Judaísmo e Cristianismo - Revelação e cultura.
Mesmo aqueles que encaram o Cristianismo apostólico como uma Revelação autônoma ou distinta do judaísmo (Os quais não identificam Jesus ou o Pai, o Filho e o Espírito Santo com o deus étnico jeova ou javé.) reconhecem que essa Revelação ocorreu no contexto cultural dessa religião e que portanto dela recebeu uma considerável carga cultural.
Uma vez que o Deus Cristão se encarna no mundo e entra na História, estabelece um diálogo (Pleno de tensões) com a cultura. Manifestando-se no tempo e no espaço, assume determinada identidade, no caso, torna-se judeu, filho de judeus devotos.
Mesmo quanto se contrapõe a diversos aspectos da religiosidade judaica (Ouvistes o que dito foi aos ancestrais, eu porém vos digo!) quando exerce uma postura crítica, quando resiste e corrige; ainda aqui sua linguagem, seu aparato simbólico, seus referenciais, etc procedem do judaísmo.
Destarte, se a um tempo, ousa o Senhor opor-se aos vícios e mesmo aos ensinamentos dos fariseus e escribas, a outro tanto ele, quanto seus apóstolos e evangelistas não cessam de apelar ao testemunho profético e sobrenatural, para, nele fundamentados legitimarem sua autoridade, a autoridade de Jesus, o Cristo.
Tal a origem desta relação, por assim dizer, ambivalente, em que os profetas dão testemunho sobrenatural de um Cristo que vem afirmar a Torá (A Exceção do decálogo) não como uma Legislação divina procedente dos céus e sim como produto natural da cultura e portanto como algo humano, perecível e destinado a ser suplantado pela Revelação Cristã, esta sim, de caráter transcendente.
No curso da História, herda o Cristianismo, este legado da Encarnação, ou seja, esta ambivalência, este estado de tensão, este diálogo com a cultura enfim (Tillich) esta relação dialética que a cada século pende de um lado para outro, conhecendo avanços na direção do espírito de Cristo e saltos da consciência Cristã, e recuos, na direção do judaísmo e da cultura.
Por vezes vai o Cristianismo na direção divina do Evangelho e da superação da cultura. Outras vezes vai ele na direção humana e natural da cultura judaica.
Destarte, se a um tempo, ousa o Senhor opor-se aos vícios e mesmo aos ensinamentos dos fariseus e escribas, a outro tanto ele, quanto seus apóstolos e evangelistas não cessam de apelar ao testemunho profético e sobrenatural, para, nele fundamentados legitimarem sua autoridade, a autoridade de Jesus, o Cristo.
A ambivalência da Revelação divina: O sobrenatural no natural, a transcendência na imanência.
Tal a origem desta relação, por assim dizer, ambivalente, em que os profetas dão testemunho sobrenatural de um Cristo que vem afirmar a Torá (A Exceção do decálogo) não como uma Legislação divina procedente dos céus e sim como produto natural da cultura e portanto como algo humano, perecível e destinado a ser suplantado pela Revelação Cristã, esta sim, de caráter transcendente.
No curso da História, herda o Cristianismo, este legado da Encarnação, ou seja, esta ambivalência, este estado de tensão, este diálogo com a cultura enfim (Tillich) esta relação dialética que a cada século pende de um lado para outro, conhecendo avanços na direção do espírito de Cristo e saltos da consciência Cristã, e recuos, na direção do judaísmo e da cultura.
Por vezes vai o Cristianismo na direção divina do Evangelho e da superação da cultura. Outras vezes vai ele na direção humana e natural da cultura judaica.
Os antigos judeus e a política.
Quanto aos judeus é velha sua conexão com o poder político.
A começar pela mitológica figura de José como vizir egípcio ao tempo dos Amu ou Heka Chasut.
Segundo toda verossimilhança foram os judeus que abriram as portas dos canais pelos quais o exército do Aquemenida Ciro entrou na grande cidade de Babilônia.
