Eu sou marxista, mas não marxista ortodoxo, pois marxismo ortodoxo é religião e como já dizia o bom e velho Marx: "a religião é o ópio do povo". Religião por religião prefiro a minha que é a religião cristã (igreja copta ortodoxa).
Infelizmente há muitos marxistas ortodoxos que fazem de Marx um líder infalível nos moldes do papa romano e de sua obra as novas sagradas escrituras. Marx como todo ser humano era filho de seu tempo e por isso deve ser superado mas com base em seus escritos. Muito do que Marx escreveu já não serve para os dias atuais. Querer se apegar ao que Marx, Engels e Lênin escreveram é cristalizar suas obras e adotar as teorias de Parmênides e Zenão de Eléia de que o cosmo é estável e que o movimento não existe, e assim esses comunistas fanáticos desprovidos de senso crítico caem no mais grosseiro idealismo.
Realmente estava coberto de razão Eric Hobsbawn* quando disse:
"Há coisas geniais na análise de Marx, mas há outras coisas que, a meu ver, não são válidas. Acho que é preciso destituir o marxismo de seu elemento utópico e messiânico".
*Eric Hobsbawn em entrevista à Robert Maggiori do "Libération" - via Mais - Folha de São Paulo 19 de dezembro de 1999.
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