segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Os animais e a ética
Escrevi outro dia sobre a incoerência daqueles que aceitam testes em animais não humanos e que se dizem evolucionistas, daqueles que sabem que não há uma espécie mais evoluída. Hoje abordarei ainda o tema da incoerência.
Os apologistas dos testes em animais dizem que esses testes trazem benefícios à humanidade e que tentar proibir essas pesquisas é fazer a sociedade regredir. Suponhamos que eu ceda a esse argumento, se eu ceder teremos que ir até o final e aceitar as consequências.
O fim das pesquisas com animais é trazer benefícios ao ser humano, bem estar, felicidade. Ora, sendo assim teremos que aceitar rodeios, touradas e animais em circos, porque isso também traz benefícios para a maioria das pessoas. Os circos, os rodeios e as touradas divertem e entretém grandes massas de pessoas ao redor do globo. Esses espetáculos provocam a catarse logo trazem benefícios para a maioria das pessoas, se faz bem, não há porque proibir o uso de animais em circos, rodeios e touradas.
Ah, mas não é a mesma coisa pode alguém argumentar. De fato, não é a mesma coisa enquanto atividade, mas o princípio que rege os espetáculos e a ciência neste caso é o mesmo. É o princípio pragmático da ética relativista de Protágoras que dizia que o homem é a medida de todas as coisas, isto é, as coisas são boas ou más conforme seja bom ou mau para o indivíduo.
Ora se aceitamos os testes em animais porque trazem benefícios para as pessoas então deveríamos aceitar também os espetáculos como os rodeios, touradas e circos, pois trazem benefícios de cunho emocional, trazem diversão e lavam a alma. Aceitar os testes em animais e não aceitar sua utilização em rodeios, circos e touradas é pura incoerência uma vez que eles (os animais existem) para o homem e não para si mesmos.
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