quinta-feira, 1 de abril de 2010

Nossa Senhora de Fátima desmascarada

Acabei de ler um artigo interessante de meu amigo Rafael Resende Daher, cristão ortodoxo devoto, inteligente e culto. Em seu artigo desmascarou o mito de Fátima. Pedi a permissão para publicar o seu polêmico artigo, e ele me concedeu. Todos os créditos deste artigo são dele (Rafael Daher). Essa é a visão de um cristão ortodoxo sobre as invenções defendidas pelos setores reacionário da Igreja Romana: TFP, Arautos do Evangelho, etc...

Segue o artigo do Sr. Rafael em itálico:

A Farsa da Aparição de Fátima

O Vaticano e a Rússia

O mais antigo inimigo da Rússia, o Vaticano, apareceu primeiro condenando a revolução na Rússia e apoiando os Ortodoxos. Em 12 de março de 1919, o papa Bento XV enviou a Lênin um protesto contra a perseguição do clero ortodoxo, enquanto o Arcebispo Ropp enviou ao Patriarca Tikhon uma carta de apoio. O comissário para Assuntos Exteriores, Chicherin, anotou seu desagrado com essa “solidariedade para com os servos da Igreja Ortodoxa”[1]No geral, entretanto, a atitude do Vaticano em relação à Ortodoxia sempre foi hostil aos Ortodoxos. O diácono Germano Ivanov-Trinadtsaty escreveu: “O Papa Pio X (que foi canonizado em 1954) pronunciou na véspera da Primeira Guerra Mundial: ‘A Rússia é o grande inimigo da Igreja [Romana].” Assim, não é de se surpreender que a Igreja Católica tenha felicitado o regime bolchevique com alegria. Depois dos judeus, os católicos provavelmente foram os que mais organizaram a derrota do poder do Czar. No mínimo, não tentaram impedir sua queda. Vergonhosamente e com grande doçura, eles escreveram para Roma quando a “vitória” bolchevique estava evidente: “há uma incontável pressão sobre a queda do governo czarista e Roma ainda não entrou nenhuma em relação com o governo soviético.” Quando um dignitário do Vaticano perguntou por que o Vaticano estava contra a França durante a Segunda Guerra Mundial, ele exclamou: “A vitória dos aliados da Rússia será uma catástrofe tão grande para a Igreja Católica quanto a reforma protestante.” O papa Pio resumiu este sentimento de uma maneira abrupta: “Se a Rússia vencer, então o cisma sairá vitorioso...”


Mesmo com o Vaticano há muito tempo se preparando para isso, o colapso do Império Ortodoxo Russo não foi o suficiente. Isso veio a ser notado rapidamente. O colapso da Rússia ainda não a havia transformado em Católica Romana. Por isso, um novo plano de ataque era necessário. Imaginando que seria difícil fazer um proselitismo na Rússia como os feitos na Inglaterra e Irlanda, o Vaticano entendeu a necessidade de descobrir um caminho totalmente diferente para guerrear contra a Ortodoxia, que deveria de forma indolor e sem levantar qualquer suspeita, escravizar e subordinar o povo russo ao papa romano. Este plano maquiavélico foi posto em prática na criação do “Rito Oriental”, que era defendido como uma ponte “entre Roma e Rússia”, citando a expressão de K.N Nikolaiev: “Este plano traiçoeiro, que pode ser comparado à venda de um barco com uma bandeira falsa, obteve um sucesso rápido nos primeiros anos após o estabelecimento do governo soviético. Isso também ocorreu na Rússia e no exílio, onde estas atividades começaram a fervilhar entre os émigrés, como a busca de trabalho para eles, a arranjo de suas situações de imigrantes, e a criação de escolas em língua russa para seus filhos.“Não se pode negar os casos de ajuda sem interesses, mas na grande maioria dos casos, o trabalho de caridade havia aguçado objetivo confessional, para enganar por vários meios os desafortunados refugiados nas igrejas que pareciam ser verdadeiramente ortodoxas, mas que ao mesmo tempo comemoravam o papa...”Na Rússia, a experiência com o ‘Rito Oriental’ durou ainda mais dez anos... [2] O coração e a alma do ‘Ostpolitik’, sua política oriental, era o jesuíta e bispo francês d’Erbigny, especialmente autorizado pelo papa para conduzir negociações com o Kremlin para a disseminação do catolicismo romano na União Soviética, para suplantar a Ortodoxia na Rússia e na alma dos russos.

A primeira condição era de que Roma consentisse sua lealdade impecável ao regime comunista, tanto na URSS como no exterior [até 1930]. A segunda, que era desvantajoso para o Kremlin, ou simplesmente inútil, era de que as necessidades religiosas dos russos deviam ser satisfeitas pelo antigo inimigo da Ortodoxia. Por sua parte, os católicos estavam prontos para fechar os olhos para as atrocidades do bolchevismo, inclusive ao fuzilamento do bispo católico romano Butkeivch, em abril de 1923 e a prisão dos bispos Tseplyak, Malyetsky e Fyodorov. Seis semanas mais tarde, o Vaticano expressou seu grande lamento sobre o assassinato do agente soviético Vorovsky em Lausane!O Comissário do Povo para Assuntos Exteriores contou ao embaixador alemão: “Pio XI foi amável em Gênova, e expressou a esperança de que quebrariam [os bolcheviques] o monopólio da Igreja Ortodoxa na Rússia, deixando o caminho aberto para ele. Nós descobrimos informações de grande importância nos arquivos do Ministro da França para Assuntos Exteriores. Um telegrama secreto de N° 266 de 6 de fevereiro de 1925, saído de Berlim, afirma que o embaixador soviético, Krestinsky, contou ao Cardeal Pacelli (o futuro Pio XII) que Moscou não faria oposição à existência de bispos católicos romanos e de uma metropolia católica em território russo. Além disso, foi oferecido ao clero romano melhores condições. Seis dias mais tarde, um telegrama secreto de N° 284 falou da permissão dada para a abertura de um seminário católico romano.”Assim, enquanto nossos novos mártires eram aniquilados com uma incrível crueldade, o Vaticano conduzia negociações secretas com Moscou. Em pouco tempo, Roma recebeu permissão para nomear os bispos necessários e até mesmo permissão para abrir um seminário. Nossa evidência mostra que esta questão foi discutida nos mais altos círculos durante o outono de 1926, embora não tenha sido mantido satisfatoriamente mais tarde. Mas algo pode ser visto como a culminação da relação entre o Vaticano e o governo soviético.

