Ser professor para mim não é apenas mais uma profissão entre tantas mas um verdadeiro laboratório, campo de pesquisas. Outro dia estava curioso para saber como os alunos veem a instituição escolar e como veem os docentes, então eu lhes pedi que expusessem tudo o que sentiam acerca da escola e dos professores e disse que eles não precisariam se identificar que os textos podiam ser anônimos como forma de proteção, pois o meu intuito era apenas saber o que eles pensam sobre a escola e sobre aqueles que lhes ensinam.
As redações que pedi foram feitas por pré-adolescentes (11-12 anos) de um 6º ano. Recolhi os textos e desenhos e em casa li e constatei que certos professores pensam que enganam os alunos, não eles não enganam, essas crianças sabem que ensina e quem enrola.
Ao ler as redações pude aprender com meus alunos a como não ser um mau professor. Entre várias reclamações e xingamentos, duas reclamações me chamaram a atenção: de professores que só passam lições do livro, isto é, cópias e mais cópias de textos e que não explicam nada e de professores que levam notebooks em sala de aula e fingem que dão aula e até xingam alunos de otários e bestas. Agora entendo porque pré-adolescentes muitas vezes não gostam da escola e com razão. Eles gostam de ser tratados como pessoas inteligentes, com respeito, querem alguém que de fato lhe ensine, lhe explique e que não fique passando cópias.
Tive essa ideia ao ler a sinopse e também algumas páginas de um livro que comprei num sebo mas ainda não tive a oportunidade de lê-lo, trata-se do livro Diário de um educastrador de Jules Celma
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