domingo, 19 de outubro de 2025

Europa a sombra dos minaretes - Que fazer... II

Uma vez exposta a situação temos de considerar o que fazer.

Pois assistir passivamente esta calamidade, que é o avanço do islã (Organizado pela própria ONU) pela Europa é algo que não podemos cogitar.

Pois no momento em que o crescente arvorar sobre a acrópole de Atenas, no fórum romano ou sobre os Túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo as bases da autêntica cultura ocidental estará morta.

Pois terá deslocado a Filosofia clássica, o Direito romano e a Ética do Evangelho e destruído nossa identidade, nossas raízes e nossa tradição.

No momento que as noções de racionalidade, livre arbítrio e amor ao próximo forem deslocadas e substituídas pelo irracionalismo, o determinismo e a agressividade tornaremos a barbárie e o islã será a porta.

Antes de tudo devemos estar aptos e treinados para contestar a ideologia pós modernista, por estar ela na base dessa conjuração.

Apesar do capitalismo e de outras misérias (Que nos conduziram a beira do abismo.) temos democracia, temos direitos inerentes e portanto igualdade jurídica, temos a noção de bem como ou justiça social, etc e portanto temos sim um padrão cultural superior em comparação ao autoritarismo totalitário, a teocracia, a uma hierarquia social arbitrária, etc - Ainda que limitássemos essa superioridade ao espaço de nossa própria cultura.

A menos que considerássemos o casamento de garotas com velhos, a castração de mulheres, o enforcamento de gays, a agressão aos pequeninos, a opressão dos dissidentes religiosos, o emprego generalizado da força, etc como práticas desejáveis temos de afirmar a superioridade da cultura europeia atual e de reconhece-la como propulsora no mínimo da forma de convívio menos ruim que existe. 

Alias desconfio que certas pessoas justificam o islã justamente porque aspiram viver a sua moda e devo avaliar qualquer cidadão ocidental ou europeu que deseje tratar sua esposa ou seu vizinho cristão segundo a lei islâmica como um canalha. 

Mais, a mim me parece que tanto entre os filo protestantes fundamentalistas no Brasil quanto entre os simpatizantes do islã na Europa sobressai um perfil sinistro: O desses homens maduros, machistas, homofóbicos, tarados, etc que aspiram enforcar gays e estuprar menininhas...  

Antes de tudo devo dizer que sou a favor de que os refugiados sejam recebidos ou acolhidos de braços abertos em qualquer parte do mundo desde que não sejam eles fundamentalistas religiosos, islâmicos ou cristãos, capazes de colocar as vidas dos demais cidadãos em risco. E não posso admitir por meio algum que a segurança dos cidadãos que vivem num determinado espaço sejam privadas de paz e segurança pela introdução de qualquer outro grupo social.

Os cidadãos ou contribuintes que pagam impostos fazem jus a segurança, a proteção e a paz; sendo dever do Estado garantir essas condições sob pena de quebrar o pacto vigente, tornar-se inútil, ocioso e ser confrontado pelos cidadãos.

Portanto receber em suas fronteiras qualquer grupo composto por fanáticos, teocráticos ou fundamentalistas, os quais venham a colocar em risco as vidas e bens dos cidadãos implica traição inaceitável. 

Devem portanto os árabes e outros que aspiram instalar-se na Europa adotar a cultura local e tal preceito deve ser indiscutível. Implica essa atitude abandonar os hábitos arraigados e assumir os hábitos comuns ao grupo em que se pretende viver. Implica abdicar de qualquer atitude no sentido de introduzir hábitos ou costumes árabes. Implica sobretudo em comprometer-se a não introduzir a Sharia e implica por fim aceitar que não serão construídas novas mesquitas. 

Seria ridículo ter eu de dizer que de modo algum devem os refugiados confrontar as práticas, costumes ou tradições das populações locais, profanando seus santuários, invadindo seus locais de culto, destruindo seus símbolos ou colocando em risco suas pessoas sob pena de serem rigorosamente punidas ou castigadas na forma da Lei. 

E segundo penso todas as violações acima por parte dos hóspedes deveriam ser punidas com deportação ou expulsão da comunidade em questão - Pois tratam-se de crimes contra os direitos inerentes das pessoas os quais não podem, sob quaisquer alegações, ser tolerados numa sociedade civilizada.

Vou além e opinarei que apenas as mulheres, os idosos, as crianças e os deficientes provenientes de sociedades islâmicas sejam acolhidas na Europa, e mesmo assim com a devida cautela. Quanto aos homens adultos, julgo haver precedentes graves para que deles se exija o abandono do islã ou um compromisso fundamental no sentido não tentarem impor a sharia ou construir mesquitas.

O mais recomendável no entanto é que os homens adultos do islã não sejam recebidos nos países europeus e sobretudo que clérigo ou imame sunita algum seja recebido. Naturalmente que a poligamia deve ser rigorosamente proibida nos territórios não islâmicos pois costumam ele dar o 'golpe' da barriga ou crescer pelo ventre até suplantar a população local. Também seria aconselhável a exigência de que limitem o número de filhos por casal sob pena de não serem aceitos - No caso dos homens adultos serem recebidos.

Necessário que seus filhos sejam obrigados a frequentar a escola local, de preferência pública e laica de modo a serem introduzidos na cultura vigente. Devem além disto aprender a falar a lingua local e valoriza-la. 

Outra medida de suma importância é proibi-los de formarem bairros, guetos ou pequenas comunidades fechadas e obriga-los a dispersarem entre a população 'comum', convivendo ou comunicando-se com ela, de modo a favorecer as trocas culturais.

Tais algumas sugestões concretas que já deveriam ter sido implementadas quanto esse tipo específico de população. Afinal hóspedes só podem ser acolhidos sob nossos tetos sob determinadas condições estipuladas pelos proprietários... 

Importante que tais leis sejam fixadas e que toda e qualquer violação implique na deportação ou no retorno compulsório ao local de origem. Quanto a isto não deve haver relaxação ou contemplação alguma, especialmente em se tratando de delitos inspirados pela fé e contra a fé alheia e seus símbolos. 

Deve haver todo um programa destinado a fazer com que os hóspedes assimilem os princípios, os valores, os costumes e a cultura local ou que no mínimo exerçam rigorosa tolerância face a ela, abandonando toda e qualquer hostilidade.

Super importante que a decisão de acolher essas pessoas passe pela comunidade local e que a nível nacional seja objeto de referendo ou de aprovação direta pela população e jamais uma imposição feita por órgãos internacional como a ONU ou a OTAN uma vez que são controlados por outros países e poderes. 

Importante que seja uma atitude política democrática i é sancionada pela população nacional e local e gerenciada por elas através de leis específicas destinadas a manter a cultura e promover a paz. 









Um aparte> A questão do conforto, da miséria e do crescimento populacional na polêmica Malthus\Godwin

Antes de nos posicionarmos face a invasão da Europa pelos jihadistas quero examinar tanto mais de perto a questão dos fatores que levam ao aumento, estabilização e diminuição da população, partindo da polêmica Malthus X Godwin, a qual tenho como um marco da idade contemporânea.

Advertindo desde já que se trata de um tema bastante polêmico e complexo uma vez que não temos como investigar todas as invariantes e variantes no curso do tempo.

Ao tempo que Godwin editava suas publicações defendendo a tese do bem estar social ou de máximo bem estar para o maior número possível de pessoas, Malthus alegava que uma Sociedade de bem estar estimularia o aumento da população, agravando o problema da busca pelo alimento, ou, como diríamos hoje, o problema do espaço e das relações com o meio ambiente.

Outros sociólogos por sinal, apontaram como problema estrutural de base, nos domínios da economia, o crescimento acelerado da população. O que me parece bastante exato. Pois nem temos como fazer uma distribuição satisfatória da terra enquanto a população cresce desmesuradamente... O que demandaria sucessivas reformas agrárias ou partições. Sendo assim, antes de pensar na divisão da terra deveríamos pensar na contenção do crescimento populacional. 

O que, de acordo com Malthus desestimularia ou travaria o crescimento populacional acelerado seriam justamente as condições sociais adversas, ou seja, catástrofes naturais, epidemias, guerras, etc 

No entanto, a exceção das catástrofes naturais, que eram e ainda são inevitáveis, os demais fatores mencionados, como a guerra e as epidemias, tal e qual a miséria e as injustiças sociais, estavam na mira de reformadores sociais como Godwin, os quais defendiam sua eliminação ou atenuação, e, a adoção de um modelo de Bem estar generalizado. 

De fato o advento da imunização ou da vacina, bem como a afirmação dos direitos inerentes a pessoa humana tendiam a diminuir sensivelmente tanto a mortalidade infantil quanto a mortalidade adulta (Decorrente em parte das guerras). O que tendia a tornar-se ainda mais efetivo a partir dos programas de assistência alimentar, afirmação dos direitos trabalhistas e redução da miséria. 

O que para Malthus, repito, estimularia a procriação e, consequentemente o crescimento populacional. O qual acabaria por determinar sucessivas e futuras crises alimentares. 

Importante considerar que os darwinistas sociais receberam e aprimoraram os argumentos apresentados inicialmente por Malthus e torno das mazelas sociais enquanto formas naturais e seguras de controle populacional. Até converter tal argumentação em ferramenta ideológica destinada a dar combate as reformas socais destinadas a implementar o 'Bem estar'. 

Havendo dentre eles quem ainda encare a guerra e as calamidades naturais como males necessários tendo em vista o equilíbrio populacional. 

Naturalmente que a projeção de um equilíbrio econômico ou de uma situação de bem estar numa realidade de crescimento populacional é absurda. E que a primeira coisa a ser feita aqui é controlar ou limitar o crescimento populacional da humanidade.

O que nos leva a investigar os fatores naturais e sociais que estimulam o crescimento da população. E portanto a polêmica Malthus X Godwin.

Pois bem - Respondeu Godwin a Malthus (Num contesto anterior ao surgimento do que cognominamos anti concepcionais.) alegando que a afirmação do bem estar social através da erradicação ou da diminuição da miséria resultaria no desfrute de uma instrução de qualidade e portanto numa assunção de consciência, a qual implicando na fruição de prazeres tanto mais refinados, sejam intelectuais ou estéticos, redundariam na contenção do prazer sexual e enfim na estabilização ou na diminuição do crescimento populacional.