Posteriormente parece terem contribuído para a afirmação de Júlio César entre os romanos.
Por fim tornaram-se ministros dos Sheiks muçulmanos na Síria e no Egito - Ocasião em que fizeram pesar a mão sobre o povo Cristão.
A começar pela mitológica figura de José como vizir egípcio ao tempo dos Amu ou Heka Chasut.
Segundo toda verossimilhança foram os judeus que abriram as portas dos canais pelos quais o exército do Aquemenida Ciro entrou na grande cidade de Babilônia.
Posteriormente parece terem contribuído para a afirmação de Júlio César entre os romanos.
Por fim tornaram-se ministros dos Sheiks muçulmanos na Síria e no Egito - Ocasião em que fizeram pesar a mão sobre o povo Cristão.
Atritos entre Judeus e Cristãos na antiguidade.
Quanto aos atritos mais sérios consta no Corão que o Himirita Zu Nawas fez deitar fogo a Catedral de Nayren, na qual se encontravam reunidos os fiéis em torno do Bispo. Surat Al Buruj
O mesmo livro refere ainda a trincheiras e fossos nos quais os cristãos foram decapitados e lançados pelos judeus de Al Kudush ao tempo da guerra de Kosroas Parviez, rei dos persas Sassânidas.
O que de modo algum justifica o trato desumano e cruel que receberam dos Frank durante a Al Salibaya. Posto que Nosso Senhor determinou: Amai os vossos inimigos e proibiu que os seus exercessem a vingança.
O avanço de Paulo e outros...
Ainda no âmbito da revelação divina, foi o apóstolo Paulo, guiado pela providência, que principiou a separação entre os mistérios de fé e a cultura judaica ao negar que a circuncisão dos judeus fosse necessária aos adeptos procedentes da gentilidade.
Apesar disto não poucos elementos culturais do judaísmo foram incorporados ou mantidos por Paulo, assim o machismo, a homofobia, o estatismo e o escravismo... Pois era Paulo um 'Fariseu filho de fariseu' pupilo de Gamaliel.
Naturalmente que a antiguidade Cristã, seja com o exagerado Marcion - Que imprudentemente repudiou as profecias relativas a encarnação de Deus contidas no antigo testamento. - com Apeles, Ambrósio, Teodoro ou Crisóstomo, foi bem mais crítica do que a Idade Média Ocidental, em que pese Wulfilas não ter traduzido e inserido (Na Versão gótica primitiva) os livros dos Reis e dos Paralipômenos.
Já a Idade moderna foi ambivalente, pois se Mazio e Bonefrerius, apostólicos romanos, ousaram questionar certas passagens da Torá, o Pe Ricardo Simon, Jean de Astruc e o Pe Geddes puderam ampliar tais críticas. De modo que, ao menos até o século XVIII, os apostólicos romanos levavam a dianteira quanto a crítica.
Surpreendentemente era Lutero bastante crítico para seu tempo. No entanto seu agostinianismo e o paulinismo, derivado de suas ideias fixas em torno da soteriologia fizeram com que termina-se por o 'corpus paulinum' acima do o próprio Evangelho e a igualar aquele que havia dito "Digo eu, NÃO O SENHOR" com o Senhor. Destarte tudo quanto Paulo tomou a Gamaliel e a cultura judaica - Machismo, homofobia, adultismo, estatismo, escravismo, especismo, etc enquistou-se ainda mais na consciência Cristã, plasmando a consciência luterana.
Outro o caso do calvinismo, cujas relações com os rabinos e com o judaísmo eram ainda mais próximas. Pois bem mais do que Lutero e os seus, ao menos no quesito ''escritura" foi o calvinismo legatário e continuador da Teologia ocidental mediêva (Esta de fato fruto do deslumbre do iletrado face ao livro.) e isto a ponto de apresentar a crença na inspiração plenária e linear como um dogma de fé indiscutível.
