A realidade e o bem da Sociedade exige que dialoguemos com os totalitários sejam eles comunistas ou fascistas. Quando dialogo com os comunistas os liberais nada liberais e fascistas mostram-se indignados, quando dialogo com os fascistas os comunistas mostram-se indignados. Não dialogo com os liberais economicistas ou capitalistas porque esta doutrina esta condenada pela tradição da Igreja e não há o que discutir com publicanos ou pagãos. Não dialogo com racistas ou nazistas porque seu credo abominável e monstruoso esta irremediavelmente condenado pela lei da razão e da natureza. Por fim não dialogo com os teocráticos (pentecostais e muçulmanos) porque não passam de bárbaros grosseiros e celerados. Face a estes limito a expressar minhas opiniões e a criticar.
Tenho certo carinho pelos comunistas porque mostram certa sensibilidade face a situação do mundo do trabalho e a injustiça social. O que me leva a dialogar com eles, pelos simples fato de ser trabalhista, socialista, fraternalista, coletivista, social democrata, católico social, personalista o que quiserem, mas sempre adepto da regulação externa da economia pelo corpo social.
Tenho também certo apreço pelos fascistas, em geral gente nova, jovem e inexperiente em termos de ciência política ou administração pública mas com certa compreensão a respeito do mundo da cultura, o que é bastante precioso; embora associem o problema da cultura a nação ou pátria o que acaba falseando-o, por ser saída reducionista. Ora eles também são críticos da democracia representativa, meramente formal ou burguesa e eu também embora por motivos distintos ou até opostos porque eu sou policrata ou adepto obstinado da solução grega pela democracia direta. Também nos encontramos na crítica - até certo ponto lamentavelmente atenuada - a civilização Norte americana ou Yankee (americanismo) que é essencialmente anti humanista devido a suas raízes protestantes e anti tese do ideal legitimamente Católico e/ou humanista de organização social.
Bem o fascismo possibilita essas abordagens e esse dialogo fraternal.
Então eu que preso acima de tudo a justiça, sendo justicionista; também compreendo o problema da dinâmica da cultura e o papel crucial da religiosidade ou da espiritualidade. Aqui Fustel de Coulanges, Christopher Dawson, Marcel Mauss e G Simmel.
A primeira advertência, e revelante, que faço; pois se trata de ser ou não nazista. Diz respeito a questão judaica ou melhor semíta e assim da arabe/muçulmana. Se se coloca a questão no plano da cultura apenas, assumo com os srs que a cultura semita é inferior a cultura greco romana ou clássica que nos deu o conceitos de ciência, de direito natural/humanismo, de racionalismo, de ideal estético e de democracia. Ponto e basta! É diferença entre céus e terra ao menos que tais conceitos nada signifiquem para nós. Mas se tais conceitos são essenciais e pertinentes então temos de nos questionar sobre a contribuição da cultura semita e ela até hoje, em seu estado mais ou menos puro, que é islã, tem negado tais conceitos com veemência e proposto a Sharia como até 70 d C os judeus propunham a Torá e a destruição violenta do mundo pagão.
O que não podemos admitir é qualquer insinuação em termos nazistas de raça ou etnia. Egito, Mesopotâmica, Grécia, Roma e outras civilizações gloriosas do passado foram fruto de mistura ou miscigenação em termos de unidades étnicas. Em termos de natureza todos os homens são dotados de sensibilidade corporal, percepção, razão e livre vontade; o que os torna radicalmente iguais. (Essa igualdade é potencial e deve ser excitada pelo meio, que é a civilização.) Assim o aborígene australiano, o halacalufe, o Inuit, o inglês, o Yankee, etc E não existe raça ou poso superior ou inferior; alias resíduo da superstição judaica.
Por isso que muitos judeus vivendo em comunidades ocidentais assimilaram diversos traços de nossa cultura e mostraram-se cada vez mais maleáveis. Hoje quem se mostra resistente é o árabe muçulmano de matriz sunita, seja hambalita, wahabita ou salafita; o que corresponde ao nosso pentecostalismo. Por outro lado por meio da cultura protestantes vemos ocidentais judaizando e tornando-se mais tacanhos e grosseiros do que os judeus. No Peru há a seita Israelita do Novo pacto e no Brasil temos a Assembléia de deus dos últimos dias, fundada pelo energúmeno Marcos Pereira... Donde se ve que o problema é cultural e não racial ou étnico.
Outra limitação corresponde a mística construída em torno da pátria abstrata sem considerações mais profundas a respeito da vida vivida pelo povo sob a dominação capitalista e influxo da cultura americanista. Por isso temos de nos peguntar que é pátria se o injusto ou o injustiçado, o opressor e o oprimido, o explorador e o explorado? Se o conceito pátria não esta sendo usado com o objetivo de ocultar ou disfarçar tais contradições sociais, etc? Claro que deveríamos viver numa Sociedade Unida, solidária e fraterna, mas é obvio que o capitalismo e o darwinismo social suprimiram este ideal Católico endeusando a rivalidade, a concorrência e a desigualdade social. Assim o conflito não só existe como foi implantado e alimentado pelo capitalismo trazido lá das 'américas' pelos gringos, então se queremos implantar algum grau de unidade ou aproximação temos de nos reportar ao ideário capitalista.
Por outro lado em termos de cultura, a pátria ou estado nação nada mais é do que uma Unidade cultural pertencente uma estrutura muito mais ampla que é a cultura Européia ou euro americana (no sentido de nossas raízes greco, romanas e católicas ANTERIORES A AFIRMAÇÃO DO CAPITALISMO!). Aqui a ideia de pátria ou cultura nacional faz muito pouco sentido. Pois a exceção se um Peru ou de um México nossos referências mais importantes - já apontados: ciência, razão, democracia, etc - procedem do outro lado do Oceano e correspondem a uma macro estrutura. E temos de compreender muito bem isto para resgatar esses elementos fundamentais ou basilares e fazer marcada oposição a cultura norte americana, americanista ou Yankee cuja matriz é o protestantismo calvinista com seus pressupostos anti humanistas e suas decorrências em termos de afinidades eletivas a democracia meramente formal e o capitalismo; os quais foram uma outra macro estrutura cultural oposta a que pertencemos e sobreposta a ela.
É esta sobreposição de culturas antagônicas e excludentes: Nossa herança Clássica e Católica advinda do velho mundo e a infiltração paulatina de princípios americanistas, que engendrou o estado de tensão responsável pela crise civilizacional porque ora passamos. Pois queremos conciliar o inconciliável: Humanismo ancestral e Capitalismo o que é impossível. A afirmação da justiça e a sede de lucro... Não temos mais uma cultura ou civilização homogênea, mas uma composição híbrida e amorfa de elementos antagônicos. O fascismo teve e tem o mérito de ter percebido que a infiltração da cultura americanista em nossas Sociedades tradicionais - que já contavam com seus problemas - destruiu as identidades regionais ou nacionais e despersonalizou os individuos.
O que o fascismo não percebeu ou não quis perceber é que os líderes e governantes alimentaram ativamente essa assimilação de elementos exógenos procedente dos EUA e incentivaram a americanização e portanto a destruição de nossas identidades. E quando os governos quiseram resgatar algo da 'nossa cultura' jamais chegaram a direito natural, democracia, estética, razão, ciência, etc optando - pasmem! - por samba e futebol!!!! O primeiro elemento em parte de origem africana e o segundo, santo Deus, de origem inglesa! Triste mas os comunistas com sua incompreensão abissal em termos de dinâmica cultural sempre souberam resistir mais e melhor a hidra americanista. Eduardo Prado, autor da 'Ilusão americana' deve estar se rebatendo em sua fria sepultura.
No discurso fica bonito falar de pátria, mas depois vão todos a grande república anti humanista e plutocrática do Norte beijar as mãos do algoz, mãos sujas e poluídas com sangue inocente de nossos irmãos latinos e Católicos e que assassinaram em nome da sua 'doutrina de Monroe' ou do seu 'destino manifesto'!
A terceira incompreensão e crítica é que os fascistas sempre compreendem um Estado ou sociedade forte - o que é necessário para resistir ao americanismo - como autoritário ou monárquico/ditatorial (no sentido de ser guiado por um único lider) e esse é um erro funesto pois uma sociedade policrática de cujas decisões todos tomem parte pode ser tão forte quando uma sociedade autocrática. Bastando para isso que os cidadãos amem a liberdade e aprendam a encarar as decisões comuns e o espírito policrático como sagrado. E é certamente mais racional encarar como sagradas e imaculadas as leis que ajudamos a elaborar e a aprovar do que as leis, muitas vezes injustas e arbitrárias, impostas por terceiros.
