E tenho para mim que não seja pergunta de pouca importância.
Como de costume partiremos das raízes gregas para formular a resposta.
Psiquiatria é expressão de origem grega formada por duas palavras: Psique compreendida como alma ou mente e iatria ou medicina. Temos então medicina da alma.
Psicologia também é expressão de origem grega formada por duas palavras: Psique e Logia ou estudo e temos então 'estudo da alma'.
Aparentemente seria tudo a mesma coisa uma vez que não podemos curar a mente sem antes estuda-la e conhece-la muito bem.
Nada mais distante ou afastado da verdade pois em termos atuais estamos diante de duas abordagens, ideologias ou visões de mundo que aspiram ser bastante diferentes uma da outra ou mesmo rivais.
O psiquiatra assume quase sempre uma postura materialista.
No sentido de que todo e qualquer problema mental ou neurológico possui uma origem somática, física, material, orgânica ou corporal.
Segundo esta corrente todos os estados anormais da mente humana são causados ou provocados por algum defeito ou dano relativo a estrutura cerebral ou ainda por carência ou excesso de determinados hormônios.
E não pode haver enfermidade e sintoma sem que haja mal conformação dos órgãos ou disfunção hormonal.
Consequentemente - se a causa do problema esta no corpo - o psiquiatra recorrerá invariavelmente a uma terapêutica material ou seja a intervenções cirúrgicas, choques, drogas, etc
Já o Psicólogo considera que ao menos algumas doenças ou parte delas não são causados pelo corpo físico mas pela própria mente ou por sua parte inconsciente.
No caso o corpo físico estaria perfeitamente bem e isento de qualquer defeito estrutural. Tendo a enfermidade sua origem na mente.
Segundo algumas estimativas 70% das doenças que afligem a pobre humanidade seriam psico somáticas.
Evidentemente que admitido tal pressuposto a terapêutica sofre alteração.
Convertendo-se no que chamamos de terapia ou analise.
Terapias existem várias: laborterapia, arteterapia, pet terapia, psicodrama, etc
Análise corresponde abordagem característica do psicólogo i é a conversa, ao diálogo, ao desabafo... a partir do qual ele elabora o diagnóstico e recomenda a terapia.
Isto de modo geral.
Feita tal distinção, segue-se a segunda pergunta:
Qual das duas estaria certa professor?
Minha resposta: Como somos dotados de mente e corpo penso que ambas estejam corretas.
Explico: Há enfermidades cuja causa encontra-se certamente no corpo físico e todos conhecemos muito bem o exemplo de Phineas Gage . E enfermidades cuja causa encontra-se na mente, como as que eram 'curadas' por F A Mesmer e estudadas mais tarde por J M Charcot, Bernheim e pelo grande Liébeault.
Do que resulta a necessidade de uma ação coordenada entre o psiquiatra e o psicólogo, ou ao menos de um diálogo entre estes dois profissionais. O que por preconceito ideológico infelizmente não se dá. Arcando os enfermos com o prejuízo, que é imenso.
Evidentemente que nos referimos a realidade brasileira, em que ainda predomina a rivalidade.
Basta dizer que entre nós o número de psicólogos ainda é exíguo, e o acesso em termos financeiros dispendioso. Isto a ponto do SUS contar com pouquíssimos psicólogos e mesmo psiquiatras.
É também questão de cultura e já foi dito que o brasileiro investe mais nos dentes do que no cérebro.
Outro aspecto da cultura predominante é que psiquiatra e psicólogos são médicos de louco, do que decorre certo receio, certa distância e não poucas situações de preconceito.
Para algumas pessoas cogitar em procurar o psiquiatra ou o psicólogo já é um drama...
Por isso que fecham-se em si mesmas e ficam amargando seus problemas até o suicídio.
Convertendo-se no que chamamos de terapia ou analise.
Terapias existem várias: laborterapia, arteterapia, pet terapia, psicodrama, etc
Análise corresponde abordagem característica do psicólogo i é a conversa, ao diálogo, ao desabafo... a partir do qual ele elabora o diagnóstico e recomenda a terapia.
Isto de modo geral.
Feita tal distinção, segue-se a segunda pergunta:
Qual das duas estaria certa professor?
Minha resposta: Como somos dotados de mente e corpo penso que ambas estejam corretas.
Explico: Há enfermidades cuja causa encontra-se certamente no corpo físico e todos conhecemos muito bem o exemplo de Phineas Gage . E enfermidades cuja causa encontra-se na mente, como as que eram 'curadas' por F A Mesmer e estudadas mais tarde por J M Charcot, Bernheim e pelo grande Liébeault.
Do que resulta a necessidade de uma ação coordenada entre o psiquiatra e o psicólogo, ou ao menos de um diálogo entre estes dois profissionais. O que por preconceito ideológico infelizmente não se dá. Arcando os enfermos com o prejuízo, que é imenso.
Evidentemente que nos referimos a realidade brasileira, em que ainda predomina a rivalidade.
Basta dizer que entre nós o número de psicólogos ainda é exíguo, e o acesso em termos financeiros dispendioso. Isto a ponto do SUS contar com pouquíssimos psicólogos e mesmo psiquiatras.
É também questão de cultura e já foi dito que o brasileiro investe mais nos dentes do que no cérebro.
Outro aspecto da cultura predominante é que psiquiatra e psicólogos são médicos de louco, do que decorre certo receio, certa distância e não poucas situações de preconceito.
Para algumas pessoas cogitar em procurar o psiquiatra ou o psicólogo já é um drama...
Por isso que fecham-se em si mesmas e ficam amargando seus problemas até o suicídio.
Agora quando a pessoa procura algum destes profissionais muitas vezes o faz porque já se considera louca!
Via de regra a pessoa costuma procurar um psiquiatra, o que esta certo. Pois somente após a avaliação física por meio de exames é que se pode excluir a causalidade orgânica e postular uma causalidade psíquica.
Diante disto qual deveria ser a atitude comum a nossos psiquiatras?
Interrogar o enfermo sobre o estado geral do corpo, algum possível acidente, pancada, etc e solicitar exames de RMN, tomografia, Raio X, sangue, etc
Disto resultará a existência ou não de algum defeito ou disfunção orgânica.
Comprovada a existência do defeito em questão, segue-se o diagnóstico e o tratamento segundo a praxe psiquiátrica. Dispondo-se o caso a cura ou ao menos a eliminação dos sintomas.
Verificada a inexistência de qualquer defeito ou disfunção orgânica seguir-se-ia o encaminhamento ao psicólogo...
Tal o roteiro a ser seguido.
Pelo que chegamos a terceira e última pergunta: Procedem assim os nossos psiquiatras, digo, a maior parte deles???
Escusado responder que não.
E por que?
Primeiramente por que alguns psiquiatras, dominados pelo preconceitos materialistas, não admitem a existência de enfermidades psico somáticas e tampouco que a psicologia seja uma Ciência.
Evidentemente que para tais profissionais toda e qualquer enfermidade mental esta relacionada com algum problema estrutural ou hormonal em termos físicos, devendo resolver-se em seus consultórios.
E quando após a realização de todos os exames a causa física não é encontrada?
Neste caso supõem sempre que exista embora permaneça desconhecida e inacessível devido a precariedade do aparato tecnológico...
Neste caso que fazem eles?
Receitam invariavelmente algum hipnótico com que dopam o paciente 'suprimindo' os sintomas ou parte deles. E desde então fica ele lento ou lerdo como dizem... E sem perspectiva de cura. Tais os casos perdidos da psiquiatria e não são poucos.
Outro problema não menos sério diz respeito aos exames, que sendo bastante complexos são igualmente custosos e em alguns casos não cobertos pelo convênio...
Aqui é que conhecimento geral que boa parte dos psiquiatras não solicitam os tais exames da cabeça ou os tais exames hormonais, como seria de esperar-se...
Talvez por sofrer pressão por parte dos planos de saúde...
E damos ainda aqui, mais uma vez, com os hipnóticos ou com a sedação.
Na maior parte dos casos ir ao psiquiatra equivale a ser sedado...
Pouquíssimos dentre eles após terem percorrido o roteiro indicado e realizado todos os exames - em caso de não terem detectado qualquer causa somática - encaminham parte de seus pacientes a algum psicólogos. No entanto os que assim procedem é que estão salvando vidas e cumprindo com sua função!
Isto porque tanto no caso de possíveis causas somáticas não detectadas devido a não solicitação de exames, quanto no caso de prováveis causas psíquicas o recurso sistemático a hipnóticos ou sedação implica ocultação das causas por eliminação ou atenuação dos sintomas e consequentemente a permanência da enfermidade que deveria ser extirpada. Tanto do ponto de vista médico quanto do ponto de vista Ético estamos diante de problema muito sério.
Pois ocultar atenuar sintomas com o objetivo de ocultar enfermidades jamais será curar. Ademais a enfermidade permanecendo latente e e não tratada tende a evoluir e a tornar-se ainda mais resistente na medida em que vai minando as estruturas do corpo ou da mente. E de curável pode até vir a tornar-se crônica e quem o sabe... até letal.
Isto devido aos preconceitos, a incúria ou a subserviência de determinado profissional...
Evidentemente que não estou a generalizar ou a acusar 'todos' condenando toda uma categoria de profissionais.
Via de regra a pessoa costuma procurar um psiquiatra, o que esta certo. Pois somente após a avaliação física por meio de exames é que se pode excluir a causalidade orgânica e postular uma causalidade psíquica.
Diante disto qual deveria ser a atitude comum a nossos psiquiatras?
Interrogar o enfermo sobre o estado geral do corpo, algum possível acidente, pancada, etc e solicitar exames de RMN, tomografia, Raio X, sangue, etc
Disto resultará a existência ou não de algum defeito ou disfunção orgânica.
Comprovada a existência do defeito em questão, segue-se o diagnóstico e o tratamento segundo a praxe psiquiátrica. Dispondo-se o caso a cura ou ao menos a eliminação dos sintomas.
Verificada a inexistência de qualquer defeito ou disfunção orgânica seguir-se-ia o encaminhamento ao psicólogo...
Tal o roteiro a ser seguido.
Pelo que chegamos a terceira e última pergunta: Procedem assim os nossos psiquiatras, digo, a maior parte deles???
Escusado responder que não.
E por que?
Primeiramente por que alguns psiquiatras, dominados pelo preconceitos materialistas, não admitem a existência de enfermidades psico somáticas e tampouco que a psicologia seja uma Ciência.
Evidentemente que para tais profissionais toda e qualquer enfermidade mental esta relacionada com algum problema estrutural ou hormonal em termos físicos, devendo resolver-se em seus consultórios.
E quando após a realização de todos os exames a causa física não é encontrada?
Neste caso supõem sempre que exista embora permaneça desconhecida e inacessível devido a precariedade do aparato tecnológico...
Neste caso que fazem eles?
Receitam invariavelmente algum hipnótico com que dopam o paciente 'suprimindo' os sintomas ou parte deles. E desde então fica ele lento ou lerdo como dizem... E sem perspectiva de cura. Tais os casos perdidos da psiquiatria e não são poucos.
Outro problema não menos sério diz respeito aos exames, que sendo bastante complexos são igualmente custosos e em alguns casos não cobertos pelo convênio...
Aqui é que conhecimento geral que boa parte dos psiquiatras não solicitam os tais exames da cabeça ou os tais exames hormonais, como seria de esperar-se...
Talvez por sofrer pressão por parte dos planos de saúde...
E damos ainda aqui, mais uma vez, com os hipnóticos ou com a sedação.
Na maior parte dos casos ir ao psiquiatra equivale a ser sedado...
Pouquíssimos dentre eles após terem percorrido o roteiro indicado e realizado todos os exames - em caso de não terem detectado qualquer causa somática - encaminham parte de seus pacientes a algum psicólogos. No entanto os que assim procedem é que estão salvando vidas e cumprindo com sua função!
Isto porque tanto no caso de possíveis causas somáticas não detectadas devido a não solicitação de exames, quanto no caso de prováveis causas psíquicas o recurso sistemático a hipnóticos ou sedação implica ocultação das causas por eliminação ou atenuação dos sintomas e consequentemente a permanência da enfermidade que deveria ser extirpada. Tanto do ponto de vista médico quanto do ponto de vista Ético estamos diante de problema muito sério.
Pois ocultar atenuar sintomas com o objetivo de ocultar enfermidades jamais será curar. Ademais a enfermidade permanecendo latente e e não tratada tende a evoluir e a tornar-se ainda mais resistente na medida em que vai minando as estruturas do corpo ou da mente. E de curável pode até vir a tornar-se crônica e quem o sabe... até letal.
Isto devido aos preconceitos, a incúria ou a subserviência de determinado profissional...
Evidentemente que não estou a generalizar ou a acusar 'todos' condenando toda uma categoria de profissionais.
No entanto é manifesto que hajam abordagens deste tipo.
E prejuízos ou danos que só Deus sabe...
Em termos de Brasil urge aproximar dos dois profissionais, psiquiatra e psicólogo, desde a formação. Possibilitando que trabalhem juntos, colaborem e dialoguem desde o 'campus' universitário. É uma questão de formação e o mínimo que se espera do poder público é que examine o problema e busque reeducar a ambos os profissionais, i é, não só psiquiatra mas também o psicólogo. Assim cabe o psicólogo remeter ao psiquiatra todo o enfermo que não foi examinado por ele... Aqui o único caminho a ser seguido é o da interação na perspectiva do homem global!
Pelo visto não são poucos os obstáculos financeiros, logísticos, profissionais e educativos a serem superados. Mas temos de dar os primeiros passos, pois já estamos em 2016 e mais do que na hora de começar a cuida do cérebro, sem deixar de cuidar dos dentes é claro...
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