segunda-feira, 7 de abril de 2014
5 bons motivos para ler A menina que roubava livros
Deixo ao(a) amigo(a) leitor(a) cinco bons motivos para ler o livro A menina que roubava livros. Cinco bons motivos para mim, evidentemente mas penso que você há de concordar comigo. Antes de mais nada do que trata esse romance? Esse romance trata de uma menina de 11 anos, Liesel Meminger que desde cedo via a morte e aprendeu a suportar suas dores. Ela começou por furtar um livro por ocasião da morte do sepultamento de seu irmãozinho e aí mais tarde ela vai desenvolver a arte de furtar.
1. É uma aula de história. Tendo como cenário a cidade de Molching e rua Himmel e arredores e como personagens: Liesel Meminger, Rudy Steiner, Hans e Rosa Hubermman, Frau Diller, Frau Holtzapfel, entre outros personagens. O autor do livro nos mostra a Alemanha nazista. Aprendemos através do romance que o nazismo surgiu pelo poder das palavras do führer. Que os alemães que mostrassem qualquer simpatia pelos judeus eram boicotados, ficavam sem empregos e tinham dificuldade em ser aceitos no partido nacional-socialista, a filiação no caso era uma segurança para os alemães. Que as crianças logo que completassem uma certa idade eram matriculadas compulsoriamente na juventude hitlerista, onde eram doutrinadas.
2. Trata-se de uma narrativa diferente. Quem narra a estória é a morte e narra de um jeito inovador, fazendo digressões, cruzando estórias, fornecendo dados sobre as personagens de modo que a narrativa fica mais atraente e mais rica. Tornar a morte uma personagem e também a narradora da trama foi algo muito feliz, porque mostrou que a morte se surpreende com esses seres que são bons e maus ao mesmo tempo, belos e feios e que podem surpreender. A narrativa do livro é encantadora e bem detalhista.
3. É um livro emocionante. Principalmente no caso de Hans Hubermman pai adotivo de Liesel Meminger que escapou da morte duas vezes, uma na primeira guerra quando um amigo judeu o salvou quando deu uma sugestão ao superior para deixá-lo num escritório trabalhando e outra vez na segunda guerra quando trabalhava num serviço de resgate em escombros.
Uma das partes mais emocionantes do livro é quando a família Hubermman acolhe um jovem judeu em seu porão arriscando suas vidas, esse judeu era filho de Erik Vandemberg, o judeu-alemão que tinha salvo a vida de Hans na primeira guerra, e este, tinha uma dívida de gratidão com o amigo e por isso, tentou o quanto pôde ajudar o filho de seu amigo.
A famíla Hubermman temeu quando o jovem Max Vandemburg adoeceu pois caso viesse a morrer como sepultariam o cadáver judaico? O(a) leitor(a) acaba mergulhando na história, ora torcendo, ora tentando solucionar o problema aparentemente insolúvel. Outra cena emocionante do livro é quando aparecem inspetores para vistoriar os porões para saber quais podem servir de abrigos antiaéreos e quais não, nesse ponto os Hubermman temeram por suas vidas e também pela vida do jovem judeu. Enfim há muitas cenas emocionantes no livro.
4. É um livro que mostra a importância das palavras tanto para o bem como para o mal, no caso do último as palavras bem arquitetadas geraram e consolidaram o nazismo em solo alemão. Já para o uso do bem as palavras servem para consolar, acalmar, tranquilizar. A protagonista do livro quando estava com todos os moradores da rua Himmel no porão dos Fiedler, ela lia e lendo acalmava as pessoas. Liesel até conseguiu que uma velha mal-humorada se interessasse por suas estórias e fez um acordo com sua mãe, Rosa Hubermman dizendo que deixaria de cuspir em sua calçada e que também lhe daria café em troca das leituras dos livros de Liesel. Aqui o autor mostra como a literatura é importante para nos salvar de uma vida tediosa, para nos salvar de nós mesmos, para fazer esquecer por um momento de nossos problemas.
5. É um livro para adolescentes e para adultos. A menina que roubava livros não é um romance bobo, é um livro profundo, filosófico, psicológico que mostra a fraqueza e a virtude das pessoas. É um livro que mostra o perigo dos totalitarismos, que ensina a bondade e que ensina a ver além das aparências. Enfim é um livro para entreter e para ensinar. Vale a pena ler.
P.S.: Quando a menina furtou seu primeiro livro, furtou o livro porque este livro tinha um elo sentimental com seu irmão e ela era analfabeta, foi seu pai de criação que a ensinou a ler.
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