Trocas ou permutas culturais sempre existiram e são certamente o 'motor' da evolução humana. Por meio destas trocas diversos universos culturais entram em choque e se fazem opções e julgamentos, o que pode ser saudável. Se você adota uma linha de análise racional ou científica, embora isto não seja tudo.
Parece ou deve existir uma espécie de seleção natural da cultura. Nós, homens ou pessoas refinadas precisamos de padrões, princípios e valores para julgar as culturas. O curioso é que estes padrões já fazem parte de uma dada cultura. Penso que haja certa objetividade em algumas culturas e que possam, elas e seus elementos, ser organizados hierarquicamente.
Você mencionou a cultura romana. De fato, não poucos, confundem a cultura grega com a cultura romana. E já foi dito que ao conquistarem os gregos pelas armas foram os romanos conquistados pela cultura grega. Isto é verdade, mas apenas em parte. Uma elite, parte de outra elite bem maior, formada pelos melhores romanos, absorveram o pensamento ou como queiram, a cultura grega em sua puridade. No entanto de modo geral não foi assim e temos de compreender isto muito bem para saber o que é e porque é o nosso mundo.
Sim os latinos tem suas virtudes e dou-os, ou seu temperamento por muito superior ao nórdico ou anglo saxão, de cujo bojo saiu o americanismo que hora nos polui e contamina a todos, não só a nós mas a Europa, ao velho mundo, arrancado de suas tradições, cultura e raízes pela reforma e pelo capitalismo. Os latinos eram práticos e excelentes administradores, tinham certas criatividade técnica que faltava aos gregos e sua arquitetura é até mais bela.
II - Humanismos Grego, Romano e Renascentista - Modelos distintos
No
entanto esses mesmos latinos eram mais ou menos toscos e impermeáveis a
contemplação do espírito. Interessavam-se mais por jogos do que pelo
teatro e mais por espetáculos de gladiadores do que por esportes, a
ponto de encarar os gregos como um povo degenerado ou corrupto.
Em termos de humanismo os romanos não assimilaram tudo, e o quanto assimilaram obscureceram. Clássica é a exposição de Aulus Gelio sobre a Humanitas romana, retomada pela renascença, e a Humanitas grega ou helênica. Para os gregos o ideal humanista não se restringia a erudição ou as letras, enfim a nossos belos versos de Virgílio ou Stacio, mas comportava o desejou ou a aspiração de beneficiar todos os seres humanos, inclusive os bárbaros ou de, de algum modo, promover o homem, o humano e de promove-lo integralmente.
Os romanos eram neste sentido mais ou menos semelhantes aos Norte americanos, que tratavam seus escravos com mais dureza do que os nossos. Os gregos até onde nos é dado saber eram mais suaves para com seus escravos. Assim quando as batalhas e combates. Os romanos eram mais agressivos, mais insensíveis e mais violentos do que os gregos. Sem chegarem a ser uns individualistas consumados ou terem consciência ideológica disto, eram indiferentes aos sofrimentos e miséria alheias, ao menos durante o declínio do Império e foi este declínio de uma orientação basicamente egoísta ou hedonista.
Veja nobre Wilson que estes romanos, que este ilustri vir escandalizou-se do Cristianismo nascente e dele mofou justamente devido a seu conteúdo fraternalista ou solidário. Estas nova consciência social, que recordava o socratismo, foi muito mal avaliada pelos senhores da cultura latina. Luciano de Samosata, Fronton, Filostrato, Juliano, Porfírio, Jamblico... qual o teor de suas críticas a nova fé? Que os cristãos assistiam os pobres, os aleijados, os enfermos, os escravos, os encarcerados, etc Então já sabes porque o Nazareno foi cognominado Novo Sócrates ou Sócrates redivivo e não novo Cícero ou novo Terêncio, ou novo Plauto. Para os romanos Humanitas era escrever ou falar bem, amar as artes, brilhar nos salões. Eles esvaziaram e empobreceram o conceito grego retomado por Jesus.