Foi por isso que os cidadãos livres de Atenas e da pequena Platéia resistiram ao Imperador dos Persas, senhor do maior Império do Planeta (com um exército de um milhão de súditos e servos) e derrotaram-no em sucessivamente em Platéia, Maratona e Salamina. E posteriormente Alexandre com uns poucos gregos livres esmagou o tirano persa sucessivamente em Iso, Granico e Gaugamela/Arbela. Pois homem algum combate melhor do que aquele que luta por sua liberdade e dignidade.
E o amor e zelo da liberdade, dignidade e justiça são forças bastante poderosas.
De modo que não precisamos de líderes ou condutores aos quais tributar obediência cega e irracional, digna dos brutos apenas, mas de consciência a respeito do que somos ou portamos. O que deve ser introjetado pela educação e pela cultura. Temos de produzir um espírito da liberdade que penetre o esqueleto carcomido da democracia formal e lhe devolva a vida e a consciência ampliando e alargando suas estruturas dadas por Locke. Devemos sair sim da democracia limitada, formal e representativa a qual no fim das contas jamais passou de vil plutocracia e tornar não a Pérsia dos servidores reais, mas a Hélade gloriosa de Clístenes e Leônidas!
Quanto as guerras de expansão, especialmente por sórdido móvel econômico, serei breve: As repúblicas animadas pelo espírito Católico devem ser solidárias e fomentar uma Unidade cultural em torno de nossa herança ancestral como a policracia, a ciência, a racionalidade e a doutrina social da Igreja. E permitir que os demais países e nações vivam em paz, segundo suas leis. Atacando-os apenas se forem e quando forem atacadas por eles, segundo a doutrina da Guerra justa e da defesa legítima. Nada mais anti Cristão do que o ataque!
"Bem aventurados os pacíficos..." tal o oráculo divino.
Resta abordar mais uma vez a questão do padrão da força. A força da cultura é interna, ideal ou espiritual e reside na formação e educação das almas (mente). Portanto se alguém acredita que vai manter a dinâmica da cultura fixa ou estável por meio das armas, da polícia ou do exército incide no mesmo erro funestos dos 'Católicos' mal informados que cuidaram poder derrotar e vencer o protestantismo por meio da inquisição apesar das advertência feitas pelos homens mais excelentes: Fco Fevardentius, Genebrardo de Aix, Hervetius Gentilis, Lindanos, Faber, etc Os lideres supremos apostaram não na cultura, na educação ou no espírito mas na coerção externa e qual o resultado disto? Que a igreja romana perdeu a batalhar pois protestantizou-se por completo após o Concílio do Vaticano II assumindo conceitos protestantes e pasme, até o espírito protestante do moralismo puritano, sinal de decomposição e morte em matéria de religião.
E hoje quanta miséria pois os Catoliquinhos falam apenas de sexo, homossexualismo, matrimônio, etc ao invés de salientarem os mistérios divinos e sagrados da Trindade, da Encarnação, das Duas Naturezas do Cristo, dos Sacramentos, da Eucaristia, da Mãe de Deus, etc Para não falarmos no misticismo tosco, nas falas comunicações, revelações adicionais, fetichismo, milagres e toda essa mixórdia indigesta que serve de introdução a Hidra protestante. E deste espírito religioso e teológico essencialmente Católico e anti protestante DEPENDE TODA NOSSA CULTURA!!! Apostaram na inquisição e perderam seu espírito, consciência e identidade, seus ritos, suas tradições, sua teologia, convertendo-se a Igreja romana modernista em província dom protestantismo!
Reconheçam que apostando na força tomaram caminho errado, como protestantes, os liberais hipócritas, os comunistas, os anarquistas, os nazistas, os muçulmanos... Assim o fascismo tomou o mesmo trem que eles. Nosso trem porém é outro. Só adotamos a violência para estritamente necessário, ou seja, para resistir quando somos atacados. Não como forma de substituir a formação ou a dinâmica da cultura pois isso jamais dará certo e tudo reverterá a barbarismo: a pentecostalismo, islã e teocracia.
Quando apelamos a mística da força ou da violência é porque desesperamos da razão e portanto de nós mesmos, de nossa herança grega que é uma das maiores conquistas da humanidade.
Tais as nossas divergências quanto ao fascismo a respeito do papel dos judeus, do estado nação, da autoridade e da violência, de modo a que possas aquilatar-las com a devida justeza. Pois nós cremos na tua sinceridade e boa vontade.
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