Quando mencionamos algum tipo de oposição ao capitalismo, todo e qualquer idiota, pensa, quase que de imediato em Marx, Engels, Lênin e na trupe comunista ou bolchevista e nesse tipo de crítica radical ou iconoclasta.
Parece que a mente vulgar só sabe pensar em termos de dicotomia ou de oposição radical.
E ninguém sabe explorar esse falto dilema como um pastor protestante de quinta categoria.
Se você não aceita o capitalismo é certamente um bolchevista, repetem esses idiotas servidores do 'deus'' milhão ou de Mamom.
E tão idiota é este tipo de gente que atribui ao capitalismo uma existência que remonta aos primórdios da História.
Por falta de estudos teêm séries dificuldades para imaginar um tempo sem automóveis, aviões, telefones, bicicletas e mercado financeiro...
Mais fácil imaginar um grupo humano sem orelhas ou narizes do que uma sociedade sem mercado financeiro, bolsa de valores, ações, capital, lucro, juros, etc
E se você emite qualquer sinal de dúvidas quanto a essa cosmovisão economicista - Pronto, fica sendo comunista...
E ficam sendo comunistas os nossos José Bonifácio, Getúlio Vargas, Leonel Brizola, etc além do papa romano Leão XIII e certamente o cardeal Mercier... Dentre outros - Apenas para não sermos mais ridículos.
Compreende-se que por via do individualismo, protestantismo e capitalismo sejam solidários. De fato são elementos quase que indissociáveis em termos de americanismo ou de sifilização norte americana.
É o lixo ideológico que os yankees exportam para todo mundo, juntamente com seus sanduíches insalubres e sua Coca cola...
E se a sórdida Teologia do Domínio canoniza o Destino manifesto ou o imperialismo político, a Teologia da prosperidade santifica as relações capitalistas de produção, apresentando-as como lídima e pura expressão de nossos Evangelhos - Nos quais sem embargo lemos: Não junteis bens neste mundo... pois: É mais fácil uma corda passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus.
Porém, com o adjutório do livre exame: Capaz de transformar a Mãe de Deus numa mulher vulgar, Jesus num mero profeta, a eucaristia num lanchinho ordinário, o espírito imortal numa ilusão, as ícones em ídolos, etc fica nosso Bom Jesus sendo empresário, defensor do capital, apóstolo do lucro, etc - De fato é o livre exame santo que faz portentoso milagre e que converte a igreja num banco, tipo Cristo S\A
Aliás o supremo milagre do protestantismo ou do livre exame é justamente criar 'versões' do 'cristianismo' ao agrado do freguês ou adaptáveis a quaisquer circunstâncias. E se há seitas sabatistas, zwinglianas, calvinistas, unitárias, mortalistas, etc naturalmente que poderia haver, e há - Um bloco capitalista, que justifica ou sacraliza essa expressão do materialismo até a mais abjeta servidão.
Agora por sinal, tendo assumido sua forma pura ou mais refinada o americanismo protestante ou o protestantismo norte americano apresenta já o liberalismo econômico associado ao conservadorismo moral ou ao puritanismo. Isso mesmo, nobre e excelente leitor, inverteu, e subverteu, e perverteu; o protestantismo yankee; toda ordem Cristã postulando uma moral rígida, estreita e formalista (Igualzinha a dos fariseus hipócritas açulados por Jesus!) de origem judaica a uma liberdade ilimitada no campo das relações econômicas e portanto a aniquilação total da Ética Cristã sancionada pelo Evangelho. Ainda aqui o protestantismo sacrifica o autenticamente Cristão pelo judaico e troca primogenitura por lentilhas.
Mostra-se a bela religião calvinista de todo insensível a exploração econômica, fonte de miséria e injustiça - Além de outras tantas calamidades éticas, enquanto apresenta Nosso Senhor Jesus Cristo como fixado em comida, bebida, modos de vestir ou formas de práticas sexo, isto é, como perfeito escriba ou fariseu que coa mosquitos e deixa os elefantes passarem facilmente.
Daí o recurso a fraude, ao engano, a mentira, etc por parte daqueles que estão proibidos de mentir e que deveriam proceder com a mais absoluta lealdade...
E o péssimo costume por nós descrito - De apresentar como comunistas todos aqueles que repudiam o sistema capitalista, inda que em nome do Evangelho e da Tradição milenar da Igreja.
Para os fanáticos e fundamentalistas 'made in EUA' se você não é capitalista é um comunista 'devorador de criancinhas' e ponto...
E no entanto tem esse sistema irracionalista chamado liberalismo econômico uns críticos acima de toda suspeita.
Irracionalista porque apesar de adotar a racionalidade como princípio operatório (Tendo em vista minimizar os custos e acelerar a produção.) parte de fundamentos irracionalistas.