Mas a Renascença, após a I Média, retoma o conceito romano, não o grego. E introduz, a parte de benefícios, como a liberdade, a racionalidade, o pensamento científico... uma certa doze de alienação face ao outro. Lamentavelmente, fora as exceções - como S Tomas Morus - este 'vir' renascentista que temos de admirar e aplaudir já não é homem completo ou perfeito, ao contrário do Santo medieval que embrenha-se no leprosário ou cria hospitais, ele se aparta das multidões sofredoras. Claro que a multidão ou a massa é sempre fastidiosa ao homem culto, mortifica-o e penso que até Jesus foi mortificado pelos apóstolos e pelo povo. Mas ele cumpriu seu dever e é nosso exemplo. O Santo medieval é mais sublime do que nosso 'Vir' porque mesmo não sendo instruído identifica-se e compadece-se. Reteve o bem ou a ética, a melhor parte. O homem renascentista ficou com a casca ou com a aparência, i é com a arte ou a beleza, no máximo com uma verdade 'fria', assumiu um legado dos antigos romanos e não dos gregos ilustres. O Kalokagathos é um homem mais completo...
Em termos de humanismo os romanos não assimilaram tudo, e o quanto assimilaram obscureceram. Clássica é a exposição de Aulus Gelio sobre a Humanitas romana, retomada pela renascença, e a Humanitas grega ou helênica. Para os gregos o ideal humanista não se restringia a erudição ou as letras, enfim a nossos belos versos de Virgílio ou Stacio, mas comportava o desejou ou a aspiração de beneficiar todos os seres humanos, inclusive os bárbaros ou de, de algum modo, promover o homem, o humano e de promove-lo integralmente.
Os romanos eram neste sentido mais ou menos semelhantes aos Norte americanos, que tratavam seus escravos com mais dureza do que os nossos. Os gregos até onde nos é dado saber eram mais suaves para com seus escravos. Assim quando as batalhas e combates. Os romanos eram mais agressivos, mais insensíveis e mais violentos do que os gregos. Sem chegarem a ser uns individualistas consumados ou terem consciência ideológica disto, eram indiferentes aos sofrimentos e miséria alheias, ao menos durante o declínio do Império e foi este declínio de uma orientação basicamente egoísta ou hedonista.
Veja nobre Wilson que estes romanos, que este ilustri vir escandalizou-se do Cristianismo nascente e dele mofou justamente devido a seu conteúdo fraternalista ou solidário. Estas nova consciência social, que recordava o socratismo, foi muito mal avaliada pelos senhores da cultura latina. Luciano de Samosata, Fronton, Filostrato, Juliano, Porfírio, Jamblico... qual o teor de suas críticas a nova fé? Que os cristãos assistiam os pobres, os aleijados, os enfermos, os escravos, os encarcerados, etc Então já sabes porque o Nazareno foi cognominado Novo Sócrates ou Sócrates redivivo e não novo Cícero ou novo Terêncio, ou novo Plauto. Para os romanos Humanitas era escrever ou falar bem, amar as artes, brilhar nos salões. Eles esvaziaram e empobreceram o conceito grego retomado por Jesus.
Mas a Renascença, após a I Média, retoma o conceito romano, não o grego. E introduz, a parte de benefícios, como a liberdade, a racionalidade, o pensamento científico... uma certa doze de alienação face ao outro. Lamentavelmente, fora as exceções - como S Tomas Morus - este 'vir' renascentista que temos de admirar e aplaudir já não é homem completo ou perfeito, ao contrário do Santo medieval que embrenha-se no leprosário ou cria hospitais, ele se aparta das multidões sofredoras. Claro que a multidão ou a massa é sempre fastidiosa ao homem culto, mortifica-o e penso que até Jesus foi mortificado pelos apóstolos e pelo povo. Mas ele cumpriu seu dever e é nosso exemplo. O Santo medieval é mais sublime do que nosso 'Vir' porque mesmo não sendo instruído identifica-se e compadece-se. Reteve o bem ou a ética, a melhor parte. O homem renascentista ficou com a casca ou com a aparência, i é com a arte ou a beleza, no máximo com uma verdade 'fria', assumiu um legado dos antigos romanos e não dos gregos ilustres. O Kalokagathos é um homem mais completo...
III - Tentativas de síntese, afirmação do protestantismo e do capitalismo e a falsa civilização norte americana.
Por um instante dos admiráveis Jesuítas acenaram com este ideal completo de homem completo ou do Kalokagathos. Assumiram o que havia de eterno e sublime na grande Renascença e associaram a ética Evangélica ou Cristã, afirmando um humanismo Cristão. Passou-se isto em algum momento entre os séculos XVI e XVII. Mas, lamentavelmente, não foram estas sementes que desabrocharam e plasmaram a nova cultura. O estrago estava já feito pela reforma protestante e o mundo protestante ou anglo saxão, movido por um individualismo ideológico e consciente, a caminho da nova ordem capitalista. Aquilo foi o dobre de finados para o projeto Jesuíta e mesmo a 'grande portugalidade' ou a Hispanidade apartaram-se logo dele...
As tendências ancestrais ou romanas que definhavam e poluiam a Renascença foram categoricamente reafirmadas pela pseudo reforma e a própria igreja romana, que já chafurdava no pântano do agostinianismo, assumiu a perspectiva solifideista numa proporção cada vez maior. O espiritualismo descarnado ou idealismo, associados ao individualismo crasso produziram uma outra 'civilização' ou uma anti civilização, americanista e de matriz já protestante, já capitalista. Nesta cultura de morte o anti humanismo converteu-se em lei. Deus não foi substituído pelo homem como sonhavam tantos e tantos e sequer pela razão ou pela ciência, mas pelo que há de mais vulgar e rasteiro: O amor ao dinheiro, o capital, o lucro, pelo que chamam de mercado enfim.
Claro que diante deste novo padrão, mesmo o padrão romano ou lusitano, mostra-se infinitamente superior. Os franceses até certo ponto adotaram o programa Jesuítico. Aspiraram produzir um Cristianismo letrado e brilhante. Parte dos anglo Católicos do outro lado da mancha também. Na Inglaterra após a morte do grande W Laud e na França apesar de S Vicente de Paulo, a insensibilidade e a indiferença; senão o hedonismo é que associaram-se as letras, artes e ciências e já não havia consciência social ou humanidade. Nossos Católicos não se deram conta disto, produziram um monstro e prepararam a Revolução, mesmo com toda sua erudição clássica ou refinamento. E tudo isto já apontava para algo ainda pior e mais feio - A afirmação absoluta do individualismo economicista nos séculos XIX e XX.
É incrível mas mesmo parte das elites educadas pela Igreja, não se puderam manter a parte deste fluxo cultural. Os Católicos racionais, racionalistas ou semi racionalistas foram um refresco caso compare-mo-los aos Católicos 'positivistas' ou mancomunados com o cientificismo. Mas isto não era o pior, pois antes de surgiram os malsinados Católicos comunistas apareceram em cena - ideologicamente porque já eram 'velhos' - os Católicos capitalistas ou liberais economicistas que é o tipo mais escandaloso e irreverente pelo simples fato, de segundo J Maritain, relacionar-se com o solifideísmo protestante. Pois são Católicos que cessaram de investir nos irmãos, na caridade, na assistência social, etc para investir no tal mercado ou católicos que trocaram os irmãos pelas riquezas - Católicos materialistas!!! Avarentos! Idólatras!!! Agora diga-me como o Católico poderia deixar de por seu tesouro nos céus??? E de empenhar todas as suas energias na construção de um mundo melhor, mais justo e fraterno; conforma a ótica e ética do nosso Evangelho.
Tudo isto já prenunciava o triunfo fácil do veneno que nos mata e do mal que nos assola - O americanismo!
Por um instante dos admiráveis Jesuítas acenaram com este ideal completo de homem completo ou do Kalokagathos. Assumiram o que havia de eterno e sublime na grande Renascença e associaram a ética Evangélica ou Cristã, afirmando um humanismo Cristão. Passou-se isto em algum momento entre os séculos XVI e XVII. Mas, lamentavelmente, não foram estas sementes que desabrocharam e plasmaram a nova cultura. O estrago estava já feito pela reforma protestante e o mundo protestante ou anglo saxão, movido por um individualismo ideológico e consciente, a caminho da nova ordem capitalista. Aquilo foi o dobre de finados para o projeto Jesuíta e mesmo a 'grande portugalidade' ou a Hispanidade apartaram-se logo dele...