Enquanto na Igreja romana e no luteranismo, essa defesa da bíblia como algo unitário e igualitário de capa a capa foi uma narrativa construída com maior ou menor lentidão num processo histórico, no calvinismo foi algo presente já nos primórdios, no berço ou 'ab ovo'. É tabu para a mente calvinista ou sectária e judaizante ultrapassar a ideia de uma 'Bíblia toda' na direção de um centralismo ou de uma soberania evangélica. Via de regra a mentalidade protestante herdeira do calvinismo entende o antigo testamento não enquanto funcionalidade ou como um meio posto para o Cristo, e sim enquanto essencialidade da qual o Evangelho é mera extensão ou parte.
Os primórdios do luteranismo e as decorrências do paulinismo.
Surpreendentemente era Lutero bastante crítico para seu tempo. No entanto seu agostinianismo e o paulinismo, derivado de suas ideias fixas em torno da soteriologia fizeram com que termina-se por o 'corpus paulinum' acima do o próprio Evangelho e a igualar aquele que havia dito "Digo eu, NÃO O SENHOR" com o Senhor. Destarte tudo quanto Paulo tomou a Gamaliel e a cultura judaica - Machismo, homofobia, adultismo, estatismo, escravismo, especismo, etc enquistou-se ainda mais na consciência Cristã, plasmando a consciência luterana.
O calvinismo e a inspiração linear.
Outro o caso do calvinismo, cujas relações com os rabinos e com o judaísmo eram ainda mais próximas. Pois bem mais do que Lutero e os seus, ao menos no quesito ''escritura" foi o calvinismo legatário e continuador da Teologia ocidental mediêva (Esta de fato fruto do deslumbre do iletrado face ao livro.) e isto a ponto de apresentar a crença na inspiração plenária e linear como um dogma de fé indiscutível.
Enquanto na Igreja romana e no luteranismo, essa defesa da bíblia como algo unitário e igualitário de capa a capa foi uma narrativa construída com maior ou menor lentidão num processo histórico, no calvinismo foi algo presente já nos primórdios, no berço ou 'ab ovo'. É tabu para a mente calvinista ou sectária e judaizante ultrapassar a ideia de uma 'Bíblia toda' na direção de um centralismo ou de uma soberania evangélica. Via de regra a mentalidade protestante herdeira do calvinismo entende o antigo testamento não enquanto funcionalidade ou como um meio posto para o Cristo, e sim enquanto essencialidade da qual o Evangelho é mera extensão ou parte.
O Sola Scriptura, biblismo ou bibliolatria vs Encarnacionismo\Cristianismo.
Segundo essa cosmovisão Jesus seria o próprio Javé ou deus dos judeus e o Evangelho uma continuidade ou parcela da Mikra ou da Tanak, tal e qual os Ketuvim e Neviim seriam continuidade da Torá. Enfim nosso Evangelho seria uma sessão.
Perceba o amigo leitor que não mais podemos falar numa revelação autônoma ou específica, medida pelo evento espacial e temporal da Encarnação, mas a continuidade de um discurso livresco ou literário de que o próprio livro é o centro. Aqui a Revelação é meadida por livros, ditados ou discursos e não por um homem Deus do qual parte um livro (O novo testamento ou melhor dizendo - Nosso Evangelho). Do ponto de vista do espírito Cristão, da consciência crística, do Catolicismo, da Ortodoxia, da fé apostólica ou do padrão niceno ou atanasiano, o que aqui temos é um tremendo retrocesso...
O que o islamismo aprendeu.