Em julho de 1927, o Metropolita Sérgio escreveu sua conhecida declaração. Após a derrota de Sérgio, os bolcheviques não precisavam mais dos católicos. E então, como um “resultado inesperado e indireto” desta declaração, escreveu Ivanov-Trinadtsaty, “Moscou colocou um fim entre as negociações feitas até então com as propostas do Vaticano... A restituição da tradicional [em aparência] da Igreja Ortodoxa Russa, neutralizada como estava, parecia mais útil às autoridades soviéticas que o Vaticano. A partir desse momento, os soviéticos perderam o interesse no Vaticano. Apenas no final de 1929 e no começo de 1930 o Vaticano finalmente admitiu que sofrera uma derrota política e começou ferozmente a condenar os crimes bolcheviques. Isso não havia sido noticiado até 1930. Apenas em 1937 o Papa Pio XI publicou a Encíclica Divine Redemptori (Divino Redentor) que condenava o comunismo...”[3]Nos anos 30 o Vaticano abriu novos caminhos no Patriarcado Soviético de Moscou. O Arcebispo Bartolomeu (Remov) adotou secretamente o Rito Católico Oriental, quando descobriu que estava sob investigação. Além dele, o Bispo Nicolau (Yarushevich), a segunda autoridade na hierarquia sergianista, contou ao bispo católico Névé que “o atual estado da Igreja Ortodoxa é tão lamentável que ela só poderá ser salva se fizer uma aliança com o centro católico. Do contrário, nada poderá ser feito novamente.... Pelo menos uma diocese deve fazer isso primeiro, para depois ser seguida por outras.”[1] TSERKOV’, RUS’ I RIM, Jordanville, N.Y.: Monastério da Santíssima Trindade, 1983, pg. 13 (V.M.)[2] IVANOV-TRINADTSATY, The Vatican and Russia, http://www.orthodoxinfo.com/new.htm. Ver também Oleg Platonov, Ternovij Venets Rossii, Moscou: Rodnik, 1998, pgs. 464-465 (em russo).[3] OSIPOVA, Istoria Istinno Pravoslavnoj Tserkvi po Materialam Sledstvennago Dela, Pravoslavnaia Rus’, nº 14 (1587), 15/28 de Julho de 1997, pg. 133.

Fonte: New Zion on The Babylon, Dr. Vladirmir Moss======Agora, uma cousa interessante: Dia da aparição de Fáptima: 13 de Maio de 1917Mas apenas em 03-05-1922 o bispo Leiria iniciou as investigações sobre o ocorrido. E apenas em 13-10-1930 o culto público foi oficialmente autorizado. Comparem com as datas que o Dr. Moss cita no texto e terão conclusões importantes.

“Se o milagre do Sol em movimento tivesse sido observado apenas por Lúcia (a jovem que no fundo foi responsável pelo culto de Fátima), não haveria muita gente que o levasse a sério. Poderia facilmente ser uma alucinação individual ou uma mentira com motivos óbvios. O que impressiona são as 70 000 testemunhas. Será que 70 000 pessoas podem ser simultaneamente vítimas da mesma alucinação? Ou conspirar numa mesma mentira? Ou, se nunca houve 70 000 testemunhas, poderia o repórter do acontecimento safar-se ao inventar tanta gente?Apliquemos o critério de Hume. Por um lado, é-nos pedido que acreditemos numaalucinação em massa, num artifício de luz ou numa mentira colectiva envolvendo 70000 pessoas. Isto é reconhecidamente improvável, mas é menos improvável do que a alternativa: que o Sol realmente se moveu. O Sol que estava sobre Fátima não era, afinal, um Sol privado: era o mesmo Sol que aquecia todos os outros milhões de pessoas no lado do planeta em que era dia. Se o Sol se moveu de facto, mas o acontecimento só foi visto pelas pessoas de Fátima, então teria de se ter dado um milagre ainda mais notável: teria de ter sido encenada uma ilusão de não-movimento relativamente a todos os milhões de testemunhas que não estavam em Fátima. E isso se ignorarmos o facto de que, se o Sol se tivesse realmente deslocado à velocidade referida, o sistema solar se teria desintegrado.Não temos alternativa senão a de seguir Hume, escolher a menos miraculosa dasalternativas disponíveis e concluir, contrariamente à doutrina oficial do Vaticano, que omilagre de Fátima nunca aconteceu. Além disso, não é de todo claro que nos caiba a nós explicar como é que aquelas 70 000 testemunhas foram enganadas.” - Decompondo o Arco Íris Richard Dawkins, Gradiva, Lisboa, 2000, pp. 161-163

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