As tendências ancestrais ou romanas que definhavam e poluiam a Renascença foram categoricamente reafirmadas pela pseudo reforma e a própria igreja romana, que já chafurdava no pântano do agostinianismo, assumiu a perspectiva solifideista numa proporção cada vez maior. O espiritualismo descarnado ou idealismo, associados ao individualismo crasso produziram uma outra 'civilização' ou uma anti civilização, americanista e de matriz já protestante, já capitalista. Nesta cultura de morte o anti humanismo converteu-se em lei. Deus não foi substituído pelo homem como sonhavam tantos e tantos e sequer pela razão ou pela ciência, mas pelo que há de mais vulgar e rasteiro: O amor ao dinheiro, o capital, o lucro, pelo que chamam de mercado enfim.
Claro que diante deste novo padrão, mesmo o padrão romano ou lusitano, mostra-se infinitamente superior. Os franceses até certo ponto adotaram o programa Jesuítico. Aspiraram produzir um Cristianismo letrado e brilhante. Parte dos anglo Católicos do outro lado da mancha também. Na Inglaterra após a morte do grande W Laud e na França apesar de S Vicente de Paulo, a insensibilidade e a indiferença; senão o hedonismo é que associaram-se as letras, artes e ciências e já não havia consciência social ou humanidade. Nossos Católicos não se deram conta disto, produziram um monstro e prepararam a Revolução, mesmo com toda sua erudição clássica ou refinamento. E tudo isto já apontava para algo ainda pior e mais feio - A afirmação absoluta do individualismo economicista nos séculos XIX e XX.
É incrível mas mesmo parte das elites educadas pela Igreja, não se puderam manter a parte deste fluxo cultural. Os Católicos racionais, racionalistas ou semi racionalistas foram um refresco caso compare-mo-los aos Católicos 'positivistas' ou mancomunados com o cientificismo. Mas isto não era o pior, pois antes de surgiram os malsinados Católicos comunistas apareceram em cena - ideologicamente porque já eram 'velhos' - os Católicos capitalistas ou liberais economicistas que é o tipo mais escandaloso e irreverente pelo simples fato, de segundo J Maritain, relacionar-se com o solifideísmo protestante. Pois são Católicos que cessaram de investir nos irmãos, na caridade, na assistência social, etc para investir no tal mercado ou católicos que trocaram os irmãos pelas riquezas - Católicos materialistas!!! Avarentos! Idólatras!!! Agora diga-me como o Católico poderia deixar de por seu tesouro nos céus??? E de empenhar todas as suas energias na construção de um mundo melhor, mais justo e fraterno; conforma a ótica e ética do nosso Evangelho.
Tudo isto já prenunciava o triunfo fácil do veneno que nos mata e do mal que nos assola - O americanismo!
IV - Crise e conflito de Civilizações: Nossa herança grega X americanismo
A grande luta do século, do milênio, da Era e da civilização não toca ao latinismo ou mesmo ao lusitanismo e o americanismo; exceto quanto a Portugal e Brasil talvez, mas entre nossas fontes e raízes mais remotas - Nossa herança grega, o humanismo pleno (com Ética da alteridade), a Kalokagathia, a autêntica Arete e a pseudo civilização protestante, capitalista e Norte americana.
Advertência que já editamos diversas vezes: Não existe civilização ou cultura Ocidental. O que é vendido como tal é o projeto Norte americano, culturalmente imperialista é claro. Ele não corresponde nem ao projeto latino, nem ao projeto Cristão/Católico, ao projeto helênico ou a qualquer síntese feita a partir destes elementos. Não corresponde a nossa autêntica e legítima cultura. A Nossas tradições e raízes. A nosso legado ancestral... Mas a um elemento estranho, que introduziu a confusão. Vivemos um conflito de culturas, mais do que um conflito de classes talvez. Crise porque temos uma sobreposição de civilizações e culturas. Crise porque temos um agregado artificial de elementos conflitantes. Crise porque temos vivido um sincretismo irracionalista e tosco.
Temos duas culturas em choque ou conflito e temos de afirmar e de gritas e de divulgar isto. Não vivemos o projeto de Sócrates, Aristóteles, Platão ou Jesus... Através dos meios de transporte e comunicação, valendo-se do poder do dinheiro os Norte americanos tem divulgado um outro projeto e vendido como nosso ou como projeto comum do Ocidente - assim sem anti comunismo boçal... É gato por lebre. Nosso projeto é outro e distinto de ambos. É reacionário em grande parte por ser antigo, mas, paradoxalmente, revolucionário e progressista por opor-se a esta confusão ou a este mistifório a que vende por civilização europeia ou comum.
Que há de Dante, Cervantes, Camões ou Tasso nela??? Nada, absolutamente nada e até a arte foi corrompida e obscurecida por meio da arte psicologista ou moderna, santuário do subjetivismo e do relativismo reinantes, frutos de uma cultura ou de uma civilização deterioradas, assim como o ceticismo. Sem querer ser Spengleriano, tudo em nossa volta fala de crise, ruína, decomposição, morte...Vivemos o ocaso da cultura porque a cultura deteriorou em suas novas formas. O Comunismo leva estes germes de morte adiante... Porta os velhos germes de morte do positivismo e do tecnicismo.
V - Os fundamentos religiosos de nossa Civilização e a crise do 'Catolicismo' Ocidental
Certamente que a portugalidade como a romanidade religiosa, foram superiores ao anglicismo e ao protestantismo. Mas, Roma caiu, assimilou modos protestantes - Doutrinas, princípios e valores protestantes. E não podemos ter a ilusão de fazer algo a partir dela.
Portugal e Brasil, e Espanha, e França, e Itália, do passado foram o que foram graças a Igreja romana. Se você abstrai deste elemento nada se produz em termos de cultura.
Veja que estes povos já se tornam protestantes meu caro! Como não queres que assumam uma cultura alienígena e de origem protestante cujos elementos são a democracia indireta ou representativa e o capitalismo ou livre mercado? Como escapar a este Imperialismo cultural ou a artificialidade desta cultura sem algo como a Igreja papalina?
Impossível - It's impossible...
O resto da cultura não se sustenta sem o substrato religioso do qual depende. Não vejo esperança de resgatar a latinidade exatamente como era, a hispanidade ou a lusitanidade. Teremos de fazer outras reelaborações com o material a partir de algo mais antigo e seguro - a Igreja Católica Ortodoxa e o Socratismo/Aristotelismo (nossa herança grega). Temos de produzir outra síntese, como diria Toynbee, e opo-la ao americanismo e seus aparelhos e aparato. Teremos de rezar para que se efetue a Mimesis ou para que esta reelaboração seja aceita pelas elites intelectuais e chegue até as massas perpassando todo corpo social. É um desafio e tanto e por isto devemos estar conscientes dele.
Temos de pugnar pela cultura restabelecendo suas fontes, as quais, ao contrário do que disse K Marx, são religiosas. cf Coulanges, Dawson e Butterfield.
VI - O idioma e a poesia não nos salvarão
As linguas comunicam-se, transformam-se, alteram-se, evoluem, declinam, sofrem influxo de outras linguas e do mesmo modo a cultura. A lingua é como uma casca. Importante manter a norma culta para fazer-se compreender e evitar duvidas e conflitos. Mas a lingua não salvará a cultura. A salvação da cultura exige um elemento estável e o mais estável de todos que é a religião e a religião tradicional, especialmente a que afeta 'imutabilidade'. Ela sempre será o melhor suporte para a cultura e por isso precisamos é debruçar-nos sobre o terreno religioso. E decifrar o Cristo, e compreender o Evangelho, e conhecer sua ética, e encarar a crise da igreja romana, e saber o que significa protestantismo, e precisar quando e porque a crise começou. Isto é fazer diagnóstico.
Nem as armas e munições, nem a lingua, nem mesmo o Estado e as leis, produzem a cultura que lhes da suporte. Volte-se para o fenômeno religioso e a esfinge soltará a lingua e lhe falará e quem sabe você poderá fazer algo de grandioso e imortal pela pobre humanidade, assim como Paulo, Fócio, Aquino, Mohler, etc
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