De fatos o ideais ou objetivos do capitalismo são tão irracionalistas quanto o aumento da população humana, experiências feitas com animais, consumo da carne de mamíferos, orientação mágico fetichista, guerra total, etc
E quem toca nessa ferida ou melhor dizendo chaga purulenta, é o pensador grego Aristóteles, um dos maiores gênios da humanidade.
O qual muito antes do capitalismo acenar com a possibilidade de lucro máximo e ilimitado para cada indivíduo (E já são quase oito bilhões.) dizia que num sistema fechado e consequentemente limitado - Ou seja com recursos não renováveis ou limitados. - tais pretensões são aberrantes ou absurdas.
Num sistema O, relações ----- são impossíveis.
Por sinal a simples tentativa, posta em prática desde a Revolução industrial, conseguiu já levar o planeta e a humanidade - Seja pela explotação de recursos ou pela poluição. - a beira do abismo, em suma da E X T I N Ç Ã O.
A segunda testemunha que levanta alguma dúvida, ainda que indireta, sobre os fundamentos do capitalismo é um clérigo inglês - Th Malthus o qual, mesmo antes de falarmos em 'exército de reserva', enquanto meio para controlar o valor do salário, apontava os riscos em torno do crescimento populacional, o que é tanto mais válido hoje, tendo em vista a redução do espaço natural e a produção de resíduos.
Tem sido Th Malthus ácida e desonestamente criticado por alguns facínoras por ter circunscrito suas conclusões a produção de alimentos, o que se tem mostrado falho, uma vez que ainda produzimos alimentos suficientes para todo montante da população humana - Todavia, mesmo que no tempo presente o problema da fome possa ser definido em termos não de produção mas de distribuição ou de puro e simples desleixe em termos de planejamento, caso a população humana continue a aumentar descontroladamente ou nas proporções que hoje se dá, chegará dia em que a produção de alimentos num sistema finito (Esgotados todos os recursos do engenho.)dará lugar a insuficiência e a fome.
Todavia não precisamos chegar aos termos finais do quanto foi posto por Malthus em termos de produção de alimento ou de fome. Pois para que consigamos manter o nível da produção alimento temos recorrido tanto aos pesticidas que envenenam a terra, os animais e nós mesmos e, sem apelação, a redução do espaço natural, isto é, a destruição da fauna e da flora.
Por fim a própria existência de tão vultoso número de seres humanos e dos animais necessários para nutri-los constitui por si só um poluição.
Imaginemos por um instante o volume de excreções de todo tipo feitas por humanos, por seus animais de estimação e pelo rebanho destinado a alimentar as duas primeiras populações... Sem mencionar os gazes ou o CO2...
E no entanto para controlar os salários e mante-los baixos (Tendo em vista a maximização dos lucros.) o capitalismo depende de um exército de reserva, definida como mão de obra desempregada ou ociosa.
Eis porque o terceiro sujeito: J S Mill - Partidário da econômica liberal, declarou que tal economia deveria ser estacionária. Denunciando o ritmo acelerado ou descontrolado da produção como perigoso e a ideia de um progresso ilimitado ou indefinido (Relacionado com o ideal ou a mística positivista ) num sistema finito como utópico. Então a própria fórmula já indica de modo bastante claro que o progresso humano deveria ser responsável, em certa medida lento e planejado. De maneira que Mill, por postular limites, acaba rompendo com a Ortodoxia liberal e questionando o dogma da ilimitação.
De minha parte, sem negar o mérito de Engels e Marx (No campo limitado da economia ou da crítica ao modelo capitalista.) considero as objeções dos críticos aqui citados ou dos não comunistas, como muito mais sofisticadas e dignas de consideração. Pois enquanto as críticas elaboradas por comunistas e alguns socialistas digam respeito os meios de produção utilizados pelos capitalistas ou ao processo de produção (Incidindo sobre o salário ou regime assalariado por exemplo.) as críticas levantadas pelos nomes aqui citados, sendo tanto mais genéricas, atingem em cheio os princípios mais elementares e fundamentais do liberalismo econômico.
Importante salientar que ao menos Aristóteles e Malthus ou mesmo Mill, ao contrário dos teóricos comunistas (E esse é o principal problema deles: Soluções tão ruins quanto o problema.) não pretenderam apresentar quaisquer soluções a nível de sistema ou qualquer solução alternativa nos domínios da economia. Há no entanto um bom número delas feitas por: Herr, Blum, Marcel Deat, Henry George, Mercier, Webster, etc e outras tantas sínteses a serem feitas pelo intelecto humano. Para que precisemos permanecer atrelados e presos ao dogma capitalista...
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