Faz um tempinho que não escrevo, mas isso acontece por eu ser um filho de Cronos e como tal devorado inteiro pelo mesmo, e não há Zeus para salvar-me desse impiedoso deus. Sei que algumas pessoas não gostam do que escrevo, não é para elas que escrevo. Eu escrevo para aquelas pessoas que se identificam de algum modo com o que eu penso, bem sei que elas partilham de meus pensamentos, porque os meus pensamentos também são os seus.
Feita esta breve introducão, quero hoje abordar o tema da educação. Não se preocupe caro leitor, eu não sou o Gilberto Dimenstein nem o Rubem Alves.
Uma ex-professora minha da faculdade e hoje minha amiga a professora Vera Lúcia Avim, mulher bonita , inteligente, elegante, etc... Sempre me alertou a respeito da educação e contava-me casos escabrosos ocorridos nas escolas públicas da baixada santista.
Entrei para a educação e vi e ouvi com meus olhos e ouvidos coisas inadimissíveis numa escola. Acontece que eu gosto de lecionar, gosto de ver os adolescentes aprenderem, gosto de ver seus olhos brilhando por uma nova descoberta feita por eles mesmos, apesar do salário ridículo que recebo, apesar daburrocracia burocracia escolar e das exigências com que os professores são sobrecarregados.
A Vera Lúcia, minha ex-professora mas não minha ex-amiga, sempre me diz que os professores são babás elitizadas e nesse ponto tenho que concordar com ela. Os pais não se preocupam com seus filhos, apenas os depositam no mundo e a escola que sefoda vire com a responsabilidade de educá-los. Mas o professor não fez um curso universitário para ser babá, mas para lecionar: filosofia, história, geografia, matemática, ciências, biologia, física, química, etc... Caso haja alguém cursando alguma licenciatura não se iluda pensando que vai lecionar sua disciplina tranquilamente, porque não vai! Falo isso de cátedra.
Uma professora colega minha de trabalho contou-me essa história:
"Uma professora no fim do ano letivo foi cobrada pela secretaria municipal da cidade na qual trabalhava por não ter cumprido com o plano de ensino, seus superiores lhe disseram que ela não fez nada.
- Como eu não fiz nada? Eu fiz muita coisa por meus alunos. Eu os ensinei a falar como gente civilizada, os ensinei a pedir licença ao entrar e ao sair da sala de aula. Eu os ensinei a mastigar de boca fechada, a fazer uma fila certa. Ensinei-os a não resolver seus problemas por meio da violência. Ensinei-os a falar direito e a escrever com letra legível. Eu não fiz meu dever de professora, é fato, fiz mais, assumi a responsabilidade que competia a seus pais. Pois não se pode ensiná-los se nem sequer trouxeram o mínimo de educação de casa para a escola. Por isso, eu não devia ser castigada, mas premiada por meus esforços homéricos".
Não sei se a história é verdadeira ou não, o que sei é que tem um fundo moral e retrata bem a realidade vivenciada pelos professores. Eu não sou um professor, sou uma babá elitizada! Chic né? Talvez para os prefeitos e governantes, para mim isso é trágico e uma falta de respeito com quem tem o dever de formar homens de verdade para o futuro. Com esse sistema de ensino só formamos marionetes. As vezes conseguimos salvar uma ou outra alma, mas não é graças ao governo que não nos apóia em nada, mas graças aos nossos esforços sobre-humanos!
Feita esta breve introducão, quero hoje abordar o tema da educação. Não se preocupe caro leitor, eu não sou o Gilberto Dimenstein nem o Rubem Alves.
Uma ex-professora minha da faculdade e hoje minha amiga a professora Vera Lúcia Avim, mulher bonita , inteligente, elegante, etc... Sempre me alertou a respeito da educação e contava-me casos escabrosos ocorridos nas escolas públicas da baixada santista.
Entrei para a educação e vi e ouvi com meus olhos e ouvidos coisas inadimissíveis numa escola. Acontece que eu gosto de lecionar, gosto de ver os adolescentes aprenderem, gosto de ver seus olhos brilhando por uma nova descoberta feita por eles mesmos, apesar do salário ridículo que recebo, apesar da
A Vera Lúcia, minha ex-professora mas não minha ex-amiga, sempre me diz que os professores são babás elitizadas e nesse ponto tenho que concordar com ela. Os pais não se preocupam com seus filhos, apenas os depositam no mundo e a escola que se
Uma professora colega minha de trabalho contou-me essa história:
"Uma professora no fim do ano letivo foi cobrada pela secretaria municipal da cidade na qual trabalhava por não ter cumprido com o plano de ensino, seus superiores lhe disseram que ela não fez nada.
- Como eu não fiz nada? Eu fiz muita coisa por meus alunos. Eu os ensinei a falar como gente civilizada, os ensinei a pedir licença ao entrar e ao sair da sala de aula. Eu os ensinei a mastigar de boca fechada, a fazer uma fila certa. Ensinei-os a não resolver seus problemas por meio da violência. Ensinei-os a falar direito e a escrever com letra legível. Eu não fiz meu dever de professora, é fato, fiz mais, assumi a responsabilidade que competia a seus pais. Pois não se pode ensiná-los se nem sequer trouxeram o mínimo de educação de casa para a escola. Por isso, eu não devia ser castigada, mas premiada por meus esforços homéricos".
Não sei se a história é verdadeira ou não, o que sei é que tem um fundo moral e retrata bem a realidade vivenciada pelos professores. Eu não sou um professor, sou uma babá elitizada! Chic né? Talvez para os prefeitos e governantes, para mim isso é trágico e uma falta de respeito com quem tem o dever de formar homens de verdade para o futuro. Com esse sistema de ensino só formamos marionetes. As vezes conseguimos salvar uma ou outra alma, mas não é graças ao governo que não nos apóia em nada, mas graças aos nossos esforços sobre-humanos!
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