De algum modo ou maneira concluiu Godwin - Em oposição a Malthus. - que a exploração, a miséria e a ignorância estimulando a carga sexual humana como uma espécie de válvula de escape, potencializavam o crescimento populacional. E que o progresso da civilização em termos de bem estar, criando condições para a fruição dos prazeres classificados como imateriais, implicaria numa redução da carga sexual e consequentemente na contenção do crescimento populacional. E a argumentação de Godwin parece ser psicologicamente atilada, senão verdadeira.

Que as condições econômicas adversas, como a miséria e a ignorância estimulem a libido ou a sexualidade me parece mais do que simples sugestão. Pois não me parece que as massas incultas sejam capazes de racionalizar ou de raciocinar em tais condições. Portanto a proliferação da miséria, associada a paz social e a oferta de vacinas e suprimentos alimentares é que me parece desastrosa - E se algo deve ser erradicado aqui, parece-me que deva ser a ignorância e a miséria.

Ao menos quanto a contemporaneidade ou as sociedades pós anti concepcionais, parece que as elites econômicas e intelectuais tenham chegado ao que chamamos de estabilidade ou gerado menos filhos, e que o crescimento parta quase sempre dos setores mais baixos - Daí a palavra> Proletariado, os que fazem filhos, muitos filhos. 

E embora não o possamos demonstrar, parece que, por razões óbvias, sempre tenha sido assim no curso da História ou seja, que as elites econômicas e intelectuais tenham chegado a estabilidade mesmo antes que os anti concepcionais tenha sido inventados e oportunizados.

Portanto tudo parece validar a sugestão indicada por Godwin, exceto é claro quanto as calamidades naturais, guerras e vacinas. Quer dizer isso que a falta de reformas sociais ou de bem estar o mesmo 
povo contemplado com vacinas e suprimentos alimentares poderia ser obrigado pelo Estado ou por força da lei a fazer uso de métodos contraceptivos. Embora seja eu pelas reformas sociais ou pela implantação do bem estar não posso deixar de concordar - Tendo em vista a redução do espaço natural ou ecológico. - que o tempo urge e que a imposição do controle de natalidade seja um ajuste aceitável mesmo quando não seja ideal.

Absurda a tese da igreja romana, em torno de um controle voluntário, natural ou racional por parte das massas desumanizadas. Como esperar a afirmação da racionalidade ou do heroísmo por parte de pessoas criadas em condições adversas e as quais foi oferecida uma educação precária... Não se trata aqui de negar que a graça do Cristo venha em socorro da natureza e sim de afirmar que a natureza humana não só pode como deve ser ela mesma bem formada e preparada tendo em vista os socorros sobrenaturais da divina graça. A maneira como se concebe a graça aqui, excluindo a livre vontade ou o preparo social da natureza é fetichista, mágica e inaceitável.

Consequentemente só podemos pensar no remendo do controle populacional imposto por lei e não nos podemos, de forma alguma, opor a ele. Do contrário estaremos colaborando com a destruição do mundo natural ou com a extinção das espécies numa realidade em que a humanidade reivindica mais e mais espaço para produzir seus alimentos. Caso queiramos preservar algum espaço para as demais formas de vida é necessário chegar a ideia de contenção populacional.

Resta-nos abordar aqui uma outra questão ventilada pelos sociólogos que é a da diminuição de certos grupos humanos em situações sociais adversas como domínio, conquista, perseguição, etc

O quanto podemos dizer sobre isto é que as situações de controle político\econômico e domínio cultural por parte de um grupo maior sobre grupos minoritários tende a reduzir o crescimento dos grupos minoritários, quiçá por deliberação calculada tendo em vista as situações de opressão e a falta de esperança. O que implicaria a fixação de um tipo de atitude psicológica generalizada que se torna social, a qual é produzida pela insegurança e pela angústia generalizadas. 

Portanto o que temos aqui, enquanto elementos causais não são a miséria absoluta ou a ignorância porém a sensação de decadência, a dominação cultural e o controle social arbitrário, associados a total desesperança quanto a algum tipo de emancipação futura.




sábado, 18 de outubro de 2025

Europa a sombra dos minaretes - Que fazer...

Após uma sucessão de ideologias mortas - Que desde o protestantismo falharam em substituir a Igreja antiga e trazer unidade de espírito a Europa, a fé maometana chegou até ela, com a intenção de abala-la até os alicerces ou de implantar a instituição árabe da Sharia.

Foi já o islã esmagado pela Europa Cristã, Ortodoxa ou papista duas vezes - Em Poitiers e em Lepanto, pelo que não se transformou num califado... Além de ter tido suas aspirações imperialistas travadas também pelas assim chamadas Cruzadas. Parte da Europa - Invadida por seus adeptos! - por sinal foi expurgada deles em no mínimo duas ocasiões, assim a Península Ibéria e a Península balcânica.

Basta dizer que ibéricos e balcânicos conhecem perfeitamente bem que é o jugo do islã.

A primeira das diversas observações a serem feitas aqui é que os invasores, a que os pós modernistas chamam 'refugiados', não são, de modo algum, os civilizados e comedidos xiitas do Irã... Tampouco os economicamente estáveis sunitas da Jordania, do Kwait ou dos Emirados, os quais tem a sorte de viver sobre oceanos de ouro negro ou de petróleo.

Vamos porém ao caso...

Incontestável o fenomeno segundo o qual a miséria ou a massificação estimulam a violencia. 

O que se sucede tanto entre os hindus, quanto entre Cristãos e muçulmanos. Por isso as massas protestantes do Brasil principiam a causar distúrbios... E as massas hindus na India... 

Agora tornando a Ratzel devemos considerar que as áreas ocupadas pelo Islã são majoritariamente (Com exceção da Asia menor ou Turquia e partes da Síria) espaços desérticos, montanhosos ou estepários, que não comportam uma densidade populacional elevada. Tanto que os antigos árabes, anteriores ao islã, enterravam as meninas recém nascidas nas areias do deserto... Tal a responsabilidade da terra ou do solo.

Apesar disso, sancionou Maomé a poligamia, enquanto que o islã, por instigação de líderes religiosos imperialistas ou cálculo, opõe-se ao controle da natalidade. E o resultado aqui é o aumento populacional desregrado... Para piorar ainda mais uma situação já grave, essas multidões miseráveis, ignorantes e fanatizadas costumam criar tumultos de natureza religiosa ou credal com outros grupos religiosos ou minorias, o que afeta as estruturas do governo e os serviços...

Para piorar ainda mais as coisas - Onde sempre existiram conflitos entre Sunitas, Xiitas, Drusos, Mandeus, Samaritanos e Yazeds ou entre maometanos e Cristãos, a Dna Inglaterra ou o sr Balfour, deram de enfiar os sionistas. O que redundou num aumento significativo dos conflitos e no deslocamento das populações tradicionais, em busca, no mínimo, de alguma segurança.

Dessa política internacional irresponsável, firmada pelo ouro sionista e mantida pelos EUA, resultou uma calamidade para as minorias Cristãs de todos aqueles lugares, pelo simples fato de que os sionistas canalhas, expulsando-as, empurraram-nas e lançaram-nas contra essas minorias, as quais passaram desde então a ser atacadas e pilhadas pelos tais refugiados. 

Porém quem ataca e empurra esse excedente de árabes miseráveis para longe de si... Israel... 

O Europeu que lê este artigo entenda perfeitamente: EUA e Israel entregaram a Europa nossa mãe aos jihadistas fugitivos numa salva de prata, tal e qual Herodes entregou a cabeça do batista a Salomé... Abriram um espaço para esses fugitivos na Europa como abriram um espaço para Israel na Palestina e de fato a Europa atual paga o preço do sionismo que apoiou! 

Como uma carcaça imunda abandonada aos vermes foi a Europa lançada a esses tais refugiados espantados e empurrados pelos sionistas.

Tudo partiu do vosso aliado que se acha seguro do outro lado do mundo, da vossa ONU..., da vossa 
OTAN estúpida que ataca os Cristãos russos, da maçonaria, do Vaticano inepto, etc Todos, todos desampararam a Europa, quiçá comprados pelo ouro sionista e Israel fica sendo e é a prioridade mundial kkkkk

Tais são as coisas que precisam ser ditas muito bem francamente, apesar das inquisições seculares do tempo presente.

Surge no entanto uma pergunta que não quer calar...

Por que a Europa se existem tantos países islâmicos como a Arábia, os Emirados, Iemen, etc, etc, etc Por que os irmãos de fé não acolhem seus mimosos pares... Porque os muçulmanos em parte bem situados e civilizados daqueles lugares não estão dispostos a abdicar de seu conforto e acolher em seus territórios essas massas miseráveis, ignorantes, barbarizadas e agressivas das periferias...

Conclusão: Que sejam elas acolhidas pelos Europeus papistas ou Ortodoxos idiotas com as bençãos da OTAN, da ONU ou dos EUA... Que os recebam, paguem pensões, alimentem, vistam, deem emprego, etc enquanto os machos barbados desrespeitam suas esposas e filhas, destroem os túmulos de seus pais, invadem suas igrejas, constroem mesquitas (Com as pensões que recebem o petrodolares vindos das Arábias), afrontam suas tradições religiosas, menosprezam sua lingua e criam comunidades a parte até se sentirem fortes o suficiente para impor-lhes a sharia e assassina-los caso não paguem a Djzia. 

E que é isso senão uma invasão, a princípio mais ou menos pacífica - Exatamente como esses árabes maometanos tem feito ou tentado fazer no curso da História. Estão mais uma vez e ainda hoje, expandindo seu império ou califado por meio da barriga, em plena era dos contraceptivos e com o apoio institucional da ONU, da OTAN, dos EUA e de todos esses líderes maçonicos comprados.

Digo mais: Além de interesses sionistas há interesses diretamente economicos que tocam ao querido capitalismo (O qual tradicionalmente tem vendido o povo, a pátria e a cultura!), ao exército de reserva e a regulação dos salários. Pois onde há oferta de mão de obra barata, o valor do salário diminui e a obtenção do lucro aumenta. Portanto, ao menos para os empresários a entrada dessa multidão de árabes jihadistas na Europa equivale sim a um benefício.

