sábado, 26 de maio de 2018

Malthus e os Maias ou o que Toynbee teria vislumbrado...

Foi o Rev Malthus um destes gênios supremos que a humanidade só vê surgir de cem em cem anos e não temo compara-lo a Marx, Lamarck, Freud, Weber, Newton e alguns outros poucos...

Graças ao positivismo, ao tecnicismo e ao capitalismo nós acreditamos ter invalidado os prognósticos do homem.

Hoje é Malthus, ao menos para a maioria das pessoas ou para o homem comum, sinônimo de um homem ingênuo, que não contava com a marcha ou o progresso da tecnologia, cujo ritmo é bem mais acelerado que o ritmo da natureza.

E lemos em diversas publicações como Malthus foi desmentido pelos fatos e nos pudemos multiplicar para muito além do quanto ele preveu. Afinal os progressos no âmbito da agricultura, multiplicaram a produção de alimentos e asseguraram a subsistência de uma humanidade que acomodada não para de crescer e de explotar os recursos fornecidos pelo meio ambiente numa escala sem precedentes.

Tenho para mim que a vitória dos adversários do reverendo inglês foi nossa vitória de Pirro pelo simples fato de ter produzido uma fé. Uma fé propositalmente alimentada ou impulsionada pelos modelos positivista, tecnicista, capitalista, comunista... com o ideal comum de um progresso ascendente e ilimitado. Uma fé quimérica e um ideal irracionalista...

Como duzentos anos após Malthus ainda nos alimentamos e sobrevivemos, além de crescermos e multiplicarmos, arraigou-se a crença irresponsável e absurda segundo a qual podemos continuar não apenas crescendo e multiplicando num sistema finito como expandindo a exploração dos recursos existentes ou nos desenvolvendo economicamente.

Ao tempo de Malthus os religiosos, digo os religiosos fetichistas, não lhe deram a mínima atenção. Convencidos de que deus interviria em favor dos que cumprissem o sagrado mandamento de crescer e multiplicar, quiçá inflando a terra, continuaram a despejar suas crias sobre a face da terra... Tampouco os que acreditavam ser a poligamia uma instituição sagrada fizeram qualquer caso de suas opiniões. Outros, mais astutos, recusaram a aplica-lo devido a cálculos de natureza 'política'...

Seja como for, para grande parte dos religiosos, o planejamento familiar e o controle da natalidade humana continuaram sendo tabus...

Mas não apenas para eles! Façamos justiça! Pois também a produção econômica, a regulação dos salários... dependia da superpopulação para manter um Exército de reserva, sicut a conhecida lei da oferta e da procura. Nações e culturas também preocupavam-se em ocupar terras e manter exércitos... De modo que o controle populacional chocava-se com diversos interesses: Religiosos, econômicos, políticos e até mesmo culturais...

Os quais não foram totalmente resolvidos. Assim se a população esclarecida da Europa adota uma política de planejamento e declina, as populações islâmicas dos arredores multiplicam-se, inserem-se nas socs europeias e produzem um grave desiquilíbrio cultural que não pode ser ignorado. Não é nem um pouco normal assistir a islamização daquilo que foi o berço da ideologia democrática, bem como o cenário em que fermentaram um bom número de doutrinas socialistas ao cabo dos últimos séculos... Como não me parece natural assistir a inserção da teocracia, da murtad, da djazia, da jihad, etc numa sociedade secularizada... É apenas um aspecto do problema...

Seja como for ele deve ser abordado.

E não temo dizer, repetindo a J Stuart Mill, em termos de uma economia estacionária, a qual reconhece seus limites e a impossibilidade de expandir-se. E caso mais se expandir-se não poderia garantir sequer uma igualdade ou um equilíbrio econômico relativo, aumentando cada vez mais a desigualdade, a miséria, a violência e os estados de conflito e tensão...

De fato nos expandimos e permanecemos. Mas consideremos a extinção de diversas formas de vegetais e animais no decorrer dos últimos dois séculos. A diminuição de recursos essenciais quais sejam a água - o grande problema do futuro - e os combustíveis. A poluição do meio ambiente, inclusive do ar. E a ocupação dos espaços já com objetivos habitacionais, ja com objetivos produtivos...

