tender a um sudável liberalismo moral. - a igreja romana ou mesmo a Igreja antiga como um todo pintada como imoral, paganizada, infiel ou apóstata por esses homens a quem chamam reformadores.
Desde então o Sermão do monte e as Bem aventuranças saíram pela porta dos fundos... Principiando a nova Torá Genebrina - Filha primogênita do farisaísmo e do rabinismo! - a legislar sobre nomes, posturas sexuais, trajes, alimentos, etc De que temos diversos exemplos a obra de Zweig "Uma consciência contra a violência" e nas diversas obras de Pierre Van Paassen, H Van Loon, etc Aqui proibe-se o consumo de massa de coscorões, ali o carteado, mais adiante as danças, os instrumentos musicais, as cantigas, o teatro, etc nada poupando a sanha calvinista. Criou-se ali uma república da virtude elo simples fato de não haver liberdade alguma - Sendo assim qual o mérito ou valor dessa virtude imposta a ferro e fogo por um ditador? Desde quando Jesus impôs ou ensinou impor o bem viver a ferro e fogo???
E no entanto é esta cidadela doente - "O primeiro campo de concentração da História.' o modelo de república bíblica ou protestante, e todos os calvinistas e sectários tem esse hospício de horrores em conta de 'nova Jerusalém' a ser imitada... Mesmo com um Servet queimado a lenha verde, a um J Gruet decapitado, aos Comparet torturados, etc tudo muito bíblico e portanto muito belo...
De Genebra a Londres, de Londres ao Mayflower e as EUA e de lá dos EUA, onde os planos bíblicos abortaram, ao Brasil com Simonton, Miss Kemper, Misse Brown, etc roteiro muito bem conhecido e traçado por nós. Claro que diante dos pensamento dominante no país, que era democrático ou ultra republicano, afetaram os calvinistas, como de praxe, um falso zelo pela democracia, apenas com o propósito de assalta-la como fazem hoje, desmonta-la por dentro e converte-la numa teocracia semelhante aquela da 'santa' Genebra... É exatamente o que assistimos no Brasil de hoje e a flauta do flautista é o moralismo ou o discursos puritano, tão caro aos imbecis úteis do papado ou da Ortodoxia.
Por que o que desejamos saber é porque modo e maneira os papistas e ortodoxos caíram como patinhos na parlenga protestante, mergulhando de cabeça nesse ecumenismo prático ou dissimulado e compondo essa intente infernal que de modo algum de justifica face a Tradição apostólica.
A resposta, ao menos em parte já foi dada pela sociologia - É das religião, na medida em que entra em colapso e perde sua importância assumir um discurso moralista em detrimento de um discurso metafísico. A metafísica ou a visão dos mistérios e sua consideração é a vida da Religião. A moralidade sua decrepitude e o moralismo sua morte.
Como morte e tumba do Cristianismo que é, é o protestantismo e sobretudo o Calvinismo moralista de um moralismo atrabiliário e tosco tomado ao antigo testamento. Daí suas denuncias disparatadas contra o Cristianismo antigo, que se havia contentado com o Evangelho e se mantido dentro de seus limites, desde então visto como pagão e pecaminoso. Daí a Cruzada moralizante que partiu da Santa Genebra e culminou em Salém com churrasquinho de 'bruxas'...
Tudo muito compreensível exceto por um aspecto. A receptividade da igreja papa face as acusações protestantes. Claro que numa instituição universal ou gigantesca como a igreja romana haviam aspectos negativos ou mesmo sinistros. Não porém na direção apontada pelos calvinistas i é na direção do antigo testamento ou do judaísmo antigo... Os fatos no entanto apontam para um evento patético - Certificando que as acusações lavradas pela reforma com base no antigo testamento foram acolhidas por boa parte da igreja latina, a ponto dela chorar a fazer mea culpa, algo que somente Freud, com sua teoria da culpa inconsciente poderia explicar.
Desde então houve papista que chegou inclusive a agradecer a divindade pelo advento do protestantismo, alegando que foi este o responsável pela purificação e salvação da Igreja romana. Tal o cúmulo da insanidade.
De fato o que houve não foi uma contra reforma e sim uma repercussão da falsa reforma protestante na igreja romana e consequentemente a primeira irrupção de puritanismo no seio da Igreja romana.Tal o sucedido em Trento. Assim se a um lado os Jesuítas desempenharam um papel positivo quando assumiram o ensino da doutrina e buscaram aprofundar a consciência Cristã, a outro falharam quando assumiram e impuseram os ideários agostiniano (Eram eles espanhóis!) de Lutero e puritano de Calvino. O que houve em Trendo foi assimilação ou reprodução, jamais negação radical. Curioso é que em menos de meio século (Cerca de 1600) os sagazes Jesuítas acabaram por perceber a merda que haviam feito, assumindo desde então o semi pelagianismo molinista e aquele moralismo laxo tão criticado por Pascal.
No entanto já a merda estava feita e era Trento normativo. Do que resultou um dilúvio de moralismo. O qual de geração em geração disseminou-se pelo corpo da igreja papa... sob a alcunha de contra reforma ou reforma moral. Essa nova moralidade - Tomada ao antigo testamento ou a Paulo. - no entanto implicava numa condenação tácita da medievalidade e seu modo de vida, isto porquanto era o 'éthos' da antiguidade completamente ignorado pelos neo Cristãos pós Reforma, e apenas no século XVIII o protestante Barbeirac, tendo examinado as relíquia do passado remoto, pode levar os antigo padres ao tribunal da bíblia ou do AT, sob a acusação de imoralidade - Face a atmosfera moralista ou puritana de então. O que só serve para demonstrar que a visão dos antigos padres era aberta e menos judaizante. Aos romanos de então, restou dizer que Barbeirac havia falsificado textos, o que é inexato. Pois de modo algum concordavam os antigos padres com a moralidade hebraica tomada ao antigo testamento...