Temos de falar além disso no irracionalismo dos anarquistas e na politicagem da extrema esquerda ou dos comunas - Legião de pós modernistas. - que contam com os votos (Sim, porque os demagogos da Europa também concedem - Pasmem! - direitos políticos aos marmanjos jihadistas partidários da Sharia!) dos invasores para aumentar seu poder representativo no parlamento...

Veja então voce como tantos interesses se unem e conjugam contra os interesses da população europeia em termos de paz e cultura... Sionistas, capitalistas, comunistas e pós modernistas... Tal a realidade que é preciso enxergar.

Fora os sionistas, que já tem dinheiro e poder, todos os demais querem apenas $$$ dinheiro e atuam como prostitutos ou leiloeiros, vendendo a Europa aos pedaços a quem tem mais $$$...

Resta dizer que em tais situações, de massificação e miséria, nem todas as religiões atuam da mesma forma e maneira (Como julgam os ateístas alienados) - Havendo umas, que, devido a motivos internos doutrinariamente estruturados, tentam conter a violencia (Assim o Budismo ou o Cristianismo antigo.) e outras (Como o judaísmo antigo, o islã e o hinduísmo.) que, em maior ou menor proporção, estimulam-na.

Então a questão aqui é o quanto, esta ou aquela religião, é capaz de conter as massas miseráveis em tempos de aflição. Enfim o quanto tal fé gerencia e como gerencia ou regula possíveis tendencias agressivas. Se a reprime ou a potencializa.

E temos que é o islã - Não necessariamente a partir do Corão (O qual parece ser menos violento que a Tanak  por exemplo.) mas certamente da Suna. - juntamente com o judaísmo antigo (Mosaísmo ou israelitismo) e o hinduísmo) uma das crenças que mais estimula a agressividade. 

Portanto não se trata aqui de uma fé cujos princípios pacíficos sejam mal compreendidos ou incompreendidos pelas massas despreparadas e consequentemente deturpados por elas, como folgam afirmar islamicos e islamófilos e sim de registros permeados por conteúdos agressivos, atenuados por leitores economicamente estáveis, inteligentes e civilizados. E a tendencia da Xiia já nos indica essa resposta a partir das condições peculiares ao Irã> Um país economicamente estável há séculos e herdeiro de uma civilização brilhante.

Teve assim o islã, que se adaptar a realidade da sociedade iraniana, atenuando seus ímpetos agressivos - Do que resultou, num determinado momento, a rejeição a um sunismo que, desde os tempos de sua afirmação ortodoxa - Com Achari e Gazail. - se foi tornando cada vez mais mesquinho.

O que nos facilita a abordagem da História islamica ou a apreciação dos períodos iniciais.

Forçoso entender como o declínio da civilização, da estabilidade economica e da instrução tem colaborado ativamente para que o islã se afirme em sua puridade essencial. Atente o leitor que a Ortodoxia acharita, a ascensão do Hambalismo, o Wahabismo e enfim o Salafismo são todos eventos ou fenomenos posteriores a Era de ouro dos califados omíada e abássida - E não podia ser diferente, pois a violencia, a agressividade, a truculencia, etc como os arroubos de fanatismo são típicos dos períodos de decadencia, miséria, ignorancia, etc

Via de regra citamos o genocida e terrorista Tamerlão como protótipo do anti Cristo, sem saber que era ele, não apenas um muçulmano, porém, antes de tudo um bárbaro das estepes ou alguém cuja agressividade o islã não estava posto para conter. 

De fato, apesar dos choques com o Cristianismo apostólico, foi o trato com o conquistador islamico, geralmente cordial. O que remonta ao próprio Maomé e sua suna, na qual temos que os senhores bispos de Nadjarien foram bem acolhidos e tratados com fidalguia. O corão de fato tece elogio aos Rahibs ou monges determinando que sejam acolhidos, respeitados e bem tratados. 

Daí o pacto ou tratado feito com o Santíssimo Sofronius, Batrak de Al Kudush, o qual serviu de modelo para muitos outros. Ocasião em que o próprio califa Omar ibn Katab recusou fazer preces no Santo Sepulcro por um ato de delicadeza. Alias os próprios cristãos ortodoxos do Oriente, oprimidos pelo Império bizantino e sua política (Quem o diz é Mihail, o Sírio, em sua História) chegaram a acolher os conquistadores muçulmanos e obter a paz, pelo menos durante alguns séculos.

A partir daí firmaram-se, como os antigos impérios, os califados acima citados, nos quais não era o islã majoritário ou hegemonico, correspondendo a uma dominação elitista. Dar crédito a Ibn Hazm ou a Sharistanyi, não haviam apenas Ortodoxos ou mazdeistas sob aquela dominação mas um imenso número de seitas Cristãs já conhecidas: Markinyia, Montanyia, Manikyia, Bardaisanyia, etc além de algumas religiões tradicionais, como Yazed e mesmo algumas possíveis populações pagãs... 

De fato o islã dos dois primeiros califados foi um islã cosmopolita e não uma realidade religiosa hegemonica ou ortodoxa como querem fazer passar os sunitas de hoje. Haja visto a forte presenta dos dissidentes Carijitas e Alídas ou Xiias. 

E como disse, fosse porque não havia ortodoxia sunita fixada, fosse porque as facções rivais do islã fossem numericamente equivalentes ou fosse porque o conjunto do islã não passasse de uma minoria, que as relações com os Cristãos fossem cordiais, ao menos até o ano 1.000 ou menos até, cerca de 1.100 i é, a cabo de cinco séculos ou meio milenio, quando de fato azedaram, justamente após a afirmação do sunismo ortodoxo, o qual, a exemplo da Reforma protestante, assumiu o caráter de uma autentica e sucessiva purificação religiosa e cultural.

Importante entender que assessorado por Cristãos - Inclusive clérigos. - Ortodoxos orientais, Harum al Rachid, Mamun e outros, criaram e mantiveram (Durante quase meio milenio.) a 'Casa da sabedoria' em Bagdad e que ela chegou a conservar parte do que se havia perdido com a destruição da grande biblioteca de Alexandria (No século VII). Ao menos até sua própria destruição pelos bárbaros estepários em 1258 - Ocasião em que o último califa foi eliminado, ficando o islamismo sunita sem 'Papa' ou descontrolado...

Importante considerar o domínio ou a liderança de um califa instruído sobre os adeptos do sunismo emergente.

Alias mesmo antes da eliminação do último califa, já a coisa principiara a degenerar sob o controle dos mamelucos ou dos agregados estepários. 

Aqui a baliza face a nova realidade, além da afirmação Acharita, parece ter sido o governo do fatímida Al Haquin, o qual tendo nascido de mãe Malkayia (Alazizah) - Segundo Guilherme, o Frank, e sido batizado as ocultas, mandou converter os Cristãos a força e demolir o Santo Sepulcro. Isso pelos idos do ano 1.000. Desde então os atritos jamais cessaram...

Curiosamente os turcos estepários, inda que sunitas, censuraram os árabes tanto como matadores de profetas ou assassinos dos descendentes de Maomé quanto como covardes face o preceito da jihad e a eliminação do Cristianismo. Sendo assim tomaram a peito, mais uma vez, invadir e conquistar a Europa, ao menos até serem derrotados em Lepanto. 

Ao mesmo tempo ou pouco antes, em decorrencia da afirmação da Ortodoxia acharita, foi a corrente intelectual da Mutazzila eliminada. E, desde então, o racionalismo e o liberalismo teológico foram proscritos como heresia pestilenciosa nos domínios do islã sunita. E temos esse processo descrito com detalhes na obra "A mentalidade muçulmana..." de R Reilly. 

Portanto o islã racional e aberto a cultura, frequentemente descrito pelos adeptos dessa religião, extinguiu-se a quase mil anos, justamente por ter sido reprimido por eles ou por seus ancestrais. 

E porque foi reprimido e destruído...

Porque num dado momento, após a afirmação da Ortodoxia sunita, as lideranças religiosas tomaram consciencia de que o islã da Idade de ouro ou dos dois primeiros cinco séculos era na verdade uma construção sincrética - Derivada grande parte da tradição greco romana. - muito pouco árabe. 

De fato essas lideranças parecem ter percebido o imenso risco de que o legado da razão e do livre arbítrio, tomado aos gregos por intermédio do Cristianismo, prevalece-se e destrui-se os elementos autenticamente semitas. Daí terem empreendido uma luta de morte com o objetivo de expurgar o islã ou o próprio sunita desse conteúdo exógeno - O que de fato equivaleu a uma purificação ou reforma, como a de Josias no judaísmo e a de Calvino no Cristianismo (Embora esta não reporte ao Cristianismo histórico ou primitivo.)...

Desde então ou do século XI foi o islã purificando-se e resgatando sua identidade árabe ou semita e não afastando-se dela. De fato no contexto islamico a direção tomada do Hambalismo ao Salafismo, impulsionada pelo declínio político, pela miséria e pela massificação só pode ser entendida como um retorno as origens - E a anomalia aqui foram os califados ou o islã dourado da mutazzila e dos homens da Casa da sabedoria, os quais só podem ser corretamente analisados em termos de acomodação, contaminação pagã, heresia ou apostasia...

Enfim o salafismo, tal e qual seu pai, o wahabismo, é apenas o islã mostrando sua própria cara, sem cores ou pinturas, após ter sido lavada. 










sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Breve ensaio sobre os escombros> Positivismo, Ceticismo, Etica e Utilitarismo...

 Certa vez ousou Nietzsche declarar que a cultura de seu tempo assemelhava-se a um grande campo juncado por ruínas... E já aludi a esta visão a um tempo feérica e a outro melancólica ou mesmo patética diversas vezes.

Jamais me esqueci de uma ilustração vista numa Enciclopédia ainda quando garoto - A qual mostrava Goethe com o olhar perdido diante das ruínas do fórum romano.

E no entanto Goethe contemplando o passado longevo e glorioso dos Césares e memorando os feitos de Scevolla, Furius, Cincinato, Cléia, Cornélia, etc sabe a um Homero, pois tem grandiosidade Épica.