Certamente nos conseguimos manter até agora, é fato. Mas a que custo ou a que preço... Em escala universal a terra se mostra exausta e da mostras de ter atingido seus limites. Temos causados danos irreversíveis ao ambiente... Estamos destruindo nosso habitat e comprometendo a qualidade de vida de nossos descendentes... O clima já se mostra exasperado e catástrofes e mais catástrofes de origem antrópica já se manifestam. Ir além seria desaconselhável... Mas continuamos a nos multiplicar por crer que a ciência, o novo deus, oferecerá alguma solução a curto prazo... Os vestígios do positivismo, estimulados pela Lei do capitalismo, iludem-nos ou vendam-nos os olhos a beira do abismo...

Mas o espectro de Malthus ressurge de sua fria cova e nos quer falar...

Nosso primeiro desafio é a produção sintética de alimentos ou de comida. E parece estarmos muito longe de consegui-lo. Ainda dependemos de animais e vegetais para sobreviver, tal e qual nossos mais remotos ancestrais. Ainda não nos desprendemos, mas, somos parte de um todo que pretendemos destruir...

Suponhamos no entanto que passemos fabricar alimentos em laboratórios da noite para o dia, de modo a poder aniquilar todos os animais e vegetais existentes, ocupando seu lugar - O que confirmaria nosso caráter de parasitas ou feras...

Teríamos de lidar ainda com inumeros outros problemas, assim:

--- O suprimento de água potável. A menos que também possamos fabricar água em larga escala.

--- O fim de recursos naturais como os combustíveis. Teríamos de descobrir  outros. Mas também precisamos de bauxita, madeira, borracha, etc

--- A eliminação de resíduos ou da poluição. Se a frota de automóveis continuar aumentando...

--- A administração do espaço. Quanto mais gente há aumenta a demanda por espaço. Assim as cidades teriam de crescer horizontalmente em detrimento das florestas e habitats naturais ou verticalmente, produzindo estruturas cada vez maiores ou colossais. Cidades teriam de cobrir e recobrir cidades... O que nos leva a problemas de planejamento, transportes, etc E enfim teriam de crescer horizontalmente caso não cessamos de crescer e controlassemos nossa população.

Nenhum destes problemas parece ser solúvel a curto prazo...

E no entanto nos multiplicamos como se não existissem ou fossem irrelevantes.

Simplesmente porque encaramos Malthus como a um tolo ou imbecil. E porque, se não acreditamos mais num deus interventor, continuamos acreditando na capacidade infinita da ciência e da tecnologia para resolverem o problema. Continuamos positivistas inveterados, e por isso nos recusamos a planejar racionalmente nosso futuro num sistema finito cujos recursos são limitados. O capitalismo declarara a todo instante que devemos nos desenvolver ou nos expandir, ou crescer, ou superar... E acreditamos ou queremos acreditar. Assim para muitos, a pauta conservadora da economia estacionária, proposta por J Stuart Mill, cheira a comunismo... E com tais palavras vão transtornando a razão e apavorando os tontos...

A bem da verdade, ao menos quanto a este ponto, a mentalidade comunista, jamais apartou-se da capitalista ou mostrou-se sensivelmente diversa - pelo simples fato de ser tecnicista e derivar do positivismo, com sua escatologia Cristã secularizada e sua esperança quimérica de produzir um paraíso na terra. Claro que podemos fazer deste mundo uma ante sala do paraíso ou um lugar melhor para viver. Todavia para tanto é necessário considerar as coisas racionalmente e sobretudo encarar a realidade do espaço em que vivemos - O qual é manifestamente finito ou limitado. Devendo comportar, necessariamente, um número limitado de pessoas e um fluxo finito de atividades humanas... O que nos conduz novamente a economia estacionária de Mill e antes de tudo ao planejamento familiar e ao controle populacional.

