segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Je ne suis pas Charlie

Nos últimos dias tem circulado pelas redes sociais um cartaz que tornou-se viral: Je ne suis pas Charlie - Eu não sou Charlie, desde que o ataque ocorreu na sede do jornal Charlie Hebdo várias pessoas vem tentando justificar o assassinato dos jornalistas e chargistas do jornal satírico francês, principalmente a esquerda doentia que inverteu as coisas e transformou as vítimas em carrascos e os carrascos em vítimas, uma coisa digna da dialética materialista do senhor Karl Marx. E, mesmo gente que não tem afinidade alguma com política mas que é irenista estavam e estão a afirmar: "Tá vendo isso é o que dá não respeitar a fé alheia", "eles foram os próprios responsáveis pelos atentados", usar esses argumentos é o mesmo que dizer que uma mulher que é estuprada foi culpada do estupro porque estava usando roupas provocantes, não as mulheres nunca são culpadas pelo estupro, os culpados pelo estupro são unicamente os estupradores, da mesma forma os culpados pelos atentados na sede do Charlie Hebdo foram os terroristas e não os jornalistas e nem os chargistas.

Como não encontraram bons argumentos para justificar o injustificável foram buscar no próprio jornal provocativo as provas de que os cartunistas mereceram o fim que tiveram. Foram buscar uma charge da ministra negra Cristiane Taubira onde a mesma aparece num corpo de macaco.

Crédito da imagem - DCM
http://www.diariodocentrodomundo.com.br/o-charlie-hebdo-era-racista/


Ora, ora aí está a prova  de que o jornal é racista, portanto, apesar dos ataques, eu não sou Charlie, eles mereceram eram racistas. Mesmo que fossem racistas, eles não mereciam ser mortos, vai uma diferença muito grande em fazer uma charge e outra em cometer uma chacina.  Até porque se a revista fosse racista as pessoas deveriam boicotar, processar os responsáveis pelo racismo e também denunciar a revista racista/fascista.

Quem começou a espalhar essa imagem  não deu-se ao trabalho de pesquisar sobre o que se tratava ou porque essa pessoa é desonesta ou porque não sabe ler francês e tomou uma atitude impensada baseada apenas na cegueira ideológica.

Mas a revista é mesmo racista?

No Diário do Centro do Mundo pode-se ler: "A negra é a ministra Cristiane Taubira. Em 2013, ela foi chamada de macaca por uma política da direitista Frente Nacional O Charlie Hebdo fez uma denúncia disso. A bandeirinha no canto esquerdo  é uma referência à FN. Não é um endosso. Taubira ficou grata. 

Pouco depois da tragédia, Taubira deu uma entrevista a uma rádio, em frente ao CH, dizendo que era preciso que os francese se organizassem para que a próxima edição saísse. "Nós não podemos admitir que o Charlie Hebdou desapareça, afirmou". 

Então como é perceptível a revista não é de modo algum racista, os que afirmam tal ou são idiotas ou mal-intencionados. O DCM  aborda de modo mais amplo a questão do racismo imaginário fruto da esquizofrenia de certos esquerdistas que desejam ver o que não existe, quem quiser inteirar-se mais sobre o assunto, pode ler clicando aqui.

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