Outro o caso de Nietzsche, o qual possuído pelo espírito dionisíaco assemelhava-se mais aquele profeta judeu que aspirava tudo arrancar pelas raízes para depois replantar; tudo abater para em seguida reconstruir, começando pelos fundamentos. São homens que empunham o camartelo e estilhaçam o belo mármore sem derramar uma lágrima sequer... Tais os iconoclastas. Os iconoclastas - Recicladores de ideais.

Tal nossa civilização - Campo em ruínas ou cemitério de ideologias putrefatas?

Desde que o Catolicismo, a ortodoxia ou a fé apostólica foi imobilizada e lançada por terra após ter imperado soberana por milênio e meio é possível parafrasear os Atos dos apóstolos e dizer a respeito de cada um dos sistemas que o sucederam: "Onde a pouco caiu teu esposo hás de cair tu também, e eis que os coveiros já se acham as portas."

Efêmero foi o triunfo do protestantismo, com seu furor bíblico e altas pretensões - Pois pelos idos de 1700 era já a intelectualidade inglesa descrita como incrédula pelos habitantes do outro lado da mancha. Que dizer então do outro lado do Reno, onde um Reymarus declarava que apodreceu o corpo de Jesus em alguma cova ignorada após ter sido roubado pelos apóstolos com o objetivo de simular sua ressurreição. Sem mencionarmos o imenso enxame de seitas descrito por Voltaire nas "Cartas da Inglaterra" e a sucessiva falencia do projeto totalitário calvinista...

Substituiu-o efetivamente a ordem materialista do liberalismo econômico ou do capitalismo, a qual, desde então, tem o protestantismo servido como um lacaio.

Entrementes veio o convívio democrático a triunfar num cenário, ainda maior: A França. Assim, em menos de século e meio as ruínas do protestantismo foram adicionadas as ruínas do antigo regime.

Resta-nos mencionar as contradições internas do capitalismo. As quais, como registrou Marx,  não tardaram a produzir miséria ou pauperização e, por consequencia a suscitar uma oposição socialista e por fim o advento do comunismo. E se o liberalismo econômico triunfara na Inglaterra de 1643, com a revolução Inglesa; seu antípoda viria a triunfar na Rússia de 1917 com a Revolução russa

Assim, cerca de 1917 as ruínas do protestantismo, do antigo regine e do capitalismo atulhavam o horizonte da civilização e prenunciavam seu ocaso. 

Em que pese outros colossos terem sido erguidos sobre elas - Ao lado do edifício um tanto combalido, mas ainda sólido, da igreja antiga. Assim o Comunismo, a democracia formal e o Positivismo (Sucessor da fé e da Filosofia) enquanto outros como o Fascismo e o Nazismo estavam a ser edificados, sendo aparentemente promissora a arquitetura do século XX...

E no entanto, abalo após abalo, todas estas construções portentosas estremeceram e vieram abaixo com grande estrondo... Até que não sobrou pedra sobre pedra.

O positivismo, que como sereia augurava as novas gerações um paraíso sobre a terra, começo a ruir pelos idos de 1918, até perder quase que todo seu encanto após a segunda grande guerra. A abominação nazista veio abaixo em 1945 juntamente com o Fascismo. Já o todo poderoso Comunismo resistiu por cerca de setenta anos, esboroando-se em 1990.

E no entanto, o desabamento mais fragoso no entanto deu-se em 1962 - a partir do Vaticano II - com a queda da igreja romana, assediada pela maçonaria, comprada pelo americanismo, flagelada pelo ecumenismo, contaminada pelo protestantismo (Protestantizada) apartada de suas tradições e privada de sua identidade... e reduzida a quase nada > Em comparação com o que fora cinco séculos antes.

E tudo quanto restou de grandioso (Junto com o livre arbítrio - Posto na mira dos ateístas e materialistas) foi a crença infantil e leviana nessa democracia meramente formal ou sem espírito, a qual é mais cria do positivismo do que herança legada pelos antigos gregos. Embora haja quem ouse apresenta-la como algo pronto, acabo e incapaz de ser aperfeiçoado, isto é, como o 'fim da História' ou o Capitalismo de Fukuyama - Pasme o leitor inteligente...

Ora, uma coisa é admitir que corresponda ela, hoje, ao melhor do quanto nos tenha restado (Refiro-me apenas a democracia ou ao liberalismo político, de modo algum ao capitalismo) e outra que não possa ou deva ser aprimorada i é ampliada, aprofundada, etc tornando-se mais funcional, eficaz, direta e popular.

Pois o palpite capitalista, segundo a qual, nossa democracia sem consciencia, se sustentará tal e qual é, ou seja, com suas limitações, vícios e defeitos, demanda uma profissão de fé bastante ousada. A qual não me disponho a fazer.

Alias - Quantos e quantos já não escreveram sobre os seríssimos problemas que envolvem nossa democracia mecanica e sem vida? Revel, Sartori, Bobbio, Ameal, Maurras, Huntington, Lucáks, Poulantzas, Gramsci, Cahn, Lindsay, Moss, Tocqueville, etc 

Há portanto chances bastante concretas de que mais e mais ruínas acumulem-se sobre a seara do velho mundo ao cabo deste século... 

Do capitalismo, que parece recuperar-se, nada devemos esperar, exceto que esgote todos os recursos naturais disponíveis, fabrique mais massas desmioladas paras serem manipuladas, incentive o crescimento irresponsável da população e conduza a humanidade a destruição, caso não entre em colapso.

O irracionalismo reinante todavia, serve-lhe de couraça impenetrável. 

Mesmo considerando que as fontes do Capitalismo ou sua causa eficiente, encontram-se dentro do próprio ser humano ou na esfera da vontade, ainda que a razão estivesse em seu zenite teria de despender considerável esforço para 'conte-lo'. Que dizer então sobre o nosso tempo ou a era do pós modernismo...

Suas contradições internas, ou fazem-no entrar em colapso ou levam nossa espécie a extinção, para a sorte das espécies que não chegamos a extinguir e que talvez sejam contempladas com uma nova chance. Salvo se a disputa pelos tais mercados conduzirem-nos a uma terceira grande guerra nuclear...

Caso o edifício da democracia formal, entre em colapso e venha abaixo, antes de converter-se numa democracia popular, real ou direta as perspectivas me parecem bastante sombrias. Na medida em que virá ela a ser substituída por novos totalitarismos - quiçá religiosos (Teocracia) - ou pelo anarco individualismo, compreendido como dissolução do que chamamos convívio social (O sonho de Max Stirner e Ayn Rand) e aqui temos algo que sequer podemos conceber, uma vez que não podemos imaginar o que jamais existiu.

Mesmo esta democracia precária, e que precisa ser ultrapassada, nos tem de fato beneficiado pelo simples fato de preservar--nos desses dois extremos perigosos representados pela tirania, o despotismo ou a ditadura de um lado e a anomia do outro.

Necessário entender que a democracia, para adquirir vitalidade, deve deixar de ser simples forma ou casca para atuar como espírito ou mentalidade na dimensão da cultura. Deve a liberdade, ao invés de ser negada pelos neuro cientistas levianos e irresponsáveis, converter-se em um valor significativo, em nome do qual as pessoas aceitem viver ou desejem morrer caso preciso for. Caso ela não produza conquistas significativas, caso não desperte amor, lealdade e coragem, caso não melhore as vidas das pessoas, correrá o risco de tornar-se indesejável e inútil.

Já as relações humanas, dentre elas a produção de bens ou seja o setor da economia, devem ajustar-se, acima de tudo as exigências da justiça. Não é o Mercado, porém a necessidade humana que deve determinar o salário, impedido assim a afirmação da miséria e evitando que a divisão social aumente até o conflito entre as classes. Tudo isto implica que a economia reconheça o primado da Ética. Me parece que não há melhor caminho que a liberdade no plano da política e restrição ou contenção Ética no plano da economia.

Resta-nos então alguma esperança?

Sim, certamente há alguma esperança, como também parece haver um poderoso obstáculo

Pois se o positivismo desabou como sistema fechado há no mínimo oitenta anos, permanece ainda vivo e pujante no plano da cultura, a partir de seus elementos dispersos ou dos escombros reaproveitáveis.

Mas qual será o problema do positivismo? Perguntará o católico ou o ortodoxo estúpido que só tem olhos para o comunismo, para o anarquismo e quem sabe para o capitalismo...

Cumpre dizer em primeiro lugar, que este modelo, pautado nas ciências exatas e biológicas, tudo envenenou e desvirtuou ao inserir-se nos domínios das ciências humanas, questão examinada com propriedade de Dilthey a Poincaré (Convencionalista) ao cabo de décadas. Mas quem hoje lê Dilthey ou presta atenção a Poincaré ou a seu cunhado Boutrou...

Observemos de passagem os estragos que causou apenas nos campos da Psicologia e da Sociologia. Quanto ao primeiro deu ele origem a toda uma corrente espúria chamada Behaviorismo - Uma análise superficial do Behaviorismo encontra-se no livro de Marilynne Robinson 'Além da razão' ed Nova Fronteira 2011 capítulo I pg 17. Já no campo da Sociologia a diversos sistemas, todos materialistas e mecanicistas, como os de Marx e de W Pareto.

Alegadamente é o positivismo (Mesmo o francês, herdeiro do iluminismo e portanto destemperado desde o berço!) enquanto filho do criticismo kantiano e do ceticismo Humeano, uma forma de agnosticismo. 

O que deveria força-lo - A respeito de tudo quanto ultrapasse da demarcação imediata dos sentidos (A empiria) - a restrição e ao silêncio, como enfatizaram os ingleses Huxley, Mill Spencer.

Apesar disto, foi o positivismo de Litreé (Alegadamente anti metafísico) sob a forma cientificista, endossando cada vez mais abertamente o materialismo, até vende-lo como científico, enquanto que a ciência, sendo estritamente empírica, é por assim dizer agnóstica face a tudo quanto ultrapasse a simples materialidade. 

