A minha primeira professora foi minha mãe e foi também a melhor. Infelizmente minha mãe já não está viva para ler estas linhas e as linhas seguintes.
Lembro-me quando eu estava na 1ª série do primeiro grau (hoje ciclo um do ensino fundamental), eu era um menino tímido e que tinha muita dificuldade para aprender a ler. Cheguei numa lição da cartilha que eu não conseguia passar de jeito nenhum. E se não me falha a memória, a lição era a da lata. A professora mandou um recado para minha mãe, acerca de minhas dificuldades de aprendizagem e minha mãe tornou-se minha professora particular, e me ensinava a ler com todo o carinho e atenção, toda tarde depois do colégio, e ela era dona de casa. Eu consegui terminar a cartilha graças aos esforços de minha mãe e ganhei o livro que seria usado na 2ª série.
Quando eu ganhei o livro eu não cabia em mim de tanta felicidade, eu sabia que devia isso a minha mãe. Mais tarde, quando comecei a me interessar por teologia, ela comprava ou me dava dinheiro para eu comprar os livros, ou seja, ela me incentivou a ler.
Em parte, o que sou devo-o a minha falecida e inesquecível mãe: Elisa Pereira (Elisa Pereira Araújo, depois que casou de novo). Se há uma imortalidade da alma, quero encontrá-la no além-túmulo, se não existe que tragédia! Eu perdi a melhor das pessoas com quem convivi.
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