Nada mais urgente e qualquer projeto socialista pecará pela base caso, ao contrário de Aristóteles, não considere este aspecto. Pois antes de produzir, administrar e gerir as riquezas numa perspectiva ética, devemos estabilizar o crescimento de uma dada sociedade. Do contrário as desigualdades tornarão a surgir, tal e qual as cabeças da Hidra após terem sido cortadas... De modo que o planejamento das famílias é tão importante quanto a fruição das riquezas; estando na base do que chamamos bem comum ou justiça social. Quanto mais uma população crescer descontroladamente, mais dificil será promover o bem comum ou consolidar socialmente a justiça. Em tais condições os conflitos tenderão a generalizar-se e inclusive a despejar-se sobre outras comunidades (aqui a genesis do imperialismo). Numa escala mundial porém, será o fim... A exemplo do Império romano, o qual tendo atingido as fronteiras exequíveis em seu tempo, entrou em crise e desmantelou-se.

O atual processo de globalização fez com que nossas fronteiras atingissem os limites do mundo. A partir daí a posse de recursos que escasseiam ou de espaço, associada ao crescimento desmedido de uma determinada população poderá dar origens a um número cada vez maior de conflitos, alias estimulados pela religião ou pela cultura, e levar a guerra de todos contra todos numa escala mundial, como jamais foi vista. Este cenário já foi delineado por Huntingthon e nos parece provável...

De minha parte, após ter lido algumas publicações recentes sobre os Maias e o declínio de sua civilização, lembrei-me de Toynbee... cujo método e visão sempre admirei, bem mais que a Spengler.

Ao tempo em que Toynbee vivia, e ainda hoje, a maior parte dos historiadores ou pesquisadores. Partindo sempre o falso paradigma da monocausalidade, buscavam, cada qual deles, uma chave ou solução para o fim do império Maia, e construíam hipóteses mirabolantes. Quando rapaz, folheando uma publicação dos anos vinte, cheguei a ler um artigo, muito bem elaborado, sobre as febres - em especial a febre amarela - que teriam dizimado aquelas populações e posto fim aquele glorioso império com suas cidades magníficas. Afinal alguns arqueólogos, ao escavar junto as ruínas de Tikal, Palenque, Uxmal, Pedras negras e outras metrópoles daquela civilização haviam dado com algumas estelas ou painéis que representavam, o que parecia ser, um homem vomitando junto a uma jarro... Desde então, alguns foram levados a crer que aquele Império fora desmantelado pelas febres e, jamais pude deixar de crer que elas tinham algo a ver com aquilo, embora por si só, a hipótese das febres me parece insuficiente, para tudo explicar.

Parecia a peça de um quebra cabeças... As quais foram se adicionando outras tantas...

Afinal aquele tempo a linguagem ideográfica dos Maias ainda não havia sido perfeitamente compreendida e seus textos traduzidos. Hoje podemos ler suas inscrições, mas ainda não fomos capazes de ordena-las, o que levará séculos... pesar disto, lemos já alguma coisa. Para além disto nossos recursos tecnológicos são bem mais eficazes, permitindo que enxerguemos além da floresta...

Há além disto um imenso trabalho de pesquisa realizado em diversos campos, quais sejam: Antropologia, Geologia, botânica, Arquitetura... Os quais em seu conjunto nos dizem algo e parecem apontar para uma realidade bem mais complexa ou multi fatorial. Adianto todavia, que o elemento decisivo, quanto a eclipse da civilização Maia - pasmem - parece ter sido o desenvolvimento ou o crescimento populacional propiciado pela própria civilização... Tería a civilização se convertido numa maldição ou numa cilada para os antigos Maias???

Já o veremos.

Até bem pouco tempo tinhamos uma visão, por assim dizer 'clássica', da antiga cultura Maia e imaginávamos um cenário rural do qual as grandes praças cercadas por pirâmides descomunais, eram por assim dizer, o centro de diversas comunidades agrárias esparsas pelo entorno e por assim dizer, diminutos centros, cercados por algumas palhoças de barro e entremeados por campos de cultivo. Para mim este cenário sempre me pareceu estranho tendo em vista as dimensões de tais monumentos... E hoje, ao menos quanto a grande cidade de Tikal (E toda Peten guatemalteca) semelhante concepção esta prestes a ser revista graças a leituras aéreas realizadas pela National Geographic Explorer através do projeto LIDAR (Th Garrison).