E para bem compreender o seu significado devemos considerar que os próprios muçulmanos, que em seus primórdios vieram a classificar o nosso Cristianismo (Juntamente com o judaísmo e o islã) como uma 'Religião do livro' - 'Ahl al kitab', vieram mais tarde e classificar o nosso monoteísmo, com ainda mais precisão, como 'Ahl al Tajassud' ou seja como povo da Encarnação ou Encarnacionista. Cujo centro da fé não é ocupado por livros ou discursos porém por um Ser Humano, Jesus Cristo, o homem Deus, o Deus encarnado ou Emanuel, fonte do nosso Evangelho escrito, fonte do nosso livro.
A ideia de um discurso teórico continuo que remonta aos primórdios do judaísmo e converte o Cristianismo num ramo, seita, grupo, parcela ou sessão dessa fé, destrói a essencialidade da nossa fé e aniquila nossa identidade não judaica ou judia.
É algo muito mais grave do que se supõem - Pois toca aos fundamentos da fé e os fundamentos da nossa fé não estão no Gênesis ou no Deuteronômio, porém no Cristo, fundamento posto nos tempos da eternidade, o qual não pode ser removido sem que se apregoe um outro Evangelho, veículo da cultura judaica e veículo do sábado, do iconoclasmo, da pascoa carnal, do predestinacionismo, mortalismo, do unitarismo, etc - O qual só sabe e pode encarar os mistérios peculiares ao Cristianismo ou os mistérios de Cristo como uma abominação pagã da qual é necessário emancipar-se. Ora, nós encaramos toda essa suposta purificação, no mínimo como um empobrecimento metafísico, senão como uma apostasia.
Importa expor como ela se dá e deixar bastante claro que se dá por mediação do calvinismo ou por via do sola scriptura, da bibliolatria, do biblismo ou da inspiração plenária e linear... conceitos e práticas que implicam, necessariamente diluir o Cristianismo ou o Evangelho no antigo testamento.
A ideia de um discurso teórico continuo que remonta aos primórdios do judaísmo e converte o Cristianismo num ramo, seita, grupo, parcela ou sessão dessa fé, destrói a essencialidade da nossa fé e aniquila nossa identidade não judaica ou judia.
A diluição do Cristianismo ou a judaização.
É algo muito mais grave do que se supõem - Pois toca aos fundamentos da fé e os fundamentos da nossa fé não estão no Gênesis ou no Deuteronômio, porém no Cristo, fundamento posto nos tempos da eternidade, o qual não pode ser removido sem que se apregoe um outro Evangelho, veículo da cultura judaica e veículo do sábado, do iconoclasmo, da pascoa carnal, do predestinacionismo, mortalismo, do unitarismo, etc - O qual só sabe e pode encarar os mistérios peculiares ao Cristianismo ou os mistérios de Cristo como uma abominação pagã da qual é necessário emancipar-se. Ora, nós encaramos toda essa suposta purificação, no mínimo como um empobrecimento metafísico, senão como uma apostasia.
Importa expor como ela se dá e deixar bastante claro que se dá por mediação do calvinismo ou por via do sola scriptura, da bibliolatria, do biblismo ou da inspiração plenária e linear... conceitos e práticas que implicam, necessariamente diluir o Cristianismo ou o Evangelho no antigo testamento.
Acomodações naturais e necessárias.
Admitido que tenhamos diante de nós um discurso continuo que toca aos primórdios e que se coloca como normativo a respeito de absolutamente tudo, constatamos que a parte mais antiga e extensa é o antigo testamento e não aquele que ostenta o nome de Novo. A tendência natural e lógica aqui é enfiar o vinho novo nos odres velhos, o que o calvinismo e as seitas judaizantes estão tentando fazer há quase cinco séculos... No entanto o odre criacionista, fetichista, terraplanista, geocentrista, etc estoura, e deita fora o vinho, o qual se perde.
No entanto, toda Mikra dos judeus foi feita segundo essa lógica, de que os Ketuvim deveriam concordar em todas as coisas com os Neviim e que os Neviim deveriam reproduzir em traços gerais o quanto se encontra na Torá - E foi exigido, por parte dos Zugot, dos Tanaim e dos Amoraim. Portanto, do ponto de vista humano e carnal é perfeitamente compreensível que o mistério da Encarnação fosse sufocado pelo padrão do livro. Pois de fato devem as partes menores e mais recentes concordar com as partes maiores e mais antigas de uma suposta revelação continua e unitária.
Todavia caso queiramos que nosso Evangelho concorde com certas partes de um registro que sequer concorda consigo próprio, teremos de sacrificar a Trindade de Deus, a Imortalidade, a Eucaristia, o Batismo, a Páscoa da ressurreição, etc Alias tal a desproporção de tamanho entre o antigo e o Novo testamento que aqueles que tomam um e outro como a mesma coisa tendem a concentrar-se no antigo testamento, pelo simples fato de ser maior. Particularmente entre as massas estúpidas do nosso tempo é perfeitamente normal que sintam certo mal estar face ao conteúdo metafísico ou abstrato do Novo Testamento e sintam-se atraídas seja pelos mitos grosseiros ou pelas normas e preceitos toscos do AT.
No entanto, toda Mikra dos judeus foi feita segundo essa lógica, de que os Ketuvim deveriam concordar em todas as coisas com os Neviim e que os Neviim deveriam reproduzir em traços gerais o quanto se encontra na Torá - E foi exigido, por parte dos Zugot, dos Tanaim e dos Amoraim. Portanto, do ponto de vista humano e carnal é perfeitamente compreensível que o mistério da Encarnação fosse sufocado pelo padrão do livro. Pois de fato devem as partes menores e mais recentes concordar com as partes maiores e mais antigas de uma suposta revelação continua e unitária.
A questão das massas...
Todavia caso queiramos que nosso Evangelho concorde com certas partes de um registro que sequer concorda consigo próprio, teremos de sacrificar a Trindade de Deus, a Imortalidade, a Eucaristia, o Batismo, a Páscoa da ressurreição, etc Alias tal a desproporção de tamanho entre o antigo e o Novo testamento que aqueles que tomam um e outro como a mesma coisa tendem a concentrar-se no antigo testamento, pelo simples fato de ser maior. Particularmente entre as massas estúpidas do nosso tempo é perfeitamente normal que sintam certo mal estar face ao conteúdo metafísico ou abstrato do Novo Testamento e sintam-se atraídas seja pelos mitos grosseiros ou pelas normas e preceitos toscos do AT.
Isto se dá justamente pelo fato do judaísmo ser uma religião eminentemente prática - Não comerás isto, não beberás aquilo, não farás assim, não te vestirás desta maneira, executarás tais rituais, etc associada a um monoteísmo simples ou unipessoal e transcendente num grau absoluto (Assim o islã). Outro o caso do Cristianismo, o qual de fato não é acessível as mentalidades mais simples, a menos que exerçam uma fé cega. Religião abstrata, metafísica e rica não dependem ele de um certo nível de cultura ou de uma preparação intelectual.
Crenças como pluripersonalidade de Deus, Encarnação de Deus, Cristologia, presença real do Senhor no Sacramento, livre arbítrio, etc demandam uma exposição reflexiva, coisa de que o monoteísmo simples ou natural associado a alguns preceitos externos prescinde.
Crenças como pluripersonalidade de Deus, Encarnação de Deus, Cristologia, presença real do Senhor no Sacramento, livre arbítrio, etc demandam uma exposição reflexiva, coisa de que o monoteísmo simples ou natural associado a alguns preceitos externos prescinde.
Uma Ortodoxia exigente...
Aqueles que querem compreender sem o devido preparo, como o cultivo da Filosofia clássica, tendem a ficar frustrados e passar a formas mais simples, rudes e primitivas, como judaísmo e islã. De fato as massas pretenciosas ou apenas alfabetizadas, jamais estarão a altura do Cristianismo Apostólico, Católico ou Ortodoxo. Por isso o protestantismo calvinista e pós calvinista, com seu apelo a bíblia toda e sua atração mórbida pelo antigo testamento, os mitos antigos e as leis judaicas, etc tornou-se - Associada ao infernismo e ao fetichismo. - tornou-se a religião das massas...
A parlenga do 'Novo Israel'...
A relação, judaismo | calvinismo, no entanto, não é simples porém repleta de nuances, no mínimo interessantes. Basta dizer que apesar da ácida crítica encetada por João Calvino, no fim das contas, foi a alegoria de Origenes, filtrada por Agostinho, que num dado momento possibilitou aos sectários genebrinos identificarem a si mesmos como um 'Novo Israel' escolhido ou predestinado pelo deus. Nesta conjuntura mesmo quando os calvinícolas alegam ter substituído os eleitos anteriores e cheguem a encara-los como infiéis não deixam de encarar todos os diversos aspectos do nosso Cristianismo como desenvolvimento, continuidades, reflexos ou emanações do judaísmo.
Assim para os filhos de Calvino Jesus é javé ou jeová, a páscoa ainda é (De certa forma) a suposta travessia do mar vermelho ou saída do Egito, os espíritos são sempre diabos ou satanases, a restrição da convocação continua sendo restrição, nosso Domingo uma espécie de sábado, a morte de Cristo uma expiação sanguinolenta... Enfim o que temos aqui é uma estranha espécie de Cristianismo que evolve ao judaísmo e nele se revolve. Uma releitura do judaísmo antigo e não uma Revelação autônoma com significado próprio.
Importante salientar que num determinado momento essa alegoria insípida (Como quiçá disse-se Calvino, num momento de sinceridade.) converte-se numa cosmovisão completa, e seculariza-se. Outro aspecto não menos interessante desse processo histórico.
Pois na mesma medida que os Calvinistas e sem seguida qualquer seita protestante, por minúscula ou insignificante que seja, encara a si própria como o 'novo israel' cercado por um mundo hostil composto pelo pior tipo de gente (SQN) i é por pagãos e idólatras, tende a encarar seus adversários, opositores ou inimigos (Que resistem e não se deixam converter\dominar) como cananeus, jebuses, fereseus, filisteus, etc destinados a destruição.
Claro que os primeiros a serem encarados dessa forma foram os papistas e, consequentemente, os Cristãos Apostólicos Ortodoxos. Pós Mayflower no entanto, foi essa identificação posta sobre os indígenas Americanos, votados portanto ao extermínio (Do que resultou um dos maiores genocídios da História humana - cf Dee Brown "Enterrem meu coração na curva do rio" Ed Melhoramentos 1972) e na África do Sul sobre as tribos negras que ali habitavam, do que resultou o Apartheid. Curioso que entre os antigos hebreus, encadeados pelos pagãos, os cananeus logo cederam passo a um adversário espiritual e invisível chamado Diabo. Enquanto que no calvinismo o diabo sempre se corporifica num dado grupo étnico ou social, até secularizar-se.
Assim para os filhos de Calvino Jesus é javé ou jeová, a páscoa ainda é (De certa forma) a suposta travessia do mar vermelho ou saída do Egito, os espíritos são sempre diabos ou satanases, a restrição da convocação continua sendo restrição, nosso Domingo uma espécie de sábado, a morte de Cristo uma expiação sanguinolenta... Enfim o que temos aqui é uma estranha espécie de Cristianismo que evolve ao judaísmo e nele se revolve. Uma releitura do judaísmo antigo e não uma Revelação autônoma com significado próprio.
Cananeus a fina força.
Importante salientar que num determinado momento essa alegoria insípida (Como quiçá disse-se Calvino, num momento de sinceridade.) converte-se numa cosmovisão completa, e seculariza-se. Outro aspecto não menos interessante desse processo histórico.
Pois na mesma medida que os Calvinistas e sem seguida qualquer seita protestante, por minúscula ou insignificante que seja, encara a si própria como o 'novo israel' cercado por um mundo hostil composto pelo pior tipo de gente (SQN) i é por pagãos e idólatras, tende a encarar seus adversários, opositores ou inimigos (Que resistem e não se deixam converter\dominar) como cananeus, jebuses, fereseus, filisteus, etc destinados a destruição.
Claro que os primeiros a serem encarados dessa forma foram os papistas e, consequentemente, os Cristãos Apostólicos Ortodoxos. Pós Mayflower no entanto, foi essa identificação posta sobre os indígenas Americanos, votados portanto ao extermínio (Do que resultou um dos maiores genocídios da História humana - cf Dee Brown "Enterrem meu coração na curva do rio" Ed Melhoramentos 1972) e na África do Sul sobre as tribos negras que ali habitavam, do que resultou o Apartheid. Curioso que entre os antigos hebreus, encadeados pelos pagãos, os cananeus logo cederam passo a um adversário espiritual e invisível chamado Diabo. Enquanto que no calvinismo o diabo sempre se corporifica num dado grupo étnico ou social, até secularizar-se.
Satanizar é preciso ou a produção do terror...
Seja como for não pode existir calvinismo sem adversário que sendo demonizado ou satanizado (O papa, os indígenas americanos ou os pretos africanos.) produza imenso terror e o desejo de ser protegido. Assim não existe americanismo (Em parte um calvinismo secularizado) sem adversário político que satanizado não produza terror - Tal o papel do Papado, do Comunismo, da Rússia de Putin, do Islã (Neste caso um inimigo real e perigoso.) etc
Judaismo\calvinismo > Americanismo\Sionismo - Secularizações...
Chegamos aqui ao ponto em que cosmovisões rivais se encontram (Claro que também se encontram no capitalismo.) - Digo sionismo e americanismo. Pois se o americanismo é um calvinismo secularizado, com seus cananeus, filisteus, diabos ou satanazes remasterizados... É o sionismo um judaísmo secularizado, no qual a fé num Messias redentor é substituída pelo Estado de Israel > Aqui a oposição é exercida pelos palestinos, os quais fazem as vezes dos velhos filisteus e\ou do diabo.
E como o antigo testamento é plasmado por guerras sangrentas tanto para os sionistas quanto para os yankees a guerra não produz qualquer constrangimento - Como entre os Cristãos, para os quais as guerras sempre precisam ser justas e o ataque ou a agressão é vedado. - até converter-se, como já dissemos, num negócio lucrativo ou investimento.
O futuro da pobre américa latina...
Resulta desta cosmovisão, inclusive, um triunfalismo, em que os palestinos, muçulmanos, cristãos e pagãos serão esmagados pelo Estado sionista ou pelo império judeu em expansão. A partir do triunfo apocalíptico ou político dos judeus, os neo judeus norte americanos cunharam o termo 'Destino manifesto' (Do que é velada expressão a Doutrina de Monroe.) o qual pode ser definido como uma vocação histórica para civilizar e dominar, ou mesmo destruir, os povos mestiços da América latina, escravizados pela fé romana. Dia viria em que, com a ajuda de deus, da bíblia e dos pastores, a grande república protestante do Norte, estenderia suas imundas guarras até a Patagônia, do Alaska a Patagônia, formando um imenso império ou califado crentelho.
Percebam como são, ambas as cosmovisões (Secularizadas) paralelas, haja visto que é o calvinismo um decalque do judaismo antigo. Assim é o sionismo um tipo de decalque do americanismo e v v v - Daí a trágica parceria entre ambos e a histeria de Israel no instante em que seu parceiro deste lado do Atlântico entra em colapso e perde o poder.
Conheça também os demais artigos da série 'Culturas de morte':
- Americanismo
- Conservadorismo
- Capitalismo
- Comunismo
- Fascismo
- Pós Modernismo
- Positivismo
- Anarquismo
- etc
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