Lamentavelmente, e graças já ao calvinismo, já ao jesuitismo, a palavra bíblia - Inclusive o antigo testamento ou a lei dos judeus - gozava já de maior prestígio do que os antigos padres entre o povo Cristão. Do que resultou uma condenação categórica da medievalidade, a 'correção' dos antigos padres pela bíblia ou pelo AT e o avanço do puritanismo fora do calvinismo ou mesmo do protestantismo, inclusive no seio da Igreja romana, o que acentuou-se a partir dos séculos XVIII e XIX i é na medida em que a Igreja perdia prestígio e poder. No protestantismo o movimento foi do Calvinismo ao anglicanismo, passando pelo luteranismo; e nada pode resistir a essa maré... Mesmo entre os liberais que ousavam critica abertamente a divindade de Cristo, a Encarnação e o Evangelho era comum curvar a cabeça face a avalanche puritana.
A qual como dissemos, entrou pelo corpo da Igreja romana, invadindo aquela comunhão e criando o modelo de isolacionismo burguês, de moralidade familiar ou de missa dominical já descrito por nós no Ensaio anterior. Assim se a igreja romana opunha-se ao protestantismo no plano da doutrina ou da teoria assimilou seu 'éthos' e absorveu sua vida no plano da prática. E foi por esse caminho tortuoso que chegou ao ecumenismo no século XX e a intente infernal em nossos dias.
Foi graças a identidade puritana ou ao programa moralista advindo do calvinismo e adotado, em algum momento posterior pelos papistas, que o culto e a doutrina da igreja romana foram destruídos há coisa de meio século. O ponto de partida foi a moralidade ou o moralismo. Do qual a maior parte da igreja papa ainda não se desprendeu ou desprende mesmo quando afeta combater a doutrina protestante.
É evidente que partindo de um solidarismo moralista chegarão os papistas a um solidarismo doutrinal face ao protestantismo, atingindo a apostasia. O Vaticano II é consequência e prova do que digo... E no entanto os auto intitulados tradicionalistas - Já assumindo o liberalismo econômico, já apoiando uma política anti democrática, já endossando o puritanismo, etc - renovam os erros de seus ancestrais, tomando o mesmo caminho. Diante disto como deixar de esperar os mesmos efeitos i é, assistir mais uma vez o papismo ser absorvido pelo protestantismo. Pois mesmo os tridenticolas, associando-se ao boslonarismo, dão corda a apostasia...
Apenas o protestantismo por meio do antigo testamento ou da doutrina unitária do Corão Cristão é capaz de canonizar ou santificar a monarquia. Não o papismo como admitiu Leão XIII declarando há mais de século que a fé romana compõem-se perfeitamente com a democracia. Assumido pelos papistas e Ortodoxos o ponto de vista da inspiração unitária ou linear, reverte ele de imediato contra nossa fé, dando ainda mais força a polêmica protestante contra a Trindade, a Imortalidade da alma, as orações pelos mortos, as imagens, etc Valorizar excessivamente o antigo testamento ou coloca-lo em pé de igualdade com o Evangelho equivalerá sempre a fortalecer a apologética protestante, já o dissemos diversas vezes. A conclusão aqui é obvia: A Doutrina revelava ou os mistérios do Cristianismo pagam preço demasiado elevado por essa moralidade humana... Na medida em que as petições moralistas ao Antigo testamento revertem sempre contra os dogmas da fé. Fazendo avançar o processo da apostasia...
Fácil é observar como na campo protestante - No qual o processo é tanto mais antigo e acelerado. - a moralidade ou o moralismo substitui cada vez mais a metafísica na medida em que elimina ou reduz os mistérios de fé. O que acaba por aproximar esse tipo de Cristianismo do islã e do judaísmo uma vez que no Cristianismo antigo ou histórico o conteúdo metafísico é bastante amplo. O que nos obriga a vincular o moralismo de origem protestante ou vetero testamentária a uma perda de identidade, sentido e consciência. É um padrão de Cristianismo que por via do puritanismo aliena-se de si mesmo.
Diante desse tétrico quadro como admirar-se de que entre nós, sempre por via do protestantismo e agora do bolsonarismo (Que é um braço do protestantismo!) seja o Cristianismo apresentando em termos simplórios de uma cruzada contra o comunismo - Como se o comunismo fosse a única presença ingrata existente nesse nosso mundo... Ignorar o quanto essa visão importada do protestantismo Norte americano empobrece a religiosidade Cristã até a miséria é já um flagelo em si mesmo.
Pois não se resume o Cristianismo a simples oposição face a cada uma das diversas culturas de morte, a missa dominical, a recepção do Sacramento, a prece ou a qualquer um desses elementos. Compreendido como Ortodoxo ou Católico é o Cristianismo uma realidade imensamente mais ampla, que nos leva a uma total correção da vida, a adoção de princípios e valores comportamentais saudáveis, a uma assunção ética, a assimilação da virtude... E somente essa visão holística ou integral é redentora.
Tolerância zero ao bolsonarismo pelo simples fato de comportar um das mais sórdidas traições a nossa cultura: Clássica, Latina, Católica e Nacional, a qual nada tem de individualista, liberal ou protestante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário