segunda-feira, 2 de janeiro de 2012
Capitalismo, competição e suicídio
Quem acompanha meu blog sabe que eu gosto de ler jornais e revistas velhas, outro dia (ano passado) estava fazendo uma faxina em minha biblioteca e encontrei um artigo que eu tinha copiado à mão da revista Exame. O artigo trata do suicídio cometido por um grande empresário que tinha tudo para ser feliz. Paro, por aqui e deixarei o(a) leitor(a) com o artigo e suas reflexões que espero que sejam as mesmas que as minhas.
Uma Pressão Mortal
"Na madrugada de 13 de março passado (1997) o executivo americano John E. Curtis, CEO da Lubys, amior rede de cafeteria dos Estados Unidos, se suicidou. Ele fora promovido ao cargo máximo da companhia havia apenas dois meses. No dia em que se suicidou, Curtis teria a primeira reunião, no cargo, de CEO, com o corpo de diretores da empresa. Em vez de ir para a reunião, entrou num motel de 32 dólares a diária e se esfaqueou repetidas vezes, no pulso esquerdo, abdômen e pescocço.
Curtis, 49 anos, era casado com a namorada dos tempos da universidade, tinha três filhos bem encaminhados e uma situação financeira tão confortável quanto 18 anos de carreira ascendente numa próspera empresa podem proporcionar. Religioso, assessorava as finanças da igreja, além de frequentá-la sempre na companhia da família.
Sim, seres humanos bem posicionados profissional e financeiramente também acabam com a própria vida. Convencionou-se, sabe-se lá quando que para cumprir o seu papel o executivo tem que ser um homem forte, além de corajoso, ousado, firme, seguro. Sem essas qualidades o sucesso, teoricamente, não pode ser alcançado. E sucesso é o tipo de coisa que todos nós buscamos, diz, em São Paulo, o psicanalista Luciano Colella. Qual é a característica principal da função do executivo? A competição, continua Colella. A sociedade favorece a imagem do sucesso em forma de competição. E cobra isso do executivo".
Nota: O texto não está na íntegra.
Fonte: REVISTA EXAME, 21 de maio de 1997, páginas 96-97.
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Um comentário:
Ao meu ver, suicídio não pode ser a saída para os problemas. É o fim de tudo; tanto os problemas quanto as soluções.
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