Dado por inverificável o quanto esteja para além dos sentidos, fica inviabilizado ou impugnado o discurso materialista. Uma coisa é declarar que o campo da investigação científica restringe-se ao campo da materialidade ou que a ciência seja material e outra, totalmente distinta, é assegurar que não exista qualquer coisa para além da matéria - O que justamente não se pode investigar por meio dos sentidos ou da percepção. Pois dado que existisse algo para além da matéria jamais poderia ser percebido.

É coisa de simples entendimento - Sucede todavia que nem todos os cientistas são versados em Gnoseologia ou Epistemologia...

Diante disto, ao cabo de todo século XX o positivismo, sob a forma acintosa do cientificismo, tornou-se porta voz do materialismo. 

Nada contra os materialistas que tem a lealdade de fugir ao positivismo ou ao kantismo e de apresentarem-se como metafísicos.

Obviamente que tal não é o caso dos positivistas - Os quais aspiram promover a ideologia ou a elaboração mental\conceitual do materialismo como 'ciência' ou dado empiricamente constatado... Aqui há quem pretenda inclusive ser cético (rsrsrs) e ateu, cético e materialista, cético e positivista... 

No plano da cultura o quanto foi dito a respeito do ceticismo por Victor Brochard, em sua extensa monografia sobre os céticos gregos foi reproduzido em gênero, número e grau pelo insuspeito G Sorel.

O qual também pode verificar que é o materialismo - E ainda mais o ceticismo - uma ideologia 'de crise', a qual ele vinculou ao fim do mundo antigo... Antes do mundo antigo ter se lançado aos braços do mitracismo, do gnosticismo e do Cristianismo havia se lançado nos braços do ceticismo e do materialismo. 

Não passou em sua totalidade da razão a fé ou ao fanatismo, mas, a partir da segunda metade do século III d C do irracionalismo ao misticismo (No qual o próprio neo platonismo se havia transformado) e enfim as crenças; sendo recuperado para a razão ou a teologia, por um Cristianismo (A Ortodoxia oriental a partir do século VI d C) que havia incorporado Aristóteles e que viria dar origem as diversas escolásticas. 

Embora alguns digam que este homem antigo fartou-se da razão, parece que foram mais propriamente as condições sociais adversas que fizeram este homem dela desconfiar até a negação ou ainda que a dúvida insuperável e pessimista foi potencializada pela situação externa do mundo, (Assim por calamidades naturais, conflitos bélicos, epidemias, miséria, etc) a qual parece ter repercutido negativamente nos domínios do intelecto, fazendo com que muitos passassem a desconfiar até mesmo de si próprios.

Assim o homem de hoje é precipitado pela crise do tempo presente nos braços das ideologias negativas que reforçam essa mesma crise. 

O homem angustiado ou neurótico da Sociedade do capital - Que trocou a família pelo culto ao trabalho e a viu sucumbir. - chegou a duvidar seriamente de sua capacidade e a sentir-se de todo incapaz ou inábil. 

Isso a um tal ponto que bastou a falsa religião apresenta-lo como culpado, impuro, corrupto e isento de qualquer qualidade para ele acreditar e encarar a si mesmo dessa forma.

Desde então a própria sociedade, enquanto convívio dos homens, não encontra regeneração... Uma vez que a partir do nada ou do vazio não se constrói coisa alguma. Uma vez que o nada o torna ainda mais frustrado. Uma vez que a impotência produz apenas decepção. 

Mesmo antes de ter tirado sua máscara e assumido aquele viés materialista que haveria de caracteriza-lo posteriormente, o positivismo, desde os tempos de Litreé, tendo declarado guerra a metafísica ousou repudiar a viabilidade da Ética enquanto valor universal e unificador. 

Já Brochard, em sua já citada obra, havia registrado que os antigos céticos costumavam ficar exasperados quando seus contraditores embrenhavam-se pelo caminho da ética, uma vez que nada tinham a oferecer e eram levados a admitir que absolutamente tudo era permitido... 

O que evidentemente assombrava seus contraditores, embora de modo algum assombre o homem leviano do século XXI. 

Mason acaba de morrer e esse Mason que acaba de morrer, foi quem urdiu o assassinato de Sharon Tate, seu filhinho e seus hóspedes, alegando que 'Tudo era permitido' uma vez que ele e seus seguidores não admitiam que assassinar, roubar, etc era errado... E como nada de externo ou de objetivo ao individuo além da sociedade falível... Como não há uma Ética transcendente, universal e unificadora... Com que direito podemos nós, a partir de nossos princípios e valores individuais, subjetivos e relativos julgar um Mason, um Streicher ou um Maníaco do parque e com que direito os podemos julgar e punir...

O que nos faz julgar e punir, com absoluta propriedade, tanto um Hitler quanto um Goebels ou um Himler é uma lei natural, essencial e comum que transcende a cada individuo e é fonte de direitos inerentes para todos os seres humanos. É sobre este conceito ou noção que se assentam os fundamentos mais remotos de nossos aparelhos judiciários.

Eliminado esta lei natural e estes direitos inerentes, como querem Kelsen Ross, apenas a instância social ou o poder político sobrepõe-se a pessoa.

Aparentemente semelhante doutrina não parece apenas inofensiva mas até sensata... 

E no entanto quantos não foram os crimes cometidos pelas sociedades, estados e organizações políticas ao cabo da história... A escravidão negra nos EUA, o Apartheid na África do Sul, os Campos de concentração nazistas na Alemanha, etc 

Daí Thoureau ter elaborado a doutrina da desobediência civil, embasada na consciência pessoal, a qual é tão digna e nobre quanto o poder político o é. 

Assim se Ross Kelsen personificam CreonteAntígona é feita valer pelo autor de Walden. Importa que hajam valores objetivos, comuns e essenciais acima de Antígona, Creonte, Ross, Kelsen, Hitler ou Mason... Aos quais se possam reportar todas as pessoas e sociedades.

O positivismo, todavia - E por questão de crenças ou de metafísica. - não o pode admitir...

Afinal Justiça e Liberdade são conceitos puros, que não podem ser experimentados, vistos, pesados, medidos, contados, etc E, sendo assim não existem apenas nos diferentes indivíduos, porém de diferentes formas. E o que é liberdade para um já não o é para outro... Nada de objetivo e externo aqui. 

Caso a justiça exista externamente e tenha uma forma comum, terá de existir e de subsistir imaterialmente... 

O que o positivismo não pode admitir. 

Sendo assim todo essencialismo ético, todo universo socrático/platônico é fundamentalmente abalado pelo positivismo. Pois é metafisico duma metafisica imaterialista ou espiritualista sem a qual a solução ética formulada pelo filho de Fenarete vem abaixo e desabada fragosamente. Enquanto ali, ao lado, diante dele, está Trasímaco, partidário de Creonte ou da força, do poder arbitrário.

Lamento te-lo de repetir pela milésima vez neste tempo em que se fala, tanto e tão levianamente, sobre ética. 

Afinal o grande mérito do pós modernismo anti positivista foi dar razão aos Católicos e reabilitar o tema da ética. Sem no entanto saber ou poder soluciona-lo, pela via do irracionalismo. Posto que por via do irracionalismo nada se soluciona ou conclui. 

Seja como for do positivismo jamais partiu qualquer sistema de ética, e ele jamais ocupou-se da ética mesmo quanto não chegou a nega-la honestamente com Litreé... O máximo a que seus profitentes chegaram foi a identificar a ética ou os valores com uma dada cultura humana, o que nos leva, não apenas ao relativismo, mas, como já foi dito, a instância da sociedade, como sendo o padrão com que nos deveríamos conformar. 

Ao postular o relativismo Etico ou cultural Durkheim, Levy Bruhl e os seus, ao menos remotamente, forneceram um suporte perfeito para Kelsen e este um suporte perfeito para a estatolatria e conformismo típicos do ceticismo enquanto negação de um modelo ideal. 

Foi assim com Pirro na antiga Grécia, e, ninguém mais conformista e conservador do que ele, dirá o citado Brochard... e não poderia ter sido diferente, pois como assevera Recaséns Sichens, não há crítica ou resistência, ou oposição possível a um dado concreto sem que haja uma instancia ideal. 

Negando doentiamente essa instância ideal e portanto, na mesma medida, a correção ou mudança, ceticismo e positivismo (Um Ceticismo ametafísico ético e estético.) tendem a ser conformar com o que é e a fazer com que nos submetamos docilmente a um veredito social que nem sempre é certo.

Remova a ética no entanto e que nos restará: O racismo, o escravismo, a tortura, o machismo, a pedofilia, a guerra, a matança de animais, etc

Irrelevante ou mesmo ocioso condenar tais monstruosidades em nome do individuo, da autoridade ou do grupo social. Pois alguém mais atilado, como um Mason, percebendo o logro, sempre poderá classificar tal condenação como mera opinião e discordar. 

É necessário condenar o machismo, o racismo, o odinismo, o adultismo, o especismo, o escravismo, etc em nome de um princípio objetivo, comum e superior a todos. De modo que a condenação seja categórica e o castigo justo.

É necessário fulminar tais vícios com uma condenação absoluta e  irretorquível. 

A qual independa da anuência ou da vontade dos indivíduos. 

Em nome de uma lei a que eles não poderão furtar-se porquanto sob quaisquer alegações.

O que sempre nos levará ao conceito de Lei natural, digo de que a Etica corresponde a uma Lei natural tão impositiva quanto a Lei física ou a Lei biológica.

O materialismo jamais ultrapassara o utilitarismo crasso i é aquele de Benthan, o da pior espécie... Mesmo porque Benthan, por questão de princípios jamais poderia considerar algo de unificador num universo puramente material. O quanto podia ele ver eram apenas elementos dispersos: Arvores, animais, casas, grupos sociais, culturas, opiniões, pontos de vista, etc sem qualquer mínima conexão ontológica.

Todos estão fartos de saber que o utilitarismo original, concebido por Benthan a partir do ateísmo ou do materialismo foi um utilitarismo individualista capaz de justificar Mason, Hitler, Tamerlão, etc

O que forçou J S Mill inserir naquele sistema o elemento da alteridade ou da empatia, o qual ele disse ter tomado ao catecismo ou ao Evangelho. Que os ateus, materialistas e positivistas (Não me refiro a bíblia ou antigo testamento e nem mesmo as cartas dos apóstolos porém as lições de Jesus ou a suas palavras assentes nos quatro Evangelhos - Quero deixar isto bem claro.) encaram como uma produção grosseira.

Solidariedade ou empatia empiricamente falando nada é. 

Por via do materialismo somos seres separados uns dos outros e não podemos jamais fugir ao individualismo com todas as suas funestas decorrências. 

Mas temos os mesmos corpos! 

Não, não temos os mesmos corpos. O que temos são corpos semelhantes quanto a forma ou a constituição, mas diversos quanto a extensão e por isso a dor sentida por um não jamais se propaga ao corpo do outro... 

Mas eu talvez venha a passar pela mesma situação... Isto continua sendo sempre uma mera suposição, a qual, rigorosamente falando não nos obriga a coisa alguma. 

Todo e qualquer sistema de ética que parta do materialismo jamais conseguirá opor-se com sucesso ao individualismo. Serão individuos buscando suas vantagens, bem a gosto do darwinismo social, o primo cientificista do utilitarismo benthaniano por sinal.

Considere o leitor o caso de tais indivíduos terem que matar, roubar, mentir, trair, etc 
para obterem os resultados a que aspiram, se realizarem e assim conquistar a felicidade? 

Fará voce um belo sermão dizendo que cada um deles deve abrir mão da própria felicidade ou imolar-se... Com base em que experiencia ou constatação empírica... Só se for com base nos romances da Bárbara Cartland...

Dirás que o direito deles termina onde começa o do outro... Que devem se colocar no lugar do outro... Que é errado... Etc

Pois bem, onde e por que modo são tais afirmações comprovadas pela ciencia.

Pelo contrário> O que mais vemos nesse curioso mundo são cientistas de tendencia darwiniana (Pobre Darwin) ou darwinistas sociais, publicando livros nos quais declaram que a traição, a mentira, etc corresponderam a mecanismos ou a estratégias evolutivas...

Teme ao menos - O criminoso, dirá voce. - ser apanhado pela justiça, ser descoberto, ser preso, ser punido, etc

O conselho até seria bom caso não deixa-se implícito que um crime não descoberto ou punido nada significa. 

Aqui, o quanto nosso defensor da 'Teoria pura' esta fazendo é, na prática, estimular o crime perfeito, por parte dos que se acham habilitados. Provavelmente voce responderá dizendo que não existe o crime perfeito - Ao que posso objetar: Alguns crimes são de fato tão perfeitos a ponto de voce, ignorando-os poder negar confortavelmente sua existencia. Direi no entanto que antes do DNA inumeros crimes foram 'relativamente' perfeitos e que outros só foram descobertos décadas após as mortes de seus autores, os quais de fato jamais responderam por eles ou receberam punições conseguindo burlar a justiça humana.

Naturalmente que se alguns conseguiram, alguns outros que tem perfeito conhecimento dos fatos e que se julgam competentes - Já dizia Cecília Meirelles Nada mais comum do que alguém atribuir a si mesmo excessivo valor... 

Sendo assim, ao menos para algumas pessoas pretenciosas a  impunidade por si só, face as autoridades humanas, equivaleria sempre a um estímulo ou a uma permissão, para que cometessem crimes.

Senso assim a doutrina utilitarista individualista corresponde, sob todos os aspectos possíveis a um fiasco completo.

Hume merece certamente ser aplaudido por sua honestidade e franqueza, quando partindo de seu ceticismo inveterado, teve de concluir que o assassinato não constitui um mal em si mesmo e que a única coisa que o transforma em crime é a lei baixada pela sociedade. 

Portanto não havendo punição ou lei externa não haveria crime.

Tortura e estupro tampouco seriam males condenáveis em si mesmos, exceto se condenados pela sociedade. 

Agora imaginem uma Sociedade que aprovasse a tortura, como a Comunista, a Fascista, a Nazista - ou uma outra, como a islâmica, onde estupro de vulnerável ou de infiel fosse autorizado... 

Eis para onde nos levam Hume e o querido ceticismo...

Agora reflitamos sobre o que sucederia caso as pessoas, em especial as massas ouvissem-no e o levassem a sério.

Reflita! 

Imagine uma Sociedade em que o sistema de Mill fosse adotado sem os atavios tomados ao Cristianismo (Tornando a ser o de Benthan) com sua ética revelada... Sim, pois o outro nome do utilitarismo individualista é darwinismo social; amiguinho Benthan e amiguinho Spencer estão de mãos dadas... E nessa sociedade regida por princípios egoístas; compaixão, amor, justiça, etc não apenas carecem de todo sentido ou são meros nomes como representam desvantagens em conflito com as investigações científicas.

Agora veja um clamoroso exemplo ou reflexão que tomo Peter Singer - Por que raios continuamos a torturar e matar animais inteligentes, como cobaias, ratos, macacos, cavalos, cães, gatos, etc com as bençãos dos cientistas positivistas e dos patrões ou empresários apenas para emprega-los em 'experiencias' (Torturas escabrosas, repito) e ter uns sabonetes, perfumes, xampus e desodorantes, e medicamentos, melhores ou ainda para adquirir uns certos conhecimentos... Por que continuamos a fazer isso após sabermos que tais seres não apenas são sensíveis, como auto conscientes, resistentes a morte e sobretudo inteligentes...

Trasímaco responde: Fazemos isso primeiramente porque podemos ou temos força, armas, etc e em segundo lugar porque obtemos vantagens ou benefícios> Eis ai o belo utilitarismo produzindo seus frutos podres i é uma autentica hecatombe! E os cientistas acríticos e negadores da Etica e de lei natural, executam, aplaudem e defendem tudo isso, para depois criticarem os religiosos ignorantes e iletrados que sacrificam animais a seus deuses... Eis a estirpe dos evoluídos positivistas...

Observem mais uma vez este trágico quadro - Utilitarismo, Individualismo e Darwinismo social... 

E reflitam sobre de que maneira poderiam tais doutrinas servir de anteparo as culturas de morte do Anarco individualismo, do Fascismo, do Nazismo e do Comunismo... 

O positivismo, o cientificismo, o ceticismo, o materialismo e sobretudo o ateísmo jamais poderão servir de fundamento a qualquer sistema de Etica nimiamente humanista i é capaz de proteger, valorizar e promover o ser humano face aos clamores das culturas de morte acima citadas! Que dizer então sobre uma Etica supra especista capaz de vindicar os direitos dos animais acima citados!

Afinal sempre serão sistemas estruturais ou funcionalistas a que sempre se poderá escapar. 

Não cogitam em eles em liberdade ou justiça e por isso jamais serão capazes de inserir vida em nossa democracia semi morta ou de reformar as instituições econômicas produzindo uma sociedade mais solidária e fraterna. 

Não devemos esperar qualquer redenção do positivismo ou de seus tentáculos, tampouco do empirismo e do ceticismo e enfim do pós modernismo. Desse balaio não saí Etica alguma. 

Assim enquanto mais e mais escombros vão caindo sobre nossas cabeças (E diante do cenário feérico que é este imenso campo, coberto por ruínas monumentais.) só nos resta ir bater a outras portas...

Seremos capazes de reconstruir alguma coisa??? Não sei, não sei, não sei; mas certamente devemos tentar...

Poderemos aproveitar algum material?

Mármores e pórfiros sempre podem ser reaproveitados com sucesso...

Reciclagem é sinal de inteligência...

Algo há que possa ser recuperado?

Veremos, veremos...

Precisamos porém de um elemento coordenador...


Conheça também os demais artigos da série 'Culturas de morte': 


  • Americanismo
  • Protestantismo
  • Capitalismo
  • Comunismo
  • Anarquismo
  • Conservadorismo
  • Pós Modernismo
  • Sionismo 
  • etc

Ainda o fascismo e seus problemas

Ainda a propósito da unidade social e da cessação do conflito entre burguesia e proletariado (Não inventado por Marx mas constatado por Sismondi de Sismondi.), provocado pela ambição descontrolada dos patrões, voltou o fascismo, seu olhar - mais uma vez, para o passado.

E a ideia, advinda do Ariston Metron e da Mediocritas aurea foi tentar ampliar a classe média. O que já havia sido sugerido por Defoe e Swift na Inglaterra do século XVIII. E fica posto o ideário: Reduzir a distância entre os extremos da alta fortuna e da miséria, interferindo politicamente tendo em vista a expansão da classe média.

Como se vê, o que temos aqui, foge definitivamente ao Marxismo ou  Comunismo. O qual aposta no avanço do capitalismo, no recrudescimento do conflito e no papel heroico do proletariado tendo em vista a tomada do poder.

Aqui, a classe média é encarada como entidade pequeno burguesa, que serve como uma espécie de mola destinada a aliviar a tensão do conflito. É de fato encarada como uma vilã contra revolucionária por estar na contra partida do processo e deve ser (Talvez com um empurraozinho) engolida ou abatida por ele. 

Assim o programa fascista, que supõe a atenuação do conflito pela ampliação dessa classe por meio de intervenções restritivas (As assim chamadas Reformas.) face as ambições do mercado é avaliado como algo essencialmente maligno.

De fato avaliando o protocolo fascista (Relacionado aqui com o protocolo social democrata.) como reformista, os líderes comunistas só podem encara-lo como um retorno indesejável ao passado, como um saudosismo ou ainda como algo essencialmente reacionário em oposição a noção linear de progresso legada pelo positivismo.

É como se a orientação fascista fosse capaz de impedir ou de atrasar a tão sonhada revolução ao atenuar o conflito. Daí o ódio irascível.

O que nos ajuda a entender uma dinâmica contemporânea em que, paradoxalmente, os comunistas aliam-se aos liberais extremados contra quaisquer Reformas propostas pelos reformistas ou pelo centro, se que lhes importe a condição das pessoas, uma vez que a meta suprema é a Revolução.

E é justamente a percepção dessa cosmovisão, assustadora, devido a sua insensibilidade ou crueldade, que tem afastado o povo do comunismo e não poucas vezes aproximado-o do fascismo. Afinal se é algo que o povo não quer ou deseja é o avanço do protocolo Neo liberal. Em parte devido a cultura cristã católica, o povo aspira, em certa medida, pela paz e não por qualquer tipo de revolução.