O que encontraram foi simplesmente uma megalópole colossal que se estendia debaixo da floresta, com estradas pavimentadas, açudes, muralhas, casas de pedra e inclusive, é claro, outras tantas pirâmides descomunais... O mais interessante é que ao que parece Tikal não contava com 40 ou 50 mil habs como se conjecturava até então mas com cerca de 200 ou 250 mil, e toda região das terras baixas, ocupadas pelo antigo império Maia, não por um ou dois milhões de pessoas, mas por cerca de vinte milhões de pessoas, praticamente a metade da população europeia daquele tempo, num espaço sessenta vezes menor.

Resulta disto que uma tal população não podia sobreviver recorrendo a caça, a pesca ou a agricultura de subsistência. Felizmente o LIDAR, revelou igualmente, a existência de imensas terras de cultivo intensivo, ora ocupadas por pântanos... Assim os Maias drenavam, irrigavam e cultivavam em larga escala, tendo em vista a sobrevivência de uma população tão grande...

Até aqui problema algum...

O problema se nos apresenta quando consideramos que os Maias, muito provavelmente, não estavam preocupados com o planejamento familiar ou com o controle populacional. Estariam entusiasmados pela civilização? Levando em conta as enormes pirâmides que ergueram, os belos trabalhos feitos com o jade, a invenção de um elaborado sistema de escrita, o domínio da escultura e da pintura... não podemos deixar de supo-lo.

Os Maias no entanto empregavam o fogo em seus campos, o que demandava repouso por parte da terra e portanto um espaço efetivamente cultivado cada vez maior, tomado a floresta. Isto apenas para o cultivo. Mas os Maias dependiam da floresta para extrair madeira, já para seus móveis e utensílios, hora inexistentes, já para queimar pedra e produzir a cal necessária para construir as grande pirâmides, o que nos leva, necessariamente, a hipótese do desflorestamento. No auge de sua civilização, contando com vinte milhões de habitantes e centenas de cidades com dezenas de pirâmides, muitas em construção, os Maias praticamente deram fim ao entorno ou seja a floresta.

Richard Hansen da Universidade de Utah declara que para cobrir com gesso a grande pirâmide de El Mirador os Maias tiveram de abater 600 hectares de terra, e se tratava de um único edifício, haviam milhares e mais colossais inclusive. Chegaram a um estádio em que o reflorestamento, sem fora concebido, sequer era possível. Diante disto seguiram-se as secas, já que o ciclo da água e as chuvas dependiam das árvores e estas haviam sido cortadas...

O futuro é fácil de imaginar-se - As secas afetaram as colheitas e num cenário com dezenas de milhões de pessoas, o resultado foi a fome! Não apenas a destruição de espécies vegetais em larga escala tem sido demonstrada por Botânicos, e a seca demonstrada pelos geólogos como a fome e a desnutrição - nos séculos VIII e IX - tem sido igualmente verificadas pelos antropólogos e médicos a partir dos restos humanos encontrados.

É onde entra a peste ou as febres. Pessoas desnutridas e fracas embrenharam-se nas selvas e pântanos, cheios de mosquitos, em busca de alimentos... transportando as febres aos grandes centros urbanos. As pessoas devem ter começado a morrer, de fome ou febre, em larga escala; mas ainda havia um refúgio ou uma esperança, raramente posta a prova em escala social, e a qual nos explica perfeitamente, como, porque e donde, veio o golpe final sobre aquela antiga civilização.

Como todos os povos e culturas antigas eram os Maias fetichistas ou seja, tal e qual os nossos fundamentalistas, eles acreditavam que suas divindades deveriam interferiam concretamente no meio material ou físico por meio de milagres. Estavam convencidos de que seus deuses controlavam diretamente o mundo ou a ordem cósmica e a seu tempo que podiam controlar ou influenciar os deuses por meio de oferendas e sacrifícios. Os sacerdotes, muito provavelmente, haviam dito ao povo que a seca, a fome e a peste eram castigos enviados pelos deuses ofendidos, os quais deveriam ser aplacados...