E no entanto esse mesmo fascismo, cuja proposta no campo da economia me parece interessante, aproxima-se a outro lado desse mesmo comunismo truculento, da abominação nazista e da monstruosidade islâmica e aparta-se tanto do anarquismo quanto do liberalismo político ou da democracia, a qual chega encarar com uma corrupção.

No campo da autoridade ou do poder político é o fascismo liberticida, despótico, ditatorial, tirânico, totalitário e repressor... até estatolatria paga ou o culto cego ao líder.

É ideologicamente irracionalista e agostiniano... sem dúvida que é. Desconfia do potencial da razão, lança dúvidas quanto a liberdade e encara os humanos como 'lobos' (Sic) vorazes. O que sabe o "Leviata" de Hobbes. 

Por onde toca ao militarismo e assume um aspecto anti humanista. Assume posturas como o critério da força e a obediência cega, renovando o choque entre Trasímaco e Sócrates, este partidário de uma racionalidade crítica, que levou-o a desobedecer, ao invés de cometer uma injustiça, e eliminar Leão de Égina.

Essa resistência mecânico formal a ordem dada, em nome de  princípios éticos ou direitos inerentes é inaceitável do ponto de vista do fascismo, o que desvela parte de seu espírito.

Curioso que, partindo do fascismo, os anarquistas não se tenham dado conta que o irracionalismo, via de regra (E com a mesma intensidade que os maniqueismos.) tem servido de apoio ao despotismo. Uma vez que o exercício do livre arbítrio está conectado a capacidade racional.

Sugere o irracionalismo, que sendo o ser humano incapaz de avaliar ou refletir é, consequentemente, incapaz de deliberar/decidir. Devendo ser tutorado ou controlado pela autoridade arbitrária sancionada pela Tradição.

Naturalmente que os alunos de Sócrates e os seguidores de Jesus não podem concordar com os teóricos do fascismo, pelo simples fato de afirmarem decididamente tanto a capacidade racional como a vontade livre dos seres humanos.

A partir daí, forma-se uma outra cosmovisão, posta para a afirmação de direitos essenciais numa realidade democrática ou cidadã. E uma oposição marcada ao ideário fascista, o qual, em seu conjunto, só podemos classificar como mais um anti humanismo e enfim como uma cultura de morte.

Enfim não acreditamos que a Redenção social parta da submissão passiva ou acrítica a uma autoridade caprichosa e a isso damos o nome que merece: Escravidão ou servilismo. E não menos que um anarquista qualquer repudiamos a ela.

De fato não nos resta qualquer ditadura: Dos líderes religiosos (Como Calvino), dos políticos (O Diretório), do proletariado, dos cientistas, dos militares... De esquerda, de direita, de centro... Pois somos filhos daquela liberdade que tem por berço o Evangelho. 

Conheça também os demais artigos da série 'Culturas de morte': 


  • Americanismo
  • Protestantismo
  • Capitalismo
  • Comunismo
  • Anarquismo
  • Conservadorismo
  • Positivismo
  • Pós Modernismo
  • Sionismo 
  • etc

O abismo pós modernista

Aqui algo de ao menos parcialmente novo.

Pois se no papismo, no protestantismo (Apesar de seu conteúdo cético!), capitalismo, comunismo, anarquismo, conservadorismo e fascismo temos a afirmação de algum conteúdo, com o pós modernismo> Ceticismo, subjetivismo e relativismo, chegamos as portas do nihilismo ou ao nada absoluto.

Até o iluminismo, empirista ou materialista, tínhamos ainda alguma fé, fosse mais forte com a ortodoxia, o episcopalismo ou o papismo, mais fraca com o protestantismo, absoluta e cega com as seitas... havia fé.

Restou-nos por pouco tempo a Filosofia ou Metafísica, de pronto abatida por Hume, na Inglaterra, por Kant (Arauto de Lutero) na Alemanha e enfim por Comte na França... Cerca de 1840\50 removeram-nos o racionalismo.

Porém, desde Condorcet restou-nos a Ciência, com suas douradas e paradisíacas promessas para o futuro. Até a explosão das duas grande guerras... E foi-se a ciência. Todavia, ao menos no Leste, restavam a velha mística em torno da ciência, associada ao comunismo e suas visões futurescas - O que perdurou até a queda do mudo de Berlim em 1989 e ao colapso da URSS no ano seguinte.

Então o nada> A negação da realidade, a pós verdade, o domínio das narrativas, o 'imaginário coletivo', a 'construção social'... 

Sucessivamente foram as ilusões (Em torno de alguma verdade) caindo, uma após outra> Fé\Religião, Filosofia (Ética e Estética), Ciência e Revolução... A ponto do insuspeito Nietzsche contemplar uma Europa coberta por escombros e ruínas.

Parece que o comunismo e o positivismo não deram cumprimento a suas promessas, tal e qual haviam falhado o capitalismo e o protestantismo antes deles. 

Mas a questão aqui não é essa...

Pois apesar das sucessivas infidelidades e desmoronamentos sempre havia alguém disposto a coletar os cacos e construir um novo castelo ou fortaleza: Smith, Marx, Condorcet, Comte, Proudhon, Bakunin, Maurras, Mussolini... 

E era a utopia levada adiante...

Até que com Stirner, Nietzsche, Derrida, Foucault, Rand, etc chegaram os demolidores.

Após os quais restaram apenas escombros e ruínas, ou mesmo algum pedaço de carne fresca que o gusano ateísta busca devorar ou consumir com voragem... Referi-mo-nos aqui ao livre arbítrio ou da livre vontade, atacada com ferocidade por Skinner, Pinker, Roth, Sapowsky... Com efeito a neurociência dos 'ateistas' opõe-se decididamente a existência do livre arbítrio por ter dificuldade de explica-lo a partir de sua ideologia ou metafísica podre.

Assim, se o livre arbítrio não se encaixa muito bem como nosso materialismo mecanicista tosco, bora repudia-lo... 

Portanto - Mesmo no escuro reino do nihilismo, expandem-se as negações, sendo a negação dada por verdade...

Nada de novo debaixo dos céus - Há dois ou três séculos os céticos encantam os idiotas ao por tudo em dúvida, exceto o ceticismo, a que se apegam como um dogma. 

Aqui, sem sermos materialistas temos de admitir que, ao menos em certa medida, a atmosfera social exerce relativa influência sobre o mundo das ideias. 

Um franco realismo obriga-nos a admitir que quando uma sociedade está a progredir, avançar, a evoluir, etc Cria ou produz ideologias com um conteúdo bastante rico ou ideologias de afirmação, de certeza, de posse; enfim ideologias otimistas.

Outro o caso das sociedades quando abaladas por alguma calamidade social ou das sociedades fracas e decadentes. As quais tendem a abraçar, reproduzir ou criar ideologias de negação postas para o desespero.

O que já sucedeu mais de uma vez.

Assim os séculos IV e III a C > Período em que os planos de Aristóteles, assumidos por Alexandre, principiaram a dar errado, na medida em que Diadocos e Epígonos disputavam os restos de seu império e mergulhavam toda aquela parte do mundo num mar de fogo e sangue - Debutou o ceticismo de Pirro.

E novamente, quando o Império romano veio abaixo, tivemos o florescimento da Teurgia i é da feitiçaria ou da bruxaria (Com Jâmblico) em plena academia de Platão! E era isso o neo platonismo, ao menos em sua derradeira fase... E temos no campo da Teologia, o maniqueu Agostinho de Hipona, com seu pecado original e sua corrupção total da natureza, enquanto é Roma conquistada por Alarico e seus Godos...

Assim se Orígenes é o Teólogo otimista daquela Roma ainda forte e segura sob Aureliano, Agostinho...

Mesmo nos domínios da infidelidade islâmica, Gazail fez seu ataque a razão, aos racionalistas mutazzilas e aos escolásticos quando o califado estava já sendo estraçalhado pelos mamelucos fanáticos desde 909, culminando esses desastres com a ascensão de Al Haquim e enfim com a destruição da casa da Sabedoria de Bagdad em 1258. Foi este período um período de crise política, dissolução, violência, guerras, etc o qual resultou na consolidação definitiva do fideísmo irracionalista acharita.

Fácil compreender que para a Europa contemporânea, foram das duas grandes guerras mundiais, eventos similares aos conflitos que marcaram o período helenístico, a queda do império romano ou a dissolução do califado abássida, isto do ponto de vista do impacto psicológico. Se a guerra dos Trinta anos abalou a fé Cristã e as guerras napoleônicas atingiram a fé romana, as duas grandes guerras além de terem abalado mais uma vez a fé romana, destruíram da noite para o dia a fé positivista na ciência e ainda conseguiram respingar alguma lama sobre a fé capitalista... 

Daí a ascensão do ceticismo, do relativismo e do subjetivismo, enfim do modernismo e do pós modernismo enquanto doutrinas de negação. O quanto restava do outro lado do muro, como já sabemos, desabou pelos idos de 1989, provocando outra onda de desapontamento ou de ceticismo, entre os ocidentais.

Disto resultou, a partir dos anos 90 e nas duas primeiras décadas do terceiro milênio na afirmação do pós modernismo ou da pós verdade, etc, etc, etc

Parece que no fim das contas não havia mais sinal de esperança nos domínios da cultura ocidental. Por fim a construção das ideologias cessou, e parece que o nazismo foi a última delas. O quanto basta para demonstrar como a construção degenerou... Talvez muitos tenham concluído que era já a hora de parar. E que essas elaborações metafísicas ou racionais eram uma autêntica calamidade.

A impressão que se tem é que as grandes guerras produziram uma aversão a qualquer tipo de proposta ou ideário mesmo que suavemente reformista supostamente derivado da reflexão. Os conservadores de matriz agostiniano ou luterano tornaram a apontar a razão ou o racionalismo como sendo o vilão... Os resistentes do positivismo editaram mais uma vez o discurso em torno da 'coisa dada'... E todos os demais abraçaram o novo credo iconoclástico e vazio do pós modernismo, alegando que tudo quanto existia ou sobrevivia era o discurso, a narrativa, o imaginário coletivo ou a construção social, enfim a pós verdade...

Em seguida, o dilúvio...

Abriram-se as velhas comportas cerradas há séculos com portas de aço, e desde então, sem concorrência alguma, foram entrando os fios e as ondas do fundamentalismo religioso, espantando para a periferia do mundo.

Na conta do pós modernismo, com sua negação da verdade, seja científica, metafísica ou religiosa, devemos creditar a afirmação e expansão da treva fundamentalista no ocidente, seja ela protestante (Nos EUA e na América) ou islâmica, na Europa. 

Afinal que poderíamos opor nós as falsas verdades alegadas pelos fanáticos de plantão... Narrativas, discursos, versões... kkkk A moeda falsificada só se pode opor com sucesso a moeda verdadeira. 

Por mais que o pós modernismo negue, é fato que o intelecto humano está posto para a verdade, que pugna por ela e que ela apenas o satisfaz. 

Inútil oferecer coisas reformadas para a contemplação do intelecto racional, como intentou o protestantismo. Verdade seja dita quem se deleitaria  com com um sapato, uma camisa, uma moto ou mesmo uma casa reformada, podendo ter uma nova?

Nem mesmo comida requentada ou refeita apreciamos, quanto mais verdades divinas requentadas ou reformadas. 

Tanto pior para nós a ausência ou negação da verdade. Naturalmente que uma bananeira ou um limoeiro não se podem sentir frustrados caso não frutifiquem ou deixem bananas ou lições.

Outro o caso da criatura, ao menos em parte racional e sensível, que desespera de obter algum conhecimento válido e consistente. Negado ao Homo Sapiência o conhecimento, tudo quanto lhe resta é a decepção. Seguida pela frustração, pela angústia e enfim, por vezes, a alienação mental e o suicídio. 

Pois não existe o ser humano para o nada ou o vazio porém para a posse. 

E sua condição não se conforma por completo com a ausência.

A posse de ao menos algumas poucas e elementares verdades certas, válidas, indubitaveis e consistentes é indispensável a sanidade mental e a construção de uma personalidade forte.

Nem é possível constatar se a proliferação das doenças mentais no mundo contemporâneo é um sintoma ou uma das causas dessa calamidade. 

O problema crucial é que a falta da verdade pode produzir compulsão. A ponto da pessoa angustiada aceitar qualquer coisa, aliás duvidosa e infundada. Como mitos religiosos de talhe fetichista, conhecimentos alegadamente reformados ou enfim ensinamentos anti éticos ou mesmo bárbaros.

Não nos surpreende portanto que um cético ou negacionista radical passe facilmente ao extremo oposto i é a aparência de uma verdade totalitária que estimule a intolerância.

Afinal todos sabem muito bem como se comportam, a maioria dos humanos após longo período de fome ou jejum...

A Europa atual, desnutrida e famélica, por conta da brincadeira pós modernista, chegou já a esse ponto... De regastelar na lavagem do fundamentalismo árabe...

Então você já sabe perfeitamente bem o que produziu o avanço e potencial triunfo do califado islâmico na Europa> O pós modernismo, com sua leviana negação da verdade e repúdio ao conhecimento.

Creio porém que ainda haja tempo para fazermos uma arqueologia dos saberes ou regressão da cultura, recuperar nossos fundamentos e por assim dizer 'salvar' este projeto de civilização que ainda se não concretizou.

E é claro que não estou me referindo a protestantismo ou capitalismo, os quais representam o desvio quase inicial e o início da 'crise' porém a nossas raízes clássicas: Socrático/Aristotélica e talvez, ao Cristianismo antigo ou episcopal. 

Reflitamos...

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quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Alturas e abismos do fascismo.

Outra tentativa ideológica sincrética elaborada na Europa, a partir de várias fontes, foi o odiado fascismo - De fasces ou feixe de graveto, símbolo da unidade social e do poder romano.

Importante conhece-lo muito bem aqui no Brasil onde a esquerda, sempre burra e alienada, classifica a teocracia capitalista - Made in EUA - bolsonárica, como fascista. Isto quando estamos diante de uma expressão derivada do americanismo. Aliás os nossos estooouuudiosos chegam inclusive a classificar Donald Trump, o calvinista, como fascista kkkkk como se seu ideário procedesse da Itália ou de Mussolini e não das tradições yankeess i é do protestantismo ou da bíblia.

A maçonaria, a imprensa, sei lá mais o que, sempre protegendo o protestantismo e o islamismo, ocultando suas m... E a esquerda pós moderna e irracionalista engolindo tais atrocidades. Ao menos neste Brasil, que Ch de Gaulle avaliou como não sério.

Vamos porém ao fascismo e sua elaboração.

Sob o aspecto da força ou da violência e do poder, e da política, o fascismo derivada curiosamente de G. Sorel, um anarquista irracionalista e sincrético idolatrado por Mussolini. Como Marx inverteu Hegel de ponta cabeça Mussolini inverteu Sorel na direção dos militares ou do 'establishment'

Veja que os militares jamais foram cobiçados pelos comunistas e menos ainda pelos a anarquistas. E que essas preferências ou rejeições tem uma razão de ser.

Tornaremos a esse interessante assunto neste artigo ou em sua continuação.

Outro colaborador (Indireto) foi Ch Maurras, idealizador da 'Ação francesa', escritor pouco conhecido em nossos dias, porém bastante atilado. Pois principiando por um nacionalismo um tanto ingênuo e tosco, chegou, em sua fase mais madura, a compreender algo sobre a dinâmica da cultura.

A exemplo de Comte ou a partir dele, chegou Ch Maurras a reconhecer o papel das crenças religiosas (Pode ter lido "A cidade antiga" de Fustel de Coullanges) na formação da Cultura (Víde: R Graves, H Butterfield, C Dawson dentre outros) e a perceber a oposição entre romanismo ou Ortodoxia e protestantismo no plano das estruturas sociais.

Como Comte, Maurras, apesar de deseja-lo, não tinha fé religiosa. E no entanto, aspirando firmar ou fortalecer a cultura europeia, frequentava a igreja e apoiava suas ações. Do que resultou sua excomunhão pelo papa romano.

Apesar do nacionalismo ingênuo e tosco, ao menos parte dos fascistas chegou a teorias ou concepções de talhe mais ou menos culturalista. O que encaramos como um valor significativo em tempos de resistência ao relativismo cultural. Por pior que seja, um fascista jamais se associaria a jihadistas islâmicos na Europa, mesmo quando no Brasil, sempre por via do moralismo insípido, parte deles apoie a hidra bolsonarista (Derivada de uma cultura exógena e protestante!). O que significa que parte dos nossos fascistas também é burra... Aliás é o mesmo caso dos neo romanistas ecumênicos traidores da fé face a mesma impiedade.

Repito, a correta compreensão da cultura será sempre um valor.

Quanto a questão da economia, sinto ir na contra corrente e contrariar a opinião pública (Burra). A ser Mussolini ex socialista ou leitor de Marx, o fascismo sempre desconfiou do liberalismo econômico e vice versa. De modo que com grande custo chegaram a uma solução de compromisso um tanto grotesca. Forçoso dizer: Se o fascismo jamais aceitou as reivindicações do mercado em termos de liberalismo crasso, pondo-lhe limites e exercendo uma interferência ativa, temos de considera-lo, no mínimo, como a tão falava terceira via ou mesmo como um socialismo heterodoxo e 'suave' - Classifica-lo como capitalista reflete uma atrocidade do espírito.

Vamos lá.

Notória a insistência do fascismo em torno da unidade social, da concórdia, da harmonia... E sua oposição ao conflito, tolerado, senão estimulado, pelo liberalismo econômico. Como resultado esperavam eles a paz. 

E todavia, a parte que deveria ceder jamais cede de bom grado, mas, como é sabido, reivindica sempre mais e mais lucro. Enquanto que a outra parte, quando faltar-lhe o essencial  ou o pão (Como dizia Frederico Ozanam) será levada a lutar. Diante disto, deste beco sem saída, que fazer...

Face a essa antinomia ou oposição insolúvel concebeu o fascismo, o poder político ou o Estado, como um terceiro poder ou árbitro neutro, destinado a mediar as relações entre o mercado e a mão de obra i é entre a burguesia/patronato e o proletariado. A sugestão aqui é que o poder político estivesse acima do poder econômico e que não fosse dominado por ele. O que, para os comunistas e anarquistas, não faz sentido algum - Desde que a partir do século XVII o poder econômico foi, numa escalada cada vez maior, tomando as regras do poder político ou apropriando-se dele e convertendo-o em instrumento seu.

O quanto percebemos aqui é que o fascismo, tal e qual o anarquismo, voltou os olhos para o pesado, aderindo a contra corrente do processo histórico. E o modelo aqui parece ser a Itália medieval de um S Antônio de Pádua, na qual a igreja, com o suporte do Estado, julgava ou determinava os limites da ação econômica, condenando inclusive a usura.

Agora implica esta solução um problema (Ao menos em 2025) pois apesar da resistência exercida, não apenas por comunistas, mas muitas vezes por anglo católicos, romanistas, ortodoxos, humanistas e conservadores (Quem reconhece o mérito dessa resistência são k Polanyi e Hobsbawm) o capitalismo acabou por assumir o controle do Estado ou do poder político. 

É algo que deixo para os fascistas resolverem. Pois em 2025 não constato a existência de um setor neutro ou não cooptado pelo poder do dinheiro. E não faço exceção nem mesmo a nossas igrejas apostólica, mantidas pelas esmolas dos empresários ou das viúvas/beatas ricas, como já apontava G B Shaw há mais de século. Concordo todavia quanto ao passado, i é, o século XIV ou XV e quanto ao modelo, não porém quanto o que temos hoje.

Atualmente os bancos e indústrias comprariam qualquer governo, como por meio do lobby, manipulam nossos parlamentos. Vivemos hoje no império da venalidade e da corrupção, no qual os pobres não contam com proteção alguma. Sendo assim deveríamos começar indagando a nós mesmos: Quando desapossaremos a Elite econômica do poder politico, criando a tal estância neutra.

Do contrário continuaremos a ser neo liberais...

Continua 

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