Havia pois uma esperança: A religião, a magia, o milagre... Urgia alimentar os deuses famintos, sedentos e mau humorados com sangue, segundo o costume imemorial. O cenário que apresentou-se apenas se vislumbra nos painéis de Bonampak (792) - Cada rei ou comunidade pegou em armas e atacou a comunidade vizinha com o objetivo de obter prisioneiros e oferece-los aos deuses, de que resultou um conflito generalizado entre as antigas metrópoles.

A bem da verdade os Maias sempre conheceram batalhas religiosas em que os reis, nobres e sacerdotes das cidades vizinhas eram abatidos, sequestrados, torturados e mortos. Os antigos Maias acreditavam que os homens foram criados com o sangue dos deuses (daí os homens serem pintados com vermelho vivo) que por ele se sacrificaram. A contra partida é que os deuses controlavam os astros, o clima, a fertilidade dos seres, etc... assim o equilíbrio cósmico era mantido a preço de sangue, o alimento dos deuses.

O primitivo jogo de futebol revivia um evento cósmico em que os deuses do inframundo havia sido derrotados pelos gêmeos que se converteram no Sol e na Lua... Assim os que jogavam e eram derrotados eram oferecidos ao Sol e a Lua. O sangue era uma espécie de fluído sagrado que movia os deuses e através destes o cosmo...

Muralhas e fortalezas edificadas durante este período são um claro sinal de que as violências e agressões, instigadas pelo desespero aumentaram... Como nas Gálias do século III os habitantes de 'Dois pilares' demoliram seus templos e palácios e converteram sua cidade numa pequena fortaleza amuralhada.

E no entanto o fim ainda não havia chegado. Pois a gente das cidades, apinhava os templos, massacrava os prisioneiros, feria o próprio pênis ou a própria lingua, lançava seus filhos aos poços, sacrificava jaguares e joias... Sem que as chuvas se regularizassem e as colheitas tornassem a ser abundantes. Pelo contrário as campanhas expansionistas, que visavam obter recursos e prisioneiros, pioraram ainda mais a situação. Porque na medida em que executavam multidões de prisioneiros e empilhavam crânios nos centros cerimoniais faltavam braços para cultivar uma terra já estéril e seca... De modo que a fome, a subnutrição e as enfermidades aumentaram...

As próprias cidades, que com seus vistosos templos, tornaram-se alvos para as expedições guerreiras que obstinavam-se em obter vítimas para sacrifícios rituais. De modo que seus derradeiros habitantes acabaram internando-se nas poucas florestas que restavam, com a esperança de poder viver da caça, da pesca e da subsistência...

Enfim, como intuiu Soustelle, os Maias perderam toda esperança e cessaram de acreditar nos sacerdotes e reis que os haviam feito construir as antigas pirâmides. A ideologia fetichista, após ser socialmente testada, desabou e deu lugar ao ceticismo, e a outros tantos distúrbios... Os reis e sacerdotes -  guardiães da escrita, das artes e da cultura. - caso não tenham sido mortos por seus próprios concidadãos encolerizados, acabaram sendo capturados e mortos pelos invasores, até que a sociedade como um todo desabou e as grandes cidades arruinadas foram invadidas pela selva. Sumindo do cenaŕio, a velha civilização Maia após dois mil anos de existência e um fluxo de progresso contínuo e ascendente...

No entanto, tal e qual a antiga Roma, quando esta cultura chegou a seus máximos limites e explotou os recursos de que dispunha, seguiu-se o caos. E quando a ideologia fetichista ou religiosa, que servia como base a cultura, foi testada e falhou, seguiu-se o fim... Pois já não havia esperança.

O cenário esta posto. Restabelecido ou recuperado. Façam as comparações com o período em que estamos vivendo. Afinal deveríamos ser mais humildes e aprender com as lições do passado...

Nenhum comentário: